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Conto – Príncipe Impossível – Capítulo 38: Anjo Entre Caos

Caminhei pela calçada até que cheguei em frente ao restaurante. Olhei em volta procurando por Rupert e inicialmente não o encontrei. Ainda do lado de fora do restaurante olhei para dentro e tentei ver se encontrava por ele, mas Rupert não estava lá. Será que no fim das contas ele foi embora? Acho que eu estava muito convencido. Talvez Rupert não estivesse tão interessado em mim. quem diria que um atraso acabaria com todo o plano antes mesmo de começar.

Depois de olhar em volta de novo desisti e decidi voltar. Me virei e dei alguns passos me afastando do restaurante quando meu telefone tocou. Peguei o celular evi que era Rupert.

– alô? – falei colocando o celular no ouvido;

– onde você pensa que vai?

– Rupert?

– quem mais seria.

– onde você está?

– olhe para o outro lado da rua.

– olhei para o outro lado da rua e vi que Rupert estava com outras pessoas. Ele estava fumando.

Desliguei o celular e atravessei a rua.

– pensei que você não viria mais – falou Rupert dando uma tragada no cigarro e assoprando enquanto me aproximava.

– desculpa pelo atraso. Meu celular estava no silencioso.

– não tem problema – falou Rupert dando uma última tragada no cigarro antes de jogá-lo no chão e pisar em cima. Ele tinha um copo na mão com algum tipo de bebida. Parecia uísque. Ele bebeu o restante todo em um gole – vamos – falou Rupert atravessando a rua de volta para o restaurante e eu o segui.

Diferente do que eu imaginei Rupert não estava de terno. Ele estava com uma calça jeans azul e uma camiseta cinza escura. Ele tinha uma barba grisalha em seu rosto e seus cabelos que também eram grisalhos estavam penteados em um topete.

Talvez a maior diferença entre Gray e Rupert é que Rupert era um homem bem maior. Ele tinha uma corpo mais robusto e braços bem mais fortes. Seu peito estava desenhado em sua camiseta. Seus músculos se destacava em sua camiseta.

Nós entramos no restaurante e eu segui Rupert até uma mesa próxima a um assento vermelho em forma de meia lua. Uma mesa redonda para dois. O lugar era quase que meio vintage. Tudo em madeira. Rupert se sentou de frente para mim e ficou em silêncio quando nos sentamos. Na verdade foi um silêncio meio que constrangedor. Peguei o cardápio e dei uma olhada. Não tinha ideia do que dizer.

– você está com fome? – perguntou Rupert.

– não – falei olhando para ele.

– então porque está encarnado o cardápio? Você não prefere olha pra mim? – Rupert disse isso pegando o cardápio e colocando ele de lado.

– desculpa é que estou com vergonha.

– vergonha de mim?

– sim e além do mais eu devo admitir que eu odeio primeiros encontros. Detesto.

– porque?

– porque sim. Quer dizer, é tão chato ter que sair com alguém e ter que contar as mesmas coisas que contei em outros encontros.

– mas a melhor parte do primeiro encontro é que talvez ele será o último primeiro encontro.

– talvez – falei olhando para o lado. Vi que Holly e Kiff se sentaram do outro lado do restaurante que estava um pouco cheio. Mesmo assim eu conseguia vê-los e eles conseguiam me ver.

– essa é a primeira vez que saio em um encontro com um homem então é algo novo pra mim. Não sei se te trato da forma que trataria uma mulher afinal você é homem e pode te ofender.

– você está certo. Não é porque eu sou gay que significa que quero ser tratado como uma mulher, mas eu não me importo da forma que você vai me tratar. Na verdade você pode me tratar do jeito que você quiser. Seja você mesmo.

– OK – falou Rupert levantando a mão e assim que um garçom se aproximou ele olhou para mim – o que você quer beber?

– pode ser só um refrigerante.

– tem certeza? Não quer algo com álcool para relaxar?

– estou relaxado.

– você se importa se eu beber?

– não. Desde que não beba muito. Se não você não vai poder me levar em casa.

– um Martini – falou Rupert para o garçom.

Eu comecei a rir.

– do que você está rindo?

– você está tenso. Eu sei que você está com vergonha e com medo. Não precisa ter vergonha de estar em um encontro com um homem.

– deu pra perceber? – falou Rupert sem graça.

– deu sim.

– é que é estranho. Estou aqui sentado com você e tudo  oque passa pela minha cabeça é que todos em volta estão falando de nós e comentando coisas como “olha que estranho”, “olha que pouca vergonha”… fico imaginando o que todos estão dizendo de mim.

– você é uma pessoa bem complexa para um psiquiatra.

– é como dizem… quando escolhi essa carreira talvez eu só quisesse entender minha própria cabeça.

– eu preciso confessar que menti pra você.

– sobre o que? – perguntou Rupert agradecendo o garçom pelo Martini. Ele tomou um gole.

– sobre ser virgem.

– então você não é virgem?

– não.

– porque mentiu? – perguntou ele tomando outro gole.

– no fundo eu queria que você dissesse não ao encontro já que sexo estava fora de questão, mas você aceitou do mesmo jeito. Você disse que está disposto a mudar e fazer coisas por mim então eu te devo pelo menos a verdade. Eu não sou virgem. Tenho uma vida sexual curta, mas estaria mentindo se dissesse que sou virgem.

– De qualquer forma eu te respeito.

– Obrigado – falei tomando um gole do meu refrigerante com limão e gelo – posso te perguntar uma coisa pessoal?

– pode.

– você já contou pra alguém que é gay? Algum amigo ou familiar… como seu irmão?

– não. Pra ninguém.

– nem seu irmão?

– não.

– então ninguém sabe?

– na verdade uma amiga sabe… ela é minha psiquiatra.

– você tem uma psiquiatra?

– é claro. Do contrário não conseguiria aguentar a loucura dos outros.

– e ela sabe sobre você?

– sim. Na verdade foi ela quem me assumiu para mim mesmo. No começo eu não aceitava muito bem minha condição, mas Alegra me ajudou muito…

– Alegra? – perguntei sem perceber.

– sim… Alegra Mallory. Você a conhece?

– não. Só achei o nome dela bonito – falei disfarçando. Alegra é irmã de Eve. O mundo é realmente pequeno. Sabia que Alegra também é psiquiatra, mas quais as chances dela ser psiquiatra e amiga de Rupert? O mundo é realmente pequeno. Com tudo  oque está acontecendo na minha vida diria até que Rupert foi colocado no meu caminho, não por Roger, mas por uma força maior.

– então seu irmão não sabe?

– O Roger? Não – falou Rupert rindo – não tenho coragem de contar para ele.

Era um problema a menos. Como ninguém sabia sobre a condição sexual de Rupert não havia motivos para pedir que ele mantivesse segredo sobre nós dois. Se eu pedisse talvez ele desconfiasse de algo.

– seu irmão mora aqui em Los Angeles? Ele é seu único familiar vivo?

– sim. Ele é minha única família, mas ele não vive aqui. Não mais. Nos últimos meses ele ganhou muito dinheiro com um grande negocio que fez e acabou se mudando para na Diego. Ele é corretor de imóveis e abriu uma imobiliária por lá, mas ele sempre vem me visitar. Na verdade quando ele vem ele fica hospedado na minha casa. Sempre que vem ele tenta se hospedar em um hotel, mas eu faço questão de que ele fique hospedado lá em casa.

– ele é casado?

– era. Ele se separou recentemente.

– então… – falei tomando um gole do meu refrigerante – ele fez um grande negócio?

– sim. Ele é um ótimo corretor e vendeu algumas casas para uma grande empresa.

Pobre Rupert. Mal sabe que o irmão é um mentiroso. Esse grande negócio foi o dinheiro que ele roubou de mim.

– então ele ganhou muito dinheiro?

– sim. Meu aniversário foi a mais ou menos um mês atrás e você precisa ver o que ele me deu de presente.

– o que foi?

– Um Lexus. Vermelho – falou Rupert tomando outro gole da bebida dele – você vai ver quando formos embora. Eu vim nele hoje.

Então foi isso que Roger fez com meu carro? Ele me roubou e deu de presente pro irmão? Se eu der queixa do carro não será Roger que vai preso e sim Rupert. Sei que parte do plano de Morgan é dar queixa de tudo o que foi roubado, mas não vou dar queixa do carro. Não se isso fizer Rupert ir para a prisão.

– me fale sobre você… você também trabalha em uma imobiliária, certo?

– sim, mas não ou vendedor. Sou contador.

– ótimo. Talvez você fazer minha declaração de impostos desse ano.

– eu faço de graça, mas só pra você – falei terminando de tomar o refrigerante.

– e sua família? Sabe de você?

– não tenho família.

– ninguém? Mas você é tão novo.

– eu tenho alguns problemas do passado… não gosto de falar sobre isso.

– tudo bem, não precisa então – falou Rupert chamando o garçom – vamos pedir agora?

– claro.

– o que vocês desejam? – perguntou o garçom pronto para anotar o pedido.

– o que você quer? – perguntou Rupert com o cardápio na mão.

– algo leve.

– traga por favor uma Salada Romana para ele e para mim você pode trazer um Frango ao mel com amêndoas.

– querem algo para acompanhar?

– Vinho espumante – falou Rupert entregando o cardápio para o garçom.

– vou pedir que o  chefe prepare o vinho de vocês.

Olhei discretamente para Holly e Kiff eles não estavam olhando para mim. Na verdade eles estavam comendo e conversando. Não sei qual escola de detetives eles fizeram, mas eles disfarçavam bem. Se eu não os conhecesse eu diria que eles estavam realmente em um encontro.

– agora que você está solteiro… – falou Rupert chamando minha atenção – será que eu tenho alguma chance com você?

– eu não sei – falei olhando para ele – você é escritor e deve fazer turnês durante os lançamentos do seu livro. Nunca pensei que namoraria alguém que viajasse muito. Não acredito em relacionamento a distância.

– eu não viajo muito só quando lanço algum livro novo o que acontece uma vez por anos mais ou menos e além do mais não dura muito então não vai ser bem um relacionamento á distância.

– vamos ver como a noite se desenrola. Vamos nos encontrar mais algumas vezes para termos certeza de que estamos dispostos a nos envolver. Pode ser?

– combinado – falou Rupert sorrindo.

Alguns minutos se passaram e o garçom trouxe nossa refeição. A minha salada estava gostosa e leve exatamente como pedi e o frango com mel e amêndoas de Rupert também parecia saboroso.

– quer experimentar? – perguntou Rupert pegando um pedaço do frango e levando até a minha boca. Abri a boca e mastiguei. Era gostoso.

– uma delicia – falei mastigando.

– você já foi a um restaurante Filipino?

– não.

– você vai adorar. A próxima vez que sairmos vou te levar a um que tem aqui em Hollywood – Rupert disse isso colocando espumante nas nossas taças. Ele borbulhou e em seguida Rupert de um gole e eu fiz o mesmo. De alguma forma o vinho se encaixou perfeitamente com a comida. Deixou até mais saborosa.

– como você sabia que o vinho daria tão certo com a comida?

– Fiz dois anos de Gastronomia antes de mudar para psicologia. Amo a minha profissão, mas eu amo cozinhar então eu tenho uma certa noção de qual vinho é bom com qual tipo de comida. Por exemplo: Ostras combinam mais com Chablis, Sancerre ou Champagne. Peixes leves combinam com vinhos Brancos secos leves. Pizza e massas com molho ao sugo combinam com Tinto leve ou médio. Já o Coq-au-vin cai bem com Bourgogne bem estruturado.

– você sabe muita coisa.

– não quero me gabar, mas eu também sou um excelente cozinheiro.

– talvez algum dia você cozinhe para mim.

– quem sabe – falou Rupert tomando seu vinho.

A refeição estava maravilhosa. Depois que comemos me senti bem satisfeito e Rupert e eu tentávamos terminar o espumante.

– sabe eu estava pensando sobre o que você falou sobre se assumir e decidi que se eu for contar para alguém o meu irmão deve ser o primeiro a saber. Ele não vai me julgar.

– você que sabe – falei imaginando que aquela era uma péssima ideia. Roger tinha que ser a última pessoa a saber sobre nós.

– talvez você possa me ajudar.

– a contar para seu irmão?

– sim. Ele vai vir em três semanas e vai ficar hospedado lá em casa. Se tudo der certo entre nós você aceita me ajudar a contar para ele?

– aceito sim.

– ótimo – falou Rupert – esse é o primeiro passo – falou ele tomando um gole do vinho parecendo estranhamente aminado e é claro: nervoso.

Estava tomando um gole do meu espumante e quase engasguei quando olhei para Holly e Kiff. Eles estava se beijando. Não era um beijo qualquer. Era um puta beijo de língua. Não percebi que estava encarando e Rupert procurou o que eu estava olhando e ficou olhando também.

– eles parecem apaixonados – falo Rupert.

– o que? – falei saindo do meu tranze.

– eles parecem apaixonados – falou Rupert olhando para mim.

– é verdade – falei terminando de beber meu espumante.

– posso te beijar?

– em público?

– sim – falou Rupert se deslizando para perto de mim – posso? – perguntou ele colocando a mão no meu rosto e mantendo-a.

– pode. Se tiver coragem.

Fechei os olhos e senti os lábios se Rupert se juntarem aos meus. A barba dele me fez cosquinhas quando senti a língua dele entrar na minha boca. Levei minha mão esquerda até o peito de Rupert e a mantive. Acariciei seu peito de leve se subi a mão tomando seu rosto. Era estranho beijar outro homem que não fosse Gray, mas estranhamente gostoso. Rupert beijava bem. Ele não fazia nada a mão ser acariciar minha bochecha com seu dedão. Ele deu dois selinhos e finalizou o beijo dando uma lambida discreta em meus lábios.

Rupert terminou o beijo e pegou a taça dele bebendo o último gole de espumante. Ele olhou em volta e percebeu que ninguém ligava para o fato de nós estarmos nos beijando e sem aviso ele aproximou o rosto do meu e novamente nossos lábios estavam juntos. Levei minhas duas mãos até seu rosto e os segurei entre minhas mãos. Sua barba me espetava.

– você beija bem – falou Rupert entre dois selinhos antes de voltar a colocar a língua na minha boca. Chupei a língua dele e coloquei minha língua em sua boca e ele fez o mesmo.

– seu beijo é gostoso – falei finalizando com um selinho.

Rupert pegou o celular e leu alguma mensagem que ele recebeu.

– é sua esposa?

– sim.

– o que você disse a ela?

– que iria me encontrar com meu agente. Ela está perguntando que horas vou embora – falou Rupert levantando a mão e chamando o garçom – a conta por favor.

– nós já vamos embora?

– infelizmente – falou Rupert chateado – ela está irritada comigo. Ela queria sair hoje para jantar e eu menti dizendo que iria negociar um novo livro. Ela disse que se não chegar em vinte minutos eu não vou entrar em casa.

– que droga.

– posso te deixar em casa? – perguntou Rupert enquanto o garçom não trazia a conta.

– pode.

Rupert pegou a carteira para entregar o dinheiro ao garçom quando ele voltou e percebi que Holly olhava para mim. Discretamente eu apontei para o banheiro.

– vou no banheiro e já volto – falei me levantando. Holly fez o mesmo.

Entrei no banheiro e em seguida a porta se abri eu Holly entrou e trancou a porta.

– e então?

– eu consegui descobrir algumas coisas. Descobri que Roger não vive mais em Los Angeles, mas viaja muito aqui a passeio. Descobri no que ele vem aplicando meu dinheiro e descobri o que ele fez com meu carro.

– o que ele fez?

– deu pro Rupert. Ele veio nele.

– que droga – falou Holly.

– ele pediu para me levar em casa e eu disse sim, mas eu não quero velá-lo ao meu apartamento. O que eu faço?

Leve-o a um prédio qualquer. Você finge que vai entrar no prédio e quando ele se for você pega um taxi até seu apartamento.

– boa ideia.

– vou avisar os outros que tudo acabou.

– o que aconteceu com você e Kiff?

– era só atuação – falou Holly destrancando a porta.

– vocês merecem um Oscar.

Holly riu para mim e saiu do banheiro. Esperei alguns segundos e fiz o mesmo. Caminhei até nossa mesa e percebi que Rupert não estava mais lá. Sabia que ele estaria lá fora fumando e fui até lá.

O manobrista trouxe o carro de Rupert enquanto ele terminava o cigarro. Era o meu Lexus Vermelho. Não acreditei que Roger tinha mesmo dado para o irmão. Ele não tinha nenhuma consideração ao fazer isso afinal se eu desse queixa na policia ele seria preso. Roger era arrogante o suficiente para arriscar afinal eu não dei queixa e ele achava que não daria depois da ameaça.

Rupert apagou o cigarro e veio até o carro e abriu a porta do carona.

– vamos?

– sim – falei entrando no carro e ele fechou a porta.

Rupert colocou entrou, colocou o sinto e deu partida no carro.

– dirige devagar. Se a policia te parar você está ferrado.

– OK – falou ele olhando para mim – em que bairro você mora?

– Pacific Palisades.

– vou te deixar lá – falou ele virando na próxima esquina pegando a avenida principal – não posso demorar muito se não estou ferrado.

O relógio marcava pouco mais das dez da noite. Rupert dirigiu por alguns minutos e percebi que ele estaria em problemas se demorasse então decidi contar a verdade.

– olha eu vou ser sincero com você.

– o que é?

– eu não moro em Pacific Palisades.

– então porque estou indo para lá.

– porque eu ainda não me sinto intimo o suficiente para te dizer onde moro.

Rupert estacionou o carro e eu pensei que ele ia me botar para fora. Ele manteve o carro ligado e escorou a cabeça para trás.

– eu estou te contando isso porque não quero que se meta em problemas com sua esposa de fachada. Pode me deixar aqui que eu pego um taxi até em casa.

– eu não me importo com ela – falou Rupert ainda com a cabeça escorada para trás olhando para mim.

– então porque saímos tão rápido do restaurante.

– na verdade eu me importo sim com ela. Tenho medo que ela descubra a verdade antes que eu esteja confortável o suficiente para contar. Ser arrancado do armário deve ser a pior coisa do mundo.

– e é – falei me relacionando com aquilo – eu fui arrancado do armário quando ainda nem sabia do que eu gostava e foi a pior coisa que me aconteceu.

– então você me entende? Entende o que eu passo? Sou um psiquiatra que não têm ideia do que quer fazer. Tenho medo de quem eu sou e das coisas que sinto. A cada dia me sinto um pouco mais confortável comigo mesmo mas, não estou pronto para me assumir. Foi por isso que sai tão rápido do restaurante só que ao mesmo tempo eu não me importo com ela porque nossa noite não acabou. Estou gostando tanto de estar com você. Faz tempo que não converso tão abertamente com alguém.  Ao mesmo tempo que eu me odeio e quero ir pra casa eu quero ficar. Estou tão confuso – falou ele se inclinando para frente e deitando a cabeça no volante.

– o que eu posso fazer por você? Pra que você se sinta melhor?

– faça amor comigo – falou Rupert olhando para mim se escorando para trás novamente.

– o que?

– sei que você disse que quer ter mais alguns encontros, mas você me entende. Você faz eu me sentir normal.

– mas e sua esposa? Se você não chegar em casa logo ela não vai deixar você entrar.

– eu escolho você. Se você disser que quer passar o restante dessa noite comigo eu escolho você sem pensar duas vezes.

– tudo bem – falei sentindo meu coração bater rápido. Tentei me acalmar – mesmo assim eu não quero ir para meu apartamento.

– não tem problema.

– eu também não quero que me leve para um motel. Não quero parecer muito exigente, mas eu tenho nojo.

– você não é o tipo de cara que se leva pra um motel – falou Rupert colocando novamente o cinto de segurança e dando partida no carro.

Rupert seguiu com um carro pela avenida principal e depois de virar a direita e depois a esquerda ele estacionou o carro em frente ao Grand Golden Dolphin. Um hotel cinco estrelas bem no centro de Beverlly Hills. Rupert e eu saímos do carro e Rupert entregou a chave para o manobrista. Nós adentramos o saguão do hotel e chegamos á recepção.

– boa noite – falou a recepcionista.

– check in?

– sim – falou Rupert tirando o cartão de créditos – um quarto para casal.

O recepcionista debitou no cartão de Rupert o dinheiro e em seguida entregou a chave a ele.

– quarto quarenta e oito. Fica no nono andar – falou o recepcionista – tenham uma ao noite.

– você também – falou Rupert.

Nós entramos no elevador e ele foi até o nono andar. Tudo acontecia em Câmera lenta. Rupert estava estranho. Ele não olhava pra mim. Acho que por medo e por vergonha. Assim que saímos no corredor caminhamos até a porta do nosso quarto e Rupert o destrancou. Era um quarto enorme com uma cama gigante forrada com seda vermelha. Haviam quatro travesseiro com fronha branca e vermelha com alguns enfeites.

Do lado direito tinha um banheiro com um chuveiro moderno com vários jatos d’água. Havia um frigobar uma televisão enorme. Ao entrar no quarto Rupert fechou a porta e eu caminhei até a sacada. Abri a porta de vidro e lá fora vi o quanto estávamos altos. O vento estava gelado e a cidade lá embaixo parecia o céu lá do alto. Várias luzes formando galáxias de luzes. Não dava pra ver onde o céu e a cidade terminavam.

Voltei para o quarto e Rupert estava no banheiro. A porta estava fechada, mas ouvi o barulho da urina. Tirei os meus tênis e minhas meias e me deitei no lado direito da cama. Alguns segundos se passaram e Rupert saiu do banheiro e me viu lá deitado.

Ele veio até a cama e se deitou ao meu lado. Ele tirou os tênis, as meias e se deitou ao meu lado. Distante de mim. Nós dois ficamos lá deitados encarando o teto sem dizer nenhuma palavra.

– no que você está pensando? – perguntei ainda olhando para o teto.

– na minha vida.

– você não quer fazer?

– quero – falou Rupert – é só que. Me sinto diferente. Não é como das outras vezes. Não sei porque.

– é porque não será só sexo. Você sente algo por mim e você sabe que vai significar algo mais.

Nós dois continuamos em silêncio e pensativos. Nenhuma palavra era dita e o silêncio predominou.

– e você? No que está pensando – perguntou Rupert.

– em uma coisa.

– que coisa?

– em uma hipótese – falei olhando para ele. Rupert encarava o teto – posso te fazer uma pergunta hipotética?

– pode – falou ele ainda olhando para o teto.

– OK – falei pensando em como diria aquilo – faz de conta que os seus filhos correm perigo. Não é um perigo imediato. Digamos que o trabalho do seu namorado atinge pessoas perigosas.

– tipo policial?

– sim. Vamos fingir que seu namorado é policial e que seus filhos correm perigo afinal você ele faz inimigos toda vez que prende um bandido.

– OK  falou Rupert.

– agora vamos imaginar que seu namorado que não tem filhos prendeu um bandido e esse bandido ameaçou machucar os filhos do seu namorado que você ama muito.

– sim – falou Rupert.

– você obviamente vai sentir medo por seus filhos.

– claro – falou Rupert.

– se você tivesse que escolher entre a segurança dos seus filhos o relacionamento com o seu namorado… qual você escolheria?

– escolher? Porque eu deveria escolher? – perguntou Rupert olhando pra mim.

– seus filhos correm perigo.

– sim, mas quando eu comecei a namorar um policial eu sabia dos riscos. Eu não tenho direito de abandoná-lo só por causa de uma ameaça.

– então você não escolheria ninguém?

– não. É claro que eu redobraria a segurança dos meus filhos, mas eu lutaria para manter o relacionamento com meu namorado mesmo ele tendo uma profissão perigosa afinal como você mesmo disse eu o amo muito.

– tudo bem – falei pensando na resposta.

– porque você me perguntou isso? – perguntou ele olhando para mim e eu olhei para ele.

– e se eu te disser que o meu namorado terminou comigo por esse motivo e não pelo motivo que te falei. Obviamente eu não sou policial, mas digamos que uma pessoa que eu conheço ameaçou os filhos dele e ele terminou comigo por causa disso. O que você diria sobre isso?

– Eu diria que ele não te merece já que ele não quis lutar por você.

– então você acha que eu valho a pena?

– claro que vale. Eu lutaria por você – falou Rupert respirando fundo – qualquer pessoa nesse mundo que não esteja disposta a lutar por você não te merece – falou Rupert fechando os olhos.

Estava deitado de lado e senti meu coração bater rápido novamente. Levei minha mão direita até o peito de Rupert e a mantive lá por alguns segundos e em seguida subi ela até o rosto de Rupert. Acariciei a baba dele com o dedo e me aproximei dele dando um selinho em sua boca.

– você também vale a pena – falei dando outro selinho na boca dele.

Rupert abriu a boca e eu coloquei minha língua dentro dela. No fim das contas nós dois queríamos fazer aquilo, mas nenhum de nós sabia como começar. Agora que o beijo acontecia, tudo aconteceria naturalmente.

Ainda beijando a boca de Rupert me aproximei dele pouco a pouco e ele segurou em minha cintura puxando meu corpo para cima do dele. Fui por cima dele e continuei beijando sua boca. Seus beijos tinham gosto de cigarro e vinho, mas aquilo não me incomodava porque sua boca era macia e sua língua tocava na minha como se fosse a mais fina seda feita para rainhas egípcias. Sua boca tinha um gosto viciante e nostálgico.

– você beija tão gostoso – falei sentindo seu forte corpo junto ao meu. Ele me envolveu em seus braços e me abraçou com suas pernas. Sentia como se nada pudesse me machucar. Como se ele fosse uma armadura envolta em mim. Ainda me beijando Rupert virou seu corpo e me colocou deitado na cama e jogou seu corpo em cima do meu.

– Shhh! – falou Rupert parando de me beijar e colocando o dedo na minha boca – não fale nada. Deixe que seu corpo fale por você.

Rupert me deixou deitado e desabotoou a minha calça jeans. Vagarosamente ele tirou a minha calça e jogou no chão. Em seguida se abaixou na cama até que chegou aos meus pés. Rupert deu dois beijos no meu pé e me fez rir quando passou a língua entre meus dedos.

– isso faz cócegas – falei rindo.

Rupert deu outro selinho no meu pé e foi subindo. Ele dava beijos e subia pela minha perna. Fazia cócegas. Sua boca era quente e eu senti um arrepio enquanto ele subia beijando minhas pernas. Ele beijava a esquerda e a direita e foi subindo. Deu um beijo na minha coxa direita e depois na esquerda. Sua barba fazia cócegas.

Suas fortes mãos tocavam meu corpo como seda. Sua língua agora me saboreava como se eu fosse o chocolate mais suculento do mundo. Ele lambia minhas coxas enquanto suas fortes mãos me seguravam.

Estava apenas de cueca e camiseta e eu tinha vergonha do volume entre minhas pernas. Sentia que era errado estar excitado, mas eu estava e muito. Eu tentava esconder colocando as duas mãos entre as pernas. Se me sentir assim com Rupert é errado eu não queria estar certo. Nunca.

Rupert voltou a se ajoelhar e eu tirei minha camiseta ficando só de cueca.  Rupert deslizou a mão na minha barriga e segurou na minha cintura fazendo eu me virar de costas. Deitei de barriga pra baixo e o senti deslizar as mãos por minhas costas. Ele deslizou as mãos e senti-o dar um selinho na minha nuca. Ele deitou seu corpo em cima do meu. Podia sentir cada centímetro do seu corpo. Sua barriga e é claro. Nas minhas nádegas senti seu membro timidamente duro. Ainda estava bem guardado na calça jeans dele.

Depois de alguns beijos na minha nuca e nas minhas costas senti as mãos de Rupert retirar minha cueca. Ele a retirou e deslizou pelas minhas pernas me deixando completamente nu. Senti um frio em minhas nádegas. Rupert levou a cueca até o nariz e sentiu o cheiro do perfume do meu ânus.

Estava completamente exposto naquela cama a mercê daquele homem que mal conhecia, mas que declarava o seu amor por mim. Rupert se abaixou e passou a língua na minha nádega esquerda. Sua barba me fez cócegas quando ele deu uma mordidinha na nádega direita.

– olha pra mim – falou Rupert ajoelhado na cama. Virei meu corpo e novamente me deitei de barriga para cima. Rupert ainda estava de roupa, mas eu estava exposto. Um pouco envergonhado, pois meu membro estava duro.

Rupert segurou na parte debaixo da camiseta que usava e a tirou revelando seu forte corpo. Ele tinha um corpo definido e peludinho. Longos fios no peito e na barriga definida um caminho que ia até a cueca que ainda guardava o membro dele em um mistério. Ainda deitado estiquei a o braço e toque sua barriga e fiz carinho. Seu corpo era forte e quente.

Rupert inclinou seu corpo para frente e deitou seu corpo em cima do meu. Eu o abracei com minhas pernas fazendo com que seu membro duro tocasse no meu mesmo que ainda tivesse guardado na cueca. Estava rígido me provocando enquanto Rupert beijava meus lábios e eu deslizava minhas mãos nas costas dele. Rupert com certeza era um pedaço de mal caminho. Senti seu peito forte pressionar em cima de mim enquanto Rupert beijava meu pescoço fazendo eu me arrepiar por causa de sua barba.

Rupert deu um selinho na minha boca e se levantou da cama e ficou parado próximo a beirada. Ele segurou na minha mão e me ajudou da levantar cama. Me sentei na beirada da cama e segurei na cintura e Rupert. Aproximei o rosto e dei um beijo em sua barriga. Tirei a língua pra fora e passei entre os cabelos que iam até dentro da cueca. Ainda lambendo sua barriga desabotoei a calça jeans de Rupert. Desafivelei o cinto e abaixei a calça dele.

Estava dedicado a ele nesse momento. Passando a língua abaixei um pouco a cueca e senti os cabelos de sua parte intima em minha língua. Estava de olhos fechados, mas sabia muito que lambia seus pentelhos. Abaixei a cueca de vez e abri os olhos. Desci a língua pelo corpo do seu membro.

Levei a mão e segurei seu membro. Era macio e delicado. Era branco com algumas veias dilatadas. A glande estava meio coberta e eu deslizei a mão deixando ela a mostra. O seu saco era grande. Quase tão grande quanto o membro que devia ter uns vinte e dois centímetros. Tinha uma cabeça rosa clarinho. Era grosso.

Deslizei a língua pelo corpo do seu pau e envolvi a cabeça entre meus lábios. Era tão macio e saboroso. Rupert levou a mão até meu queixo e levantou meu rosto. Ele queria olhar em meus olhos. Engoli um pouco mais do seu pau enquanto olhava nos olhos dele. Rupert acariciava minha bochecha com uma das mãos enquanto a outra ele acariciava meus cabelos.

Era tão macio e tão gostoso. Era um vicio insaciável. Deslizava a cabeça para frente e para trás tentando engolir o máximo que podia. Chegava um pouco depois da metade e voltava até a cabeça.

Apertei forte o membro dele e na ponta saiu um liquido transparente. Passe ia língua limpando-o e em seguida voltei a chupá-lo, mas agora de olhos fechados. Rupert colocou a perna esquerda em cima da cama e eu senti sua coxa tocar minha bochecha. Levantei seu membro e passei a língua em seu saco. Ele tinha testículos grandes que ficavam pendurados em um saco enorme que quase não tinha cabelos. Era bem agradável de chupar. Dei um selinho no saco dele e passei a língua voltando ao seu pau.

Dei um beijo na base do membro dele sentindo seus pentelhos em meus lábios e antes de voltar a chupa-lo encarei aquele membro. Segurei firme e deslizei a mão masturbando-o. Rupert gemeu bem baixinho enquanto eu acariciava-o em sua parte mais intima. Mais uma vez o liquido transparente escorreu na ponta como uma gota de orvalho na manhã. Passei a língua e voltei a chupá-lo.

Depois de apreciar bastante seu membro que me levantei dando beijos em sua barriga e em seu peito. Quando cheguei no seu peitoral dei dois beijos e deslizei a língua até os seus mamilos. Circulei com a língua e comecei a chupa-los. Minha mão esquerda acariciava seu peito enquanto minha língua mamava seu peito direto. Dei uma mordida e fui ao peito esquerdo fazer o mesmo. Rupert colocou a mão em minha cabeça e pressionou contra seu peito.

Segurei em seus fortes braços enquanto meu rosto estava fundo em seu forte peito. Subi mais beijando seu pescoço e respirei fundo sentindo o seu perfume. Dei um beijo em seu rosto e sua barba pinicou. Rupert me abraçou e voltamos na os beijar apaixonados. Rupert me abraçou forte enquanto nossas bocas se redescobriam.

Com suas fortes mãos Rupert me virou de costas e me fez ficar de quatro na cama. Ele segurou firme em minhas nádegas e as afastou com a mão deixando meu buraquinho a mostra. Ele passou a língua de baixo até em cima sentindo o gosto do meu ânus. Ele cuspiu no meu ânus e passou a língua lambendo e deixando limpinho. A melhor parte disso tudo era sentir a barba dele roçando e me fazendo cócegas. Olhei para baixo cheio de tesão sem conseguir me aguentar na posição. Rupert me fez levantar e ele se sentou na beirada da cama.

– posso penetrar? – perguntou Rupert com as pernas um pouco abertas com seu membro apontando para cima.

– você tem camisinha?

– na minha carteira – falou Rupert apontando para a calça. Peguei a carteira e Rupert e eu a abri. Tinha dois preservativos lá dentro. Os entreguei a Rupert e ele abriu um deles e colocou na ponta do pênis e puxou até embaixo. Ele apertou a ponta e seu pau estava encapado.

Rupert continuou sentado na beirada da cama e eu me sentei no colo dele de frente para ele. Rupert me abraçou e segurou o membro enquanto ele entrava em mim. A dor inicial foi muito forte. A cabeça foi entrando e rasgando minhas pregas. Seu membro não era nada modesto. Grande e grosso. Sentia como se ele me rasgasse por dentro, mas Rupert era carinhoso. Ele me puxou e me fez beijar sua boca. Segurei seu rosto entre minhas mãos e dei um selinho em sua boca enquanto seu membro entrava em mim.

Beijando seus lábios a dor da penetração se tornou insignificante. Quando estava finalmente sentado em seu colo sentindo todo seu membro em mim ele segurou de leve na minha cintura e começou a movimentar o quadril.

– isso ai! – falou Rupert movimentando para frente e para trás enquanto me fodia carinhosamente. Ele deitou seu corpo para trás e deitou na cama. Levei minhas mãos até seu peito e cavalguei. Devagarinho eu comecei a subir e descer em seu mastro.

– Nossa que delicia – falei gemendo sentindo meu próprio pau beber na barriga de Rupert. Rupert esticou o braço e levou a mão até meu rosto. Abri a boca e ele colocou o dedão. Comecei a chupar o dedão dele enquanto subia e descia em seu mastro cada vez mais rápido.

– isso, isso, isso – repetia Rupert enquanto seu membro estava fundo em mim.

Nós dois gemíamos. Nós dois estávamos ofegantes e no ápice do gozo. Seu membro tocava minha próstata fazendo meu pau babar sem nem ao menos eu tocá-lo.

Rupert forçou meu corpo pra o lado e eu me levantei tirando seu mastro. Cai deitado na cama na transversal ao lado dele. Rupert acariciou minha barriga e deu um selinho na minha boca. Ele me virou de costas e se colocou atrás de mim. Ele posicionou o seu membro na entrada do meu ânus e forçou para dentro. Agora ele estava mais calmo. Ele movimentava-se devagar enquanto seu membro encontrava o caminho para dentro de mim. Ele segurou em minha cintura e continuou a movimentar, mas agora ele o fazia mais rápido.

Segurei meu pau e comecei a me masturbar. Não que eu precisasse já que o pau de Rupert fazia todo o trabalho sozinho. Rupert deslizou as mãos pra minha barriga e me puxou bem junto dele mantendo o seu membro socado bem fundo em mim. Meu ânus se contraiu Rupert gemeu e mordeu forte meu pescoço. Senti sua barba me pinicar e seus dentes agora cravados em meu pescoço enquanto seu pau estava cravado em meu cu.

– gostoso – falou Rupert voltando a movimentar.

Aquela posição me deu muito prazer, pois tinha contato com todo o corpo dele de uma vez. Sentia suas mãos, seu peito, sua barriga, seu membro, sua barba sentia Rupert totalmente em mim.

– você gosta assim? – perguntou Rupert movendo a cintura bem devagar fazendo com que seu pau me comesse em câmera lenta. Bem calmo.

– gosto sim – falei virando meu rosto para trás. Rupert deu um selinho na minha boca.

Rupert então tirou seu membro de mim e ficou de joelhos na cama. Na mesma posição ele simplesmente levantou minha perna e a colocou no ombro dele. Ele se encaixou em mim. Nessa posição ele só conseguia enfiar metade do seu membro, mas era o suficiente para me fazer gozar.

Segurei no meu pau e comecei a socar uma enquanto seu membro entrava e saia de mim enquanto ele rebolava bem devagar. Rupert viu quando o primeiro jato de esperma saiu do meu membro e caiu na cama seguido por mais três. Suspirei fundo e apertei meu pau tirando a última gota. Rupert pareceu satisfeito em me ver gozar porque ele tirou o membro de mim e me fez deitar de costas. Ele veio com o corpo por cima do meu e eu o abracei.

– gozou meu anjo? – perguntou ele com um sorriso no rosto dando um selinho na minha boca.

– gozei – falei abraçando-o sentindo seu corpo junto do meu. Eu estava ofegante.

– posso gozar também?

– pode fazer o que quiser – falei dando um selinho na boca dele.

Rupert ficou de joelhos na cama e levantou minhas pernas enfiando seu membro em mim. Ele fechou os olhos e colocou as duas mãos na minha barriga. Ele começou a movimentar a cintura. Eram movimentos rápidos. Fechei meus olhos e apenas senti ele se deliciar dentro de mim. Em certo momento ele parou e diminuiu o ritmo. Seu corpo se contraiu e sua barriga ficou rígida. Soube nesse momento que ele gozou enchendo a camisinha.

– você gozou?

– sim – falou ele ofegante – muito – falou ele se abaixando e beijando meu pescoço. Ele deslizou o membro para fora e fez cara de surpresa – que droga – falou Rupert tirando a camisinha do membro.

– o que foi?

– a camisinha estourou – falou ele me mostrando um enorme buraco no preservativo – eu gozei dentro de você.

– nós vamos ter que fazer exames – falei cansado.

Rupert se deitou do meu lado na cama e me puxou para perto dele me fazendo deitar a cabeça em seu peito. Estava tão cansado que aceitei a proposta. Deitei a cabeça e fechei meus olhos.

– amanhã vou pedir o divórcio – falou Rupert.

– o que? – perguntei abrindo meus olhos.

– vou pedir o divórcio. Não preciso contar para ela que sou gay para pedir o divórcio. Vou simplesmente dizer que o casamento acabou.

– acho que você não devia fazer isso por mim. Não faça nada por mim coisas que você pode se arrepender.

– tarde demais – falou ele alisando meu rosto – estou apaixonado por você – falou ele dando um beijo em minha testa – eu disse que você vale a pena. Vou lutar por você e pelo meu direito de ser livre. Cansei de mentir. Essa é um grande passo para mim.

– não me escolha – falei implorando – escolha seus filhos, escolha sua esposa ou escolha qualquer um só não me escolha.

– porque? Você não está disposto a lutar por mim?

– acho que não tenho escolha – falei me lembrando do real motivo de estar ali. Estaria mentindo se dissesse que o que aconteceu aqui essa noite foi relacionado ao trabalho. Não precisava fazer o que fiz, mas eu fiz e não me arrependo afinal o meu corpo foi oferecido essa noite. Não por mim, mas por Gray. Ele disse que eu podia ir para a cama com Rupert e eu fui. Havia uma confusão dentro de mim. Tinha vários sentimentos dentro do meu corpo inundando minha mente. É ruim não ser a pessoa que foi escolhida. Não estou pedindo que Gray escolha a mim e deixe os filhos de lado, mas ele não precisava ter feito da maneira que fez.

Esperei tanto para ter a minha primeira vez e ele simplesmente me jogou aos lobos dizendo “fique com ele se você quiser afinal ele vai voltar pra mim quando tudo estiver acabado”. Como ele pôde oferecer o meu corpo a outro para que os filhos dele fiquem em segurança? Como posso dizer não a uma coisa dessas? Tenho medo de ter aberto uma porta que não vou mais conseguir fechar. Como vou poder jogar Roger na cadeia se estiver apaixonado pelo irmão dele? É como eu disse: É ruim não ser escolhido, mas no fim do dia eu fui. Só que não foi pelo homem que achei que me escolheria.

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