Um estudo que envolve hormônios e sexualidade publicado no Archives of Sexual Behavior mostra que os seres humanos tiveram várias contribuições em sua evolução com a homossexualidade.
A pesquisadora Diana Fleischman e a sua equipe, da Universidade de Portsmouth, entende que a atração por pessoas do mesmo sexo ajuda as pessoas a criarem laços entre si.
Tudo porque pessoas com altos índices de progesterona – hormônio que é produzido em homens e mulheres – tendem a ser mais abertas à ideia do contato homossexual. E que é exatamente este hormônio que é conhecido por contribuir com as relações sociais
O resultado partiu inicialmente de uma pesquisa com 244 pessoas, que responderam um questionário com perguntas como “a ideia de beijar alguém do mesmo sexo te deixa excitado?”, “se alguém do mesmo sexo desse em cima de você, você teria nojo?”.
Depois, todos os envolvidos passaram por uma avaliação para saber os níveis de progesterona. E também por uma análise diante de um quebra-cabeça com palavras ligadas a “amizade”, termos neutros ou palavras ligadas ao “sexo”.
Foi constatado que os homens que montaram o quebra-cabeça com palavras referentes a “amizade” possuíam 26% motivação homoerótica a mais que os demais. E quem tinha o nível maior de progesterona tinha 41% de motivação homoerótica maior.
Descobriu-se ainda que as mulheres que possuíam alto índice de progesterona eram mais simpáticas à ideia de fazer sexo com outras mulheres. E que o mesmo ocorria com os homens que tinham alto índice do hormônio, e que demonstravam dar mais importância à amizade e que tinham uma atitude mais positiva a ter contato homossexual.
O estudo parte do princípio que nem toda pessoa que tem relação homossexual se considera homossexual.
Mas o que isso tem a ver com evolução? Estudos com primatas indicam que o comportamento homossexual é adotado pelos animais como forma de manter e ter novas amizades. E que, apesar de o comportamento sexual ser associado à reprodução, várias espécies de animais fazem sexo porque traz prazer e porque promove intimidade.
A pesquisadora afirma que irá continuar os estudos para analisar a influência de hormônios que podem aumentar a motivação homoerótica em homens e mulheres.
