Contos

Apaixonado por um Traficante – 2° Temporada – Capítulo 7

A luz que vinha em meus olhos era muito forte, mesmo assim estava bem distante quando abri meus olhos e vi aquele rosto inocente, me olhando.

– oi… – falou o Felipe a minha frente.

Eu ainda estava sentindo uma enorme fisgada em minha cabeça. E de primeira não falei nada, só abri meus olhos e fiquei vendo ele de longe.

Tento me sentar, mas só consigo com a ajuda de Felipe que agarrava meus braços.

– como está se sentindo? – ele pergunta a mim sentando ao meu lado na cama.

– melhor, mas como eu vim parar aqui?

– você desmaiou,fiquei bem preocupado e te trouxe direto para cá, ainda bem que uns de meus amigos estavam com carro então foi bem mais rápido, mas na hora, Guilherme, eu fiquei bem perdido, você caiu de repente, o que foi que aconteceu naquela hora?

Fiquei olhando para ele sem falar nada, Felipe tinha o semblante preocupado e curioso.

Mas, mesmo assim, eu não podia contar qual era a situação. Ele provavelmente estava correndo perigo, eu já podia ver o desatre se aproximando, como se estivesse na beirada de um precipício.

– nada importante, eu só fiquei tonto do nada, eu não estava bem…

– mas foi aquela pessoa que te ligou não?

– não, era minha mãe, era ela!

Foi só o que disse me levantando da maca e me pondo em pé. Tenho pavor de hospital, odeio aqueles lugares.

Felipe ainda tentou me forçar repousando mais um pouco, mas eu não estava mais com paciência de ficar ali. Queria apenas dar um jeito nessa confusão toda que tava a minha vida.

O que Júnior ia fazer?….

Ele chegaria aqui?…

E se chegar?…

O que ele faria se visse eu com o Felipe?…

Depois de algum tempo, que fosse o suficiente para eu tentar organizar as ideias, o medico veio me dar alta.

Pedi para Felipe me levar para casa, pois já não estava com cabeça para ficar perambulando na rua; tava agoniado; angustiado; queria me deitar e dormir o máximo que eu poder e, talvez, não acordar nunca mais.

– vamos pegar um taxi – disse ele já puxando- vem vamos pegar aquele – ele chamava o taxi que vinha de longe.

De taxi atravessamos a cidade, e chegamos na rua onde eu estava hospedado, ele paga o taxi e então saímos.

– gui, você não está com fome cara? eu posso pagar alguma coisa para você comer?

– mas minha mãe deve estar preocupada…

– sim claro eu entendo, mas se for esse o caso eu te levo e falo com ela, deixa eu pelo menos te pagar algo para você comer.

Fiquei olhando ele todo esperançoso, fazendo o possível para não sair de perto de mim, mesmo depois do dia que tivemos.

Eu me sentia mau, e ao mesmo tempo bem de estar com ele, era estranho, e eu deveria me afastar. Mas não o fiz, fui acompanhar Felipe até um restaurante ali perto e tentar comer algo.

Mas o filha da puta do Júnior era algo não saia da minha cabeça, já não aguentando mais em ficar longe dele, porem era o melhor a fazer.

Assim cai um pouco em mim e parei um pouco de pensar no meu moreno.

Perai meu? Não ele não era meu?

Estava com um Felipe tentando me agradar ao máximo, era justo eu dar toda atenção a ele, mas alguma coisa que ainda não fechava.

– Lipe eu vou no banheiro e já volto -falo a ele.

– Vai lá.

Eu to tão apertado. Tento ser o rápido que consigo e logo volto para a mesa. Chegando perto de Felipe. Noto que ele estava de cabeça baixa, olhando fixo para as mãos.

– Voltei! – Eu digo, Felipe levanta a cabeça.

– é melhor você retornar a ligação -diz me dando o meu celular- eu pensei que era meu que estava tocando e me enganei e atendi sem querer.

PUTZ! meu celular, esqueci em cima da mesa.3

– O que você fez, Felipe!? – Eu pergunto pegando meu celular.

– Um tal de Júnior quase atravessou o telefone e me encheu de desaforo dizendo que você era dele, e que ia encher minha boca de bala.

Minha cabeça latejou, nesse momento.

– Felipe, me diz o que você fez?

– Guilherme, desculpa, eu não vi que era o seu e peguei e atendi, ai eu disse que daria o recado…

– Mas ele te perguntou algo?

– Sim, perguntou quem eu era, e eu disse. Felipe ficou olhando para mim com uma cara assustada, eu já até imaginava a sua resposta.

– Fala logo Felipe.

– Disse que era seu namorado.

– VOCÊ O QUE!!! – Eu digo olhando para ele e já pegando meu celular de cima da mesa e saindo em direção a rua.

– Gui peraí! -fala tentando me alcançar

– Não, me deixa.

Abro a porta e saio em direção a avenida.

Meu deus o moreno deve estar puto.

Para mais desgraça o meu celular começa a tocar.

– Cara, você não tinha esse direito! Digo raivoso pro Felipe que ainda me seguia.

– Como não Guilherme? Nós estamos juntos.

– Não estamos juntos! Ficamos uma vez, é bem diferente do que ter um namoro.

Meu celular tocava descontrolado, e o nome brilhando nele, me causava um arrepio macabro.

– Mas cara eu pensei.

– Felipe você pensou errado, eu te disse que estava com uma pessoa fora daqui, e aí você pega o meu celular e atende falando que é meu namorado, ta maluco? E se fosse minha mãe?

– Gui, desculpa meu, e atender logo isso não deixa tocar, acho que vai ser pior.

– Tudo vai ser pior, pode ter certeza disso.

Me viro de costas me afastando mais, olhando para a tela de meu celular assustado. Preparando as palavras que diria. Aí vinha bomba.

Meu deus!

Júnior agora vai me infernizar.

– Oi. Digo tentando parecer calmo.

– Que merda é essa de namorado!? Tu tá de palhaçada? Ta louco? – Vociferou irado do outro lado da linha.

– Júnior calma.

– CALMA É O CARALHO, quem é esse bosta ai? Eu vou fazer esse puto de tiro ao alvo, porra Guilherme, eu te disse que tu é meu, ninguém vai te tirar de mim.

– Você também me traiu.

– PORRA CARA EU TE DISSE QUE ELA QUE ME PEGOU, E VOCÊ FEZ O QUE.

– PARA DE GRITAR, deixa eu falar.

– Não tem essa não, eu to encaralhado aqui, eu vou te foder e malhar a cara desse teu namoradinho aí, tô indo agora te buscar , você é meu põe isso na tua mente seu merda, tu ta pensando o que?

– Júnior para deixa eu explicar…. – balanço a cabeça olhando para Felipe que ainda estava parado me olhando.

– Não quero nem saber , eu vou matar esse pau no cu, e depois eu vou atrás de ti Guilherme, eu vou acabar com a raça dele.

– Júnior. Eu chamo de primeira.

– Júnior. Ninguém atende mas que merda.

Ele como sempre desliga o telefone na minha cara.

– O que houve Gui?

– Cara, tu não podia ter feito isso.

– Tá merda, eu não devia, exagerei ok?! Mas me dá um motivo para tanto desespero.

Eu do tipo uma risadinha.

– Quando tu ver o que é o Júnior, vai ver qual é o desespero que eu estou falando.

Felipe ainda estava sem entender nada.

Eu estava desesperado pedindo no mesmo momento para Felipe me levar embora, eu tinha que fazer uma coisa, estava decidido a enfrentar a todos, tinha que sair dessa e até mesmo pela segurança do Felipe.

– mas quem é esse Junior? me explica.

Andamos até minha rua, de volta para minha casa. Eu estava transtornado e aflito, mas ainda tenti contar, da melhor forma que eu podia, tudo para ele. Quem era o Junior, que tanto me ligava.

Felipe ficou com uma enorme cara de assustado, mas mesmo assim não falou nada ficou escutando todas as minhas palavras com atenção, vendo onde isso iria.

Diminuímos as passos quando chegamos na minha rua…

– agora você entende meu desespero, entende por que eu estou assim tão assustado…

– Deixa ele vir. Disse estupidamente.

– pelo amor de deus! Nem tenta bancar o valentão, ele te dá um soco e arrebenta sua cara num instante…1

– Mas eu quero ficar com você, foda-se quem ele é, mesmo você me dizendo que não sente nenhum amor por mim e sente por ele, eu gosto de ti.

Felipe me olhava tranquilo como se ainda não tivesse entendido todo o desespero o qual eu estava naquele momento temendo pela vida dele.

– cara, isso não vai acontecer, ele nunca deixaria, e ele pode te machucar, eu não posso deixa…

Felipe bota a mãos na cintura, ainda me olhando.

– calma, vamos enfrentar isso juntos…

– mas a questão é exatamente essa, a gente não pode enfrentar ela -eu digo- alem disso eu gosto del -desabafo com lagrimas em meus olhos.

– eu sei e quero batalhar por você cara, quero que você esqueça esse mané que está na sua cabeça, ele só quer se aproveitar de você.

Minha angústia era tanta, o segurei vomo um salva- vidas, e dei um beijo em seu rosto e dizendo um até amanhã bem rapidamente e saindo em direção a casa onde eu estava.

O traficnate continuo me ligando e me deixando quase louco assim que enviava uma mensagem desaforada. Isso durou o dia todo.

Já estava até imaginando como seria a tragédia, ele mataria o Felipe e depois viria atrás de mim. Fim. Tragédia.

Eu não deixaria isso acontecer, tinha que botar um ponto final nessa loucura, tinha que erguer minha cabeça, e encarar minhas opções.

Estava dentro da casa decidido, de relance olho para minha mãe que estava sentada na sala, vendo minha Irmã escorada na parede, olhando Jeferson com o notebook. Vou ate minha mãe e me sento ao seu lado ela sempre bem sorridente a mim bota a mão em minhas costas, eu sorrio para ela e ela vê o desespero em meu sorriso.

– mãe precisamos conversar… – eu digo.

– eu também acho…

– como assim?

– quero saber o que tanto você está assim estranho esses dias, esse meio tempo que estamos aqui você está distante.

Junto minhas mãos e olho para minha irmã que já sabia o que se passava comigo.

– é sobre isso mesmo mãe que quero falar com você, quero te contar tudo que esta acontecendo até hoje comigo.

– tem haver com o Júnior não é? -minha mãe fala com certeza.

Continuo a olhar para ela, minha Irmã que se aproximava, e balanço a cabeça quando, estava com a certeza do que eu estava fazendo.

– eu sabia, sou amiga da mãe dele, sei que estão andando juntos, e seja o que for, meu filho, eu quero saber, vamos ali na cozinha e você me conta com mais calma, estou vendo que você não esta muito bem.

Levanto junto com minha mãe fazendo sinal que a casa caiu para minha irmã, Suelem fica aflita e nos acompanha deixando seu namorado, eu entro e me sento na cadeira. Agora não tinha mais volta de onde eu estava.

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Um Comentário

  1. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!
    Gente to tão aflito!!!! To com um ódio do filipe, ele não tem q se meter nisso, o gui é do junior e ponto final!!!!!!
    Moço libera logos os outros por favor numca t pedi nada!!!! Rsrsrs
    PS: li varios outros contos mas pra mim esse é o melhor!!!
    PS.2: os outros tbm são muito bons!!!!

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