A modernidade de amar
Sabe, sempre tive um certo preconceito no quesito amor. Achava que tudo tinha que ser romantizado ou eu o conheceria através de amigos, ou ao acaso. Mas, nunca, jamais, em redes sociais.
Acontece que depois de muito sofrer, achando que o cara era o certo pra mim, pensando que tínhamos mil coisas em comum, pra depois perceber que ele era exatamente como todos os outros: mentiroso, galinha, egoísta e nada, nada sensível. Então, em meio à decepção, resolvi dar ouvidos à minha amiga… baixei o Grindr.
Sério, 90% dos caras que você conhece lá, são bizarros! Você vai rir horrores, pensar em sair correndo do aplicativo umas mil vezes, até que, talvez, quem sabe, você conheça alguém legal?
Pois é! Ele parecia ser o tipo de cara que meu pai amaria e eu odiaria. Resolvi dar um like só pra ver no que daria… Conversamos por um tempo, nos adicionamos no whatsapp, facebook e linkedin…
O cara, que parecia ser um nerd chato, é um dos mais leves e engraçados que conheci desde que me mudei de estado.
Super tranquilo, não reclama da vida, adora me ouvir falar por horas, ri muito das minhas manias de falar e ficar mexendo no cabelo e, também, tem umas manias doidas, do tipo falar com as mãos, gesticular demais, rir no meio das piadas e não conseguir terminar. Enfim!
O fato é: não tenha preconceito no amor. Não importa se vai ser no Grindr, na balada, ou no museu. Você vai encontrar um cara legal, quando for a hora certa. O local, pouco importa. E não aceite migalhas, meninos, você não é pomba! Então, não se porte como uma.
Aceite os convites pra sair, as mensagens, as ligações. Mas, se nem pudim, a gente deixa em banho-maria, nos dias de hoje, por que você vai aceitar ficar cozinhando até o cara se decidir se ele quer você ou as outros 20?
Eu adoro os começos de histórias, adoro as mensagens no meio dia, o sair de mãos dadas, os beijos inesperados…
Entretanto, quer saber? Eu gosto mesmo é de sacudir a poeira e recomeçar!