Contos

A Grande Maça – Capítulo 26 – A Descoberta

Depois de muita conversa com Warren duas semanas depois eu finalmente saí de casa pela primeira vez. Eu tive muita terapia com Warren mesmo que me dizia várias coisas tentando me animar.

Eu estava na mesa do café da manhã e decidi perguntar sobre o advogado dele.

– seu advogado já entrou com o processo para a ordem de restrição contra o meu pai?

– ele provavelmente já deve ter recebido a intimação – respondeu Warren tomando um gole de leite com chocolate.

– qual o dia da audiência?

– dia 19 desse mês.

– tudo bem.

Nós continuamos tomando o café da manhã.

– agora que eu conheci sua família e você já está se sentindo bem melhor será que você finalmente pode ir até meu trabalho? Depois de lá nós podemos ir até a casa dos meus pais.

– tudo bem, eu estou mesmo precisando preencher minha cabeça com outras coisas e acho que já está na hora de conhecer seus amigos e famílias.

– pode ser hoje mesmo? – perguntou Warren.

– pode sim, na hora do almoço?

– eu venho te buscar aquí em casa.

– por falar em casa, logo eu vou poder voltar para meu flat.

– por mim você ficava aquí pra sempre.

– obrigado – falei dando um selinho na boca do Warren. – você também foi muito forte.

– porque?

– não é todo mundo que dorme com o namorado toda noite e fica três semanas sem tranzar.

– será que vou ter uma recompensa agora que você está melhor?

– hoje a noite! – falei dando outro selinho na boca dele.

– na hora do almoço eu venho te buscar então.

– tudo bem – falei – mas só tenho uma pergunta, você não contou para ninguém o que aconteceu comigo certo?

– não se preocupe ninguém sabe nada sobre isso.

– obrigado – falei dando um beijo no rosto dele.

– eu te vejo na hora do almoço então. – falou Warren se levantando da mesa e indo até a sala e colocando o terno.

Depois que lavei todas as louças eu fui até a sala. Warren estava com a porta aberta pronto pra sair. Ele tirou um cigarro e colocou na boca.

– espera um pouco – falei indo até ele.

Warren tirou o cigarro da boca

– o que foi?

Eu me aproximei dele e nós demos um beijo de língua demorado e como estávamos muito excitados logo sentimos a excitação um do outro.

– eu gosto muito de você Warren.

– também gosto muito de você Fry. – ele colou o cigarro outra vez na boca. – até na hora do almoço

Ele fechou a porta e eu fui até a sala e me sentei no sofá um pouco nervoso por antecipação por ter que conhecer os amigos e a família de Warren.

Logo depois de assistir um pouco de TV eu me levantei para me preparar para o almoço já que Warren iria me buscar.

Assim que terminei de me arrumar o meu celular tocou. Era Warren.

– olá – falei.

– Fry, você já está pronto?

– estou sim.

– olha aconteceu um imprevisto e eu não vou poder ir te buscar, mas não se preocupa eu já mandei taxi te buscar, ele deve estar chegando aí em uns 15 minutos.

– tudo bem.

– quando chegar aquí é só me esperar na recepção.

– tudo bem, até logo.

– até logo, beijo.

Assim que desliguei o celular tranquei toda a casa e fiquei do lado de fora esperando e logo ví ao longe um carro amarelo que parou em frente a casa.

– o senhor é Fry? – perguntou o homem dentro do carro.

– sim. – falei indo até ele e entrando e sentando no banco do carona. – você já sabe aonde devemos ir?

– sim.

Logo nós partimos e em seguimos viagem por cerca de 10 minutos até que chegamos em frente a um prédio que estava escrito CONNECTION ADVERTISING AGENCY (Conecção Agencia de Publicidade). Antes de sair do taxi perguntei o valor, mas o motorista disse que já estava pago.

Eu andei até a entrada do prédio e uma mulher muito simpática me recebeu.

– bom dia – falou ela com um sorriso no rosto.

– olá meu nome é Fryderik.

– olá Fryderik você provavelmente está procurando o senhor Charles.

– sim.

– você pode aguardar aquí que ele logo saíra da reunião, aceita algo para beber enquanto espera?

– não eu estou bem, obrigado.

– se precisar de qualquer coisa é só me chamar.

Eu apenas acenei com a cabeça e logo ela voltou ao seu posto de trabalho e eu fiquei sentado assistindo uma televisão gigante na parede.

Depois de uns 15 minutos esperando eu ví o elevador se abrindo e Warren saiu de dentro dele. Eu me levantei.

– olá, está esperando a muito tempo?

– não, uns 15 minutos mais ou menos.

– nós vamos subir vou te apresentar aos meus amigos e sócios.

– tudo bem – falei entrando no elevador. A porta de fechou.

– aquí é grande! – falei.

– a empresa era pequena enquanto estávamos no Alabama, mas de lá pra cá nós só aumentamos e com isso o lucro e quando mudamos para Nova York nós conseguimos comprar o prédio, claro que não teria conseguido sem meus sócios.

– é por isso que se chama Conecção?

– sim.

– todos vocês são donos de partes iguais?

– não, eu sou dono de 35% os outros dois são donos de 32,5%.

– entendo.

O elevador parou no 4ª andar, mas ninguém entrou então Warren apertou o botão para continuar subindo.

– você vai me apresentar para esses dois sócios?

– sim – respondeu Warren quase no exato momento em que o elevador parou.

Nós começamos a andar pelo corredor que tinha algumas pessoas incluindo um homem de costas na recepção.

– aquele é meu irmão, um dos sócios – falou Warren apontando para o homem. – só me faz uma coisa, não ria do nome dele.

– porque eu iria rir do nome dele?

Nós paramos atrás do homem.

– esse aquí é o Fry! – falou Warren.

O homem se virou para me ver e eu quase levei um susto.

– Fry, esse aquí é meu irmão Homer.

Homer ficou me olhando sem expressão no rosto e eu tentei contar o rosto do espanto do meu.

– olá – falou Homer estendendo a mão. Eu estendi a mão e apertei o cumprimentando. – é bom finalmente te conhecer – falou Homer tentando forçar um sorriso.

– igualmente – falei me disfarçando melhor do que ele.

Pelo canto do olho eu ví um homem saindo de uma porta.

– Fry, esse aquí é Phil.

Eu me virei e quase levei outro susto, era o mesmo Phil por quem me apaixonei quando era garoto de programa.

– vocês também são irmãos? – perguntei.

– não – falou Warren com um sorriso – só amigos, e sócios é claro.

– olá Fry! – falou Phil estendendo a mão.

– olá Phil tudo bem?

Eu desconfiava que Phil não se lembrava de mim porque ele pareceu muito natural e apertou minha mão como se realmente fosse a primeira vez que me visse.

– é bom finalmente conhecer o famoso Fry.

Warren ficou ao meu lado e me abraçou com o braço esquerdo, eu fiquei olhando para Homer e Phil tentando entender o que estava acontecendo. O destino tinha me pregado uma peça cruel.

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