Brasil

Casal gay brasileiro cruza três continentes para ter filhos biológicos entenda!

O casal formado pelo empresário mineiro Pedro Maciel Filho, de 41 anos, e pelo ortodontista capixaba Janderson Lima, de 34, realizou o sonho de ser pai. E chegou a cruzar três continentes para que os filhos fossem biológicos.

Tudo porque, de acordo com o jornal O Globo, eles optaram por um polêmico processo internacional de útero de substituição, popularmente conhecido como barriga de aluguel.

Por meio de uma empresa israelense, eles escolheram óvulos de uma doadora da África do Sul e, após a fertilização, os embriões foram inseridos em duas mulheres da Tailândia para a gestação assistida. Uma delas recebeu o material genético de Pedro e, a outra, o de Janderson.

Dez dias antes do esperado as filhas Luísa e Valentina (sim, uma teve gêmeas) nasceram em Bangcoc: saudáveis e com 2,5kg cada uma. O casal desembarcou às pressas no domingo (26) capital tailandesa para conhecer as filhas. Em fevereiro de 2015, vão retornar para conhecer o filho, Vitor.

Pedro e Janderson, que moram em Governador Valadares, Minas Gereais, contam que o quarto dos três bebês estão prontos, que eles desembolsaram 90 mil dólares pelo processo e que, na volta ao Brasil, irão retirar o nome das gestantes da certidão de nascimento dos filhos.

Casal com uma das filhas e, ao lado, enfermeira cuida da gêmea.
Casal com uma das filhas e, ao lado, enfermeira cuida da gêmea.

O presidente da Comissão de Direito da Família da OAB-RJ, Bernardo Garcia afirma que a barriga de aluguel no Brasil é ilegal, só podem ser realizadas com doação temporária de útero e com a ajuda de uma mulher que tenha parentesco de primeiro grau (salvo exceções) e que não receba pagamento para gerar o bebê.

“O processo foi realizado em locais onde não há esse impedimento. Sendo assim, os pais não terão problema. Basta que apresentem a certidão tailandesa de nascimento ao consulado brasileiro. Os bebês serão tratados como quaisquer brasileiros que nascem fora”, afirma.

Atualmente países como Nepal, México e Ucrânia, além de alguns estados dos EUA, aceitam o procedimento. A Tailândia deixou de aceitar recentemente, pouco depois do início do processo do casal brasileiro.

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