O capítulo de segunda-feira (28) da novela Geração Brasil, da TV Globo, promoveu um discurso emocionante sobre a aceitação das diferenças. E quem fez foi as relações públicas Dorothy, trans interpretada por Luis Miranda.
Na cena, ela é abandonada pele então namorado Cidão (André Gonçalves) durante um programa de TV quando ele sabe que ela é uma pessoa trans. Mas a personagem não se abate.
Ela diz: “Desde que me entendo por gente, me acho linda, elegante, chiquérrima e essencialmente mulher. Mas nasci pobre, ignorante e menino. Mas o tempo todo eu não me identificava com aquilo que via no espelho, eu ainda não era eu. Foi um caminho longo para chegar até mim”, afirmou.
A apresentadora do programa questiona o que Dorothy teria a falar para quem diz que ser LGBT é “errado”, “pecado” ou “contra a natureza”. E não é que ela usa a religião para justificar o quanto é “errado”, “pecado” e “contra a natureza” discriminar alguém por suas diferenças?
“Eu acho que Deus nos fez a sua imagem e semelhança. Seres únicos como ele e diferentes entre nós, como mostram as nossas digitais. Mas acho que em cada um deles Ele colocou um coração, sinal de que para Ele este é o órgão que verdadeiramente importa. As pessoas devem se guiar pelos seus afetos, amar o semelhante e também o diferente. Na verdade, não existe homem, mulher, gay, lésbica, transgênero. Na verdade existe… Gente. Se você concorda comigo, repita”.
O texto é do folhetim é assinado por Filipe Miguez e Izabel de Oliveira.
