43% dos jovens héteros transariam com pessoas do mesmo sexo, diz estudo
A gente descobriu um estudo recente que mostra como a sexualidade das pessoas é complexa e mais diversa do que se pode imaginar. Ainda mais se você achar que a orientação sexual se resume a heterossexual, homossexual e bissexual.
Publicado pelo site britânico You Gov, o estudo ouviu mais de 1600 pessoas e concluiu que cerca de metade da população jovem não se define como 100% heterossexual.
Para entender melhor como essas pessoas se viam, os pesquisadores usaram a escala de Kinsley (maneira de descrever o comportamento sexual). Se liga nessa imagem abaixo, que mostra o grau de sexualidade de 0 a 6:
Os pesquisadores pediram aos entrevistados que se localizassem nessa escala e eles descobriram que, enquanto 72% do grupo de adultos se definia como completamente heterossexual, 49% dos jovens com idade entre 18 e 24 eram menos binários, não se vendo como completamente hétero.
Ao serem questionados sobre a possibilidade de se sentirem atraídos, fazerem sexo ou terem um relacionamento com alguém do mesmo sexo, 22% dos jovens apontaram o número 1 da tabela, ao invés do 0.
Ou seja, esse estudo demonstra o quanto a percepção da sexualidade mudou em apenas uma geração, e como ela é mais complexa que imaginávamos, já que cada pessoa demonstra possuir graus diferentes para a homossexualidade, heterossexualidade e a bissexualidade.
Ao ser comparado com os dados de pessoas mais velhas, os números são ainda mais distantes. Dos jovens entre 18 e 24 anos, 43% consideraram a possibilidade de fluidez na sua sexualidade, apenas 7% dos entrevistados com mais de 60 anos apontaram o mesmo. Dos adultos, entre 25 e 39 anos, 29% ponderaram que sua sexualidade poderia ser mais fluída, em algum grau.
Um dado que vale destacar: apenas 23% das pessoas que se localizaram no número 1 da Escala Kinsley tiveram alguma experiência com pessoas do mesmo sexo. De modo geral, 89% da população britânica se descreve como heterossexual. No entanto, quando as opção se tornam mais abrangentes, muitos se colocaram no nível 1, aceitando a possibilidade de sentimentos e experiências homossexuais.
Segundo os pesquisadores, a maior descoberta desse estudo é o fato das pessoas estarem com a mente cada vez mais aberta, não ó no Reino Unido, onde o estudo foi feito.
Institutos de pesquisas como o americano Pew Research Center, também contam com estudos com resultados parecidos: enquanto apenas 55% da população americana em geral apoia o casamento gay, 70% dos jovens da geração Y (jovens nascidos nas décadas de 80 e 90) são à favor.
Um estudo da University of Chicago, de 1973, apontou que 70% das pessoas considerava os relacionamentos homossexuais como “sempre errados”. O fato de agora, o mesmo número ser o de pessoas da nova geração, que apoiam o casamento gay, indica uma mudança radical. O mundo está mudando!