Meu Cantinho

Que medo alegre, de te esperar

Era um medo bobo que passava pela minha cabeça de um dia isso tudo poder dar errado só por causa da distância. Nunca fui fã de ficar distante de quem eu gosto, sabe? Sempre gostei de estar perto, presente e cuidando.

Gosto de amar pertinho, ver a pessoa quase todos os dias pra matar aquela saudade que ficou de um beijo. Gosto de estar sempre por perto e aproveitar cada momento único e maravilhoso fazendo com que cada toque e cada abraço fique nas lembranças. Mas sei que pra quem gosta a distância não atrapalha em nada. A gente enfrenta qualquer obstáculo pra ir de encontro com quem a gente mais quer por perto. Sem desculpas e sem mentiras.

E cá entre nós, aquele moreno que eu tanto gosto, deveria morar aqui pertinho. Não precisava ser meu vizinho não, nem morar na esquina da minha rua, só precisava ser mais perto. Sim, bem perto. Podíamos nos ver um dia sim, um dia não. Deu saudade, a gente mata. Deu carência, eu cuidaria. Só que ficar sentindo essa saudade de longe dá um medo danado.

Eu já o gostava tanto que não sabia mais como ficar longe dele, estava em desespero de amor e ao mesmo tempo sentia um medo alegre gritando aqui no fundo. E toda vez que ele aparecia meu coração tremia querendo falar tantas coisas que só no olhar eu conseguia dizer. Meu silêncio dizia coisas que só o meu coração sabia. Meu olhar mostrava sentimentos que só eu sentia.

Até hoje quando ele vem me ver sinto vontade de dizer tudo que sinto aqui dentro mas é bem difícil por que não consigo me expressar bem em palavras, e cada beijo dado e cada abraço apertado já diz tudo que eu queria dizer. Eu o adorava em segredo que só eu e Deus sabia. E em todas as nossas despedidas, dentro do abraço dele eu deitava meu queixo naquele ombro e pensava: “Não vai não, moreno. Fique aqui pra sempre. Mora em mim.”

Fernando Oliveira

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