Eu Te Amo Porra -Capítulo 31
Alexandra Narrando
Fazia tempos que eu não era humilhada desse jeito e o pior foi ter sido na frente do meu amigo e cunhado Raphael,ao sentar no sofá da minha casa a frase que aquele homem disse ecoou na minha cabeça e as lembranças do passado vieram me fazendo chorar.
O Raphael chegou e me deu um abraço.
Raphael – Calma,vai ficar tudo bem.
Eu – Ai Rapha…eu nem tô chorando por causa do que aquele cara disse não…é por tudo.
Raphael – Você sabe que pode desabafar comigo se quiser né?
Eu nunca tinha falado sobre a minha história para ninguém,eu já até tentei ir ao psicólogo algumas vezes,mas sempre desistia no meio do caminho.
Eu – Eu tô precisando desabafar mesmo…lá vai.
Então eu comecei a contar a minha história para o Raphael.
FLASH BACK ON
Eu nasci em uma comunidade bastante pobre do Rio De Janeiro e era filho mais novo de 7 irmãos,eu vivia uma vida muito pobre com a minha mãe e os meus irmãos.
Acontece que a minha mãe ( Regina) se apaixonou pelo grande amor da vida dela aos 14 anos,mesma idade em que ela deu a luz ao meu irmão mais velho,o grande amor da minha mãe se chamava Gilson,apesar de novo ele já era um traficante de drogas perigoso,mas a minha mãe não ligava pra isso e inclusive ajudava ele a esconder as drogas da polícia.
A minha mãe teve os seus dois primeiros filhos com ele,mas depois que o seu grande amor foi assassinado ela se afundou nas drogas e na prostituição,tanto que eu não faço a mínima ideia de quem é o meu pai.
Como a minha mãe vivia pela rua e eu e os meus irmãos dependiamos da ajuda de vizinhos.
Desde os meus quatro anos de idade que eu percebia que eu era diferente dos outros garotos e que era o universo feminino que me encantava. Aos 6 anos de idade eu fui violentado por um vizinho e os abusos se seguiram,até o início da minha adolescência.
Graças a Deus devido a um problema que ela teve no útero a minha mãe não podia mais ter filhos e os meus irmãos mais velhos cansados daquela vida de sofrimento foram indo embora um a um,até ficarmos apenas a minha mãe e eu na casa que era alugada.
Aos 14 anos eu comecei a mostrar quem eu era e passei a me vestir de menina a partir dai,sofri muito preconceito dos vizinhos,mas a minha mãe nunca se manifestou nem a favor nem contra,até que em um belo dia ela saiu de casa e não voltou mais.
Eu entrei em desespero e procurava a minha mãe por todos os lados,mas nada de achar ela,mas além do meu desespero em encontrar a minha mãe,eu também tinha que me preocupar com o pagamento do aluguel que já estava vencendo.
Eu procurava emprego em todos os lugares,mas não achava nada.Na época eu era um adolescente de 14 anos,magro,porém com um corpo curvilínio e cabelos cacheados que passavam dos ombros.
Como já era previsto eu fui despejado da casa e foi a partir dai que eu passei a morar na rua aos 14 anos e pela primeira vez eu catei latinha para sobreviver.No meu primeiro dia catando latinhas eu consegui encher um saco cheio,mas ao chegar no ferro velho eu me decepcionei,pois tudo aquilo que eu tinha conseguido valia apenas 5 reais.
Eu estava voltando para o viaduto do qual eu dormia,quando um carro parou do meu lado e dentro dele estava,Saulo,que foi o mesmo cara que me humilhou na frente do Raphael.
Saulo – E ai princesa.
Eu – Oi.
Saulo – Entra no meu carro,eu prometo que eu pago bem.
Foi ai que caiu a ficha,ele estava pensando que eu estava ali para me prostituir,eu até queria recusar o convite,mas eu estava praticamete sem ter o que comer e aquele dinheiro viria em uma hora boba.
Eu entrei no carro dele e como eu era menor de idade e não poderia entrar em um motel,ele me levou até a sua casa.
Já dentro do carro eu comecei a chorar,pois lembrei dos abusos que eu sofria do meu vizinho até os meus 12 anos de idade.
No começo eu sentia muita dor e só chorava,mas conforme eu fui crescendo eu passei a gostar e a sentir prazer com o que ele fazia comigo e isso fazia eu me sentir mais suja ainda.
Assim que chagamos na casa dele ele disse.
Saulo – Vá se lavar no banheiro que eu tô te esperando no quarto.
Eu fui até o banheiro fazer a famosa chuca,o meu vizinho sempre fazia isso em mim antes de me abusar e depois que eu fui crescendo eu passei a fazer sozinha.
Depois de ter me lavado eu fui até o quarto dele,onde ele estava deitado completamente nú,ele não me atraia fisicamente de forma nenhuma e eu até sentia um certo nojo dele,mas eu tinha que fazer aquilo se eu quisesse sobreviver.
Saulo – Chupa o papai vai.
Então eu me ajoelhei entre as pernas dele e comecei a chupa-lo.A vontade que eu tinha era de vomitar devido ao mau cheiro dele.
Saulo – Isso…tá pegando o jeito rápido hein putinha.
Saulo – Agora tira a roupa que eu quero te comer.
Então eu tirei a blusa e o short que eu estava usando,ficando apenas de calcinha na frente.
Saulo – Fica de quatro vai.
Eu fiquei de quatro,enquanto ele admirava o meu corpo.Fisicamente eu era bem parecido com a minha mãe que era uma mulher bem bonita.Eu era magrinho da cintura fina,porém tinha as pernas grossas e a bunda dura e grandinha,além dos meus cabelos cabelos cacheados que iam até os ombros.
Saulo – Que putinha gostosa.
Então ele abaixou a minha calcinha,colocou a caminha e enfiou o pau dele todo dentro de mim de uma vez só,fazendo com que eu gritasse de dor.
Eu – Aaaaa!!
Saulo – Cala a boca vadia! Disse ele tapando a minha boca.
Ele nem sequer esperou eu me acostumar com a dor e começou a bombar forte dentro de mim e eu só conseguia chorar de dor.
Antes de gozar ele tirou o seu pau de dentro de mim,ele retirou a camisinha e gozou no meu rosto,fazendo com que eu me sentisse ainda mais humilhada.
Ele tirou uma nota de 50 reais da carteira e jogou encima de mim e depois de ter se vestido ele disse
Saulo – Toma um banho e vaza daqui.
Eu me levantei com dificuldade e com sangue escorrendo entre as minhas pernas e fui até o banheiro.Eu só conseguia chorar durante o banho e depois disso eu sai da casa dele e o primeiro lugar no qual eu fui foi em uma pensão para matar a minha fome.Enquanto eu comia eu também pensava em tudo que tem acontecido na minha vida e as lágrimas teimavam em cair.Foi ai que uma moça se sentou ao meu lado e deu pra perceber que ela era uma trans apesar de ser bem feminina.
Ela – O que houve criança?
Ela era bem bonita,morena,1,70 de altura,cabelos pretos e lisos que iam até a cintura,além de ter uma bunda grande e bem feminina e seios que começavam a nascer.
Eu contei a minha história para ela e ela também me contou a história a sua história.O nome real dela era Patrick e o nome feminino Patrícia e para fazer os seus programas ela usava o nome de Paty,ela tinha 18 anos e havia sido expulsa de casa pelos seus pais aos 16 anos depois que eles descobriram que ela estava tomando hormônio e desde então ela se prostituia nas ruas.
Paty – Você tem certeza que você quer entrar nessa vida?
Eu – Tenho sim…eu preciso sobreviver e até agora eu não consegui nenhum trabalho.
Paty – Se é isso que você quer eu vou te ensinar tudo o que você precisa saber.
A Paty foi extremamente generosa comigo,ela me levou pra morar na casa dela em Madureira e me ensinou tudo o que eu precisava saber sobre esse mundo da prostituição e eu ajudava ela com as despesas.Eu também comecei a tomar hormônio e aos 16 anos eu já estava com o corpo bem diferente,o meu quadril tinha alargado,a minha voz afinou um pouco e os meus mamilos estavam maiores e mais inchados,mas eu vazia isso apenas para agradar os clientes,pois ao contrárip da Paty eu não queria me tornar uma mulher,eu gostava de transitar entre esses dois universos,ao contrário da Paty que aos 20 anos já havia colocado silicone nos seios,ela inclusive sonhava em fazer a cirurgia de mudança de sexo e apenas não a fazia por ser muito cara e também porque a maioria dos clientes que a procuravam gostavam exatamente dessa fantasia de uma mulher com pênis.
Mesmo aos trancos e barrancos eu consegui terminar o ensino médio aos 19 anos de idade e no meu aniversário de 20 anos,Paty e eu passamos por uma experiência horrível.
Nós fomos para um bar comemorar,aquele bar erra bastante frequentado pela comunidade LGBT e quando já era por volta das 3 da manhã Paty e eu decidimos ir embora.
Eu – Me espera um pouco que eu vou no banheiro antes.
Paty – Então eu te espero lá fora,é bom que eu vejo se o uber já chegou.
Então eu fui até o banheiro,enquanto foi para o lado de fora e assim que eu entrei no banheiro eu ouvi uma gritaria terrível e corri para ver o que estava acontecendo.
Ao chegar no lado de fora do bar eu fiquei perplexo com o que eu vi,6 caras todos eles bastante musculosos e com a cabeça raspada estavam espancando a Paty que estava caída no chão,foi preciso umas 15 pessoas para tira-los de cima dela e nós tivemos que leva-la as pressas para o hospital.
A Paty teve vários ferimentos graves,o que a empedia de fazer programa,já que nós trabalhavamos com a aparência,nós demos queixa dos caras que espancaram ela,mas infelizmente nada foi feito.
Como só eu estava trabalhando,as coisas acabaram apertando lá em casa,ainda mais que a Paty ganhava bem mais do que eu.Eu tinha que pagar o aluguel e a conta de luz e mal sobrava dinheiro para comer,pois com a crise financeira no país os programas haviam diminuído,pois por mais incrível que pareça a crise também afetava o nosso trabalho.
Foi ai que eu decidi tomar uma atitude,eu fui até uma dessas boates da zona sul em que só os riquinhos frequentam e só consegui entrar porque eu fui pra cama com um dos seguranças um dia antes.
Eu acabei percebendo que tinha um cara olhando pra mim,mas não era qualquer cara,era ninguém maia ninguém menos que Heitor Brandão,o órfão que conseguiu triplicar a fortuna deixada pelos pais,o cara além de rico era muito bonito e vivia aparecendo nas revistas e sites de coluna social.
Até que ele fodia bem,porém ele não sabia que eu estava ali por dinheiro,então eu esperei ele ir para o banheiro para pegar todo o dinheiro que tinha na carteira dele.
Eu sai do motel direto para um super mercado 24 horas e fiz uma compra que daria para mais de 2 meses e ainda sobrou dinheiro para pagar o uber.
Paty – Meu Deus como você conseguiu isso?
Eu – Eu não falei que eu ia dar um jeito mulher . Disse abraçando ela.
Algumas semanas depois a Paty já estava recuperada e as coisas foram voltando aos poucos ao normal.
Um belo dia eu estava em um ponto no qual eu fazia programa em Copacabana,eu estava usando uma blusa tomara que caia e uma. mini saia acompanhada do meu velho salto vermelho,quando um carro SUV parou na minha frente e o carra que abriu a janela do motorista era um tremendo gostoso.Ele era alto,branquinho,com o cabelo preto penteado em um topete e com os músculos bem definidos.
Ele parecia estar bem nervoso e mandou eu entrar no carro.
Ele foi dirigindo o tempo todo em silêncio em direção até o motel e ao chegar lá ele tirou a roupa dele e pediu para que eu ficasse apenas de calcinha.
Ele não falava praticamente nada,ele se deitou encima de mim e deu um beijo de língua em mim,eu ia me soltar dele,pois nós tinhamos a política de não beijar clientes,mas quando eu vi eu já tinha me entregado,o meu coração acelerou,eu estava sentindo uma sensação que eu nunca havia sentido antes.
Ele colocou a camisinha e passou um pouco de lubrificante no pau dele,eu me posicionei de quatro encima da cama e ele foi me penetrando aos poucos.
Aquele foi o melhor sexo que eu já tive,não era apenas mais um programa qualquer,eu senti prazer,na verdade até mais do que prazer eu sentia um sentimento diferente,mas eu tentei espantar aquilo da minha cabeça,pois o Jonas era um cara rico e jamais se interressaria por alguém como eu,mas ai ele começou a me procurar todos os dias,chegando inclusive a ir na minha casa algumas vezes e ele era o único cliente que eu beijava,demorou um tempo,até que nós percebessemos que estávamos apaixonados um pelo outro.
Flash Back Off
Eu -E essa é a minha história. Disse secando as lágrimas.
O Raphael também já estavs bastante emocionado e disse.
Raphael – Apesar do meu irmão nunca ter gostado muito de mim,eu torço muito pela felicidade de vocês.
Eu – O Jonas já me confessou uma vez que ele sempre teve ciúmes de você,pois achava que os seus pais e o Sérgio gostavam mais deles do que de você,depois ele acabou se arrependendo de tudo que te fez,mas não tinha coragem pra te pedir desculpas.
Raphael – Alexandra,posso te fazer uma pergunta?
Eu – Claro,pode sim.
Raphael – Você continua fazendo programa?
Eu – Não,eu não faço mais,eu até tentei arrumar um emprego,mas ninguém daria um emprego de carteira assinada para alguém como eu,eu tinha até cortado o meu cabelo e tentei mudar o meu jeito de ser,mas não deu…sabe.
Eu – Eu faço uns bicos de manicure,faxineira,tô sempre me virando,mas de fome eu não morro não.
Raphael – Ué o Jonas não tá te ajudando?
Eu – Ele até queria,mas eu fiz questão de não aceitar,se tem uma coisa que eu não quero é ser sustentada por homem rsrs.
Raphael – E você tem toda razão rsrs…sabe…eu vou falar com o meu irmão Sérgio,eu tenho certeza que ele arruma alguma coisa pra você.
Como já estava muito tarde ele teve que dormir lá em casa e ele ligou para o Hugo e para os pais dele avisando.
Raphael Narrando
Eu acabei dormindo na casa da Alexandra naquele sábado a noite e como o Hugo passou o domingo treinando eu quase não vi ele.
Eu estava decidido a ajudar a Alexandra e na segunda-feira de manhã eu fui até a empresa sem o meu pai saber e fui até a sala do Sérgio depois de ser anunciado pela secretária.
Sérgio – Que isso irmãozinho lembrou que os negócios da família existem? Perguntou ele em tom de brincadeira.
Eu – Nossa que engraçadinho o senhor seu Sérgio.
Sérgio – Então ao o que devo essa visita ilustre?
Eu – Eu queria pedir a sua ajuda?
Sérgio – Ajuda?
Eu – Sim,mas não é pra mim não,é pra outra pessoa.
CONTINUA…