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Contos de Garotos – Capítulo 18 – O Plano

Contos de Garotos

Capítulo

XVIII

O Plano

O ônibus municipal rodava a pequena cidade do interior, quando Hanz avistou seu ponto de referência, ele deu um sinal e o ônibus parou. O moreno desceu com sua mochila nas costas, caminhando por uma alameda.

Quando avistou a casa dos tios, seu coração pareceu acelerar. Estava na hora de enfrentá-los! Pensou com desânimo, caminhando até o portão, pegando a chave no seu bolso, adentrando no quintal. Ele deu duas batidas na porta e depois a abriu, encontrando seu tio que estava jogado no sofá da sala.

– Chegou cedo – ele disse, mexendo no seu bigode com seus dedos gordurosos, exibindo um sorriso amarelo para seu sobrinho – por que não ligou? Íamos te pegar na rodoviária.

– O ônibus estava passando, eu achei melhor poupá-los – disse, caminhando até seu tio, que se levantou, estendendo sua mão para saudar seu sobrinho formalmente.

Alejandra veio correndo até a sala, abraçando o moreno, despejando alguns beijos melosos por seu rosto cândido, lhe desejando boas-vindas.

Depois de se acomodar, Hanz sentou-se na sala com seus tios, que agora especulavam sobre o colégio e sobre o que Hanz queria fazer com sua herança. A conversa começou tranqüila e depois de muitos argumentos, Hanz conseguiu convencer seus tios que ele não desgostava deles e que apenas queria mexer no seu dinheiro, mas que ele daria uma boa quantia para eles em agradecimento por estarem cuidando dele. Isso pareceu animá-los, deixando-os em silêncio.

– “Foi só dizer que vou dar um pouco do dinheiro e eles me deixaram em paz. Eu sinto que eles tinham isso em mente desde o começo” – pensava.

Hanz foi para seu quarto, ele estava exausto. Não pela viagem, mas pelo cansaço mental, ele usou muito de seu cérebro para dialogar com seus tios. Quando se deitou na cama, adormeceu. Felizmente resolveu tudo no primeiro dia, pois Hanz ainda desejava fazer algumas coisas antes de voltar para Saint Rosre.

Na manhã do dia seguinte, Golden acordou com a voz de sua tia, ele abriu os olhos encontrando os orbes azuis piscina de Alejandra, que eram muito parecidos com o da sua falecida mãe. Ele sentou-se na cama sem pressa, ouvindo-a cantarolar baixinho.

– Vamos tomar café? – indagou com um largo sorriso.

– Sim, eu já vou – disse.

– Você vai voltar hoje para o colégio?

– Não, eu preciso resolver umas coisas antes – disse – eu preciso que você me ajude, tia.

– O que você deseja, querido? – indagou.

– Você ainda tem contato com a Joana? – indagou.

– Joana? Aquela amiga de sua mãe?

– Sim, a mesma. Eu precisava falar com ela – disse.

– O que você quer com ela? – indagou com curiosidade.

– Eu queria apenas falar com ela – disse – poderia arranjar um encontro com ela para mim?

A expressão de Alejandra se tornou severa, ela não gostava daquela mulher e não queria que seu sobrinho andasse com más companhias. Julgava Joana como uma mulher sem pudores.

– Hanz, meu querido. Essa mulher não presta – disse.

– “Eu imaginei que diria isso” – pensou – mas ela ficou com uma coisa da minha mãe e eu queria muito de volta – sorriu.

– Mesmo? Ela roubou? Que safada! – falou com indignação – eu vou ver se ainda tenho o telefone dessa mulher, eu não quero que ela fique com nada que não lhe pertença. Agora se lave e vamos tomar café.

– “Ah, tia. Só com essa mentirinha você já ficou nervosa…” – pensou com desânimo – “você deveria ser mais calma. Mas só assim para você me ajudar a falar com ela”.

Hanz sorriu vitorioso. Ele arrumou sua cama e vestiu roupas limpas que estavam no guarda-roupa, ele desceu a escada de madeira, chegando à cozinha, onde seu tio estava sentado à ponta da mesa, devidamente vestido para o trabalho. Ambos se olharam de relance, com um mau humor que poderia ser julgado como matinal, mas no caso deles…

– Bom dia – Hanz o cumprimentou num resmungo.

– Bom dia – falou baixinho sem vontade, voltando sua atenção para o jornal que estava lendo.

– John, querido. Você viu a minha agenda preta? – Alejandra gritou da sala.

– Não – respondeu secamente, soltando um suspiro mal humorado em seguida, voltando a beber seu café.

Alguns minutos passaram-se, John ergueu-se em silêncio e saiu da cozinha, deixando um leve sorriso para seu sobrinho que se limitou a lhe sorrir sem vontade. Eles não se gostavam.

Minutos depois, Alejandra apareceu na cozinha com a agenda onde havia o número da mulher que julgava ser desprovida de virtudes. O olhar de Alejandra foi penetrante, ela entregou a agenda, observando as feições de seu sobrinho.

– Obrigado, tia – Hanz agradeceu.

– Eu espero que consiga falar com ela e que consiga pegar o que ela roubou de volta! – desejou.

– Eu vou falar com ela, tia. Talvez… não esteja com ela aquele pertence – disse com algumas pausas, certamente estava inseguro.

– Sim. Agora coma logo e me ajude na cozinha – pediu – tudo bem, Hanz querido? – indagou em seguida, tentando amenizar o pedido ríspido e mal humorado.

E quando terminou de tomar seu café da manhã, Hanz ajudou sua tia a arrumar a mesa, observando-a com atenção, perdendo-se no seu rosto oval e cândido. A semelhança com sua falecida mãe era gigantesca, e sem perceber, acabou abraçando sua tia, afundando sua cabeça na curva do seu pescoço.

– Hanz, Hanz! O que está fazendo? – indagou com um tom exasperado, suando um pouco, tentando empurrar Golden para trás.

– Você me lembra minha mãe – disse baixinho, aspirando o cheiro daquela mulher, recobrando-se de sua infância.

– Eu não sou sua mãe – disse – Hanz, me solte.

O moreno se afastou a contragosto, ferindo-se com aquelas palavras afiadas. Afinal, que mal fazia abraçar seu parente? Não tinha nenhuma intenção maliciosa, mas sua tia não era lá muito normal. Ela conseguia ver pecado em tudo.

– Depois nós podemos marcar de ir ao cemitério para visitá-la – disse, tocando na face do seu sobrinho – tudo bem?

– Ah… sim – disse desanimado – eu vou ligar para Joana. Com licença – e se afastou

Hanz pegou seu celular e entrou em contato com a mulher que tanto pensava nesses últimos tempos. O coração de Golden estava acelerado, ele ouvia a chamada do celular, ansiando que atendesse logo.

Uma voz fina e um pouco irritante acordou Hanz de seus desejos mentais.

– Alô, quem fala?

– Alô. Joana! Sou eu Hanz, filho de Aimée Golden.

– Nossa… Hanz? Há quanto tempo, garoto. como você está?

– Eu estou bem. Joana eu precisava falar com você.

– Claro, claro. Qual seria o assunto?

– Eu não posso falar por telefone. Nós podemos nos encontrar?

– Sim. Você está na casa dos seus tios, certo? Eu estou trabalhando em Florinda, é um pouco distante.

– Eu vou pegar um ônibus, eu chego aí em quatro horas – disse – eu preciso falar com você. Poderíamos no encontrar?

– Eu estou vendo que é sério! Façamos o seguinte, você me liga da rodoviária e eu te busco, tudo bem? Mas tem que ser à noite, pois eu trabalho até as dezoito horas.

– Sim, eu vou sair daqui agora mesmo – disse.

– Mas já? Hanz, você não quer me adiantar nada?

– É um assunto delicado, eu gostaria de falar pessoalmente.

– Tudo bem, nós nos falamos depois. Anote o número da minha casa caso seja necessário.

– Sim, pode falar.

– É 2800 2800 – disse – Fácil de decorar, não?

– Muito simples – riu baixinho – Nem preciso anotar.

– Eu sempre recebo trotes por causa desse número. Agora eu tenho que desligar, eu estou no trânsito. Até mais tarde, Hanz.

– Até a noite!

Hanz encerrou a ligação com um sorriso vencedor na face. Ele não ia ficar parado enquanto Maximiliano fazia o que quisesse com ele e seu namorado naquele colégio. Se Maximiliano tinha as costas quentes, Hanz também tinha seus amigos.

Num instante a mala de Hanz estava arrumada, ele avisou sua tia que voltaria para o colégio, mentindo a respeito de Joana, dizendo que ela não estava com nenhum pertence de sua falecida mãe.

– Dá próxima vez fique mais – Alejandra pediu, lhe beijando sua bochecha.

– Eu ficarei – disse – até mais tia. Nas férias eu volto.

E Hanz se locomoveu para a rodoviária, pegando o ônibus para Florinda, uma grande cidade que ficava ao sul daquele país.

As horas passaram, Hanz chegou na cidade, já era tarde, porém não havia dado o horário que marcou com a colega de sua falecida mãe. Ele ficou no local que combinaram na segunda ligação, esperando aquela mulher que poderia ajeitar sua vida.

– Hanz?

O moreno olhou para trás, encontrando um casal que lhe olhava com curiosidade. Golden sorriu ao ver que era Joana, uma mulher robusta, com ossos largos possuidora de um sorriso simpático, e seu marido que se chamava Caio.

Eles se cumprimentaram, levando Hanz para o carro. O trânsito da cidade era bem diferente do interior, eles estavam um bom tempo esperando que o farol abrisse, Caio dirigia e Joana conversava com Hanz, rindo alto.

Quando finalmente chegaram no apartamento do casal, Hanz acomodou-se na sala, olhando para o casal que agora lhe olhava com interrogação. E agora seria o momento de pedir ajuda.

– Eu estou muito curiosa para saber o motivo de tanto mistério – confessou – Diga-me o que está acontecendo, Hanz – pediu.

– Joana, eu estou numa situação ruim e preciso de ajuda – desabafou – você é a única pessoa que pode resolver.

– Em que encrenca você se meteu? – Caio indagou com um tom de autoridade – você era muito comportado. Agora está causando encrencas?

– Querido! – Joana o repreendeu, passando a mão por seus cabelos castanhos – conte-nos Hanz. O que aconteceu.

Os lábios de Hanz moveram-se, ele acabou por expor toda a história, não deixando nenhum minudência passar, vendo como os olhos do casal se arregalavam a cada particularidade que contava. Quando terminou de falar, a sala foi carregada por um silêncio incômodo.

– Meu Deus! – Caio exclamou – eu vou prender esse homem.

– Meu Deus! Hanz, você está bem? – Joana indagou.

– Sim, eu estou bem por enquanto. Mas eu preciso que vocês me ajudem – disse com um pouco de constrangimento, afinal não era muito divertido ficar falando sobre detalhes de sua vida pessoal.

– Claro, eu vou denunciá-lo – Caio disse, passando a mão por sua testa que suava.

– Não, se fizerem isso meu amigo vai preso – disse com desesperação.

– Mas Hanz… o seu amigo matou alguém – Joana disse – mesmo que tenha sido por acidente, nós vamos avaliar esse vídeo e ver que foi em defesa própria.

– Ah, vocês não estão me ajudando – falou com desânimo – O que eu queria na verdade, era que você me ajudasse com seu equipamento de vídeo, Joana – revelou.

– O que você quer com isso? – Caio indagou – eu como policial não posso permitir que isso fique impune.

– Eu concordo com você, querido – Joana disse, tocando no ombro do seu marido.

– Eu não vou testemunhar se você denunciar – Hanz disse com agastamento – se eu quisesse denunciá-lo, eu não pediria socorro a vocês. Joana, você é jornalista, eu queria filmar o que acontece naquele colégio e chantagear Maximiliano.

– Como assim? – indagou um pouco mais interessada, afinal era uma jornalista e esse tipo de situação lhe despertava um prazer único. Uma matéria exclusiva! Joana já podia imaginar: “garotos presos nas montanhas eram estuprados pelo diretor”.

– Eu gostaria de filmá-lo me… bom… assediando – disse com constrangimento.

– Você faria isso pelo… seu amigo? – Caio indagou perturbado.

– Sim – disse convicto – eu não sei se ele me perdoaria, mas eu faria sim. Eu vou fazer, mas eu preciso ter um trunfo contra ele, por isso preciso do profissionalismo da Joana. Você irá me ajudar?

Joana levantou-se do sofá, sentando-se ao lado do moreno, segurando suas mãos e lhe exibindo um olhar ajuizado.

– Eu gosto muito de você Hanz, eu não quero que faça isso. Seu amigo também não iria querer – disse – Céus! Sua mãe deve estar se revirando no seu túmulo.

– Eu quero fazer isso. Se você não me ajudar, eu vou fazer sozinho – disse com irritação.

– Tudo bem, eu vou ajudá-lo, mas com uma condição – disse.

– Qual?

– Se não der certo, você aceitará que nós tomemos conta da situação – propôs – de acordo?

– Mas…

– Senão eu me recuso – disse Joana.

– Tudo bem – falou derrotado.

– Ah… eu já estou vendo a matérias nos jornais! – disse de repente, erguendo-se do sofá, apontando seu braço para cima, como se pudesse visualizar a publicação em massa.

– “Eu me esqueci que ela era meio doida” – Hanz pensou, observando-a falar sozinha.

– Querida, menos, por favor – Caio pediu.

– Ah! Hanz… eu vou ajudá-lo com certeza!

– Ah… obri… obrigado – sorriu amarelo.

Caio parecia hesitante, ele sentia vontade de gravar todo o testemunho de Hanz e levá-lo até a delegacia para denunciar os atos obscuros daquele colégio assombroso. Todavia esse testemunho seria anulado por ser induzido, já que Golden recusava-se a fazer a denúncia.

E depois de conversarem, Hanz ficou no quarto de hóspedes do apartamento, mas não poderia ficar por muito tempo. Joana procurava seus equipamentos de vídeo e áudio, enquanto Caio procurava um gravador que a polícia usava em agentes disfarçados em missões.

Na manhã do dia seguinte, Hanz acordou com o chamado de Joana. Ela tinha que ir para o serviço, mas em todo caso deixou seus equipamentos com Hanz, para que ele aprendesse a mexer melhor neles.

– “Ah, Kim. Espere para ver como eu vou tirá-lo dessa prisão” – pensava com ânimo – “eu não sei se você irá me perdoar, mas eu não posso deixar você sozinho”.

OoO

O dia da volta de Hanz finalmente chegou, e depois de receber instruções de Joana e Caio, o moreno foi levado até a rodoviária, onde ele pegou um ônibus de volta as montanhas do vale Enou.

Hanz pegou um táxi na rodoviária. Quando ele chegou no colégio, a noite já começava a avançar, caminhou exausto pelo campus, chegando até o seu dormitório, olhando para os corredores sem nenhum ânimo.

A porta do seu quarto estava fechada, ele deu algumas batidas e ouviu a voz do loirinho, que soava sonolenta.

– Sou eu – disse.

A porta se abriu e Hanz entrou, sendo abraçado pelo loirinho que vibrava de felicidade em vê-lo. Corei indagava sobre a viagem e Hanz apenas respondia, desejando que ele parasse de falar por um instante, para ouvir seus pensamentos.

– Ah… você não vai dormir? – Corei indagou.

– Eu preciso fazer uma coisa, depois eu volto.

Golden saiu do quarto sem dizer mais nada, ele foi até o dormitório do quarto ano, olhando para os garotos que lhe encaravam com surpresa. Nenhum veterano se aproximou muito de Hanz, pois nenhum deles queria enfrentar o mau humor do karateca.

Afinal, todos sabiam que Kim não queria que seu querido namorado fosse ao dormitório do quarto ano, e ninguém seria louco de induzir Hanz a ir naquele prédio.

– Hanz? – a voz de Julian invadiu seus ouvidos – já voltou! Que bom vê-lo.

O moreno olhou para o ruivo que estava ao lado do seu primo. Os dois estavam de mãos dadas, com um ligeiro sorriso no rosto.

– Olá, rapazes – sorriu – vocês viram Kirios?

– Ele deve estar no quarto dele – Julian respondeu – quer falar com ele?

– Sim. Eu vou lá – disse – obrigado. Até mais.

O ruivo olhou sem entender para seu primo que ficou a observar o moreno se afastar. A atenção de Leon voltou para o mais velho que tocou delicadamente no seu queixo, puxando-o para um beijo singelo.

Hanz correu até o segundo andar, indo até a porta do veterano, dando duas batidas rápidas e fortes, ele estava ansioso e queria falar o quanto antes com o louro.

– Entre! – alguém gritou.

Hanz entrou no quarto, encontrando um rapaz que estava fumando, enquanto ouvia música. O olhar do calouro correu pelo quarto, não encontrando quem desejava.

– O que quer? – indagou o garoto.

– Kirios está?

– Ele está no banheiro – respondeu – você não é o namoradinho do Kim?

– “Namoradinho?” – pensou com irritação – sou – respondeu secamente.

– O Kim sabe que está aqui? – indagou com curiosidade.

– Não – respondeu.

– Eu não quero problemas depois – disse – melhor ir saindo. Circulando, criança, vai embora.

– Eu quero falar com Kirios – disse, cruzando os braços, encarando com irritação aquele garoto que lhe olhava com desdém.

– Faça como quiser – disse, ignorando o moreno – depois não quero encrenca para o meu lado.

– “Ah, que cara insuportável” – pensou.

Kirios finalmente apareceu no quarto, olhando com surpresa para Hanz e antes que indagasse o motivo da visita, Hanz fechou sua mão no braço do veterano, começando a arrastá-lo para fora do quarto, correndo com Kirios pelo corredor.

– Hanz! Hanz! O que foi? – indagava, deixando-se ser levado.

– Eu preciso de você – disse.

Kirios riu baixinho adorando ouvir aquilo.

– O Kim não vai gostar disso. Se quiser podemos fazer escondido – falou.

– Não é isso que está pensando – disse – eu já te explico!

Eles correram pelo campus em silêncio, Hanz puxava o veterano para os cantos mais afastados do colégio e quando achou que estava num lugar protegido, eles pararam olhando para os lados. Kirios estava com os braços cruzados, descalço, usando apenas uma calça jeans e um pouco descabelado, não estava na sua melhor performance e desejava que hanz tivesse um bom motivo para arrastá-lo daquele jeito.

– Agora pode me dizer o motivo desse seqüestro? – indagou, exibindo um sorriso divertido.

– Kirios, você sabe o que aconteceu com o Kim, certo? – indagou com uma voz ofegante.

– Está se referindo há dois anos atrás? Sim, eu sei muito bem – disse – o que tem isso?

– Eu preciso de sua ajuda. Eu não conhecia ninguém louco o suficiente para me ajudar – sorriu.

– Vou entender isso como um elogio – suspirou – agora me conte o que você quer.

Hanz aproximou-se do loiro, encostando sua boca em seu ouvido, deixando que Kirios abraçasse sua cintura. Afinal ele tinha que ceder um pouco para conseguir algum favor do veterano. E de depois contou seu plano.

– Kim vai me matar – Kirios disse após ouvir todo o falatório do menor – e vai querer arrancar seu couro também. Mas eu acho que só você mesmo para dar um fim nessa prisão que Kim vive.

– Então vai me ajudar? – perguntou esperançoso.

– Sim, eu vou. Quando quer fazer isso?

– Hoje mesmo – respondeu.

– Vamos fazer isso na madrugada então – disse.

– Obrigado, Kirios – sorriu.

O veterano não respondeu, ele começou a caminhar de volta ao dormitório com Hanz ao seu lado, que lhe agradecia a cada segundo. Quando finalmente chegaram nos dormitórios, Kirios e Hanz pararam, olhando para o karateca que estava conversando com alguns garotos do quarto ano.

– HANZ? – Kim gritou, quase caindo para trás. Ele não sabia que seu amado namorado havia chegado.

– Oi, Kim – sorriu.

O karateca se desviou da rodinha e correu até seu namorado, jogando o cigarro que estava na sua mão no chão, indo de encontro a hanz o abraçando carinhosamente, beijando-lhe a boca com saudade.

– “Eu estava até sentindo falta desse beijo com sabor de cigarro. Só você mesmo para me fazer desejar algo assim, Kim” – Hanz pensou, deixando os lábios de Kim lhe envolverem.

– Por que não pediu para eu te buscar na rodoviária? – indagou quando o beijo terminou.

– Eu estava cansado, e não ia querer ficar lhe esperando. Eu chamei um táxi, cheguei rápido – disse.

– Por que não foi até meu quarto? Por que não me procurou? – indagou, afastando-se um pouco do namorado, olhando de canto para Kirios que já estava pensando em alguma desculpa a dar para o karateca.

– Eu estava… te… te… procurando com Kirios – Hanz disse, exibindo um sorriso amarelo – “Eu espero que você não ligue para essa mentirinha” – pensou.

– Nós não o achávamos em lugar nenhum – Kirios disse, afirmando a mentira – “Ah, Kim. Às vezes você é tão ingênuo…” – pensou em seguida.

– Eu estava andando com o pessoal – Maccario falou – como você está?

– Um pouco cansado, mas eu estou bem. Tudo foi resolvido – disse – “Quase tudo resolvido, Kim. Espere mais um pouco e viveremos em paz”.

– Bom, eu vou para meu quarto – Kirios disse, interrompendo o casal – até mais.

– Ah, sim. E obrigado, Kirios – Hanz sorriu – “Você é único, Kirios. Obrigado” – pensou.

– Disponha – disse, afastando-se do casal com passos lentos – “Você é corajoso, Hanz. Ganhou meu respeito” – pensou.

– Vamos para meu quarto – Kim não pediu, ele praticamente intimou o moreno.

E Maccario estava tão feliz pela volta de seu namorado que nem sequer questionou as ações dele, começando a arrastá-lo para o dormitório a fim de matar a saudade.

– Eu tentei te ligar – Kim revelou – mas só dava caixa postal.

– Eu esqueci de levar meu carregador. Meu celular ficou desligado – disse – desculpe.

– Ah, tudo bem. Eu quase liguei para a casa dos seus tios – revelou.

– Ainda bem que não fez isso, pois eles iam ficar especulando sobre você depois – suspirou.

– Chegamos! – Kim avisou com um largo sorriso, abrindo a porta do seu quarto, empurrando o menor para dentro num único movimento, adentrando em seguida, trancando a porta e olhando para o corpo do menor sem nenhuma reserva.

Kim começou a abraçá-lo e beijá-lo sem parar, puxando as roupas de Hanz para fora de seu corpo, despindo-o enquanto procurava retirar suas roupas também.

– Eu estava com muita saudade – Kim disse com um pouco de euforia – eu fiquei pensando em nós nesse tempo.

– Pensando no quê? – indagou, deixando-se ser jogado contra a parede lisa do quarto, sentindo lábios desejosos lhe atacarem nos mamilos.

– Em como eu fui estúpido em brigar com você. Afinal você gosta de mim – disse.

– Ah, Kim. Perdão – pediu – que bom que você entendeu o que eu estou sentindo agora, eu ficaria muito infeliz se você me deixasse – confessou.

– Não vamos falar mais nisso – pediu, erguendo-se, voltando a pressionar seu corpo contra o corpo do menor – agora eu quero matar a saudade que estou sentindo do seu corpo.

– Só do meu corpo? – indagou provocante, beijando a bochecha do karateca.

– De você… inteiro – respondeu sussurrante.

– Bom saber – sorriu.

– Eu te amo – confessou – você sabe, por inteiro.

O sorriso de Hanz foi luminoso, ele fechou os olhos e se deixou mergulhar nas sensações que envolviam seu corpo, sentindo os braços fortes de Kim resvalarem-se em seu seus braços.

– Eu também – sussurrou num tom extremamente baixo. Kim ouviu em silêncio, ele sorriu e não comentou. Afinal, era difícil ouvir seu namorado falando coisas doces, não ia indagar o motivo daquela concordância, apenas ouviu com gosto, gravando na memória.

Os dois caminharam até a cama, Kim caiu por cima do corpo menor, começando a apalpá-lo.

– Se prepare Hanz, pois hoje eu vou acabar com você – avisou.

– Ah, Kim. Só porque você quer, não vai conseguir isso – disse provocativo.
– Eu estou com muita fome – sorriu.

– Eu não estou negando o alimento, estou? – indagou sorridente, abrindo os braços, exibindo seu corpo desnudo.

– Ainda bem que não está negando – disse – eu não ia conseguir me controlar se me negasse hoje.

– Hum… bom saber! Bom saber.

Os lábios de Hanz abriram-se lentamente em busca de ar. O corpo de Kim era pesado demais e parecia que ele fazia questão de mostrar isso, que ele que tinha mais força ali e era ele que comandava tudo. O subjugava, e fazia isso abertamente.

– Não vá ficar chorando depois – Maccario pediu.

– Espero que seja me satisfaça depois dessas ameaças – disse – senão eu vou ficar frustrado.

– Não se preocupe com isso. Eu fiquei muito tempo pensando no que faria com você – riu baixinho – “Na verdade, só ver você ao meu lado é o suficiente” – pensou.

Uma mão deslizou pelo lençol de algodão indo até a cabeça de Hanz, passando por seus fios cor de ébano, indo até sua nuca a segurando com firmeza, puxando-a para cima. Os seus rostos se aproximavam lentamente, e aos poucos seus lábios iam se encostando, cada um sentindo a maciez do outro.

Hanz fechou os olhos e deixou todo seu ar retirar-se. Os seus lábios uniram-se por fim, eles enroscavam-se cúmplices numa dança lenta e sensual, nenhum deles se movia, apenas estavam encostados um no outro. O karateca abriu os olhos, encontrando Hanz de olhos fechados.

Um tempo passou-se, nenhum deles se moveu. Hanz estava bem confortável, mesmo que ainda sentisse aquele peso em cima dele. E quanto a Kim, este já estava pronto para dar o segundo passo. Ele abriu mais sua boca, fazendo com que a de Hanz abrir-se também e logo foi introduzindo sua língua naquela cavidade tão quente e úmida, tão convidativa aos seus olhos. Sua língua serpenteou por sua boca, explorando todos os cantos, sentindo o seu gosto. O beijo foi calmo, apesar do desejo ardente que consumia seus corpos.

Hanz começou a mover sua língua vagarosamente, enfiando e lambendo a boca de Kim, explorando-a com mais afinco, brincando com o seu piercing. O calouro sentiu a outra mão de Kim fluir por suas pernas, que estavam abertas e flexionadas, nem havia percebido que estava numa posição tão receptiva. Apenas Kim para fazê-lo se esquecer de tudo e se entregar a ele.

Um sorriso desenhou-se na face de Kim após encerrar o beijo, ele ficou olhando para Hanz, que ainda mantinha seus olhos fechados. Ele tocou em suas pálpebras, que foram logo abertas. Então se mergulhou naquela visão dos Deuses. Aquela face avermelhada, olhos com um brilho febril e boca vermelha pelo beijo recente.

– Sabe Hanz… Você é tão lindo – revelou.

– Hum… Você não fica atrás também – sorriu.

– Sorte sua, não?

– Sorte minha mesmo. Como eu tive sorte de cair no mesmo dormitório que você – revelou – eu te achei muito interessante desde o começo. Eu tive muita… sorte.

– Ah, hanz. Nem vou te falar o que eu pensei quando você entrou naquele quarto, pois não quero quebrar esse clima de romance – revelou.

– Ah… o que você pensou? – ficou curioso.

– Curioso como sempre, eu acho que esse é seu maior defeito e sua maior qualidade – riu baixinho – Quer mesmo saber?

– Sim! É claro… você não gostou de mim? – indagou com um pouco de insegurança. Afinal, se ele soubesse que Kim o achou uma ninharia no começo ia acabar com sua auto-estima.

– Eu gostei demais, eu já tinha te visto andando pelo campus, seu tapado! – disse, balançando sua cabeça negativamente. Definitivamente Hanz era muito ingênuo aos seus olhos.

– Já? – arregalou os olhos.

– Claro que sim. Você acha que eu sou lerdo? Todos os garotos ficaram falando que o novato era muito gostoso. Aliás, você ia ficar no meu quarto, não custava dar uma olhadinha!

– Ah! Eu não sabia desse detalhe – disse com surpresa.

– Você é lerdo, hanz – riu baixinho – mas eu gosto de você assim.

– Ah, eu não sou lerdo – resmungou – eu não imaginava que esse colégio ia ser tão… depravado.

– Sim, sim! Mas chega de falatório, eu não quero conversar agora!

– Concordo. Você tem que cumprir suas ameaças – disse com malícia – até agora não fez nada demais – provocou.

Maccario puxou a cabeça de Hanz para trás, fazendo ele ficar com o queixo erguido. Seu jugular ficou exposto para aquela língua desejosa, que tratou de resvalar pela região, deixando um rastro de desejo. Seus lábios fecharam-se ali, sugando sua pele, beijando-a, amando o calor do moreno.
O karateca continuou a descer sua língua, chegando nos mamilos róseos, dando uma atenção especial a eles. Com movimentos lentos os chupava, mordia levemente, deixando-os cada vez mais vermelhos. E ele continuava a descer, mas parou ao sentir a mão direita de Hanz acariciar sua cabeça.

– Algum problema, Hanz? – indagou, olhando-o.

– Não! Continue… – pediu.

– Quer que eu continue? – sorriu.

– Vai logo, Kim!

Kim sorriu e deixou aquela mão acariciá-lo. Ele continuou a descer por seu corpo.

O karateca começou a lamber seu abdômen, chupando, sentindo vontade de cravar os dentes naquela pele macia, mas como ele não era e nem se parecia com Kirios, esse desejo saiu logo de sua cabeça.

Quando notou o olhar de Hanz, Kim sorriu e desceu mais tocando a sua língua naquele pedaço de carne que despontava entre as pernas.

– Eu nem te toquei direito e já está assim – Kim caçoou.

– Seu estado não é diferente – disse, olhando para baixo.

– Isso é desejo reprimido – riu baixinho.

Hanz riu junto com ele, mas logo parou quando sentiu o seu membro sendo engolido por Kim, que começou a sugá-lo com sofreguidão arrancando altos gemidos do seu querido namorado, que fincou os dedos nos lençóis da cama.

As pernas de Hanz tremiam levemente, uma mão de Kim afastou uma das pernas, abrindo-a, pedindo mais espaço. O karateca se afastou um pouco, olhando para o pênis do menor, deixando-o molhado e excitado.

– Ah… Kim, não pare. Eu quero…

– Eu sei o que você quer – disse.

Maccario foi se aproximando dele, dando um selo em seus lábios, para que logo depois segurasse seu rosto com as duas mãos e devorasse sua boca, fazendo sua língua invadir com energia cada bocadinho daquela região. Hanz ficou sufocado, mas não tinha como impedir aquela invasão repentina. Ele tentou empurrar Kim com as duas mãos em vão. O karateca pressionou ainda mais seu corpo contra o dele, fazendo ele desistir de tentar resistir e ficar flexível, deixando sua boca ser devorada como ele quisesse.

Um fio de saliva escorreu pela boca de Hanz, deslizando por sua bochecha, indo até seu pescoço e caindo nos lençóis. O menor começou a gemer baixinho, ele não agüentava mais engolir tanta saliva, e também não respirava direito. Sua mão foi até a cabeça de Kim, tentando puxá-la para trás, mas não conseguiu nada. Kim puxou sua mão e a prendeu ao lado da sua cabeça, fechando seus dedos com força em seu pulso, deixando-o vermelho pela pressão.

O peito de Hanz subia e descia rapidamente e com certa dificuldade, por causa do peso que Maccario fazia em cima dele. Golden já estava ficando desesperado, entretanto Kim parou com sua tortura ao ver que seu amado namorado ia ter um ataque se ele continuasse.

Hanz abriu a boca e aspirou o máximo de ar que conseguiu. Ele virou a cabeça para o lado e limpou a baba que escorreu por sua bochecha. Kim lhe lançava um olhar penetrante e febril, amando ver aquela expressão carregada de desespero e dor.

– Está louco?

– Louco de saudade – respondeu.

O karateca viu o olhar irritado de Hanz, mas não se importou, depois lhe dava carinho, pois agora queria matar a saudade daquele corpo. Ele começou a beijar o seu rosto, dando longas lambidas nele. Sua mão livre desceu até o membro inchado do menor.

O corpo de Hanz foi virado de repente, ele se assustou com aquilo. Kim abraçou o seu dorso e começou a beijar sua nuca delicadamente e com as mãos acariciava seu corpo, mostrando todo seu carinho, acalmando Hanz.
– Desculpe… Excedi-me – pediu, lambendo seu pescoço.

– Hum… Não me sufoque mais – pediu num resmungo.

– Eu não vou – sorriu – mas foi muito bom beijar sua boca desse jeito.

– Ah… eu vou te sufocar para ver o que você acha! – vociferou.

– Se for com seus lábios eu não me importo – disse.

– Não! Vai ser com o travesseiro mesmo! – disse contrariado.

Kim riu baixinho e continuou a beijar todo o corpo de Hanz, dando muito carinho e atenção a ele. Seus lábios desceram por seu dorso, chegando em suas nádegas. O karateca puxou-o pela cintura, fazendo ficar com os joelhos dobrados, ficando de quatro na cama. Hanz olhou para baixo, vendo seu membro e atrás viu o grande membro de Kim, ansiando pelo o que viria.

As mãos de Kim apalparam suas nádegas, apertou-as e arranhou-as a seu bel-prazer. Maccario ficou um tempo brincando, até que começou a beijá-las, lambê-las e sugá-las. E como fazia isso bem! Ele abriu as pernas de Hanz e enfiou sua língua naquela fenda escura, tocando no seu buraquinho, fazendo o corpo menor estremecer. O karateca molhava aquele lugar, passava sua língua a todo tempo e às vezes o penetrava com ela.

– Uuuhh… Kim… – gemeu baixinho, estava amando tudo aquilo.

O karateca se afastou, jogando sua franja para trás e levou um dedo até o meio das suas nádegas o enfiando ali de uma vez, fazendo o corpo de Hanz se contrair. Ele ficou mexendo seu dedo no seu interior, até que o tirou.

– Ah… Hanz, como eu quero te comer – sussurrou.

– Delicado como sempre – sorriu – vem logo então.

– Você está apressado hoje – comentou – eu gosto de te ver assim.

– Eu também senti falta disso – suspirou.

– É bom ouvir isso!

Kim afundou mais dois dedos desta vez voltando a movimentá-los no seu interior, fazendo Hanz abaixar a cabeça e abrir mais as pernas. Quando o quarto dedo forçou a passagem, Hanz moveu-se para frente, tentando fugir deles, mas Kim o segurou firmemente pela cintura, o prendendo ali.

– Não queria que eu fosse logo? – indagou sussurrante.

– Pare de enrolar e põe o seu pau logo – disse.

– Eu adoro judiar de você.

– Eu percebi – disse com irritação.

Kim retirou os seus dedos, depois de ouvir alguns palavrões do menor. O karateca resvalou sua mão por seu dorso suado. Maccario segurou o seu próprio membro e o seu outro braço fechou-se com mais segurança na sua cintura do menor.

– Está preparado?

– Vai logo – disse – “Eu mal cheguei e ele já começou a me azucrinar” – pensou.

– Mesmo?

– Kim, eu estou perdendo a paciência com voc…

Hanz trincou os dentes com força ao sentir uma forte pressão contra seu ânus, ele abriu sua boca num grito mudo e abriu ainda mais as pernas. Mesmo que tentasse não conseguiria ficar quieto, ele gemia cada vez que sentia aquele grosso e duro membro lhe invadir.

– Perdeu a fala? – indagou provocativo – Isso, Hanz. Geme bem alto para mim – pediu extasiado.

Ele começou a inserir com força, até que entrou quase por inteiro.

Kim parou um pouco respeitando a dor de Hanz. Um tempo passou e Maccario começou a se movimentar, pois ele não agüentava mais ficar parado naquele lugar tão apertado. Quando deu as primeiras estocadas, sentiu o corpo de Hanz tremer com mais ânimo, ouvindo gemidos mais altos saírem da boca do moreno. Agora não tinha limite.

Uma mão fechou-se no membro de Hanz, a fim de lhe proporcionar prazer e fazê-lo esquecer da dor que estava sentindo. Hanz gemia com um leve sorriso, amando aquele lento vai-e-vem que Kim fazia.

– Está bom assim? – indagou.

– Hum… sim…

– Quer mais rápido?

– Hum…

Kim parou de se movimentar e mordeu a cartilagem da orelha de Hanz levemente, passando a língua por ali. Ele perguntou novamente:

– Quer rápido?

– Quero – pediu.

– Que bom, pois eu estava odiando essa lentidão – sorriu.

O karateca continuou a se mover no seu interior com mais presteza. Ele percebeu que o orgasmo de Hanz estava chegando e não o impediria.

O corpo de Hanz estava em chama, ele tremia em fortes espasmos, adorando aquela sensação. Desejava que Kim fosse mais rápido e mais potente, almejava que todo aquele calor saísse. E como se lesse seus pensamentos, Kim acelerou as investidas, jogando-se com mais energia contra Hanz, recebendo altos gritos de prazer.

As pálpebras de Hanz fecharam-se com força, ele abriu a boca num grito mudo, e seu gozo saiu finalmente, para seu alívio.

Com um sorriso de satisfação, Kim segurou as coxas do moreno e começou a puxá-lo contra seu quadril que investia a frente. O corpo de Hanz era puxado e empurrado ligeiramente, enquanto seus gemidos descompassados quebravam o silêncio do quarto. E tudo teve um fim ao orgasmo de Kim.

Os dois desmontaram, ficando jogados na cama, sentindo seus corações baterem velozmente. Kim beijava o pescoço do menor, sentindo o gosto salgado de suor.

– Ah… como eu… senti falta disso – Kim confessou com a respiração ofegante.

– Eu também – disse.

Os dois ficaram aninhados na cama, deixando que o cansaço os tomasse, entretanto Hanz não estava muito relaxado. Ele tinha uma coisa a fazer, e com uma desculpa esfarrapada acabou deixando seu namorado no quarto.

Quando seu pé pisou no gramado, Hanz olhou para Kirios que se aproximava com um semblante sério.

– Quer mesmo fazer isso? – Kirios indagou.

– Sim – respondeu convicto.

– Então vamos logo. Pois o diretor deixou a toca – disse.

Hanz sorriu de canto, sentindo um frio correr por sua espinha, ele estava ansioso. Os dois saíram correndo na calada da noite.

– “Ah, Maximiliano. Você se acha muito esperto, mas vamos ver como você vai reagir aos meus passos” – pensou – “você devia escolher melhor seus inimigos”.

OoO

Continua…

Os quietinhos são os piores. Aliás, Hanz é quietinho? Hahaha, não sei, mas ele não vai ficar parado enquanto vê seu amado nas garras desse grande vilão. Maximiliano que se cuide.

Apenas o Kirios para aceitar uma missão louca. Sim, sim. O louro tem muitas qualidades, e Hanz sabe aproveitar seus defeitos. Aliás, essa loucura de Kirios seria um defeito? Hum, dependendo do caso…

Muito obrigado pelos comentários. Eu espero que vocês continuem mandando suas opiniões a respeito da história, que está na reta final.

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4 Comentários

  1. Ai tô na mandoooooooo não pode acabar vamos até o casamento, a descoberta da sexualidade de hans dos tios e muito mais perfeito esse conto apaixonada por cada palavra

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