Conheça o Frexting, a nova moda de enviar fotos pelado para amigos
Se pudéssemos resumir o ser humano em funções básicas, seriam elas: comunicação, alimentação e reprodução. Sim! Nós viemos a esse mundo para fazer essas três coisinhas fundamentais. E, com o avançar da tecnologia, entramos numa obsessão por tentar realizá-las todas on-line.
Hoje em dia, você se comunica pelo Whatsapp, enquanto o iFood entrega comida na porta da sua casa, da mesma forma que o Hornet também nos traz o que comer, se é que você me entende. Diante dessa necessidade, nasceu o sexting (sex + texting) que já discutimos aqui no Blog.
Pra quem não conhece: nada mais é do que manter “relações sexuais” através do celular, seja em aplicativos de paquera (como Tinder, Grindr e Hornet) ou com a adaptação de alguns outros apps como o Instagram e Snapchat.
Existe uma ideia de que compartilhar a nudez de nossos corpos é um ato de egocentrismo. E isso pode até ser verdade em algum ponto, mas é preciso observar que a linguagem evoluiu e o compartilhamento de nudes nas redes sociais é um fato e se transformou no nosso novo espelho.
Quantas vezes você já recebeu fotos de um amigo pelado? Se eu abrir meu Snapchat na sua frente, você vai cair duro (ou ficar duro) com a quantidade de pênis, bundas, masturbação e penetração que recebo diariamente. Inclusive dos amigos!
E isso já tem um nome: frexting (de friends [amigos] + texting), a prática de enviar aos amigos fotos com conteúdo erótico, nudez, mas sem nenhum objetivo sexual.
Mas por quê?
Segundo a teoria que sustenta o frexting, quando enviamos estas selfies nuas aos nossos amigos estamos apenas assumindo a sinceridade da nossa relação. Ou seja, quando você quer tanto, mas tanto enviar uma foto onde está pelado, mas não quer fazer isso com um estranho. Sendo assim, nasce a possibilidade de mandá-la para alguém em quem confiamos e que não vai jogar essa imagem na rede.
O conceito não é novo e ganhou mais dimensão quando a escritora Kelly Williams Brown publicou no seu blog, o Adulting Blog, vários posts que incentivavam as pessoas a enviarem fotos desse tipo. Pra você ter uma noção, já existe um protocolo e regras bem definidas para essa nova tendência.
Ao receber uma foto pelado, os amigos devem responder com emojis para que, segundo o jornal espanhol El País, a experiência “seja tão divertida e libertadora como deve ser”.
Mostrar o corpo às pessoas mais próximas é uma forma de aumentar a auto-estima. Pelo menos é isso que o frexting defende. Ao contrário do que se possa pensar, o frexting vai contra toda a moda das selfies nuas que invadiu os smartphones de todo o mundo. O frexting quer preservar a intimidade e, ao mesmo tempo, dar mais poder e força às pessoas para expressarem a sua sexualidade, de acordo com seus praticantes.
Embora o objetivo aparentemente seja exibir imagens em que parecemos maravilhosos, para receber elogios e melhorar nossa autoestima, esse uso afinal acaba sendo minoritário, e há um grande número de pessoas que usam a prática para se livrar da tirania dos códigos típicos do sexting.
O frext não tem razão alguma para mostrar uma idealização do seu corpo, pelo contrário, serve para que você consiga se desfazer da pressão dessa representação. Ou seja, quanto mais descuidado, ridículo e normal for… melhor. Parece que o pudor é afinal a última barreira digital. E ela está caindo.
Fonte: S.P