A Grande Maça – Capítulo 3 – O Encontro
Depois que todos se foram eu tomei um banho demorado e me arrumei eu me despedi da minha mãe e depois de uma hora mais ou menos eu estava sentado na praça de alimentação no Eastdale Mall Shopping Center. Eu esperei alguns minutos e meu celular tocou.
– olá. – falou ele.
– aonde você está? – perguntou.
– estou na praça de alimentação. – respondi – se quiser eu vou até aonde você estacionou.
– não precisa, eu vou até ai.
– tudo bem
– como você está?
– estou com uma camisa azul.
– ok, até agorinha.
Eu desliguei e fiquei esperando alguns minutos. Eu fiquei um pouco distraído e logo apareceu um homem alto, sério era bem alto provavelmente 1,90. Ele era branco, tinha olhos e cabelos pretos.
– boa tarde – falou ele. eu me levantei e o cumprimentei. – ele era um homem muito bonito, mas o que me chamou a atenção foi a voz que era grossa, muito bonita e seria um ótimo cantor de ópera.
– boa tarde – falei – vamos então?
– não precisa de pressa – falou ele se sentando.
– tudo bem – falei me sentando.
– seu nome é Fry mesmo? – perguntou ele.
– na verdade é Abraham Fryderik, mas todos me chama de Fry.
– não vai perguntar meu nome?
– a maioria dos meus clientes não gostam de dizer o nome, os que dizem mentem e usam nomes falsos.
– bom, eu não sou a maioria dos seus cliente, sem querer ofender é claro, pra dizer a verdade eu não pretendo fazer sexo com você hoje. Eu quero apenas um acompanhante.
– ok – falei.
– meu nome é Filmore, mas pode me chamar de Phil.
– ok Phil. Você quer apenas uma companhia pra quando? Pra hoje?
– sim. Eu queria muito sair de casa hoje e estou cansado de sair com minha namorada.
– você namora?
– sim, apenas de faixada, acho que nunca vou ter coragem de me assumir.
– você não é feliz com ela.
– não. – falou ele – vou ser sincero com você não sou nada feliz por isso queria sair com alguém bacana hoje. Queria sair com alguém em que não precisasse fingir o tempo todo.
– deve ser triste. Eu lembro como era quando eu tinha medo de me assumir.
– sua família toda sabe? – perguntou ele pegando uma carteira de cigarros e acendendo.
– sim, a única pessoa que não me aceita é meu irmão.
– eu admiro quando conheço um homossexual que se assumiu, é preciso ser muito corajoso pra fazer isso.
– é verdade. – respondi.
Ele terminou de fumar o cigarro e olhou pra mim.
– quer comer alguma coisa?
– não obrigado, eu almocei há pouco tempo.
– quer algo para beber?
– sim, pode ser refrigerante.
– vem comigo e você pede o que quiser.
Nós nos levantamos e ele me entregou uma nota de US$ 50,00 dólares e me mandou comprar o que quisesse para comer ou beber. Eu fui até um dos stands e comprei uma coca de 600ml e voltei até a mesa.
Logo ele voltou com um prato com comida japonesa.
– adoro comida japonesa – falei quando ele se sentou.
– Me acompanha comendo.
– eu almocei agora a pouco.
– está na hora de comer outra vez. – ele falou isso pegando um sushi com o hashi e levou até minha boca, eu abri e comi.
– você não tem medo das pessoas que você conhece verem nessa intimidade comigo?
– não – respondeu ele. – eu não moro aquí em Montgomery estou aquí a negócios eu moro Alburn.
– entendo.
– então, você não vai lá pegar um prato pra você?
– se você está insistindo. – eu me levantei e fui até o restaurante japonês e coloquei no prato e voltei e me sentei.
– você não bebe cerveja? – falou ele tomando um gole de chope.
– geralmente não, especialmente porque eu tenho que trabalhar hoje.
– aonde você trabalha?
– trabalho no Ferri’s Oyster Bar & Restaurant.
– acho que sei aonde fica.
– por isso eu não posso beber.
– você trabalha todos os dias?
– eu tenho folga ás segundas, terças e quartas. – respondi colocando refrigerante em um copo de vidro. – você veio quando pra cá?
– eu cheguei há três dias, mas minha namorada veio comigo, eu deixei ela no aeroporto ontem à noite e vou ficar aqui até sexta-feira.
– ótimo, se você quiser companhia até lá é só me ligar.
– com certeza.
Nós comemos tudo e conversamos um pouco. O relógio marcava ás 16:30.
– me desculpa, mas eu tenho que ir.
– aonde você trabalha? Eu te deixo lá.
– não precisa – falou ele.
– olha eu estou aquí pra poder relaxar e curtir de um jeito que eu não posso nos outros 360 dias do ano, hoje você não é um garoto de programa, você é meu namorado de aluguel.
– é que eu nunca fiz algo parecido. – falei
– Se você nunca fez isso imagina eu. – ele falou isso terminando o copo de chope que tomava.
– tudo bem – respondi.
– eu quero me encontrar com você até quarta-feira, mas quanto você cobra por dia.
– eu realmente não tenho idéia, porque pelo sexo – falou cochichando a palavra sexo – eu cobro US$ 150,00, pra ser sincero com você eu nunca encontrei alguém só pra fazer companhia.
– os US$ 150,00 você cobra por tempo?
– não, eu cobro esse valor por cada relação sexual.
– vamos fazer dessa maneira – falou ele se aproximando e falando um pouco mais baixo – eu vou ficar aquí na cidade até sexta-feira certo? Então eu te ligo sempre que eu quiser e nós combinamos o valor todas as vezes que você for embora.
– pode ser.
– você mora muito longe do shopping?
– uns 18 quilômetros daqui.
– você tem carro ou moto?
– não, eu uso ônibus.
– não tem problemas. Eu te busco e te deixo em casa todas as vezes.
– não precisa – respondi.
– não tem problema eu sei que se eu preciso de descrição você precisa muito mais, eu te deixo longe de sua casa e você vai o resto do caminho a pé.
– pode ser então.
– fica combinado – falou ele se levantando.
Nós nos levantamos e fomos até o estacionamento, chegando lá nós dois entramos no carro e logo estávamos na rua.
– aonde você trabalha fica longe daqui?
– um pouco – respondi é só seguir pela avenida e eu vou te falando o caminho.
Durante o caminho nós conversamos um pouco.
– você vai querer me ver hoje a noite depois que eu sair do trabalho?
– eu tive uma idéia melhor, lá pelas 20:00 eu vou lá pra tomar umas bebidas que você vai me servir.
– ótimo, você aparece lá que eu vou te tratar como um cliente VIP – falei sorrindo pra ele.
Ele deu um sorriso e se aproximou de mim dando um selinho na minha boca. ele olhou pra frente e voltou a dirigir.
Logo nós chegamos e ele estacionou na frente.
– você vai saber chegar aquí? – perguntei.
– vou sim.
Eu me aproximei dele e dei um selinho na boca dele. Ele deu um sorriso e deu outro beijo.
– te vejo mais tarde – falei saindo do carro.