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Conto de Garoto – Capítulo 1 – As Lendas do Colégio

Capítulo 1
As Lendas do Colégio

Conto de Garotos

Capítulo 1 – As Lendas do Colégio

Era uma tarde chuvosa, os ventos estavam cada vez mais fortes e carregavam um som aterrorizante. Os galhos das árvores balançavam violentamente, causando um ruído atípico. Alguns trovões povoavam o céu, trazendo seu estrondo espantoso com ele.

Dentro de uma estrutura de pedras, mais precisamente dentro de uma escola. Uma sala recheada de alunos estava em silêncio, todos os alunos estavam concentrados no teste que lhes foi imposto. Era um colégio interno para garotos, que ficava no sul das montanhas do Vale Enou chamado Saint Rosre.

O relógio da parede avisava que faltavam apenas quinze minutos para a entrega do teste, no entanto, nenhum aluno havia terminado. Era uma prova difícil, até mesmo o aluno mais inteligente estava tendo dificuldades. E o professor responsável por aquela prova estava sentado à sua mesa, olhando com atenção seus alunos.

Iago, tinha vinte e oito anos e era o professor mais novo do Saint Rosre e o mais famoso, por ter as melhores notas de sua antiga faculdade, que ainda prestava alguns serviços. Era professor de química e muito competente e não tolerava bagunça em suas aulas.

Sua aparência demonstrava sua personalidade, tinha um tom de pele claro, seus olhos eram negros como a escuridão, assim como seus cabelos, que eram curtos, deixando que apenas sua franja caísse por seus olhos, como se pudesse esconder aquele olhar enigmático. Era alto e as suas vestes eram diferentes dos outros professores, apesar dos alunos usarem uniformes, os professores não tinham nenhum em especial.

Iago estava sempre desleixado, usava somente vestimentas escuras, combinando com seus olhos e cabelos. Suas calças eram sempre jeans e algumas possuíam alguns rasgos nos joelhos, e na parte de cima vestia uma blusa de malha de manga comprida, que ficava justa ao seu corpo, parecia um roqueiro. Seu jeito parecia ser bem legal, mas nenhum aluno tinha coragem ou vontade de conversar com ele.

Os quinze minutos restantes passaram num único suspiro. O professor levantou-se de sua cadeira e olhou para seus alunos. Alguns estavam acertando as últimas questões, outros estavam com a cabeça baixa, talvez tivessem desistido de tentar.

Com passos lentos, o professor começou a passar pelos corredores onde os alunos sentavam-se em quartetos por causa da extensão da mesa. Ele começou a recolher as duas folhas xerocadas que havia passado para seus alunos, verificando se havia o nome da cada um. Quando terminou de recolher os testes, voltou-se para sua mesa em silêncio, juntamente com os alunos que o acompanhavam com o olhar.

– Estão dispensados – disse o professor, com uma voz rouca e baixa.

Alguns alunos já haviam arrumado seus materiais, portanto saíram apressadamente, eles mesmos não agüentavam o silêncio que se instalava nas aulas do professor de química.

Todos os alunos saíram apressadamente. Iago soltou um longo suspiro e olhou para os testes em sua mão, organizando-os e os colocando em uma pasta amarela logo em seguida. Depois iria corrigir, no momento queria almoçar. Estava pronto para sair da sala, mas parou ao ver a porta abrindo e um aluno adentrando.

– No que posso ajudá-lo? – indagou Iago, não reconhecendo o rosto do aluno.

– Eu… desculpe-me. Eu acho que me enganei – disse o rapaz, com um semblante sério.

– Qual seu nome e seu dormitório? – indagou Iago.

– Meu nome é Hanz Golden. É o meu primeiro dia, eu não estou conseguindo me localizar – disse, permitindo que um sorriso amarelo se desenhasse em seu rosto.

– Deixe-me ver seus horários – Iago pediu, estendendo sua mão.

O recém chegado estudante caminhou lentamente pela sala, fazendo seu solado bater contra o carpete de madeira, causando eco naquele cômodo tão vazio. Quando entregou o papel para o professor, ficou a olhá-lo com curiosidade. Definitivamente Iago não parecia ser um professor pelo seu jeito de se vestir, e olhando com mais atenção, Hanz notou que ele usava um pequeno brinco de argola em sua orelha esquerda.

– Você deveria estar no segundo andar. Você tem aula de literatura na sala trinta com o professor Melchor – disse secamente – ninguém te explicou como decifrar os horários?

– Não, eu o peguei a pouco na diretoria – respondeu, pegando o papel da mão de Iago – “que homem mais mal humorado” – pensou em seguida.

– A sua próxima aula é comigo, esteja aqui no horário. Nessa mesma sala, e eu não tolero atrasos – disse, voltando sua atenção ao seu material.

– Obrigado – disse, friamente, virando-se de costas e saindo da sala.

Hanz fechou a porta e soltou um longo suspiro, aquele homem não era fácil de lidar. Passou a mão por seus cabelos negros, jogando-os para trás, porém sua franja logo caiu para frente novamente, cobrindo seus olhos. O rapaz começou a caminhar pelos corredores, olhando com atenção a arquitetura do colégio, que foi fundado no século XV.

Após andar pelo carpete de madeira daquele longo corredor, Hanz achou a escadaria que o levaria para o segundo andar. Ele começou a subir, observando os quadros que estavam expostos nas paredes, vendo que as obras eram todas do período impressionista.

A sala trinta foi avistada ao longe, Hanz aproximou-se e deu duas batidas na porta. Logo um homem alto e sério abriu a porta, encarando-o com atenção. Este professor não parecia ser muito diferente de Iago, apesar de ser mais velho pelo seu traço. Ele tinha cabelos loiros, que caíam por seus ombros, num corte bastante desalinhando, seus olhos eram negros, transmitindo frieza e desprezo e diferente de Iago, ele vestia uma calça social preta e uma blusa de manga comprida azul-marinho.

– Desculpe-me o atraso, eu me perdi pelo colégio. Eu sou Hanz Golden – disse.

– Um transferido. E eu nem fui avisado – comentou, pegando um papel que estava na mão de Hanz, vendo sua ficha. Melchor abriu mais a porta, permitindo que Hanz adentrasse na sala de aula.

Os garotos que estavam conversando pararam por um minuto para observar o novo aluno, sentaram-se em seus lugares olhando-o com curiosidade.

– Cumprimentem seu novo colega. Seu nome é Hanz Golden e ele está no dormitório C1 – disse Melchor, caminhando até sua mesa.

Hanz olhou para a sala de aula, que tinha a mesma estrutura que a outra. Ela era inclinada e para subir era necessário ir pelos degraus, cada degrau era largo e nesse espaço havia uma mesa onde quatro alunos sentavam-se. Ele começou a caminhar, subindo cada degrau, procurando um lugar vago e quando avistou, sentou-se ao lado de um garoto que usava um gigante par de óculos.

– “Esse banco estava ocupado somente por este garoto. Ele é bem estranho” Hanz pensou, olhando para seu colega de mesa, que lhe sorria de um jeito muito infantil. Ele tinha cabelos curtos e loiros, suas bochechas estavam avermelhadas e tinha um par de olhos verdes. Seu nome era Corei, ele era o “nerd” da sala. Seu porte físico era magro, mas de longe não parecia ser tão chato.

A aula de literatura foi tranqüila para Hanz, pois ele era apaixonado por livros, sendo assim, qualquer coisa que Melchor comentava, ele sabia do que se tratava.

O sinal para a próxima aula tocou, encerrando a aula de Melchor, porém ninguém se levantou até o professor dar permissão para os alunos saírem. Quando a aula terminou, Hanz começou a arrumar suas coisas lentamente, enquanto ouvia o falatório de Corei, sobre algum gibi de extraterrestres que ele estava lendo.

– “Que cara chato” – pensou por um instante – “ele não vai me deixar em paz… eu preciso despistá-lo”.

Hanz começou a descer lentamente os degraus de madeira, sendo seguido por Corei, que não parava de falar. De repente, Hanz parou na frente da mesa de Melchor, exibindo seu par de olhos azuis piscina para o professor, que começou a lhe dar atenção.

– Eu gostaria que você me dissesse o nome do livro que está retratando a história daquele viajante europeu – disse.

– Achou interessante a história? – indagou Melchor.

– Sim – disse, pegando um pequeno bloco de anotações que estava no bolso de fora de sua mochila e uma caneta que estava dentro da espiral do pequeno caderno.

– Você tem bastante coisa anotada – comentou Melchor, pegando o bloco de notas e a caneta nas mãos. Ele começou a ler algumas anotações de Hanz em silêncio até que sua leitura chegou numa linha vazia, onde ele anotou o nome do livro e seu autor. – Estou vendo que tem anotado um livro chamado “As Flores de Casmim”, no seu bloco. Por acaso já leu este livro? – indagou.

– Sim, semana passada eu terminei – disse.

– Eu posso sugerir outro muito bom do mesmo autor – disse, soltando um longo suspiro.

– Qual seria? – indagou com curiosidade. De repente, Corei que estava até agora atrás de Hanz, começou a ficar entediado com o assunto e se afastou, resmungando alguma coisa – “até que fim ele partiu” – pensou Hanz em seguida.

– As Muralhas de Um Soldado – disse.

– Ah, sim. Aquele personagem é definitivamente caótico, eu já li esse livro. Obrigado pela sugestão. Ele é um dos meus favoritos – disse, pegando o seu bloco de anotações de volta, guardando-o na mochila.

– Por que foi transferido nesse período? – indagou Melchor.

– Eu precisei – disse – sei que não é época, mas foi necessário. Eu espero conseguir acompanhar o ritmo.

– Você chegou no período de testes – disse Melchor – quarta-feira eu aplicarei uma prova a respeito da matéria citada hoje.

– Sem problema, eu já estudei um pouco a respeito – disse – bom, eu preciso ir agora.

Melchor não disse mais nada, ficou observando o novo aluno sair. Quando Hanz deixou a sala de aula, Melchor voltou sua atenção ao seu material, com um sorriso animado no rosto. Finalmente apareceu algum aluno interessado em literatura.

Hanz correu pelos corredores, indo até a sala de Iago. Felizmente ainda estava no horário; a porta da sala estava aberta e havia alguns alunos conversando pelo corredor.

– Olá. Você é o aluno novo. Quantos anos você tem? – indagou um rapaz, de curtos cabelos vermelhos. Ele tinha um par de olhos castanhos claros e tinha traços fortes em seu rosto.

– Ah, oi. Eu tenho dezessete. E qual o seu nome? – indagou.

– Eu me chamo Hudi e temos a mesma idade, aliás, quase todos têm dezessete anos – disse, estendendo sua mão para Hanz, que a apertou, num cumprimento típico entre garotos.

– Certamente, pois estamos no terceiro ano – disse Hanz, deixando um pequeno sorriso simpático desenhar-se em seu rosto.

– Infelizmente aqui temos o quarto ano, portanto, não sairemos tão cedo – comentou – eu espero que você se dê bem com os garotos, afinal ficará conosco durante um bom tempo.

– Eu espero que sim – disse, não gostando do olhar que Hudi lhe dirigiu em seguida, ele parecia estar intimidando.

Hanz começou a adentrar na sala lentamente com Hudi que andava logo atrás dele. Corei estava sentado na segunda fileira de baixo para cima, acenou para Hanz e abriu um sorriso, pedindo para que ele se sentasse ao seu lado.

“Droga… esse cara de novo” – pensou Hanz, começando a caminhar na direção de Corei.

Hanz moveu seu corpo para a segunda fileira, mas parou quando sentiu um leve empurrão em suas costas, ele olhou para trás e encontrou um par de olhos que lhe encaravam com seriedade. Hanz continuou andando em frente, passando reto por Corei que ficou chateado.

– Vamos nos sentar aqui – disse Hudi, apontando para uma mesa onde havia dois outros rapazes, que lhe encaravam com curiosidade.

Hanz sentou-se em silêncio, ficando no meio daquele quarteto, deixando Hudi na ponta e os outros dois desconhecidos a sua esquerda. Eles estavam sentados nas últimas fileiras daquela sala. Atrás deles havia mais quatro rapazes, que conversavam com Hudi e os outros.

– Bom dia! – a voz de Iago adentrou na sala de aula – hoje eu aplicarei uma prova surpresa, eu espero que estejam preparados.

Os alunos pareceram entrar em pânico, menos a mesa que estava sentada. Hanz observou que eles não moveram um músculo sequer de sua face, ficando impassível ao que Iago falava. Os outros rapazes da mesa de trás estavam no mesmo estado.

– Vocês já sabiam? – indagou Hanz num sussurro para Hudi.

Hudi permitiu abrir um sorriso de canto, mas não disse nada, voltando sua atenção para Iago, que começava a distribuir as folhas dos testes. Quando Iago terminou de entregar o teste, ele olhou para Hanz.

– Espero que você saiba alguma coisa, caso contrário eu terei que falar com a diretoria mais tarde – disse.

Hanz não disse nada, abaixou seu olhar e olhou para as questões da prova, vendo que já havia estudado aquela matéria antes. Na verdade, Hanz nunca havia pisado em uma escola anteriormente, ele sempre teve aulas particulares, por causa de sua mãe que tinha fobia de sair nas ruas, sendo assim, ela acabou isolando seu filho também com medo que algo lhe acontecesse.

– Eu já estudei isso – disse Hanz, chamando a atenção de Iago.

– Então não será problema tirar a nota máxima, não é? – indagou.

– Não, não será – disse.

Tanto Iago como os outros alunos ficaram perplexos com a resposta que Hanz havia dado. Ele mal havia chegado e já enfrentou o professor mais antipático daquele colégio. Iago não disse nada, voltando para seu lugar.

O tempo foi passando e Hanz havia terminado sua prova, levantou-se e passou por Hudi, entregando o teste para Iago, que o recebeu com certa surpresa.

– “Garoto impertinente” – pensou Iago.

– “Cara arrogante” – pensou Hanz.

Iago olhou para folha e só de bater o olho na primeira página, acabou constatando que os três primeiros exercícios estavam corretos.

– Está dispensado – disse Iago.

Hanz já estava com sua mochila nas costas, começou a caminhar para fora da sala, sendo observado por algumas pessoas com curiosidade e surpresa. Quando ele saiu, Iago voltou sua atenção para o teste, corrigindo-o com atenção, ou melhor, dando um ponto positivo em cada questão correta.

– “Ele acertou tudo… e fez a caneta, sem nenhuma rasura” – pensou Iago.

Quando alcançou o corredor, Hanz começou a caminhar para fora do colégio, observando sua folha de horários. Ele teria aula de educação física a seguir, mais precisamente natação, soltou um longo suspiro e chegou até um terraço, onde havia alguns bancos de metal, com desenhos antigos feitos com o próprio aço.

O tempo foi passando e Hanz não se encontrou mais sozinho, ao seu lado estava Corei, com um sorriso alegre no rosto, começando a comentar como Hanz havia sido corajoso em enfrentar o professor Iago.

– E você foi bem na prova? – Corei indagou.

– Sim – respondeu – e você?

– Ah, eu fui bem também. Eu acho que acertei todas – disse.

– Que bom! – exclamou sem entusiasmo.

Os dois continuaram conversando, ou melhor, Corei falava e Hanz respondia esporadicamente. Até que mais quatro rapazes aproximaram-se dos dois. Era Hudi com os mesmos garotos de antes.

– Olá, Hanz. Vamos comer alguma coisa? – indagou Hudi.

– Vamos – Hanz respondeu, levantando-se, olhando para Corei que continuou sentado – vamos? – indagou, olhando para o garoto.

– Eu estou sem fome – respondeu, abaixando sua cabeça.

Hudi virou-se de costas e começou a caminhar juntamente com os outros rapazes, sendo seguido por Hanz que colocou suas mãos no bolso da calça, caminhando com a cabeça erguida, ouvindo a conversa dos garotos.

– Por que se transferiu fora de temporada? – indagou Leon. Ele era o mais alto da turma, tinha um par de olhos vermelhos que amedrontava qualquer pessoa. Seus cabelos eram negros e curtos, na sua nuca saia um pequeno rabo de cavalo com poucos fios que morriam no final do seu pescoço.

– Eu precisei – disse.

– E está gostando daqui? – indagou Hudi.

– Ah, eu achei que seria um colégio rigoroso, mas eu vejo que alguns garotos têm tatuagem e brincos, eu fiquei surpreso. Além dos professores terem cabelos compridos e não usarem uniforme – comentou.

– Realmente, não é nada tradicional. Mas o ensino aqui é bem rígido, felizmente você está por dentro da matéria – comentou outro rapaz, de cabelos loiros e curtos, ele chamava-se Amín, e aparentemente parecia ser o mais alegre do grupo.

– Eu pensei isso por causa da arquitetura do lugar, esse colégio parece um castelo medieval. E nossos uniformes são bem conservadores – comentou.

O uniforme dos alunos foi muito bem desenhado por dois estilistas. A calça era de alfaiataria preta. No tronco usavam uma camisa branca de manga comprida, com três únicos botões que se iniciavam do peito até o pescoço, onde havia uma gola longa e bem acentuada, permitindo que uma gravata azul-marinho ficasse chegando até o umbigo. E para finalizar, usavam um casaco preto, com dois bolsos de cada lado, e mais dois bolsos internos.

Ao longe pareciam elegantes cavaleiros, mas eram apenas garotos. A roupa era feita com o melhor material possível e deixava todos os alunos bem apresentáveis.

– Esse uniforme é um exagero – Hudi comentou – mas eu gosto dele.

– Ele é confortável – Hanz comentou.

Eles continuam andando até um salão de pedras, onde haviam várias mesas redondas cheias de cadeiras de metal, igualmente decoradas como as do terraço. No centro de cada mesa havia um vaso com flores brancas, chamadas: copo-de-leite. No fundo, havia um estabelecimento aberto, onde serviam refeições gratuitamente, pois estavam inclusos no preço da mensalidade do colégio.

Os rapazes caminharam até o balcão, pegando o cardápio e passando entre eles, começando a ler o menu do dia.

– Vai querer comida ou lanche? – indagou Hudi.

– Depende. O que vocês vão pedir? – indagou. Ele mesmo não queria ficar comendo comida, enquanto todos comeriam um lanche rápido, sem contar que teriam aula de natação em seguida.

– Lanche – todos responderam uníssono.

Eles fizeram seus pedidos e sentaram-se numa mesa vazia, começando a conversar sobre assuntos particulares, onde Hanz começou a sentir deslocado. Ele desviou sua atenção para um canto, observando que havia dois rapazes encostados na parede, discutindo alguma coisa.

– Eles… vão brigar pelo jeito – Hanz comentou em voz baixa.

– Provavelmente – Leon disse.

– Eles não se dão bem? – Hanz indagou.

– Na verdade. Haziel é bastante esquentado, ele anda com a gente também – Hudi disse.

– E quem é Haziel? – Hanz indagou, olhando para os dois rapazes.

– O que tem o olho esquerdo enfaixado – Hudi disse, apontando para o rapaz.

– “Olho enfaixado?” – indagou em pensamento, ele não havia notado esse detalhe.

Haziel era alto, tinha o olho esquerdo tampado por um tapa-olho preto de couro, tinha cabelos loiros, que caiam por seus ombros, seu único olho a mostra era azul escuro e ele estava sem seu casaco e com as mangas da camisa arregaçados, mostrando uma tatuagem de um dragão em seu braço direito, parecia ser o aluno mais rebelde dali.

E de repente para a surpresa de Hanz, Haziel fechou seu punho e golpeou a face do outro garoto, levando-o ao chão com sangue no nariz. Leon levantou-se da mesa e caminhou até Haziel, segurando seu braço e o puxando para trás.

– Apenas o Leon consegue acalmar meu irmão – Amín comentou.

– Ele é seu irmão? – Hanz indagou.

– Sim. Por quê? Não nos parecemos? – indagou Amín, com um sorriso maroto.

– Bom… vocês se parecem um pouco – disse, notando que ambos tinham cabelos loiros e olhos azuis.

– E acreditaria se eu dissesse que somos gêmeos? – indagou.

– Não – respondeu.

– Mas somos! – disse, rindo baixinho em seguida – não somos idênticos, mas somos.

– Ele deveria estar na nossa turma, não é? – indagou Hanz, notando que ele não estava na aula.

– Esse colégio é pequeno realmente. E meu irmão certamente dormiu até mais tarde, por isso perdeu a aula – comentou – ele não tem jeito. Eu tentei acordá-lo, mas ele jogou o meu despertador no meu rosto – disse, apontando para sua bochecha, onde havia uma marca avermelhada.

Hanz achou melhor não dizer nada, notou que Leon estava trazendo Haziel para a mesa. O rapaz estava com o cenho franzido e balbuciava alguma coisa, ao mesmo tempo em que Leon tentava acalmá-lo.

– “Ninguém vai repreendê-lo? Nenhum supervisor? E o garoto caído?” – Hanz pensava, observando o lugar, vendo que todo mundo agia como se nada tivesse acontecido. Aquele colégio era muito estranho!

Haziel sentou-se à mesa ao lado de seu irmão Amín e ficou em silêncio, com o olho fechado e braços cruzados. Aos poucos ele foi se acalmado e abriu o olho, olhando diretamente para Hanz.

– Você é o aluno transferido? – indagou, com uma voz rouca e baixa.

– Sim – Hanz respondeu, tentando não se intimidar com aquele rapaz. Ele deveria ter a mesma idade que ele, mas parecia ser mais velho e o mais surpreendente era que Amín era bem sorridente, ao contrário de Haziel. Eram gêmeos apenas no sangue.

– E eu tenho mais um irmão, Hanz. Por parte de pai apenas. Você falou com ele o dia inteiro – Amín comentou.

Hanz ficou um tempo pensativo; ele estava pensando em quem seria esse rapaz até que ele abriu a boca, ficando surpreso. A única pessoa que havia conversado era Corei, e notando, ele também era loiro.

– Ele é mais novo, mas é um ano adiantado, pois é muito inteligente. Ele é bem bobinho – Amín comentou – não anda com a gente, pois sempre acaba falando besteira.

Hanz não disse nada. O que ele ia dizer? Concordar? Isso estava fora de cogitação, ele não ia ficar falando mal de ninguém pelas costas no primeiro dia de aula. Ele nunca havia ido para uma escola antes, mas não era ingênuo e muito menos estúpido. Sem contar que os irmãos de Corei estavam na mesa também.

– Qual colégio você estudava? – Hudi indagou, com certa curiosidade.

– Eu nunca estudei num colégio antes. Esse é o meu primeiro – respondeu.

De repente, todos os garotos pararam de conversar e voltaram sua atenção para Hanz, olhando-o como se ele fosse um extraterrestre. Eles estavam surpresos. Hanz comportava-se tão bem perto deles. Não aparentava estar nervoso, sendo que nunca havia ido a um colégio antes.

– Nunca? Como assim? Nem quando era criança? – Leon indagou.

– Nunca. Minha mãe não me deixava sair de casa. Eu só tive aulas particulares – respondeu, dando um leve sorriso em seguida ao ver que todos os olhavam com perplexidade, até mesmo Haziel deixou sua irritação de lado.

– Por que ela não deixava você sair? – Hudi indagou.

– Porque ela era louca – respondeu secamente, fazendo todos ficarem em silêncio. Talvez não fosse saudável ficar indagando sobre a vida pessoal de Hanz de maneira tão rude.

Eles começaram a comer quando seus lanches chegaram e quando terminaram, foram caminhando até a aula de educação física pela área externa do colégio, indo até um vestiário.

– Tenho certeza que nunca teve aula de educação física – Hudi comentou, colocando sua mochila dentro de um armário de metal.

– Realmente – respondeu.

Hanz começou a retirar sua roupa, notando o olhar dos outros rapazes em seu corpo, isso o incomodou e o deixou constrangido, mas não podia parar de se vestir, pois todos estavam fazendo o mesmo. Quando ficou apenas com sua cueca, Hanz observou que todos pararam para olhá-lo.

– Algum problema? – indagou, mostrando-se um pouco irritado.

– Nenhum – Hudi disse baixinho, dando atenção ao que fazia – apenas achei seu corpo bonito – disse em seguida, causando um desconforto em Hanz, que travou.

– Bonito? – indagou, estranhando aquele comentário.

– Sim, bonito – disse, olhando diretamente para os olhos de Hanz sem nenhum pudor.

A sunga de todos era preta e sem nenhum detalhe a mais. Eles finalmente terminaram de se trocar e foram caminhando até a piscina, onde havia um professor com um apito na boca, usando sunga e uma camiseta, que tentava disfarçar sua barriga de chopp.

Agora Hanz podia notar que aquele colégio era bastante estranho. Muitos alunos tinham piercings nos mamilos, tatuagens, brincos e algumas cicatrizes no corpo. Nesse aspecto, Haziel era o campeão. Ele tinha brincos, piercings, um tapa-olho, um dragão no braço e nas costas havia uma águia.

– “Parece que todo mundo do meu grupo malha…” – pensou, observando o corpo de Leon e os outros, vendo que eram definidos, mas nada exagerado – “eu comecei a fazer barra há três meses… pensei que estava bem… mas me sinto um magrelinha aqui” – pensou em seguida, sentindo-se desconfortável novamente.

Num canto estava Corei, olhando para a piscina. Ele era o garoto mais magro do lugar e parecia que nunca havia tomado sol. Hanz observou Haziel aproximar-se dele, com passos lentos, olhando para o irmão menor. Ele não ouviu a conversa, mas Corei parecia estar um pouco abatido.

– “Pobre garoto… deve ser muito zuado” – Hanz pensou – “eu não quero ficar aqui com uma reputação dessas por mais de um ano… deve ser terrível”.

A aula de natação foi divertida para o grupo de Hanz. Eles eram competitivos e terminavam os exercícios rapidamente para depois relaxarem na piscina. Hanz tentou acompanhar o ritmo deles, mas acabou desistindo.

Quando a aula estava quase terminando, um garoto aproximou-se do professor, todo vestido, com um papel na mão. Hanz observou que era o mesmo garoto que Haziel havia socado no refeitório. E agora o rapaz estava com um curativo no nariz e entregando um exame médico para dispensa da próxima aula para o professor.

– Por que Haziel bateu nele? – Hanz indagou, olhando para Corei que estava ao seu lado.

O loirinho arregalou os olhos, sentindo-se feliz com alguém conversando com ele, abriu um lindo sorriso e aproximou-se mais de Hanz.

– Esse colégio tem cada fofoca que você não acreditaria – disse.

– Que fofocas?

– Olha, depois dessa aula estamos dispensados. Vamos conversar mais, e eu vou te dar umas dicas para se dar bem aqui – disse – você já começou bem, pois está andando com o grupo dos meus irmãos.

– Esse grupo é bagunceiro, pelo visto – comentou, vendo Hudi tentando afogar Amín na piscina.

– Eles não são piores como os garotos do quarto ano. Mas depois nos falamos – disse, afastando-se de Hanz, vendo que Leon aproximava deles.

E quando a aula finalmente terminou, todos foram para o vestiário, começando a tomar banho junto. Hanz estava próximo a Corei, que comentava alguma coisa com ele sobre algum filme idiota que ele assistiu.

– “Estão me olhando novamente… pervertidos” – Hanz pensou, tentando se concentrar no seu banho, mas estava sendo impossível.

O banho de Hanz foi rápido, se afastou, enrolando sua toalha na cintura, indo até seu armário. Seus cabelos estavam jogados no seu rosto, lhe dando um ar sensual.

Sentou-se no banco de madeira e tirou a toalha que o cobria na cintura e começou a secar seus cabelos. De repente, parou com o que fazia ao ver que tinha um rapaz lhe olhando na entrada do vestiário.

– “Eu não o vi antes… quem será?” – pensou, olhando para o garoto que parecia ser mais velho – “será que é de outra turma?”.

– Olá, eu só vim ver o novo aluno do colégio – disse baixinho.

– Olá – disse, enquanto continuava a secar seus cabelos, observando que o rapaz começou a se aproximar dele.

– Eu me chamo Julian – disse – e você deve ser o famoso Hanz.

– Famoso?

– Sim. Mal chegou e está na boca dos garotos – disse, passando a mão por seus cabelos ruivos, jogando seus fios para trás. Seu cabelo era curto, mas possuía uma franja incrivelmente comprida chegando até seu queixo.

– Por quê?

– Garotos fechados nas montanhas, sem ninguém para se divertir. Sempre gostamos de novos garotos, pois nos cansamos dos mesmos – disse, dando uma piscada para Hanz, exibindo seu par de olhos cinza claro.

– Cansado dos mesmos garotos. Em que sentido? – indagou, sentindo um frio correr por sua espinha.

– Nesse mesmo sentido que está pensando – disse, rindo baixinho em seguida – eu vou indo. Quando tiver um tempo livre vá ao dormitório A1, o dormitório do quarto ano. Nós queremos lhe cumprimentar.

– Ah… tudo bem – disse.

– Mesmo? Vou me lembrar disso. Eu te espero hoje, pode ser?

– Ah… pode – disse, sem saber como sair daquele diálogo.

– Eu te busco então. Eu acho que você não sabe onde é o dormitório A1 – comentou – até mais então. E só para confirmar. Você está no quarto dez, não é?

– Sim… – respondeu mecanicamente, não sabendo como aquele rapaz sabia tanto.

Julian afastou-se com um caminhar lento e gracioso, passou por alguns garotos que estavam saindo do banho e Hanz acabou notando que muitos o olhavam com surpresa e medo… Pois todos se afastaram quando cruzaram seu caminho, como se ele fosse um monstro.

Hanz vestiu-se e saiu do vestiário sentindo o vento bater contra seus cabelos molhados. Começou a caminhar até que sentou num banco de pedra, esperando que Corei saísse logo do vestiário para descobrir mais sobre aquele colégio.

Corei apareceu com um sorriso no rosto, conversando com outro garoto que parecia ser tão bobo quanto ele. Hanz levantou-se e aproximou-se do loirinho, puxando-o pelo braço, arrastando-o para um lugar onde pudesse ter privacidade.

– Vamos por aqui – disse Corei, puxando Hanz para um canto mais afastado.

Os dois ficaram andando por um jardim cheio de árvores antigas, permitindo que eles se ocultassem na vegetação. Eles passaram por um matagal e chegaram num lugar rodeado por pedras.

– Quanto mistério… – Hanz comentou, rindo baixinho, vendo que estava bem longe do colégio.

– Assim podemos conversar em paz – Corei comentou, sentando-se no chão.

Hanz sentou-se numa pequena pedra e ficou olhando para o rapaz a sua frente.

– Hoje um tal de Julian veio falar comigo – disse.

– Ah, bem previsível – comentou – deixe-me te contar como são as coisas aqui, Hanz. E não fique assustado, e qualquer coisa peça transferência para outro colégio.

– Eu não posso pedir transferência – disse, com uma voz amargurada.

– Então acho melhor me ouvir. Tantos os alunos como alguns funcionários do colégio são bem agressivos. O garoto que o meu irmão Haziel bateu hoje é do segundo ano, o nome dele é Hiko e ele se deita com meu irmão.

– Se deita! – indagou surpreso.

– Sim, e parece que Hiko quis terminar o relacionamento e por isso brigaram, mas isso sempre acontece entre eles. Sempre, daqui a pouco você os verá aos beijos por aí – disse baixinho – aqui é assim, 99% dos garotos gostam de garotos. E como não tem diversão, eles sempre ficam se pegando entre si e você é o garoto transferido.

– Sou a nova diversão? – indagou, rindo alto em seguida.

– Sim – disse, olhando com certa pena para Hanz – e eles… forçam sabe… se você não quiser… eles forçam.

– Como assim? Que ridículo… ninguém conta a diretoria? – indagou, ficando um pouco assustado.

– O diretor também fica com alguns alunos. E a polícia não vem aqui, e eu não sei o motivo. Aqui é uma prisão. Comigo não acontece nada por causa dos meus irmãos, eles me tratam mal de vez em quando, mas eles me protegem – disse baixinho, abraçando seus joelhos em seguida.

– Já… fizeram algo a você? – indagou, com certo receio.

– Já – disse – mas Haziel… soube e me socorreu. Foi com o pessoal do terceiro ano na época.

– Que horror. Não tem como fugir disso? – indagou.

– Bom, se você arranjar um namorado – comentou – mas não pode ser um namorado qualquer. Por exemplo, se nós disséssemos que estamos namorando… eles iriam rir e ignorar.

– Então teria que namorar a pessoa certa? – indagou.

– Sim. E você Hanz. Já ficou com um homem antes? – indagou.

Hanz ficou pensativo, ele não sabia se falava sobre sua vida pessoal com Corei. O loirinho voltou a perguntar, chamando a atenção de Hanz, tirando-o de seus devaneios.

– Sim – Hanz respondeu – já namorei dois anos.

– Olha! Bastante tempo – disse surpreso – pelo menos você não vai sentir nojo. Pois eu detesto garotos, eu gosto de mulheres.

– Bom pra você. Pelo menos não é diferente, não é mal visto pela sociedade. Vai casar e ter filhos – disse um pouco angustiado – se eu pudesse… eu gostaria de mulheres. Mas elas não me atraem.

– Nossa… nunca pensei que você fosse assim. Bom, mas deve ser difícil ser diferente. Sempre é difícil ser diferente. Mas fique feliz Hanz, pois aqui você não é diferente… todos aqui são iguais a você! – disse um pouco decepcionado. Ele havia pensado que Hanz poderia ser seu companheiro heterossexual naquele colégio.

– Que hilário – Hanz comentou – então seu irmão bateu no garoto menor que ele… e alguém mexe com o pessoal do grupo?

– Leon e os outros? – indagou.

– Sim, esses mesmos – disse.

– Ah… bom, eles vivem em cima do meu irmão Amín. Do Haziel nem chegam perto, pois meu irmão é muito briguento. O Hudi é a diversão deles, apesar dele conseguir se esquivar, pois tem um bom relacionamento com o pessoal do quarto ano.

– Esse quarto ano é terrível – comentou.

– Não pense assim. Os mais fragilizados são os garotos do primeiro ano, coitados! É uma escadinha, o quarto ano fica em cima do terceiro, do segundo e do primeiro. Terrível – disse, balançando a cabeça negativamente.

– Você disse funcionários… quais funcionários?

– O professor Iago e Melchor, eles são bem estranhos – disse – nunca ouvi falar deles ficarem com algum aluno, mas tenho as minhas suspeitas. Eu acho que eles não deixam falar. Eles ameaçam.

– Corei, esse tal de Julian pediu para eu ir ao dormitório do quarto ano – disse.

Corei arregalou seus olhos, ficando surpreso com a investida direta que Julian havia dado em Hanz. Pelo visto ele deveria estar interessado nele.

– “E pensando bem… todos os garotos daqui são lindos… será que existe alguma razão para isso? Um processo seletivo?” – pensou, não sentindo coragem de perguntar para Corei, que talvez pensasse que ele fosse um pervertido pronto para ser usado por todos daquele colégio.

– Hanz… eu não sei como te aconselhar. Como hoje é sexta-feira, os garotos não ficam nos dormitórios. Então eu acho que talvez alguém do seu grupo vá até o dormitório, eu acho melhor ir acompanhado.

– Está dizendo que eu vou ser estuprado? – indagou, erguendo uma sobrancelha.

– Olha, eu não acho isso. Mas todos comentaram que acharam você lindo, com traços fortes e uma personalidade confiante – disse, fazendo uma careta em seguida – e Hanz, como você já namorou, então vai ser fácil para você.

– Como assim? – indagou sem entender.

– No sexo… por exemplo, você está acostumado a fazer, não é? – indagou, ficando vermelho em seguida.

– Só porque eu gosto de homens não quer dizer que eu gosto que qualquer um me toque, e mais, eu nunca fui passivo – disse indignado. Afinal, sempre pensam que para gays o sexo é sem sentimento e feito com qualquer um.

– Ah… bom, não vamos falar mais nisso. Mas tome cuidado com o Leon, viu?

– O Leon?

– Ele está de olho em você. E digamos que ele é bastante problemático, eu não gosto dele. E ninguém do quarto ano enche o saco dele também. Eles são tudo farinha do mesmo saco – comentou.

Os dois continuaram a conversar até que o dia começou a escurecer. Eles voltaram para o colégio, indo para os dormitórios, subiram as escadas, indo para o segundo andar onde era o quarto de Hanz, Corei adentrou, querendo saber quem ia ser o colega de quarto de Hanz, pois ele não dormia naquele andar e não conversava com ninguém a não ser seus irmãos e mais dois garotos.

– Olá – Hanz disse ao ver que havia um rapaz encostado à janela do quarto, fumando um cigarro.

– Eu vou indo, até mais, Hanz – disse Corei, saindo correndo ao ver de quem se tratava.

– Você é Hanz… não é? – indagou, com uma voz rouca e extremamente baixa. Hanz teve que forçar seus ouvidos para entender o que ele falava.

– Sim. E qual seu nome? – indagou, fechando a porta atrás dele.

– Eu me chamo Kim Maccario – disse – coloque suas coisas no armário.

OoO

Continua…

Este é um projeto que eu sempre pensei em realizar e espero que eu esteja agradando aos meus leitores como está me agradando. A história está praticamente finalizada, mas eu estou postando em pequenos capítulos para facilitar a leitura. Portanto não se preocupem, pois atualizarei sempre.

Eu gostaria de comentários para saber qual foi o impacto desse primeiro capítulo.

E se você se simpatizou pela história e gostaria de fazer um desenho para eu publicar como capa da história ou mesmo enviar a mim, por favor, não se acanhe. Eu sempre recebo artes de leitores pelas minhas histórias originais. Eu fico muito agradecida desde já.

Por Leona-EBM

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5 Comentários

  1. Bom, antes de tudo, a minha obrigação de lhe parabenizar pelo belíssimo trabalho, que inclusive fiquei sabendo que terá mais 21 Cap. Então, meus parabéns!! Como um bom leitor, ainda que de primeira viagem, sempre me desafio a consumir o máximo possível de boas obras dos mais diversos gêneros, mas confesso que foi pouca as vezes que parei para acompanhar de perto, a literatura brasileira, como as que vemos no colegial, dessa forma, eu tempo uma certa aversão a literatura nacional!! Mesmo assim, duas em especial, me chamaram bastante atenção, e uma delas é O Ateneu, de Raul Pompeia, de 1888. Eu não sei dizer ao certo, se você buscou ou não, inspiração nesse clássico do autor, inclusive, a sua obra prima, mas para quem sabe do que se trata, é nítido o enerome grau de semelhança entre o seu romance com o do autor. E isso é simplesmente incrível, você não só consegui construir um paralelo com a obra original, com um grau de precisão absurdo, como também consegui adaptar aos dias de hoje, a nossa realidade! Isso me chamou muito atenção, porque independente de você ter se inspirado ou não, o resultado é iminente, a narrativa é super fluída e o conjunto do todo, é excelente. Mas uma uma vez, meu elogios a você!!! Mas se poder me confirmar se seu romance é uma obra original ou inspirada, ficarei muito agradecido!!! Abraços…

  2. Primeiramente,Parabéns pelo belíssimo trabalho. Na minha umiude opiniões a história e excelente muito bem elaborada. Novamente Parabéns.

  3. Caramba, a tempos que eu não lia um conto que me prendesse tanto a atenção! Parabéns a autora por tamanha criatividade, maravilhoso e espetacular este conto. Sua ansioso para ler logo os outros 20 capítulos!!!

  4. Primeiramente Amei o Conto Pq ele Foi Maravilhoso nas Palavras interagil Bem E O SegundO Cap.. Foi 10 <3 Parabéns Continue assim Belo TrabalhO

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