Contos

Desejos de Colégio – Capítulo 4 – Um tesão e Outras Coisas

Não tinha escapatória. Eu estava ali com meu pau duro deitado no sofá da sala do Rodrigo. Ele tava me olhando de um jeito estranho, mas não parecia com nojo nem nada, porém pelo sonho que eu tinha acabado de ter não queria presumir nada. Decidi então ignorar o estado do meu pau e falar sobre outra coisa:

-Nossa, acabei cochilando aqui. Passou quanto tempo? Você tá de bem? -perguntei

-Tudo beleza sim, passaram 2h e pouco. Daqui a pouco podemos dar uma olhada nas frutas, principalmente nas bananas. – ele falou dando risada

Eu acabei rindo. Se vamos levar isso para a brincadeira.. melhor ainda. Não precisa ficar um clima tenso. O problema é que meu pau ainda tava duro e o sonho que eu tinha acabado de ter tava muito fresco na memória, além de todo o material criativo que eu tinha na minha mente depois de ver ele pelado no outro dia.

No fim das contas terminamos o projeto e meu pau finalmente descansou. Estava arrumando minhas coisas para ir pra casa quando Rodrigo perguntou se eu não queria assistir One Tree Hill ali mesmo. Iria começar em alguns minutos. Óbvio que aceitei.

Olhamos o seriado, comentamos bastante (o que me deixou muito feliz pois gostávamos dos mesmos personagens) e então peguei meu celular para chamar o táxi, daí ele disse:

-Ei, estava pensando em dar uma caminhada, quem sabe não te levo pra casa? Já economiza, fico me sentindo mal de ter te feito vir aqui duas vezes sem pagar nada.

-Pode ser, mas sem problemas, no fim das contas foi divertido..

-Foi mesmo. – ele respondeu

O caminho até a minha casa era um pouco mais longe que ele esperava. Comentei que morava bem perto do colégio, mas ele não pareceu aborrecido de ter que ir até lá. Conversamos sobre muitas coisas e parecíamos em sincronia. Quando estávamos chegando ele agradeceu pela ajuda em química e que fazer o trabalho comigo foi muito melhor que com qualquer um dos amigos dele. Estava me sentindo nas nuvens.

Ao mesmo tempo que ele estendeu a mão pra me dar tchau eu abri os braços para um abraço, ele deu uma risada tímida e então me abraçou. O tempo que ficamos entrelaçados durou mais tempo que provavelmente deveria.Eu tinha abraçado ele por cima, com os braços em volta de sua nuca e ele nem tentou fazer papel de machão, estava com os braços em volta da minha cintura quase.

Quando estávamos nos soltando ficamos no angulo perfeito, olhando um no olho do outro. Foi então quando sem nem pensar eu avancei e ele ficou sem reação. Meus lábios tocaram os dele em um selinho que se transformou no meu primeiro beijo gay. Nossas línguas se tocaram e o gosto dele era melhor do que eu imaginava. Só que durou menos do que deveria. Ele me empurrou um pouco forte e saiu correndo sem olhar para trás. Fiquei nervoso com o que aquilo significaria nos próximos dias, mas algo que eu sempre havia sonhado aconteceu, na verdade mais que sonho (pois esses eram geralmente bem sexuais).. Um ato de carinho aconteceu entre a gente.

TRANSFORMAÇÃO

No outro dia era domingo, faltava 24h para que eu pudesse ver Rodrigo de novo na aula. Não conseguia pensar em outra coisa, estava ficando louco já. Então vi na TV que uma feira de roupas com preços de fábrica iria ficar aberta a tarde toda no centro da cidade, logo pensei em Leandro. Decidi chamá-lo para começar a prometida transformação, talvez isso conseguisse me distrair dos últimos acontecimentos com o Rodrigo.

Liguei e ele topou na hora, disse que poderia jogar outra hora. Acho que para um nerd isso é um grande ato. Como eu moro praticamente sozinho (pais sempre viajando a negócios) não preciso avisar ninguém do meu paradeiro, então mandei uma mensagem para a minha mãe que faria algumas compras com o cartão dela e fui para o centro.

Quando cheguei Leandro já estava lá. Sempre que vejo ele de pé levo um susto com seus 1,85 de altura. Percebi que tínhamos muito o que fazer quando ele apareceu usando uma calça boca de sino e uma camiseta laranja, tipo Dragon Ball mesmo. O cabelo dele era bem irritante também. Um estilo meio chitãozinho misturado com desenhos japoneses, sem corte e muito seco, nem parecia que era ruivo de tão feio que estava.. Ele realmente precisaria de ajuda.

-Oi Ber, obrigado por fazer isso man, precisava mesmo de ajuda. – ele disse quando cheguei mais perto

-Claro Léo, trouxe dinheiro né? Qual seu limite para compras hoje?

-Eu trouxe 900 reais, podemos torrar tudo! – disse ele animado

– Ótimo! Acho que não precisamos de tanto assim, vai dar pra fazer algo legal. Podemos começar pelo cabelo?

Então fomos direto para o salão do centro que estava aberto. O cabeleireiro quase teve um surto quando entramos. Ele realmente precisava de ajuda. O meu cabelo estava com um corte baixo dos lados e em cima usava um tipo de franja jogada para trás, mas não achava que isso ia funcionar pra ele. Então sugeri que se fosse para transformar, deveríamos mudar radicalmente. O cabeleireiro achou que uma progressiva, deixar bem liso, cortar um pouco as pontas seria o suficiente, mas eu achei que passar uma máquina 3 era a melhor solução e partir daí ele poderia cuidar desde sempre o cabelo.

O resultado foi melhor que eu esperava. Com as laterais com máquina 2 e em cima mais comprido, tipo máquina 3, ele já nem parecia o mesmo de antes, até as sardas do seu rosto que nunca tinha percebido estavam aparentes e muito fofas. Estava gato até. Ele pareceu animado com o resultado e então fomos as compras.

-Já estou me sentindo outra pessoa. – comentou ele animado

-Você já está bem diferente! – exclamei

– Cê me pegaria? -ele comentou rindo

– Ainda não, faltam as roupas – respondi rindo.

Mas no fundo fiquei pensativo sobre, mas o Rodrigo não saia da minha mente então nem dei bola, afinal, Leandro sabia que eu era gay pois já tínhamos conversado sobre no telefone. Ele não tinha preconceito algum, então levei na brincadeira e ele também.

Entramos no pavilhão que estava acontecendo a feira de roupas e realmente tinha de tudo! Era um sacrifício arrancar ele de umas lojas com animes estampados em camisetas laranjas, verdes (marca-texto) e azul céu. Andamos mais um pouco e achei uma loja meio rock, meio geek, com muitas opções.

-É essa mesmo que vamos – apontei pra loja

Os olhos dele já brilharam por ter muitos personagens que ele gostava em camisetas pretas e brancas e com um corte bonito. Não queria tirar a essência de Leandro, mas precisava que ele parasse de misturar tanto as cores. Escolhemos umas 30 camisetas diferentes (quase todas pretas ou brancas, algumas cinzas) estampadas com detalhes de séries e animes que ele assiste e algumas também lisas. Pegamos umas 8 calças bonitas e umas 3 bermudas para ele provar. Até eu achei umas camisetas legais de séries que assisto.

Quando fomos aos provadores, todos estavam cheios, uma bagunça de tanta gente que tinha. Estava perdendo a paciência ao esperar que nem vi ele me puxar pra um provador enorme que provavelmente era para deficientes.

-Léo, não podemos usar esse, é para deficientes. – comentei

-Eu sei, eu sei, mas olha o quanto de coisas eu tenho, além disso tem mais dois provadores para deficientes vazios.. Vamos ficar nesse até alguém nos expulsar.. Afinal, eu não sei escolher sozinho, preciso da sua ajuda. – pediu ele

-Tudo bem então, quer que eu saia para provar?

Ele respondeu que não precisava já tirando a camiseta que estava. Não tinha parado pra observar Leandro nesse sentido, mas seu corpo era muito bonito. Todo natural, ele já tinha pelos por todo o peitoral e aquela linha que eu tanto gosto da barriga até o volume. Como o cabelo dele era meio ruivo, seus pelos eram ruivos/loiros e seus ombros eram cheios de sardas assim como o rosto. Com o cabelo curto e sem aquelas roupas horríveis, ver Leandro só de cueca, com aquelas pernas peludas com pelos ruivos começou a me deixar sem jeito.

Acho que ele não percebeu, pois continuou se vestindo. Aproveitei para provar uma das camisetas que tinha pego pra mim enquanto ele terminava. Ficou perfeito nele. Realmente nem parecia a mesma pessoa. Ele estava sem óculos então não poderia reclamar de quase nada.

-Tá perfeito Léo, só precisamos trocar sua armação do óculos e fazer aquele tratamento pra espinhas com roacutan, acredita em mim, tá lindo! – comentei animado

Ele me puxou pro abraço sem pensar muito, fiquei surpreso mas abracei de volta.

-Muito obrigado mesmo. -ele falou

E continuou provando as roupas e eu com aquela visão privilegiada do seu corpo de 1,85 de altura. Meu pau já estava dando sinais de vida quando ele estava no final das roupas. Estava ficando tímico de ficar alí, não podia pensar assim, ele é meu amigo. Tecnicamente meu único amigo homem. Não posso estragar isso que nem fiz com o Rodrigo.

Rodrigo! Nossa, por alguns minutos esqueci completamente da situação que tinha acontecido ontem. Estava muito curioso para saber como seria amanhã na aula.

NAQUELA NOITE

Depois de passar esses dias com Rodrigo e hoje com o Léo, chegar em casa sozinho foi quase depressivo. Decidi ir deitar logo, já que talvez se dormisse não demoraria muito pro outro dia chegar.

A noite foi turbulenta, com pedaços de sonhos confusos.

“Rodrigo passava as mãos pelo meu rosto, pela minha boca, colocava o dedo dele nela me fazendo chupá-lo, enquanto falava meu nome baixinho no meu ouvido, sussurrando “me chupa Bernardo, meu pau tá prontinho pra tí, todo duro”

“Em outro lugar, “o novo” Leandro tirava a roupa dele no provador e chegava perto de mim com um volume na cueca e falava “eu sei que tá me olhando, me secando, eu sei que quer me tocar, pega aqui” e pegava na minha mão, levando ela até seu pau e depois pra sua bunda.

“Eu me ajoelhava e tirava o pau enorme do Rodrigo da sua cueca, chupando a cabecinha. Fazia movimentos circulares com a língua no pau dele enquanto ouvia ele gemer”

“Leandro então se virava de costas e tirava a cueca, cuspindo na mão e passando na bunda. Com seus 1,85 de altura ficava de quatro no chão, me olhando com cara de safado, gemendo “me come Bernardo, come esse cuzinho ruivo, quero sentir teu pau aqui dentro”, meu pau babando pra caralho na cueca estava pulsando. Tirei ele pra fora, cuspi nele e enfiei de uma vez só naquele cu cheio de pelos ruivos. Que tesão de bunda.”

“Do nada Rodrigo chegava no provador e dizia “tá me traindo Bernardo? foi por ele que quebrou meu coração em mil pedaços?”

E então acordei com o despertador tocando a toda a altura, suado.

Que sonhos confusos, mas não havia mais tempo para pensar, tomei um banho gelado para me acalmar, me vesti e fui correndo para o colégio.

REALIDADE

Cheguei no colégio e vi os 6 muchachos conversando entre si. Quando entrei Rodrigo estava de costas pra mim. Como minhas amigas não haviam chego ainda fui lá enfrentar de vez essa situação. Cutuquei-o nas costas e ele se virou, me olhando com a maior indiferença que poderia.

-Ah, oi, quer o trabalho? Já revelei as fotos, nem precisa me pagar. Toma aí – ele falou

E me entregou uma pasta com tudo que produzimos na semana anterior e se virou de novo.

-Finalmente não vou precisar mais conviver com esse frouxo. -ele comentou pros amigos, que deram risada. O único que não riu foi o Matheus, que me olhou com uma cara de pena.

.

*Continua. tadinho do Ber né? Todos odiando Rodrigo já ou ele tá em negação? E o Leandro.. alguém gosta?*

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