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Grupo britânico planeja criar primeira escola voltada para LGBT

Com a justificativa de “salvar vidas”, um grupo LGBT anunciou nesta sexta-feira (16) que vai abrir em 2018 a primeira escola do Reino Unido para alunas lésbicas, gays, bissexuais e trans.

O centro, que deve contar com 40 classes permanentes em Manchester, no norte da Inglaterra, é uma medida para proteger alunos que vem sendo assediados nas escolas tradicionais.

“Isto leva os jovens a se sentir isolados e alienados, o que frequentemente desemboca em absentismo escolar ou, no pior dos casos, em suicídios”, declarou a diretora da LGBT Youth North West, Amelia Lee ao “The Daily Telegraph”.

O ex-ministro de Educação Tim Loughton advertiu que a escola exclusiva vai instaurar a segregação no sistema educacional britânico. “Necessitamos fazer muito mais para combater o assédio homofóbico e criar uma sociedade mais tolerante. Não acho que a segregação de um grupo de jovens por sua sexualidade possa ajudar a gerar entendimento e colaboração”, opinou.

Mas o grupo garante que o sistema educação não está preparado para abordar as questões relacionadas à sexualidade e identidade de gênero dos alunos. Logo, é melhor ter professores especializados a tratar a diversidade. “Os professores nas escolas tradicionais têm problemas para tratar assuntos relacionados com o assédio e para abordar casos de estudantes que querem revelar sua condição sexual”, apontou Lee, que considerou que as escolas são “o último reduto da homofobia”.

A ativista lembrou o caso da jovem Elizabeth Lowe, que se suicidou aos 14 anos em um parque de Manchester. Entre outros motivos, ela temia “sair do armário” e se preocupava a reação de seus pais.

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