Contos

Apaixonado por um traficante – Capítulo 2

– Você não é o pangaré que derramou cerveja em cima do meu tênis?

– Sim sou eu sim…

Eu estava com muito medo cara… estava preste a sair correndo dali se ele viesse para cima de mim…

– Hum… e você não sabe não que esse horário é perigoso ficar zanzando por ai?

E o olhei para ele com uma vontade de rir mas saberia que se eu fosse fazer isso poderia acordar com um olho roxo, Junior para com seus enormes braços e coloca na cintura olhando totalmente para a minha cara…

– Se você esta falando perigoso, acho que não estou correndo tanto perigo agora não.

Junior meio que eleva uma sombrancelha para cima.

Cara que moreno lindo meu, um belos par de braços de dar inveja meu, eu que tinha 19 anos de idade tinha um sonho de ser igual a ele, claro que na forma física…

– Como assim? (Ele fala num tom meio grosso, sua voz rouca e grossa saiu de sua boca.)

– Que estou falando com o dono de tudo isso, então se você não for fazer nada comigo tenho certeza que não preciso ter tanto medo assim.

– Hum é verdade não raciocinei direito.

E ele raciocina cara, pensei que fosse fingimento.

– Mas conta ai cara, você mora aonde?

– No final da rua mais lá para cima.

Falei apontando para o alto.

Junior me olhava sério como se eu estivesse fazendo algo de muito perigoso.

– Hum, e o que você esta fazendo a essa hora na rua?

– Vou na casa de um amigo meu, ali mai para baixo.

Logo que falei isso, Junior fez uma cara de raiva e ódio, procurando palavras em sua boca, como se eu tivesse falando uma besteira e jogando em sua cara.

Me amedrontei e fui me encolhendo.

– Que amigo? Ele pergunta com os olhos vermelhos, colega de escola meu.

– Mas ele mora aonde?

– Mais ali embaixo. – Digo pela segunda vez já com mais medo de seus olhos, imaginando aquele baita negão me arrebentando ao meio.

Imagina cara. Amanha amanheceria num hospital.

– Eu te levo então, você não deve ficar assim sozinho nessas ruas malditas.

– Não precisa não cara eu to bem assim.

– Cala a boca, eu te levo moro.  Ele acenou com a cabeça para mim, dei um pulo quando ele me mandou me calar e só concordei.

Descemos a rua um ao lado do outro, eu com um certo orgulho de estar com ele ao meu lado, parecendo um guarda costas particular meu.

Ainda me sentia envergonhado pelo fato de todos ali respeitar ele e o cumprimentar por onde ele passa, ficavam me olhando

Quando cheguei na frente da casa de meu amigo.

– Obrigado cara, por me acompanhar ate aqui.

– Não por nada não, mas fala ai cara, você gosta de vídeo game?

– Gosto sim por que?

– Eu tenho umas fitas lá em casa, originais e estou pensando em passar você não quer não?

– Bah cara que legal

– Quer ou não quer? (Ele falava grosso.)

Dei mais um pulo de susto.

– Quero sim, claro seria legal.

– Então vamos ali na minha baia pegar primeiro, ai depois eu te trago aqui, ai você pode mostrar ao seu amiguinho.

Ele meio que debochava de mim.

Achei que não seria nada em ir com ele, mas pelo fato de ele ser procurado e ser um traficante famosíssimo já me britava um sentimento de medo e desespero.

– Tudo bem cara mas tem que ser rápido.

– Eu sei cara, você é filhinho de mamãe e tal né.  (Ele falava novamente me olhando e debochando com um sorriso.)

Subimos mai um pouco o morro ate chegar a sua casa que pelo contrário era linda de se ver, acho que umas das casas mais belas de todo o horizonte.

Enorme igual ao dono, mas o dono era gostoso e com um incrível volume na frente, imaginei na hora como poderia ser aquela coisa durona.

– E ai cadelas? (Ele cumprimentava seus capangas.)

– Esse é o Guilherme, ele veio buscar uns jogos de vídeo game.

– Oi Junior e ai mano. (Falava um mulato.) – Mas cara você prometeu a mim.

Junito olha para o cara como se fosse sacar uma arma e atirar nos miolos dele.

– O resto eu te dou, agora sossega o rabo ai veio, se não vou te mostrar o sabor da laje.

Acho que deu ate para imaginar né, o que ele faria com o moleque.

– Vamos lá brow entra ai e fica a vontade. (Ele me falava me botando para frente e caminhando junto comigo.)

Junior para na porta de sua casa e a abre e entra logo em seguida.

– Quer um passaporte para entrar e fechar a porta ou vou ter que te pegar a força? (Ele falava vendo eu surpreso com tanta beleza de sua casa.)

O que um traficante não consegue com drogas né.

-Desculpa. (Eu entrei meio afobado, mas não transparecia.)

– Senta ai muleque, não fica com medo não, eu não mordo.

Ele disse logo que me sentei, Junior da um sorriso e sai em direção a cozinha, pude ouvir barulhos de garrafas lá.

– Bebe ai?

– Não eu não bebo obrigado, e os jogos Junior eu tenho que ir embora.

– Calma ai bundão, relaxa um pouco. (Junior se joga ao meu lado vendo minha tensão por estar conversando com o dono de tudo por aqui, e eu tava mesmo.)

Junior me olha serio bem fundo em meus olhos, e deslocando seu olhar para minha boca, eu fiquei o olhando também vendo um movimento estranho em meu estomago de tensão.

Junior me encara e se aproxima mais de mim, bebendo um pouco mais de sua cerveja..

Continua

OBRIGADO PELOS COMENTÁRIOS E ESPERO QUE GOSTEM !!!!

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6 Comentários

  1. cara estou me imaginando nesse conto muito bom mesmo esperei ontem a noite inteira pelo o conto…só acho que deveria postar o terceiro capitulo hj a noite já que ñ postou ontem

  2. Só achei meio racista colocar o traficante como um cara negro, precisamos quebrar certos tipos de esteriótipos!, sei que existem criminosos de diversas etnias e tons de pele, mas reforçar a ideia que se propaga em nossa sociedade de que o negro é sempre o o criminoso/bandido não é legal, quer uma prova, a própria pagina de vcs, geralmente posta fotos de casais gays felizes ,mas ha sempre um padrão estético(branco, cabelo liso, corpo atlético), reforçando uma padronização do amor gay, em quem estiver fora deste padrão acaba sendo marginalizado , não me levem a mal curto a pagina e gosto do conteúdo, mas acho que vcs deveriam repensar o que é diversidade!

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