O “só” deve ter te intrigado, mas é só isso mesmo. É isso que tem nos feito felizes e cúmplices de um amor verdadeiro e sincero. O que tem nos tornado cada vez mais amante um do amor do outro.
Se estamos namorando? Não. Mas estamos juntos, que agora é o melhor que podemos ter. Temos compromisso, que é o que importa. E temos um ao outro, o que nos faz sermos um casal.
Apesar de tudo isso, temos percebido a necessidade dos que estão ao nosso redor em ‘oficializar’ a relação esta que já existe desde que nos vimos um no olhar do outro. A obrigação em deixar às claras uma coisa que já está muito conclusiva para nós.
A clareza incontestável em nossa relação está em tudo que vivemos. Seja nas conversas ou nas risadas. Nas mensagens ou nas saudades. Nos abraços que acalentam o coração, nas despedidas ou na união. Os risos desacelerados refletem os beijos demorados que soam aos nossos ouvidos a composição de uma sinfonia.
A conclusão chegou quando não quisemos separar. Quando a saudade voltou a apertar e quando a necessidade de juntar resolveu ficar. Talvez seja só isso que temos, mas temos tudo que precisamos.
E o que precisamos é de amor. Não da obrigação de seguirmos alinhados às tradições humanas. Se alguma linha estiver por aqui, que seja a linha da corda do violão que acompanha a nossa música preferida enquanto dançamos em qualquer lugar que ela tocar.
A forma de relação rotulada não nos juntou, mas a afinidade fez com que ficássemos cada vez mais juntos. Se estamos enrolando? Não. Vivemos na pressa de demonstrar o amor, mas com a paciência de mostrar o nosso.
Escrito por: Lana Martins
