Essas são as histórias dos gays idosos, que os mais jovens fingem não existir
É fato que a sociedade tem medo de envelhecer. No universo gay, por exemplo, essa natureza é potencialmente renegada, como se isso não fosse natural e pertinente a todos as pessoas que estão vivas. Sim! Porque basta estar vivo para envelhecer, certo?
Nossa comunidade tende a menosprezar e invisibilizar os gay mais velhos. E isso acontece principalmente por causa dos padrões de beleza impostos que, essencialmente, supervalorizam os homossexuais mais jovens e sarados.
Você imaginou como vai ser sua vida quando tiver 60, 70 ou 80 anos? Você sabe como era a juventude de gays brasileiros que viveram na ditadura, que não tinham direitos e que eram perseguidos pelo Estado?
Com sede de respostas, o Põe na Roda foi em busca dessas histórias. Fiquei quase um ano buscando personagens para esse vídeo. Passei madrugadas nas ruas, em bares, boates, saunas, cinemas… ouvindo relatos de vidas surpreendentes.
Na minha pesquisa, descobri um mundo secreto de idosos gays que ainda estão no armário. Falei com padres, pastores e homens casados com mulheres, que ainda “não podem” assumir suas sexualidades, mas frequentam esses locais para vivenciarem seus desejos.
Encontrei solidão nesse mundo secreto, mas também fui apresentado a resistência, empoderamento e inspiração. Sim, existem gays idosos (as famosas mariconas), existe amor, existem famílias, existe felicidade e superação.
Confira!
Nelson Sheep – Põe Na Roda