Contos

O Belo e a Fera – Capítulo 2

Parte II

O tempo se passou e Hanz abriu seus olhos, encontrando-se deitado na cama de seu quarto, ele voltou a se sentar e olhou para os lados. Por um momento pensou que havia dormido no corredor, olhou para o armário que estava num canto.

– Como vim parar aqui?

– O mestre te trouxe.

Hanz voltou a se erguer sentindo seu estômago reclamar de dor, ele foi andando por toda aquela estrutura de pedras até chegar à cozinha, onde foi bem recebido pelos outros objetos mágicos. Acabou por se sentar a uma mesa de madeira, enquanto preparavam alguma coisa para ele comer.

– “Tudo aqui é tão frio e solitário. Apesar de mostrarem-se animados com minha presença.” – refletia, enquanto bebia um pouco de chá.

Quando terminou de comer, Hanz conversou com o bule durante um tempo até que ele se afastou juntamente com seu primo mais novo. O moreno saiu da cozinha e foi até o quintal, onde ficaria o jardim daquele castelo, todavia a neve cobria qualquer forma de vida do solo.

O vento gelado estava arrepiando todos seus pêlos. Hanz se sentou em um banco de metal e ficou olhando para um lago congelado que havia logo à frente, pensando na sua vida. Talvez estivesse destinado a ser um escravo, ou de uma Fera amaldiçoada ou de um caçador promiscuo.

Algo chamou a atenção de Hanz, ele viu um filhote de lobo que estava próximo a uma árvore, então foi com cautela até o animal, pegando-o no colo com cuidado, notando que sua pata estava machucada. Sabia que não poderia cuidar de um animal selvagem, mas seu coração não permitiria deixar aquele animal tão carismático jogado naquele frio.

E com o filhote nos braços, ele voltou a se sentar no banco, tentando aquecê-lo com seu casaco fino de segunda mão. Os dois tremiam, Hanz não sabia quem estava com mais frio, talvez ele fosse o mais sensível ao frio ali, afinal o lobo tinha um grande cobertor preso ao seu corpo.

– Não pode roubar esse lobo da natureza!

O moreno virou seu rosto ao lado e viu o olhar furioso daquela Fera, e por um momento temeu. Kim sempre o olhava com ódio, não entendia o motivo do outro nutrir tal sentimento.

– Ele está com a pata machucada.

– A natureza cuidará dele, deixe-o ir.

Hanz olhou para o filhote em seus braços e depois para a Fera ao seu lado e tentou achar algum traço semelhante entre ambos. Impossível! Aquele lobo era pequeno, amável e desprotegido, diferentemente do jeito rude e aterrorizante de seu novo mestre.

– Por favor, deixe-me cuidar dele, depois eu o deixo ir.

– Quando a alcatéia notar sua falta, eu terei problemas.

O olhar de Hanz ficou apagado, ele voltou a olhar para o filhote e o colocou no chão, vendo como ele começou a andar com dificuldade. Sua companhia naquele castelo estava se afastado, logo seria solitário novamente, porque não conseguia interagir com os objetos mágicos, ficava perturbado perto deles.

– Diga-me, Kim. Quanto tempo está aqui?

– Muito tempo. – respondeu ríspido, postando-se a caminhar para longe.

– Deve ser ruim ficar sozinho. – falou – Você não poderia ir a vila com essa aparência.

– O que você sabe sobre isso!?!? – indagou feroz, lembrando-se da sua odiosa aparência.

– Nada, mas deve ser duro. – falou baixinho, abraçando seu corpo. Se ficasse mais um tempo naquele jardim cândido, talvez não resistisse à alta temperatura.

– Não estou pedindo para ter pena de mim!

– Eu não tenho. – respondeu de repente – Afinal, você faz o que quer, é livre, pode ir e voltar, viver da maneira que desejar, sem ordens.

– Está falando isso para eu lhe libertar?

– Não, – sorriu amargurado – não faz diferença. Eu vou ser um escravo a vida inteira.

A Fera virou seu corpo, caminhando na direção de seu novo hóspede, observando a coloração azulada de seus lábios combinando harmoniosamente com os seus olhos azul piscina.

– Por que será um escravo a vida inteira?

– Motivos financeiros. – respondeu – Meu pai tem muitas dívidas com uma pessoa e me deu como empregado permanente.

Um momento de silêncio e Kim viu que seu hóspede ia morrer se continuasse naquele lugar com aquelas roupas leves e furadas.

– Entre.

– O que?

– Eu disse para você entrar!

– Eu já irei.

– Agora! – ordenou num grito.

E assim obedeceu ao seu mestre, voltando para o interior do castelo que não era muito quente também. Hanz sentou-se numa poltrona na sala próxima a lareira que foi acessa pela própria Fera.

– “Talvez ele não seja um monstro.” – pensou.

A situação foi demasiada estranha para todos naquele castelo que presenciaram tal episódio. A Fera se sentou na poltrona larga e empoeirada e ali ficou a conversar com seu mais novo hóspede por horas, o tempo passou vagarosamente, a lenha já estava começando a acabar e a chama se apagar.

A luz que provinha da janela estava sendo extinta pela noite que avançava. Até que Hanz começou a sentir dificuldade em enxergar o seu novo mestre ou talvez amigo.

Num momento eles ficaram em silêncio, não tinham mais o que conversar. Descobriram-se dois apaixonados por música, por algumas obras literárias, mas principalmente pela arte.

Hanz encostou sua cabeça no braço da poltrona, tentando controlar seu sono e a dor terrível que estava no estômago, ele queria comer, precisava se alimentar. Seu corpo tinha pouco açúcar e a falta de alimentos causava desmaios e como previsto, sua fraqueza foi acentuada e assim adormeceu.

A Fera ficou a observar o moreno ao longe, vendo que seus movimentos estavam estáticos, ele se ergueu, seu grande volume fazia barulho quando andava pelo assoalho. Quanto se aproximou, tocou na face gelada de Hanz, assustando-se por um minuto. Ele o pegou no colo com delicadeza, ou então poderia quebrar seus ossos se o apertasse e o levou correndo até a cozinha, colocando em cima da mesa.

Os objetos se aproximaram. Primeiro veio o candelabro, ele ficou olhando para a face de Hanz e depois olhou para os demais que esperavam sua análise.

– Ele parece estar com frio, com fome e cansado. – falou Kirios – ele precisa de um banho quente, tomar alguma coisa forte e depois dormir.

– Ele não comeu nada? – Indagou a Fera.

– Eu fiz chá e dei pães. Não temos muita comida aqui, Kim. – falou Julian.

– Não temos carne?

– Não, acabou.

– Eu vou caçar algo. E vocês preparem um jantar para nós dois.

– Sim, senhor. – disse Julian – Vocês ouviram, comecem a preparar o jantar.

– Temos que levá-lo ao quarto e dar um banho quente nele. – falou Kirios.

– Quem vai dar banho nele?

A cozinha ficou em silêncio e todos ficaram olhando para Kim.

– Óbvio que será você, Kim. Que pergunta! – o candelabro exclamou.

– Olha como fala comigo.

– Bla, bla bla… Não me importo. Agora se quiser cuidar dele, tem que seguir minhas orientações

E o candelabro ficou a passar os seus conhecimentos para Kim, ele falava coisas simples, nada muito elaborado. Todavia fazia anos que Kim não interagia com outro ser humano, sendo assim estava sendo muito difícil se imaginar banhando o outro. E depois de receber uma bronca do candelabro, Kim bufou e pegou Hanz no colo, levando-o até o seu quarto.

A água quente foi preparada e levada em baldes até a suíte do quarto do senhor daquele castelo. Agora havia toalhas limpas, água quente e uma banheira razoavelmente limpa. Kim olhou para o seu hóspede e começou a retirar suas roupas aos poucos, sentindo seu coração acelerar. E se ele acordasse? Como explicaria o que estava fazendo?

As dúvidas e receios foram trocados para a curiosidade. Fazia muito tempo que Kim não via um ser humano, uma vez ou outra via um caçador ao longe, mas não era a mesma coisa. Olhando para Hanz podia se lembrar de como era seu corpo, seu rosto, a maciez de sua pele… por um momento deslizou sua garra pela face macia do outro.

Parou com o que fazia, sentindo seu sangue ferver, ficou constrangido. Ele olhou para os lados, mas felizmente não havia ninguém lhe observando. Hanz foi depositado na banheira e ali começou o seu banho e para a infelicidade de Kim, o seu hóspede acordou no meio de sua tarefa.

Hanz ficou em choque quando viu o que estava acontecendo, Kim se afastou e deu alguns passos para trás, tentando se explicar, enquanto se amaldiçoava por ser tão lento. Se tivesse dado um banho rápido em Hanz, aquela situação não estaria assim.

E mais um passo para trás, Kim acabou tropeçando em um balde de água vazio, afundando seu pé no objeto de metal, caindo com seu grande peso para trás. Hanz acabou rindo alto, enquanto enxugava suas lágrimas, ele olhou para os pêlos que se molharam ao encontrar em contato com o chão úmido.

– Do que está rindo!?!? – indagou num estrondo furioso.

– De você! – respondeu, continuando com seu acesso de riso.

– Não tem graça!

– Seus pêlos estão estranhos!

Kim passou a mão por sua cabeça, vendo que alguns pêlos se soltaram e voltou seu olhar para Hanz. Ele ergueu seu volumoso corpo e avançou, ficando com sua fileira de dentes expostos para Hanz que engoliu em seco, parando de rir.

– Desculpe. – pediu amuado.

A Fera nada disse, apenas virou-se e saiu do banheiro, batendo a porta com tanta força que ela quase arrebentou. Hanz se encolheu e olhou para a banheira, sentindo a água morna lhe aquecer. Ele não ficou ali por muito tempo, usou as toalhas para se secar e procurou por suas roupas as quais não achou. Ele saiu do quarto com passos lentos e viu a Fera parada na frente da janela.

– Kim… Desculpe-me. – voltou a pedir, não entendo o motivo para tanta irritação. – er… Onde estão minhas roupas?

– Em cima da cama. – respondeu seco.

Hanz as pegou, vendo que tinham um bom tamanho. Ele sentiu maior conforto com aqueles tecidos nobres e quentes. Jamais pensou em vestir algo de tanta qualidade na sua vida. Quando terminou de se vestir, foi até a saída do quarto, sentindo-se desconfortável naquele lugar.

– Ah… Kim. Obrigado. – falou antes de sair, fechando a porta.

O moreno foi até seu quarto, tocando sua testa que suava. Ele tinha tontura e precisava comer alguma coisa, todavia estava relutante quanto a visitar a cozinha. Não sabia se teria forças de andar até o andar debaixo em boas condições, por isso parou no andar inferior, jogando-se na cama de seu quarto.

– “Onde está Corei?”.

Ele olhou para os lados e viu que o armário não estava mais lá. Talvez ele tenha ido passear, apesar de ser algo bem estranho de se imaginar. Um armário saltitante passeando pelos corredores.

A porta do seu quarto foi aberta e um pequeno relógio entrou. Hanz já havia visto aquele objeto antes, mas não havia falado com ele.

– O jantar está servido.

– “Acho que nem consigo me levantar.”

– Eu não vou comer, obrigado.

– Como quiser. – falou secamente, se afastando.

– Hei, qual é seu nome?

– Miles.

E o relógio foi se afastando, Hanz sentiu seu estômago reclamar e acabou fechando os olhos novamente para acordar no minuto seguinte com um forte estrondo. A porta de seu quarto foi empurrada, batendo contra a parede.

– Por que não vai descer!?!?! – indagou Kim no seu tom típico.

– E-eu… não estou me sentindo bem. – respondeu numa voz baixa e rouca.

Kim deu um soco na parede que teve sua estrutura forçada, rachando levemente até o teto. Hanz se encolheu na cama e abraçou seus joelhos, temendo aquelas garras.

– NÃO PODE JANTAR COM UM MONSTRO COMO EU!?!?

– Eu… não…

– VOCÊ PREFERE FICAR PRESO?

– Kim, eu não me sinto bem. – falou mais alto.

A Fera parou com seu ataque e observou o rapaz a sua frente, vendo que a coloração de seus lábios continuava apagada.

– O que disse!?!?

– Eu… estou com tontura, se eu… me levantasse, eu ia desmaiar.

Um longo suspirou deixou aquele corpo volumoso, Kim estendeu seu braço, virando seu rosto para o lado contrário, ficando sem jeito de ser gentil com outra pessoa.

– Vem.

– Hum?

– Vem logo!

Hanz tocou naquela mão quente e peluda que lhe guiou até o andar debaixo. A tontura não deixou o corpo de Hanz, porém a presença de Kim o deixava mais tranqüilo para andar. Todavia estava com medo de ser atacado por aquele monstro, a boa imagem que havia feito de Kim foi desfeita.

Quando chegaram à grande mesa de jantar, Hanz se sentou um pouco afastado, temendo que fosse atacado por aquelas garras. Ele abaixou a cabeça e olhou para a sopa que estava no seu prato e os dois começaram a comer, Hanz bebeu todo aquele líquido, desejando algo mais sólido para se alimentar. Ele olhou para o lado e viu que a Fera virou todo o prato contra sua boca, sujando seu corpo.

Kim pareceu se constranger ao ver como não tinha modos. Ele não tinha mais a delicadeza e sensibilidade de um ser humano, seu corpo não se comportava para tais atividades.

Quando chegou o segundo prato, Hanz sorriu ao ver que tinha pouca carne e uma massa. Ele começou a comer com um largo sorriso nos lábios, sentindo sua saúde melhorar. E novamente viu Kim tendo dificuldades para comer com o garfo.

– Kim… por que não come… do jeito que lhe é mais fácil? – indagou finalmente, temendo outro ataque de raiva do outro.

A Fera pareceu gostar de ter ouvido aquilo, ele pegou o prato com as duas mãos e começou a comer como se fosse um cachorro, sujando todo seu rosto de molho. Hanz sentiu vontade de rir, mas conteve-se, voltando à atenção para sua comida.

Quando terminou de comer, Hanz limpou-se e olhou para Kim que comentava alguma coisa sobre música e violinos, agora os ânimos estavam mais tranqüilos, Hanz podia conversar, mas fazia com cautela.

E o tempo foi passando, eles ficaram ali conversando até que foram para seus aposentos. E lá Hanz deitou-se na sua cama e dormiu até a manhã do dia seguinte, sendo despertado para tomar café e para sua surpresa, encontrou o senhor do castelo, sentado a mesa, usando roupas finas e limpas.

O candelabro apareceu, ficando em cima da mesa, próximo a Hanz.

– O que você fazia da vida, Hanz? – indagou Kirios.

– Muitas coisas. Trabalhava no mercado central de manhã e na biblioteca a tarde, e também ajudava alguns nobres nas horas extras.

– Nada muito significante. Por acaso não estudava?

– Não tinha tempo. – respondeu um pouco ofendido – E você estudava?

– Medicina humana. – respondeu com júbilo.

– E por acaso era bom no que fazia pelo menos? Pois nem consegue manter essa sua chama acesa direito.

A chama que ficava no topo da cera se irradiou e então voltou ao normal, parecia que havia ficado finalmente irritado.

– Não se sinta grande coisa na atual situação que está.

– Idem! – Hanz retrucou – Afinal, eu nunca vi candelabros cuidando de pessoas.

Kirios virou-se e se afastou, praguejando alguma coisa. Não tinha como responder, contudo se estivesse na sua forma humana, com certeza jogaria aquele hóspede impertinente no quarto e daria uma lição nele.

A Fera sorriu pela primeira vez, divertindo-se com o jeito explosivo de seu amigo Kirios e surpreendendo-se com o jeito mal humorado que Hanz podia adquirir. Após terminarem de tomar café, eles foram caminhar pelo jardim.

Os dias seguiram esse ritmo, Hanz e Kim estavam criando um laço de amizade. O jovem humano procurava não irritar o seu mais novo e estranho amigo, que já havia se mostrado bastante violento e explosivo.

Era o final do inverno, a neve estava cessando e o tom escuro da terra estava se revelando, juntamente com uma grama queimada pela friagem, que ainda estava muito escassa. As roupas de frio estavam cada vez mais dentro do guarda-roupa.

Kim e Hanz estavam sentados num banco, observando os pássaros que se alimentavam das migalhas de pão. Hanz sorria e falava sobre alguma coisa de sua falecida mãe, enquanto Kim lhe ouvia atentamente, notando as reações daquele belo rosto que tanto gostava de admirar silenciosamente.

Se ainda invejava aquele corpo, Kim podia ter a certeza que não era isso. Ele desejava voltar a sua forma humana e o tempo estava acabando, se ele não conseguisse fazer uma pessoa se apaixonar por ele durante o período da maldição, ele e o resto do castelo continuariam com as formas atuais para o resto de suas vidas.

O sentimento era demasiado complicado para Kim, ele não conseguia ficar muito tempo sem a presença de seu novo amigo, no começo pensou que fossem os anos de solidão, mas o real motivo parecia lhe incomodar. Não desejava somente falar com Hanz, mas gostava de observá-lo, admirá-lo e desejava ardentemente mostrar sua verdadeira forma para o outro.

– Hei, Hanz…

– O que foi?

– Você nunca me falou de uma namorada. – comentou, desviando seu olhar para os pássaros.

Hanz sorriu e balançou a cabeça negativamente.

– Você já teve uma é claro.

– Não, nunca tive. Nenhuma mulher se interessou por mim.

– Como não?

– Eu sou pobre e me matava de trabalhar. – comentou – Apareceram algumas garotas, é verdade, mas nenhuma família ia desejar ter a mim como genro.

– Isso não é verdade, – falou rapidamente – você é um bom rapaz, trabalha, é educado, com certeza seria um bom pai e marido.

– Você acha? Obrigado! – sorriu abertamente – Sabe, eu tenho saudade do meu vilarejo.

O coração da Fera bateu mais forte ao ouvir aquilo, ele olhou com possessividade para o rapaz a sua frente. Ele não podia ir embora! Não ia aceitar isso.

– Do que está falando?!

– Eu queria voltar ao vilarejo. – disse firme.

– Não, você disse que ficaria aqui!

– Eu sei. Kim, eu preciso ver meu pai e outras pessoas que se importam comigo.

– Não deseja minha presença!? Eu sou seu amigo! – indagou elevando seu tom de voz, levantando-se do banco, espantando os pássaros que estavam próximos.

– Kim, eu gosto muito de você, mas eu tinha uma vida antes.

A Fera bufou e se afastou praguejando, Hanz começou a segui-lo, falando o quanto desejava sair do castelo, mas era completamente ignorado.

– Você era um morto de fome e vai continuar sendo se sair daqui! – gritou o anfitrião.

– Mas você me mantém preso aqui!

– Será um escravo no seu vilarejo!

– Eu não vou ser, vou trabalhar para pagar minhas dívidas.

– Daqui você não sai!

– É por isso que ninguém fica muito tempo com você! – gritou com raiva daquele comportamento egoísta.

– Como!?!?

– Sempre tão egoísta e mandão! Não pensa nos outros, você só pensa em você mesmo.

– SE PENSA ASSIM ENTÃO VÁ EMBORA!

– Eu vou mesmo!

Hanz virou-se e se afastou, indo até o fundo do castelo onde havia um cavalo, ele montou no animal e começou a se afastar, dando uma última olhada para trás, para a janela do corredor, onde o mestre daquele castelo costumava ficar, todavia não viu Kim ali e apesar de sentir-se mal por ter discutido com ele, Hanz não poderia continuar com aquela vida. Assim pensava.

Oo

Sentimento assim
Sempre é uma surpresa
Quando ele vem
Nada o detém
É uma chama acesa

Oo

OoO

Continua…

Seguindo o roteiro original, o Belo quer voltar para sua cidade, deixando a Fera ainda mais irritada. O que será que irá aguardar Hanz quando ele retornar? Será que Iago estará a sua espera?

Por Leona-EBM

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