Príncipe Impossível – Capítulo 36 – Destino
Estava em frente a casa dele. O Uber me deixou embaixo da árvore do outro lado da rua. Não tinha certeza se deveria continuar com isso. Na verdade não tinha certezas de muitas coisas. Não seria a primeira decisão idiota que eu tomaria em muito tempo, mas que diferença faz agora que estou aqui? É quase onze horas da noite e a noite está fria pra caralho e tinha me vestido como se fosse á praia. Pensei em ligar, mas decidi ir de uma vez. Pra que ficar enrolando o inevitável?
Atravessei a rua e bati na porta da casa dele. Esperei alguns minutos e bati novamente, mas ninguém atendia. A rua estava quase deserta e eu sinceramente comecei a ficar com medo. Não conhecia bem a região e podia ser perigoso especialmente agora com um estuprador em série a solta. Bati novamente na porta e ouvi sua voz rouca do outro lado da porta.
– já estou indo – falou ele abrindo a porta. Ele fez cara de surpresa ao me ver. Eu congelei e minhas pernas tremeram. Talvez não tivesse sido uma boa ideia ter vindo.
– oi – falei com os braços cruzados. Estava muito frio.
– Griffin? o que está fazendo aqui? – perguntou Gray olhando pra mim.
– eu vi tem ver – falei entrando mesmo sem ser convidado.
– o que veio fazer aqui?
– já disse Gray. Vim ficar aqui com você.
– mas e disse que queria ficar você.
– isso é o que você quer, mas não é o que precisa – falei olhando em volta – onde estão seus filhos?
– já estão dormindo –falou ele fechando a porta.
Olhei para Gray e vi que ele continuava com a mesma roupa que tinha trabalhado. Calça jeans azul e uma camisa de botões na cor cinza.
– você ainda está com a roupa do trabalho?
– não tive tempo de me trocar ou de tomar um banho. Quando Morgan trouxe Vincent eu basicamente fiquei pro conta deles. Brinquei, fiz o jantar, nós assistimos a alguns filmes e antes de dormir li história para eles – falou Gray rindo – na verdade eu li uma história para Vincent. Foi Stephanie quem leu uma história pra mim antes de cair no sono.
Ele tinha um sorriso no rosto ao fala da filha, mas ao perceber minha presença novamente ele voltou a ter uma expressão séria.
– você ficou maluco de vir aqui sozinho? A rua está deserta e é quase meia noite. Não ficou sabendo que o Escultor fez mais uma vítima?
– não. ele fez?
– sim. Um homem chamado Carlos Ramirez. Ele deu entrada no hospital agora a pouco. Scott está de plantão hoje a noite e ligou faz mais ou menos uma hora dizendo que um homem foi estuprado enquanto estava indo para casa.
– ele atacou hoje a noite? – perguntei assustado.
– sim.
– acho que no fim das contas foi irresponsabilidade vir aqui sozinho, mas não me arrependo. Vim aqui pra ficar com você.
– então vem – falou Gray segurando minha mão e me puxando para as escadas. Ele apagou as luzes e nós subimos. Ao chegarmos no quarto Gray caiu deitado na cama. Fiquei de pé olhando para ele.
– era isso que você estava fazendo antes de eu chegar? Estava deitado de roupa e sapatos olhando para o teto?
– sim. Faz um tempinho.
Não disse nada e me sentei na beirada da cama colocando as pernas de Gray no meu colo. Gray também não disse nada e apenas observou enquanto eu tirava vagarosamente seus sapatos e suas meias. Coloquei as meias dentro dos sapatos e as coloquei no chão próximo da cama.
Gray continuava olhando para mim, mas ele não dizia nada. Ele parecia pensativo. Ele devia estar estressado com tudo o que aconteceu. Talvez ele quisesse dizer alguma coisa ou talvez ele não quisesse dizer nada então decidi não forçar. Decidi não puxar o assunto. Ele segurou em minha mão quando subimos as escadas. Ele estava com certeza melhor.
Me levantei da cama e coloquei as pernas de Gray de volta no lugar. Tirei os meus tênis e coloquei minhas meias dentro. Fui por cima de Gray e me ajoelhei em cima das pernas dele. antes que fizesse qualquer coisa eu tirei minha camiseta pra ficar mais a vontade. Olhei para Gray e ele não perguntou o que faria então decidi não contar.
Levei as minhas mãos até as pernas de Gray ainda escondidas pela calça jeans e acariciei-as até em cima. Até que cheguei em suas cinturas. Atrevi a levar minha mão esquerda até o meio de suas pernas e senti seu membro duro que ali habitava. Olhei para Gray e vi que assim que ele sentiu meu toque em seu membro ele fechou os olhos e respirou fundo.
Me inclinei e deu um beijo e uma mordida de leve entre suas pernas. Massageava com minhas mãos enquanto passava a língua pela calça jeans circulando agora seu pênis desenhado na calça. Usei as duas mãos para abrir a braguilha de Gray e enfiei a mão lá dentro tirando para fora seu membro. Segurei firme em seu pau quente e abri a boca chupando a cabeça rosada e melada.
Fechei meus olhos e fiz um vai e vem humedecendo todo o seu membro. Fazia círculos com a língua em sua cabeça e engolia o máximo que conseguia. Tinha um gosto peculiar, mas não ruim. Um gosto bom e curiosamente viciante. Minha mão esquerda estava apoiada na base do seu membro enquanto minha mão direita estava timidamente repousada sobre sua barriga por debaixo da camiseta logo acima do umbigo.
Ainda em movimento eu subia e descia acariciando e estimulando seu membro que parecia inchar e crescer a cada segundo. Abri os olhos ainda em movimentos e vi que Gray olhava para mim. Ele colocou sua mão esquerda dentro da camiseta e começou a acariciar minha mão que em sua barriga repousava e com a mão direita ele começou a acariciar meus cabelos.
Nenhuma palavra era dita, mas os atos falavam por si só. Gray gemia silenciosamente. Sua respiração estava ofegante enquanto eu me dedicava apenas a cabeça. Subi a mão esquerda da base até o meio do pau e comecei a masturba-lo enquanto chupava apenas a cabecinha do seu membro.
O membro dele era de um tamanho bem satisfatório e preenchia muito bem minha boca. Desci a mão novamente até a base do seu pênis e engoli novamente pressionando fundo na minha garganta. Subi novamente a cabeça até que vi seu membro cair deitado.
Usei a mão para deixa-lo novamente na vertical e olhando nos olhos de Gray coloquei a língua para fora e esfreguei seu pau bem devagar enquanto minha saliva deixava ele bem molhadinho. Deu uma chupada rápida e um selinho no meio do seu corpo sentindo as veias dilatadas.
Gray continuava a acariciar minhas mão e meus cabelos enquanto vagarosamente engolia seu membro deixando ele novamente no fundo da minha garganta. Mantive por um bom tempo seu membro se contraindo na minha garganta e subi a minha cabeça e voltei a fazer os movimentos saboreando seu membro. Como era gostoso sentir seu pau dentro da minha boca. Tenho certeza de que Gray se sentia da mesma forma. Depois de um dia tão estressante ele precisava relaxar um pouco.
Vagarosamente desci minha cabeça o máximo que pude e mantive seu membro por um tempo. Foi então que senti um gosto agridoce na boca. Algo sendo jorrada na minha garganta. Depois de alguns segundos subi a cabeça, mas mantive seu membro dentro da boca enquanto ele terminava de gozar. Gray respirada ofegante e gemia bem baixinho. Quando percebeu que eu olhava ele de um sorriso pra mim. Dei uma última chupada na cabeça e tirei o membro dele meio flácido da boca. Fiquei ajoelhado na cama e vi que Gray se esticou para pegar uma toalha na cama para me entregar para que cuspisse nela.
– não precisa – falei me deitando ao lado de Gray. Aproveitei que ele estava com o braço esticado e deitei em cima.
Gray ficou um pouco surpreso.
– o que foi? Não faz mal engolir – falei colocando a mão em cima do peito dele – ou faz?
– eu não tenho nenhuma DST então não tem problema – falou Gray com um sorriso fechando os olhos e se aproximando. Ele se aproximou o suficiente para me beijar. Um selinho na minha boca. Foram dois selinhos que se tornaram um beijo de língua apaixonado. Era bom sentir sua língua macia como seda explorar novamente minha boca – eu não me arrependo – falou Gray entre um beijo e outro.
– o que? – perguntei ainda de olhos fechados acariciando o rosto dele enquanto nos beijávamos.
– não me arrependo de estar com você.
– eu me arrependo – falei chamando a atenção de Gray. Ele deu dois selinho mais na minha boca e olhou pra mim – quer dizer… eu me arrependi um pouco quando sua filha contou o porque de ter apanhado na escola.
– é normal – falou Gray – você é um rapaz bom Griffin. Você é o tipo de pessoa que se arrepende de coisas as quais não tem culpa – falou Gray guardando o membro dentro da calça e cobrindo com a cueca. Ele deixou a braguilha aberta.
– eu vi como você ficou chateado com o que aconteceu.
– eu confesso. Fiquei um pouco chateado sim afinal eu fui machucado onde mais dói. Eu queria ficar sozinho com meus filhos, mas quando eu abri a porta e vi que você tinha vindo mesmo quando eu disse para ficar longe eu fiquei muito feliz.
– Você está mais relaxado agora? – perguntei descendo a mão. só parei quando cheguei até o meio das pernas dele.
– muito – falou Gray rindo e dando um selinho na minha boca. Acariciei-o bem devagar enquanto nos beijávamos.
– vai tomar um banho – falei me virando e encarando o teto.
– vou sim – falou Gray vindo por cima de mim – mas não pense que esqueci de você – falou Gray deitando o corpo em cima do meu – só me á um tempo para eu recuperar as forças.
– não tenha pressa – falei abraçando o corpo dele e dando um selinho na boca dele.
Gray se levantou e foi para o banheiro e logo ouvi a água caindo. Fui até o banheiro e me escorei próximo da portado lado de dentro.
– você mora em um lugar bonito – falei vendo-o tomar banho.
– você precisa ver a praia. Não fica muito longe daqui. Durante o dia a visão é maravilhosa.
– você e Morgan faziam amor nessa cama? Quer dizer… não me leve a mal, mas você ficou com Eve nessa cama também?
– deixa de ser bobo – falou Gray rindo – a primeira coisa que eu fiz foi comprar outra cama quando me separei.
– OK – falei rindo – sei que é bobeira, mas é que é estranho.
– não é bobeira. Foi exatamente por ser estranho que eu comprei outra cama logo que me divorciei.
– foi uma boa decisão – falei rindo.
– você podia me dar uma ajudinha – falou Gray olhando para mim.
– no que? – perguntei me aproximando.
Gray abriu a porta do box e pegou minha mãe levando-a até seu membro que estava flácido. Segurei firme e comecei a masturbá-lo.
– isso – falou Gray com um sorriso enquanto o masturbada. Sentia a cada segundo seu membro ficando mais e mais duro na minha mão.
– só queria te avisar que eu marquei o encontro com Rupert pra essa sexta.
– ótimo – falou Gray ando um selinho na minha boca – quanto antes nós terminarmos esse trabalho mais rápido eu terei meu namorado de volta.
– você sempre vai me ter.
– o que você mais gosta que eu faça?
– na cama?
– sim -falou Gray ouvindo atentamente.
– quando você usa a língua – falei aproximando o rosto do dele e dando um selinho na boca dele.
– tira sua roupa – falou Gray voltando para debaixo do chuveiro.
Tirei toda a minha roupa e entrei fechando o box de vidro. Gray me puxou para debaixo do chuveiro e eu o abracei sentindo a água cair em nossos corpos. Beijei a boca de Gray enquanto nossas mãos exploravam nossos corpos. Sentia o membro de Gray pressionando contra o meu enquanto ele apertava carinhosamente minhas nádegas apertando meu corpo contra o dele.
– fica de costas – falou Gray me colocando contra a parede longe do chuveiro. Ele se ajoelhou no chão atrás de mim e fez eu levantar a perna direita e apoiá-la na parede.
Gray viu meu ânus aberto por debaixo e se aproximou dando um selinho. Em seguida ele passou a língua dando uma lambida no meu ânus me fazendo gemer.
Ele passou a língua de baixo até em cima e em seguida usou as mãos para afastar mais ainda minhas nádegas dando espaço para que sua língua explorasse mais ainda. Gray pressionou os lábios e sugou meu ânus me fazendo gemer. Adorava quando ele fazia carinho usando sua língua.
Gray segurou meu pau que estava duro com a mão direita e começou a me masturbar enquanto usava a mão direita para acariciar minha bunda enquanto sua língua carinhosamente circulava meu ânus.
Gray deu uma mordidinha na minha nádega bem próximo do meu ânus e em seguida usou um dedo para me comer. Ele enfiou um dos dedos enquanto passava a língua nas pregas que estava deflorando novamente. Gemi bem baixinho sentindo ele me tocar com a língua. A língua dele era quente e molhada e sabia como me excitar.
Enquanto sua língua humedecia meu ânus Gray tirou o dedo e passou a colocar dois. Gemi um pouco alto enquanto ele usava os dedos para me foder. Gray continuava a me masturbar.
– que delicia! – falei sentindo ele dar estocadas com o dedo.
– é disso que você gosta? – perguntou Gray tirando os dedos chupando meu cuzinho que agora estava aberto.
– é sim – falei gemendo – só você sabe como eu gosto.
Ele continuou chupando meu cuzinho, mas dessa vez ele parecia mais faminto. Ele colocou a cara bem fundo em mim fazendo movimentos rápidos com sua língua enquanto sua mão me masturbada. Sua barba por fazer me fazia cosquinhas.
– Vou gozar – falei sentindo meu coração acelerar. Senti minhas pernas bambearem.
– goza pra mim – falou Gray com a língua no meu ânus. Ele manteve al íngua e moveu a mãos mais rápido. Minhas mãos se apoiavam na parede.
– não estou aguentando – falei sentindo Gray dar um selinho no meu ânus.
– goza vai! – falou Gray.
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa eu senti meu pau esporrar. Gray viu a parede logo a minha frente se sujar de esperma. Jato após jato o esperma começou a escorrer na parede.
Senti meu corpo ficar fraco e Gray foi maldoso porque ele não tirou a língua de mim e manteve ela humedecendo me ânus. Ele se preparava. Depois de um beijo ele passou a língua no meu rego e subiu beijando minhas costas. Meu buraquinho já estava aberto e Gray aproveitou para enfiar seu membro em mim.
Gray me empurrou na parede e meteu seu membro em mim me fazendo gemer. Meu corpo estava fraco, mas eu continuava excitado. Sentir as mãos de Gray me segurando tão forte sempre me deixava excitado. Ser dominado por Gray me excitava. Não em um nível sadomasoquista, mas em um nível leve.
Gray movia o quadril para frente e para trás fazendo seu membro me deflorar. Não importa quantas vezes fazia sexo sempre que Gray me penetrava era como se fosse a primeira vez. Ele não tem culpa de ser avantajado. A cabeça do pau era proporcional ao corpo do pênis não era nem grande demais e nem pequeno demais. Isso tornava a primeira penetração sempre dolorida, mas Gray sabia como fazer a dor desaparecer.
– está gostoso?
– está sim – falei sentindo Gray beijar meu pescoço.
Gray manteve o membro dentro de mim enquanto me puxava para debaixo do chuveiro. Agora a água quente caia em nossos corpos enquanto fodiamos. Sentir Gray me abraçar mantendo seu corpo junto ao meu foi o melhor momento da tranza. Pude sentir cada centímetro do seu corpo enquanto ele despejava seu esperma dentro de mim.
– gozei! – falou Gray rindo.
Virei meu rosto e Gray segurou meu queixo me dando um beijo de língua enquanto deslizava seu membro para fora de mim. Senti ele pressionar o pau flácido no meu rego enquanto usava as mãos para acariciar minha barriga.
– te amo -falei virando meu corpo e ficando de frente pra ele.
– me perdoa.
– pelo o que?
– se você em algum momento se sentiu mal pela forma que eu te tratei hoje eu quero que me perdoe – falou Gray dando um selinho na minha boca e mantendo seus lábios bem juntos ao meu.
– Acho que você é quem precisa me perdoa.
– pelo o que?
– eu pensei em te dar motivos para terminar comigo para que a sua vida e a de seus filhos fossem menos complicadas.
– porque diabos você faria uma coisa dessas? – perguntou Gray acariciando meu rosto.
– porque eu sei que você me ama e nunca terminaria comigo.
– eu não quero terminar com você. Nem pelos meus filhos. Doeu muito o que aconteceu hoje, mas doeria muito mais se eu perdesse você.
– também percebi isso. Você está fazendo efeito em mim. Não consigo mais tomar decisões idiotas porque eu sempre me pergunto: “O que Gray Faria?”
– que bom – falou Gray rindo e se virando. Peguei o sabonete e passei nas costas dele. Abracei-o por trás e deslizei as mãos em sua barriga e em seu peito ensaboando seu corpo.
Esfreguei o sabonete na mão e lavei o pênis dele que estava flácido. Lavei seu saco, sua virilha e deixei a glande a mostra e esfreguei sabonete deixando bem limpinha. Depois de se enxaguar Gray me virou de costas e fez o mesmo comigo.
– não acredito que o Escultor atacou de novo.
– na verdade essa é a segunda vítima desde Grace Stwart.
– a policia não tem nenhuma pista?
– pergunta pra Eve – falou Gray lavando o meu pênis.
– porque eu perguntaria pra ela?
– você não viu ela falando que está ajudando a policia de Los Angeles com um caso?
– ouvi.
– ela não falou, mas tenho certeza de que ela está ajudando no caso do Escultor. Ele não deixa pistas e as poucas que deixam não os levam a nada. Eve é uma das melhores do ramo. Se ela não ajudar a solucionar o caso ninguém vai conseguir.
– espero que eles consigam.
– eu também – falou Gray desligando o chuveiro. Gray me entregou uma toalha e pegou a outra. Nós nos secamos e nos enrolamos na toalha. Ao chegarmos no quarto e Gray me entregou uma calça de pijama. Vesti apenas a calça sem cueca e Gray fez o mesmo só que a dele era vermelha e a minha era azul claro.
– tem uma pessoa aqui em Los Angeles que quer te conhecer – falei me deitando na cama e puxando o cobertor para cima de mim.
– quem? – perguntou Gray desligando a luz do quarto e ligando a luz do abajur. Ele se colocou debaixo dos cobertores comigo.
– meu tutor Stephen.
– seu tutor?
– sim. Ele foi como um pai para mim. Foi ele quem me deu a garrafa de uísque que Roger roubou. Ele me deu a garrafa e disse que eu deveria abri-la e bebê-la com meu noiva no dia do meu casamento.
– tudo bem – falou Gray se virando de costas para mim. Me aproximei dele e o abracei por trás mantendo meu corpo bem junto do dele. Ele apagou a luz do abajur.
– acho que no fim das contas ele só quer conhecer o homem que eu dividirei essa bebida.
– esse homem será eu?
– claro.
Ficamos em silêncio por alguns instantes e percebi que estava com algo entalado na garganta. Disse que não contaria para Gray para não chateá-lo, mas precisava contar.
– eu preciso te contar uma coisa Gray.
– toda vez que você diz isso eu tenho medo – falou Gray acariciando meu braço.
– não é nada sério é só uma coisa que aconteceu no hospital enquanto esperava você sair da cirurgia.
– o que foi?
– um medico lá do hospital me deu uma cantada, deu em cima de mim e m e chamou para sair.
– quem foi? – perguntou Gray acendendo a luz do abajur e virando o corpo e olhando para mim.
– não foi nada demais.
– me fala quem foi Griffin – falou Gray com ciúmes.
– não sei se vou contar. Tá parecendo que você vai arranjar briga.
– não vou arranjar briga, me fala logo que foi?
– Dr. English. Gordon English.
– o cara do sotaque britânico?
– esse mesmo.
– OK – falou Gray – o que ele disse pra você?
– que ouviu fofocas que eu tinha destruído uma família e roubado o marido de alguém. Quando eu disse que não foi bem assim que aconteceu ele disse que era uma pena que eu estava com você porque ele adoraria me levar para jantar
– deixa eu ver se entendi – falou Gray aparentemente calmo – ele sabe que estamos juntos e mesmo assim te chamou para sair?
– foi, mas isso é normal Gray. Aposto que você leva cantada todos os dias e pra mim é pior porque você gosta de homem e mulher então eu tenho o dobro de preocupação.
– sim, mas as cantadas que eu recebo são de pessoas que não me conhecem. Esse cara sabe que estamos juntos e devia ter respeitado isso.
– não vai arrumar briga né?
– não. Só vou falar pra ele ficar mais esperto.
– Não Gray. Deixa isso pra lá.
– Não vou arranjar briga Griffin, mas não vou deixar isso passar em branco. Você vai me visitar sempre estar no hospital e ele precisa te respeitar. Você não dá cantada no namorado dos outros. Nos somos colegas de trabalho eu esperava pelo menos um pouco de respeito e ele não se atreva a dizer que não sabia que estávamos juntos porque lá no hospital todo mundo sabe.
– sabe o que deu a entender pelo o que ele me disse?
– o que?
– deu a entender que eu devia estar com ele que é Gay e não com você que é Bi. Ele deve ser o tipo de gay que acha que todo bi é na verdade confuso.
– mais um motivo pra coloca-lo no lugar dele.
– não vai arranjar briga Gray. Não quero ninguém brigando por minha causa até porque eu já tenho dono – falei acariciando o rosto dele –Nada de briga ou ignorância porque eu te conheço. Você é um homem bom, mas quando alguém toca na sua feriada você se torna uma pessoa sombria e malvada. Eu já vi você em seus piores dias. Lembra do dia que eu descobri que a filha do Scott era garota de programa? Lembra de como você me tratou?
– Pensei que já tinha me perdoado.
– eu perdoei, mas você foi cruel comigo naquele dia e olha que eu sou uma pessoa que você ama. Imagina o que você não fará com alguém que odeia?
– tudo bem Griffin. Não vou arranjar briga. Não vou nem falar nada diretamente a ele para não criar um clima ruim. Vou só dar uma indireta pra que ele saiba que nós somos sérios e não só um caso qualquer. Não sou um homem confuso na crise de meia idade que deixou a esposa pra curtir uma aventura.
– por falar nisso – falei dando um selinho a boca de Gray – eles nunca encontraram o seu carro?
– não. Dei queixa policia depois que sai do coma, mas provavelmente o carro passou por algum desmanche.
– menos mal. Pelo menos você não vai precisar olhar para aquele carro e se lembrar daquela noite.
– Só fico te devendo os chocolates que estavam no carro.
– que chocolate?
– naquela noite do acidente eu tinha passado no shopping e comprado alguns chocolates para você. Estava indo me desculpar pela forma que te tratei naquele dia.
– é sério? porque nunca me disse isso?
– nem me lembrava disso. Quer dizer, eu me lembrava. Só não me lembrei de te contar.
– O que eu vou dizer agora vai soar horrível, mas eu agradeço pelas coisas que nós passamos. Sei que foi traumatizante para nós dois, mas eu vou ser sincero Gray. Se você tivesse conseguido chegar com os chocolates eu não teria te perdoado. Eu não pretendia te perdoar. O que você me disse naquele dia me machucou muito e toda a situação do coma me fez perceber que eu te amava. Não era só desejo ou paixão. Era amor.
– ainda bem que tudo aconteceu como aconteceu – falou Gray dando um selinho na minha boca – Deve ter sido o destino.
– dizem que a males que vem para o bem e é verdade – falei abraçando-o mantendo seu corpo bem juntinho do meu. Dei um selinho na boca de Gray e alisei o rosto dele sentindo sua barba por fazer espetar minha mão. Enquanto trocávamos selinhos Gray levou a mão para trás e desligou a luz do abajur.