60% dos gays com HIV conheceram seus parceiros em apps de pegação
Antes de começar a ler este artigo, peço que você tenha cuidado com pré-julgamentos, ok?
Segundo uma pesquisa da Universidade de Brown em parceia com o Hospital Miriam e do departamento de saúde do estado de Rhode Island, nos Estados Unidos, mais de 60% dos homens gays e bissexuais diagnosticados com HIV contraíram o vírus de parceiros que conheceram na internet e em aplicativos de pegação.
Ao todo, foram entrevistados 70 pacientes que contraíram HIV no ano de 2013. Desse total, 43 eram homens que fazem sexo com homens e 22 deles disseram ter contraído o vírus de parceiros conhecidos em aplicativos como o Grindr, Hornet e Manhunt.
“Esse é o primeiro estudo que mostra como a internet tem presença nos novos casos de HIV e destaca as oportunidades de parceria com os sites para avançar na saúde pública”, diz Amy Nunn, professora de saúde pública e medicina da universidade.
Como disse lá no começo do post, não podemos dizer que a culpa é dos aplicativos de pegação e sim da imprudência de quem o usa. “O objetivo da pesquisa não é estigmatizar o sexo e os homens que usam os aplicativos, mas sim criar parcerias com as plataformas na divulgação de campanhas e informações que ajudem a reduzir a expansão do vírus”, diz Amy.
No entanto, existe muita dificuldade de fazer essa parceria, porque os sites e apps geralmente vivem de anúncio e cobram pelo seu espaço – um preço mais caro do que as agências de saúde podem pagar. “Reduzir a transmissão da doença deve ser parte dos programas de responsabilidade social dessas empresas”, acrescentou a professora.
Agora, independentemente de onde você conheceu aquele cara incrível, coloca camisinha nesse pinto e faça sexo à vontade, porque você é livre, mas precisa se cuidar.