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Sou homem e amo outro homem!

Clínica do Dr. Luiz cardiologista!

Susane mãe de Marcelo fazia uma consulta por exigência médica do seu clínico geral com especialista em doenças cardíacas sendo ela acompanhada por seu único filho Marcelo.

Jovem em seus 21 anos, dono de uma beleza e sensualidade masculina dando inveja a muitos. Marcelo cursava engenharia e por vezes fora motivo de olhares desejosos por colegas homossexuais da faculdade que freqüentava. Considerava que ele não era melhor que ninguém, por isso não os desprezava mesmo com as tentativas de conquistas sobre ele que sorria sem repreensões verbais. Sua namorada Kety percebia e odiava homossexuais, o que em geral na despedida de ambos, discussões eram constantes. Transtornado com escândalo de sua namorada em crises de ciúmes pelos assédios sofridos por Marcelo, decidiu terminar namoro com ela após dois longos anos.

Seus problemas eram intensificados ainda mais com a doença de sua amada mãe. Bom filho a levou pra consultar num especialista cardíaco.

No dia e hora marcada chegaram ao consultório médico. Acomodaram-se na sala de espera lendo revistas e jornais. Marcelo como sempre em sua postura masculino lendo jornal tranquilamente de pernas cruzadas como machos costumam sentar.

Entrou o doutor cumprimentando todos. Distraído, Marcelo olhou-o somente quando este já estava de costas entrando em seu consultório. Entrando já fechando a porta, o doutor o espiava discreto pela fresta que ainda restava aberta. Envergonhado ao perceber que o jovem e lindo Marcelo também o olhava, doutor sorriu fechando a porta.

As lembranças daquele olhar atormentavam Marcelo o deixando constrangido, nunca sentira aquilo pelo mesmo sexo. Sua calma transformou-se em agitação e angústia. Nervoso Marcelo saiu porta fora para tentar espantar seus pensamentos:

“Deus, o que há comigo? Que olhar daquele médico. Parecia me desejar, não sou gay, por que é que me lembro do seu olhar e sinto gelar estômago? Coisa maluca pára de bobeira, Marcelo Dullin…”

Riu com seus pensamentos sacudindo negativo sua cabeça espantando seus pensamentos e sua mãe o chamou para que entrasse com ela ao consultório.

Receoso em se deparar novamente com doutor negou-se educadamente, sua mãe entrou sozinha. Ansioso pensando tremendo sem compreensão do que ele passara a sentir pelo doutor:

“Não, não pode ser, não estou sentindo nada disso, que maluquice a minha. Queria entrar ver ele novamente, mas preciso evitar vê-lo e perder meu controle de homem. Nunca tive estes sentimentos pelo mesmo sexo, eu não sou gay.”

Mal terminara de pensar esfregando seu rosto angustiado virando-se atender a voz que o chamava:

– Marcelo, Dr. Luiz pede por sua presença junto de sua mãe, por favor, siga-me!

– Está certo, vamos!

Sem opção Marcelo segue a secretária da clínica, tremendo, entrou nervoso além da sua timidez.

Dr. Luiz olhou-o pedindo que sentasse:

– Por favor, sente-se moço!

– Marcelo, Doutor.

Dr. Luiz dera mão cumprimentando ao jovem:

– Certo, sou Luiz, prazer Marcelo!

– O prazer é meu Dr. Luiz.

– O chamei aqui por que sua mãe necessita de uma bateria de exames. Algum deverá ser feito enquanto internada e vou interná-la para facilitar nossa vida.

– Algo grave com minha mãe, Dr. Luiz?

– Cedo para afirmar alguma coisa, só que não aconselho ela ficar sozinha no hospital.

– Tenho plano de saúde, ficarei com ela Dr. Luiz!

– Excelente Marcelo, toma meu pedido de internação neste hospital e logo mais a noite passarei vê-la Susane!

Contrariada obedeceu às ordens médicas indo se internar. Marcelo a internou e foi à faculdade. Antes não tivesse ido, seus pensamentos era em torno do Dr. Luiz e sua mãe, pensativo:

“Não estou maluco, ele me olhava seduzindo-me eu percebi isso. Ele deve ser gay, mas eu não sou áááh não sou gay, meeeeeeesmo!”

Verdade que Marcelo relutava estar apaixonado pelo médico, estava sim. Decidiu sair da sala de aula indo ficar com sua mãe no hospital, ao entrar no quarto deparou-se com Dr. Luiz, examinava Susane sua mãe:

– Oi filho, já voltou da faculdade?

– Não estava com cabeça pros estudos mãe, vim ficar com você!

– Cursa o que Marcelo?

Dr. Luiz perguntou sem olhá-lo examinando Susane. Marcelo sentou-se bem à vontade numa confortável poltrona colocando sua pasta ao lado.

Como Marcelo não respondera de imediato, Dr. Luiz olhou-o pra perguntar novamente imaginando Marcelo não ter ouvido. Dr. Luiz ao olhá-lo, percebeu ele correr seu olhar na altura de sua genitália. Marcelo riu discreto sentindo-se contente por ver não estar enganado com Dr. Luiz.

Ele tinha interesse nele como imaginou ser antes, não estava enganado:

– Engenharia Civil Dr. Luiz, formo este ano!

– Boa escolha profissional Marcelo.

– Filho, você não jantou ainda com certeza!

– Não mesmo mãe, nem fome eu sinto!

– Marcelo, eu também não jantei ainda, desce comigo ao restaurante e jantamos, convite?! (Sorriu)

– Vai meu filho, tem que se alimentar!

Ansioso e ao mesmo tempo feliz pelo convite do Dr. Luiz, Marcelo aceitou:

– Certo Dr. Luiz, eu aceito!

– Mamãe do jovem Marcelo, eu cuido bem do seu bebê, não se preocupe!

Riram e Susane:

– E é meu bebê doutor, aliás, só o tenho, é tudo o que eu tenho ainda na vida!

– Mais uma razão pra cuidá-lo, não é?

Riu tímido ao ver Dr. Luiz olhando-o:

– Sim doutor!

Saíram lado a lado caminhando passadas largas pelos corredores. Marcelo perdeu-se sentindo a fragrância do perfume que exalava do Dr. Luiz.

Não se conteve sem comentar:

– Não senti seu perfume no consultório, nossa, desculpa Dr. Luiz eu…

Gargalhou feliz vendo interesse do Marcelo:

– Sem problemas Marcelo. Sai do consultório e fui até minha casa. Banho, barba e me perfumei, antes era outro perfume. Como preciso permanecer de plantão hoje neste hospital, decidi vir pronto pro trabalho e jantar aqui mesmo.

Sentaram-se numa mesa:

– Vocês médicos não tem muita folga, não é?

– Eu amo minha profissão e difícil estar em casa, folga nem pensar e nem há por que folgar.

– Quem não deve ficar satisfeita é sua esposa, noiva ou namorada!

– Realmente há insatisfação de uma mulher sim Marcelo, mas não de qualquer mulher. Somente de minha mãe, sou solteiro e não tenho ninguém!

Marcelo nervoso sentiu vontade de agradecer em voz alta a Deus por Dr. Luiz não ter namorada. Controlou-se agradecendo mentalmente.

Precisava descobrir mais sobre a vida do Luiz:

– Dr. Luiz, impossível você ser tão jovem e bem afeiçoado sem ninguém pra namorar?!

Luiz riu feliz:

– Grato Marcelo, não sou tão jovenzinho como pensa eu ser, tenho 36 anos. Nunca desejei me casar!

– Caramba Dr. Luiz, 36 anos? Juro que pensei que tivesse uns 25 e olha lá!

– Quem me dera Marcelo meus 25 anos. Você qual sua idade, namora, noivo, casado, enfim fala…

– Quer meu RG, CPF também?

Riram gostosamente pelas brincadeiras de ambos em um clima de cumplicidade amigável regada de paixão ardente. Marcelo não queria admitir a si mesmo que estava enamorado pelo Dr. Luiz:

– Tenho 27 anos, já fui noivo e terminei por ela ser chatinha… (Riram) Depois dela não tive mais namorada, sou calmo em se tratando de namorar.

– Mais calmo que eu? Tive uma só em toda minha vida, afinal, fiz o normal de todo homem, eu experimentei namorar uma mulher. (Riu)

Jantando conversavam Marcelo não se esquecia das palavras de Luiz ao falar que “experimentou namorar uma mulher”:

– Falou ter se dado a chance em namorar uma mulher, por que Dr. Luiz?

– Sabia que perguntaria isso, até que demorou… (Riu) Sei lá o que vai pensar Marcelo, mas eu sou homossexual, gay entende?

– Compreendo Dr. Luiz, acho natural por ter muitos amigos gays na faculdade, nada contra!

– Assim pensa quem tem cultura como você Marcelo, infelizmente o preconceito é grande!

– Sei que é e como sofrem alguns amigos meus que são gays. Não sei se eu teria tal coragem em me assumir gay se eu fosse um de vocês.

– E não é, Marcelo?

Tomando água olhando Luiz, Marcelo tremendo ansioso temendo dar àquela resposta:

– Não que eu saiba ser gay, Dr. Luiz.

– É a vida, fazer o que?!

Luiz riu cabisbaixo cortando seu pedaço de carne, entristecido por não mais ter impressão de ser correspondido por Marcelo. Em silêncio ambos jantando e inevitável seus olhares se cruzavam.

Marcelo naturalmente se angustiava na fuga dos pensamentos que ardiam febris na paixão por Luiz. Aproximou-se da mesa outro Doutor de aparência jovial madura os cumprimentar:

– Boa noite Dr. Luiz, como vai?

– Bem Dr. Mateus, este é Marcelo, filho de uma paciente minha, estamos jantando.

– É estou vendo, prazer Marcelo, sou Mateus!

– Prazer Dr. Mateus!

– Bom apetite aos dois, eu preciso ver um paciente em fase terminal, com licença!

– Claro Mateus, nós nos veremos pelo hospital!

– Sim, depois te procuro e conversamos!

Marcelo percebeu um clima entre os dois, riu:

– Dr. Luiz percebi ciúmes da parte do Dr. Mateus?

Entristeceu seu olhar olhando água do seu copo:

– Longa história Marcelo e ainda me entristece. Namoramos três anos e o peguei me traindo com um enfermeiro, terminei namoro faz três semanas. Ele quer reatar me jurando fidelidade!

– Se o ama confia e aceita reatar namoro!

– Até faria Marcelo, acontece que me apaixonei por outro. Coisas da vida, olhares cruzados e paixão!

– Então vai ter de pesar amor ou paixão!

– Queria ter certeza e ficar com a forte paixão. Se você não se constranger, aceita sair tomar alguma coisa em algum lugar comigo? Tenho me sentido sem boa companhia e adorei a sua.

– Claro Dr. Luiz, por que não iria?

– Não se preocupa com que podem falar de você na minha companhia?

Marcelo riu sem jeito:

– Devo confessar que meus melhores amigos são homossexuais, agora mais você Dr. Luiz.

– Chame-me de Luiz, por favor, Marcelo!

– Está bem Luiz, não sei você, mas vou subir com a mãe e preciso tomar banho, estudar para prova de amanhã cedo. Se tiver tempo sobrando aparece no quarto e conversamos pouco mais!

– Será um prazer, irei sim, a não ser que seja uma noite daquelas de amanhecer atendendo pacientes. Se não ficar muito tarde eu subo até o apartamento!

– Durmo tarde pode ir Luiz, grato pelo jantar!

– Imagine, eu que te agradeço Marcelo!

Marcelo saiu em seu estilo masculino de andar deixando Luiz flutuando na paixão admirando-o entre suspiros de um homem apaixonado. Marcelo por sua vez saiu fervilhando seus pensamentos e receio em se descobrir gay. No quarto estudou um pouco, conversou com sua mãe depois de um banho deitando-se na cama de acompanhante. Acabou adormecendo pensando nas conversas com Luiz. Difícil admitir, pensava ele, estava realmente apaixonado pelo Dr. Luiz.

Manhã de sábado e antes de ir embora Luiz entrou no quarto. Marcelo tomava banho e ouvindo a voz de Luiz, apressou, não poderia perder de vê-lo:

– Bom dia minha dodói?!

– Bom dia Dr. Luiz!

– Como se sente Susane?

– Pareço cansada somente em virar na cama!

– Normal com o probleminha que tem. Pronta pros exames Susane?

– Gostaria de tomar um banho antes, posso?

– Aguardo! Seu filho já foi pra faculdade Susane?

– Não, está tomando banho, se sente Dr. Luiz!

– Obrigado Susane!

Marcelo saiu de roupão enxugando seus cabelos e Luiz deslumbrado num doce sorriso:

– Bom dia Marcelo!

– Oi, bom dia Luiz, como está?

– Bem, eu vim ontem já era tarde e você com sua mãe dormiam, obviamente não o acordaria!

– Desculpe, dormi cedo, não é meu costume!

– Sem problemas Marcelo, bom, sua mãe vai tomar banho e a levarei fazer os exames. Depois irei para casa dormir. Se desejar sair mais tarde, como faço para falar com você sem vir até o hospital?

– Me liga, toma meu número!

– Grato Marcelo, este é o meu número!

Trocaram números de telefones e celulares.

Marcelo e ele conversaram ganhando tempo até que Susane se banhasse. Um admirando a beleza do outro e Marcelo:

– Você está abatido Luiz, parece cansado demais ou andou chorando?

Riu sem jeito:

– Sono, canseira e chorei também!

– Saindo poderá me contar se desejar desabafar!

– Com certeza Marcelo, preciso tirar o que está engasgado. Adianto que tive uma discussão feia com Mateus nessa madrugada!

Silenciaram por Susane sair do banho:

– Ok Luiz, me liga e saímos!

– Com certeza Marcelo te ligarei, dos exames já vou para casa, sua mãe será trazida pelas enfermeiras, não se preocupe, até mais!

– Até mais Dr. Luiz, beijo mãe!

– Beijo filho, o amo!

Marcelo ficou os olhando da porta, na quebra do corredor Dr. Luiz olhou para trás, sorriu a Marcelo lançando-lhe uma piscadela. Marcelo apreensivo com a atitude do Luiz e ao mesmo tempo vibrante de felicidade pelo sorriso e piscada que recebera, correspondeu aceno de mão e um sorriso tímido.

Entrou pulando no quarto de alegria, sentou-se estudar pouco mais, seguiu pra faculdade. Tempo depois, foi à casa de sua tia levá-la fazer companhia a sua mãe no hospital ou não poderia a deixar sozinha para sair com Dr. Luiz. Retornou para casa, organizou umas coisas em seu quarto por odiar desordem, tocou o telefone, ansioso correu atender achando ser Luiz.

Fora apenas um engano, foi onde admitiu estar apaixonado por Luiz, este por sua vez, tomava banho pensado em Marcelo. Ele tinha certeza de ter sido amor a primeira vista e falava consigo mesmo: – Luiz toma coragem seu bobo, fala ao Marcelo o que está sentindo por ele. Se ele não for gay, nada mais do que um NÃO… Áááiii, este é o problema!

Em casa Marcelo também falava com ele mesmo:

– Marcelo toma jeito, ele é gay, você não é, vê se não brinca com sentimento alheio, não foi isso que tua mãe te ensinou. Deeeus, bem que Luiz poderia me agarrar num beijo, seria mais fácil pra mim…

Riu sacudindo a cabeça negativamente achando ser zombaria com ele mesmo em seus pensamentos. Banhou-se, barba feita, perfumado bem arrumado com um baby Luke, colante em seu tórax de cor azul escura, sapatos esporte em cor preta, cinto preto e uma jeans de cor clara. Resumindo, um lindo rapaz!

Tocou telefone:

– Alô, Marcelo? – Sim sou eu, quem é? – É o Luiz, sairemos então? – Com certeza Luiz, onde nos encontramos? – Dê-me endereço e passo te apanhar pode ser? – Pode sim, claro que pode Luiz.

Passado endereço e combinado horário, Marcelo aguardava assustado com seus sentimentos por Luiz. Natural contradição de um sentimento até então não sentido antes pelo mesmo sexo!

Tempos depois, toca o celular, era Luiz rindo:

– Marcelo, eu estou perdido e não consigo achar sua casa, pelo endereço estou perto, estou frente ao edifício Pâmela… – Está na esquina de casa, te espero no portão! – Ok, até!

Combinado, minutos depois Luiz estacionou seu carro rindo por ter se perdido, abriu a porta e Marcelo entrou ansioso. Olhando Luiz riu:

– Está elegante e cheiroso Luiz!

Riu feliz:

– Marcelo eu digo mesmo de você, vamos onde?

– Você quem decide!

– Conheço um barzinho muito bom, vamos lá que tem música ao vivo, petiscos, enfim, ótimo lugar!

– Ok, você quem manda Luiz!

Riu brincando:

– Obááá eu mando é Marcelo, cuidado?!

Riram chegando ao barzinho. Marcelo falou conhecer aquele local e gostava vez ou outra freqüentava com amigos da faculdade! Veio o dono e os recebeu muito bem os conduzindo a mesa:

– Boa noite Dr. Luiz, tempo que não vinha aqui!

– Hoje decidi sair da toca Paulo!

– Faz bem doutor, venham nesta mesa daqui!

Acomodados, tomaram cervejas, conversaram, saborearam deliciosos petiscos e nem um nem outro encorajava em tocar no assunto homossexualismo.

Até que Marcelo lembrou:

– Quer me contar sobre Dr. Mateus?

– Tua companhia tanto me fez bem que havia esquecido. Mateus e eu namoramos como já sabe, traído acha que eu ainda continuaria com Mateus? Você continuaria namorar quem te traiu?

– Com certeza não Luiz.

– Então, terminei namoro e agora ele não admite ter me traído, se os flagrei num beijo, como não traiu?

– Complicado Luiz, te traiu sim!

– Claro que me traiu, ontem brigamos feio e de vez por todas terminei. Deixei bem claro que não o quero mais, apenas colegas de profissão. Ele tem ciúme doentio de mim, e quem traiu? Ele claro. Sofri por dias até que… (Riu)

– Até que?

– Que decidi esquecê-lo prosseguindo a vida. Confesso que pensava não me apaixonar tão cedo por outro homem!

– Não entendo, ele é bonito eu acho, mas você é lindo e… Nooossa que é que estou dizendo?!

Luiz sorrindo toca mão de Marcelo discretamente. Assustado retirou a mão olhando pros lados conferindo se alguém vira Luiz tocar carinhosamente em sua mão sem perder a macheza. Disfarçando coçou seu olho para tirar a mão.

Luiz rindo:

– Desculpa Marcelo, não fiz por mal. Não desejo te constranger, foi um impulso homossexual, não se repetirá mais eu prometo!

– Por que não Luiz? Ááái meu Deeeus… Estou nervoso, não é isso que quis dizer. Falei que quero, aliás, que você pode me tocar, digo, não é isso Luiz…

Gargalhando do nervosismo de Marcelo, Luiz feliz por ter certeza que Marcelo o desejava também:

– Se acalme Marcelo, está nervoso e tímido. Pelo visto você nunca ficou com o mesmo sexo?

– Não, nunca, desculpe!

– Não se desculpe, não há por que te desculpar. Normal, alguma vez sentiu curiosidade ao menos em transar com o mesmo sexo?

– Sim, tenho sentido isso, mas não sou gay Luiz!

– E também não tem certeza de não ser!

– Exato, nem sei como este sentimento pode acontecer comigo Luiz. Do nada surgiu esta paixão por… Meu Deeeus, nada não, esquece!

– Conta Marcelo, se abre que te fará bem!

– Quem sabe conto mais tarde, me conta de você Luiz, como teve a certeza de ser gay.

– Ok, com tanto que depois você fale por quem está apaixonado, combinado?

– Certo, assim que eu tomar pouco mais de cerveja buscando coragem eu conto!

Riram e Luiz contou sua vida ao Marcelo:

– Aos 15 anos eu sabia que não tinha desejos de sexo com garotas. Sentia excitação em olhar os garotos, amigos meus em especial um chamado Ronaldo de 16 anos. Jogávamos futebol juntos, tudo, o que imaginar fazíamos juntos. Mais tarde, ele falou estar apaixonado por mim. Eu era por ele, mas a inexperiência me fazia sempre recuar na hora de falar a ele que eu era gay também. Numa manhã de domingo jogando futebol, caí, ele por cima de mim, por tempo me olhando fixo e eu correspondendo me disse em quase num beijo que me amava. Num impulso disse que eu também o amava e a partir daquele momento passamos namorar. Ronaldo era experiente com sexo eu não, fora ele quem me ensinou transar com mesmo sexo. Tive muitos namorados homens e como todo gay chegou à hora em ter certeza se era o que eu desejava e transei com uma garota. Vi não ser minha praia ter uma mulher e aqui estou eu, um gay feliz e assumido!

– Te ouvindo, parece fácil se encontrar gay.

– Não relutei tanto assim Marcelo, por isso não sofri muito. Fala de você, prometeu me contar?!

– Jamais imaginei que eu pudesse sentir por outro homem o que ando sentindo. Quando eu olhei-o coração descompassou sem explicação. Estremeci com o olhar dele cruzando o meu, confesso que ainda reluto, mas estou apaixonado por ele. Não sei o que fazer ou como agir na presença dele. Minha vida toda eu nunca senti atração pelo mesmo sexo e agora, não sei como saber se sou mesmo gay ou não.

– Simples Marcelo, terá de fazer amor com homem e decidir se é isso mesmo que te agrada!

– Jamais terei coragem em me assumir gay Luiz, coragem pra tanto não tenho, eu acho!

– Este assumir que eu digo é a você mesmo. Tendo em vista você é como sou por não demonstramos ser gay em gestos, modo de se portar. Existe àqueles que nascem realmente afeminados o que não é nosso caso!

– Sinto-me bem sendo masculino no geral, não é normal ter desejos em transar com outro homem.

– Normal não deve ser mesmo Marcelo. Nem a ciência ainda tem uma explicação sobre a definição homossexualismo, nos resta dizer ser opção sexual, viver e desfrutar!

– Isso me assusta Dr. Luiz!

– Apenas meu nome Marcelo, sem doutor!

Riram ambos dos receios normais a todos e Luiz levantou-se indo até os cantores. Marcelo observando, conversou com eles que discretamente olharam Marcelo. Impulsionado e duvidoso da atitude de Luiz, olhou rapidamente pros lados conferindo se o olhavam a ele mesmo. Luiz voltou rindo:

– Ouça esta música Marcelo!

– Ok Luiz!

Marcelo numa mistura de felicidade, vergonha, receios, timidez ouvindo os cantores:

– Atenção Marcelo, esta música é em especial dedicada a você pelo seu amigo Luiz Dantlen!

Ouvindo isso olhou feliz Luiz que sorria o olhando com paixão. Marcelo tremia nervoso pensando o que os outros pensariam deles:

– Luiz seu maluco o que vão falar de nós dois?

– Se preocupa com os outros? Somente você que não percebeu ainda!

– Percebi o quê, Luiz?

Luiz pensou desconversando:

“Que eu o amo”!

– Ouça a música, ela é para você Marcelo!

Nervoso e apreensivo ouviu a música do cantor espanhol Chayane… Eu te amo em espanhol!

Linda música que Luiz dedicou ao Marcelo. Ouvindo, viajou na letra da música romântica que o homem que ele estava apaixonado dedicara a ele exclusivamente. Olhando ao redor, percebeu que ninguém com olhar reprovador pela demonstração de amor, paixão de Luiz por Marcelo.

Terminado a música, Marcelo olhou-o:

– Obrigado pela linda música!

– De nada Marcelo, você merece o mundo, o céu e as estrelas todas pra você!

– Nossa você é romântico Luiz!

– Sempre fui, gosto de ser uma cópia fiel de Don Juan De Marco… (Riram)

– Que eu saiba oferece música de amor se estiver…

– Amando… Isso mesmo Marcelo. Eu estou amando você desde que o vi, é isso, pronto falei!

– Eu… Nossa, nem sei o que dizer Luiz…

– Não diz… Apenas respeite meus sentimentos por você Marcelo, isso me basta!

– Respeito é claro Luiz e sou grato, mas…

– Mas?

– Como será pra frente por ter-me contado?

Dr. Luiz rindo das dúvidas de Marcelo e aliviado por contar o que lhe agonizava esconder do Marcelo:

– Não faremos nada Marcelo, a não ser que você deseje. Eu prefiro que aconteça tudo naturalmente.

– Este seu naturalmente sinto medo, errar algo!

Riram agora ainda mais animados:

– O que importa é que você sabe eu te amar, seria maravilhoso se eu fosse correspondido. Já que não é possível, me satisfaz sua companhia Marcelo.

– Satisfaz? Bom, eu… Nada Luiz!

Com medo Marcelo não revelou seu amor, mesmo assim sentia-se mais apaixonado. Sua vontade era agarrá-lo em um beijo, um forte abraço, sentir o corpo de Dr. Luiz. Perdido em seus pensamentos Luiz o despertou:

– Marcelo, queria dançar com você, vamos?

– Minha coragem se limita por aqui mesmo Luiz, loucura nós dois dançando aqui em meio a todos.

Luiz gargalhou:

– Não aqui, existe um local perfeito e o qual ninguém dirá nada, uma boate gay, vamos?

– Ouvi falar ser legal, nunca tive coragem de pisar numa. Curiosidade não me falta!

– Então, vamos agora?!

– E o que faremos lá Luiz?

– Ááái Marcelo, você tem medo que eu o agarre? Afirmo isso jamais acontecer contra sua vontade!

Marcelo não falou, pensou vibrante de alegria:

“Ááááááái me agarra, pode me agarrar doutor, eu é que não tenho coragem em te beijar. Se você não me beijar eu não tenho coragem Luiz… Nooossa, o que está havendo comigo? Luiz é um homem e você também, chega Marcelo de bobeira, se controla!”

Riu de seus pensamentos aceitando ir até a tal boate GLS, foram. Dr. Luiz o tratava com natural proteção, carinho e afeto de quem ama a companhia junto de si. Marcelo sentia-se bem e protegido junto dele, além da grande paixão de ambos, aumentava a cada minuto os sentimentos pelo outro.

Curioso Marcelo observando detalhes da boate:

– Lindo este lugar Luiz, um luxo!

– Sempre venho a meu ver uma das melhores boates homossexuais existente no Rio de Janeiro.

– Que bom Luiz, linda música romântica!

– Vem cá ver uma coisa Marcelo!

Luiz tomou pela mão puxando mostrar a pista de dança. Envergonhado por Luiz estar de mãos dadas com ele, Marcelo riu:

– Pode soltar da minha mão agora, o que vão dizer de nós dois Luiz?

Luiz gargalhou explicando:

– Marcelo, olha naquela poltrona!

Marcelo olhou e riu observando um casal de homens que namoravam em um delicioso beijo:

– Caraaaca, aqui pode então!

– Exato Marcelo, aqui pode namorar a vontade que ninguém irá perturbar, este lugar é exato pra namorar sem sermos bombardeados com homofobia que há!

– O que podemos fazer aqui, além de dançar?

– Isso, por exemplo, vem Marcelo e relaxa se divirta. Vamos dançar essa música lenta!

– Nós dois dançar? Caramba Luiz, eu não sei se…

Já meio da pista, Luiz lento olho no olho, segurou aos ombros de Marcelo o abraçando carinhosamente e forte. Marcelo estremeceu sentindo o calor do corpo do Dr. Luiz colado ao seu resmungando:

– Meu Deeeus que delícia Luiz!

Luiz olhou testa com testa dançando lento:

– Gostou Marcelo?

Deixou envolver pela música embriagado pelo perfume do Dr. Luiz dizendo que gostou com gesto positivo de cabeça. Ambos sentindo seus corpos embalados pela música romântica pareciam deslizar na pista em mármore italiano.

Marcelo olhava discreto, ainda tímido aos lados conferindo se ninguém os observava:

– Luiz?

– Sim?

– Que vergonha eu preciso parar, por favor!

– Ok, não gostou de dançar comigo Marcelo?

– Adorei Luiz claro que sim, acontece que estão todos nos observando nós dançar e ninguém dança!

– Sério Marcelo?

Luiz abriu seus olhos olhando ao redor e todos, casa lotada, sorriam os admirando dançar.

Luiz riu abraçando forte Marcelo e falou-lhe:

– Depois te explico Marcelo, nos olham por causa de mim. Vamos continuar dançar até terminar a música. Não nos olham reprovando. Tímido Marcelo aceitou terminar de dançar a música com Luiz. Terminado aplaudiram, rindo foram se sentar beber uma dose de Martini:

– Nunca me imaginei dançando música lenta com homem… (Riram) Confesso que gostei Luiz.

– Pronto, se descobriu gay! (Riu)

– Não sou gay Luiz, eu acho que não sou!

– Não é estranho sentir-se bem em dançar colado comigo que sou homem e ter adorado?

– Verdade, ááái meu Deeeus, como é confuso tudo isso que eu sinto por você Luiz… Deeeeeeeus!

Escorregando gostar de Dr. Luiz, assustado Marcelo com sua cabeça entre as mãos:

– O que sente por mim Marcelo?

– Amizade, isso, é pura amizade Luiz, eu não sou gay, não sou, nãããããããooo sooou gaaay, sei que não sou isso não pode ser verdade!

Luiz gargalhou sem pressioná-lo a falar:

– Sei?!

– Falo a verdade Luiz, ah meu Senhor Deus, preciso ir ao banheiro, com licença!

Não deu tempo pra Luiz alertá-lo do comportamento de alguns homens no banheiro. Pensou em ir atrás dele, o dono da boate sentou-se em sua mesa conversar. Preocupado com a reação que poderia Marcelo ter ao observar algumas atitudes homossexuais de outros.

Pensou a si mesmo enquanto o dono conversava:

“Calma Luiz, Marcelo tem de habituar a vida homossexual. Nada demais, foi ao banheiro, já volta”!

Distraiu-se conversando com proprietário da boate gay. Algum tempo depois chegou Marcelo pálido, assustado e calado:

– Marcelo está tudo bem?

– É, Luiz!

– Tem certeza?

– Quero ir embora, por favor, Luiz!

– O que houve? Confia em mim e me conta logo.

– Nada. Vamos embora Luiz?!

Longe vinha extrovertida uma travesti aos gritos toda produzida pra realizar show apontando a Marcelo que demonstrou nervosismo:

– Ele está ali ooooooolhem, peça a ele ou não farei meu show, me recusooo!

– Meeeu Deeeus Luiz, ela é louca me esconde dela, por favor, por isso eu queria ir embora daqui!

Luiz chorando de rir do nervosismo do Marcelo devido às atitudes da linda travesti “Lukamen”:

– Se acalme Marcelo, ele faz show aqui na boate, vamos ver o que deseja com você, eu o conheço, é um homem amável e educado. Não se assuste com os trejeitos escandalosos da extroversão de artista dele!

– Luiz onde você vê um homem? É uma mulher, ele ou ela sei lá, quer que eu vá…

– Lindooo, aceita minha proposta, vaaaiii. Olááá Dr. Luiiiiiiiz você aqui meu gostosão?!

Riram todos, Marcelo parecendo um garotinho em pânico não ria com mãos a boca olho assustado.

Dr. Luiz explicou:

– Marcelo, é o jeito dele não precisa se encabular. O que deseja do Marcelo Lukamen?

– Ááááááái lindo… Seu nome eu já sei, Marcelo. Eu quero que ele venha e faça um show com você Luluzinho, ele está assustadinho Dr. Luiz.

Luiz em crise de risos falou ele fazer vez ou outra um número de Streep:

– Vamos Marcelo, dançará comigo, faço tudo, não se preocupe com nada. Apenas receber meu assédio sobre você na coreografia!

– Tenho vergonha Luiz, desculpa!

– Meu Deus grego e se a titia Lukamen lhe vendar os olhos, assim não verá ninguém, aceita?

Marcelo mais calmo teve crise de risos e Luiz:

– Lukamen, logo eu darei resposta. Deixe-nos a sós e converso com ele!

– Está bem gostoso, tem 5 minutos pra decisão!

O travesti saiu e Marcelo:

– Quase inacreditável ser homem a Lukamen, mulher perfeita e liiinda!

– Na verdade é mulher diferente, mas uma mulher com pênis por que prefere permanecer com seu órgão sexual masculino.

– Caramba, que complicado tudo isso Luiz!

– Eu sei, é assim mesmo Marcelo. Com olhos vendados você não verá nada além de sentir minhas mãos percorrendo seu corpo, relaxar deliciando-se com meus toques. Naturalmente você ficará excitado e não precisa se envergonhar disso, exato o que desejam ver, excitação masculina!

– E se eu não me excitar por não ser um gay?

– Acho improvável, se caso acontecer relaxe que saberei disfarçar meu fracasso e já saberemos se você é ou não gay. Homem hétero sexual jamais sentirá excitação por outro homem, ótima e simples chance em você descobrir Marcelo.

– Tem razão Luiz, vamos. Não verei ninguém mesmo, me promete que será você, nem pensar outro homem me tocando?!

– Que honra Marcelo, prometo sim. Somente eu o tocarei, não sinta medo que saberá pelo meu perfume ser eu e também poderá me acariciar com suas mãos, assim sabe que estou com você!

– Assim sinto-me tranqüilo Luiz. Você não tem medo de que descubram você um doutor ser um gay?

Luiz rindo:

– Sou assumido, falem o que quiserem Marcelo!

– Confesso que se não fosse você me contar ser gay, eu jamais sonharia isso de você Luiz, não demonstra em momento algum em seus trejeitos!

– Prefiro ser assim e gosto de ser um homem, por mais que eu goste de outro homem, de você!

Riram e foram se preparar o show. Feliz Lukamen os abraçou com seus poderosos exageros na voz, gritos quase femininos por Marcelo aceitar. Tudo combinado, Luiz de jeans clara com cinto marrom e sem camisa expondo seu lindo corpo com sua musculatura bem definida. Tipo de homem que mulheres sonham em ter como namorado.

Bom, se não fosse um gay claro…

Marcelo embriagado na beleza de Dr. Luiz, alto, forte, lindo, cabelo louro escuro, lisos bem cortados, olhos verdes claríssimos e lindo sorriso com sua dentição perfeita. Marcelo vestido como estava…

Luiz vendou os olhos de Marcelo, ele sentado em uma bonita poltrona no centro do palco para os shows:

– Estou nervoso, como fico qual a posição ideal?

– Relaxa Marcelo, imagine que está em sua casa, apenas vai sentir meus carinhos, ouvir minha voz pra ter certeza que sou eu mesmo e estarei dançando ao seu redor. Digamos uma dança de sedução!

– Está bem Luiz, mas estou nervoso!

Lukamen deu uma dose de uma bebida forte e Marcelo relaxou no mesmo momento:

– Preparados? Quando ouvir a música de Streep se abrirá os cortinados, ok Marcelo e Luiz?

Concordaram e Marcelo rindo:

– Luiz?

– Sim Marcelo?!

– Me sinto tontinho da bebida forte!

Riu do jeito dele falar, Luiz posicionou-se. Marcelo nervoso mesmo com olhos vendados. Ouvia e sentia tudo, seu coração descompassado pela ansiedade e euforia de saber que Luiz o tocaria em seu corpo no show. Sabia que centenas de gays os olhavam, uma sensação de medo que algum o reconhecesse se fosse conhecido dele e falasse a sua mãe, relaxou:

– Aproveita Marcelo, seu medroso!

Dr. Luiz ouviu e sorrindo feliz nada comentou pra não o assustar ainda mais. Luiz sentia-se feliz por perceber estar sendo correspondido, apesar do medo natural que Marcelo demonstrava ter interesse em experimentar fazer amor com o mesmo sexo.

Estremeceu o coração de Marcelo ouvindo estrondo do início da música pro show. Ouviu o apresentador anunciar o show do Luiz com Marcelo, suspirando fundo tentando se acalmar.

Luiz sussurrou arrepiando Marcelo:

– As cortinas estão abrindo nesse momento!

– Ãããhhh… Certo Luiz!

Dr. Luiz riu feliz observando que Marcelo se excitara somente com sussurro, ouvia atento a tudo. O público gay enlouqueceu vendo Luiz de calça jeans e Marcelo vendado sentado na poltrona. Ambos de lado pro público, assim teriam melhor visão do show erótico. Gritos eufóricos de todos, lindo gostoso. Luiz concentrado pra dançar em seu Streep não tirava os olhos de Marcelo. Ao ritmo da música, Luiz atrás da poltrona deslizava suas mãos pelo rosto e peito de Marcelo em uma massagem.

Cada coreografia ousava pouco mais nas carícias enlouquecendo o público masculino e ao Marcelo. Ele sentindo as carícias, inevitável ereção correspondendo aos toques do Luiz em seu corpo. Em momento algum Luiz ousou tocar em seu órgão genital, respeitando o receio de Marcelo, apenas deslizava suas mãos pelas coxas esbarrando suave no seu órgão ereto sufocado dentro da jeans.

Nem imaginava os pensamentos de Marcelo naquele momento de agonia da excitação com sua pesada respiração onde seu peito subia e descia boca entre aberta e por vezes sentindo vir à tona seu gozo, guinava pra trás a cabeça em gestos eróticos.

Pensava com ele mesmo:

– “Vai Luiz, me toca, me agarra. Eu não tenho coragem, faça isso, tome a iniciativa, me toca”!

Obviamente Luiz não tocou como Marcelo desejava que tivesse sido. Era uma dança sensual e erótica, não um show pornográfico. Luiz sorriu feliz ao perceber a forte ereção que Marcelo demonstrara ao morder seu ombro lambendo seu pescoço, orelha.

Marcelo não suportou deixando escapar um gemido de desejo por Luiz:

– Ãããããããhhh… Nooossaaaaaaa Luiiiz!

Luiz sorriu satisfeito e ao término da música sentou-se no colo do Marcelo de frente a ele, agarrado na cabeceira da poltrona em quase um beijo onde Marcelo sentiu a respiração quente e cansada do Dr. Luiz a milímetros de sua boca.

Dr. Luiz sussurrando:

– Fim do show Marcelo!

– Já? Digo, que bom Dr. Luiz!

Cortinas fechadas, Luiz ainda sentado no colo de Marcelo. Desvendou seus olhos e por tempo olharam na alma um do outro. Receoso que Marcelo não gostasse da atitude dele, levantou rapidamente e sorriu esticando a mão pra Marcelo se levantar e fez sinal que ouvisse a vibração da platéia masculina:

– Creio que todos gostaram do show Marcelo!

– É, acho que sim Luiz!

– Vem, vamos que vou vestir-me!

– Não dá de esperar um pouco até que…

Luiz gargalhou:

– Vergonha pela ereção? Já havia visto, gostei do que eu vi Marcelo, ôôôh se eu gostei do volume!

Mesmo assim Marcelo seguiu Luiz tapando com as mãos seu pênis ainda totalmente ereto. Luiz olhou pra trás tendo de rir da vergonha tapando sua ereção.

Nada disse com medo de constranger ainda mais seu amor e pensou:

“Estou te amando Marcelo, vou me esforçar pra te compreender teu medo em ter relação amorosa gay, ganhe a confiança dele primeiro, Luiz”.

Luiz nem sonhava dos pensamentos de Marcelo no mesmo momento:

“Droga, droga, droga por que você não me deu um beijo Luiz, eu quero e muito. Vou rezar que faça isso ainda hoje, por que eu não tenho coragem”!

Medo de assustar, ofender, magoar o outro não permitia ousar em agarrar num ardente beijo de amor. Luiz arrumando sua camisa por dentro das calças e Marcelo perdido em seus pensamentos o olhando.

A cada minuto se via ainda mais apaixonado pelo Dr. Luiz cardiologista. Percebeu que Marcelo o devorava com olhar, olhou-o sorrindo e Luiz em um impulso desviou seu olhar. Luiz maquinando uma idéia, um momento ideal pra pedir um beijo ao Marcelo. Afinal, se ele se excitou com seus toques é claro que desejava um beijo.

Marcelo também fazia muitos planos, ele sim sem experiência em como avançar o sinal com Luiz, pensava que sua idéia não seria ideal naquela conquista, medo de errar. Cansados Luiz levou Marcelo pra casa. Abrindo a porta Marcelo virou-se convidando Luiz entrar pra um cafezinho. Gelou a alma virando deparando com Dr. Luiz praticamente em um beijo, grudado ao seu corpo. Sentia a respiração nervosa, pesada e quente do Dr. Luiz, ansiava receoso se seria ou não correspondido naquele beijo. Lento Luiz aproximou seus lábios aos de Marcelo que tremia como se estivesse com hipotermia devido ao medo do desconhecido mundo homossexual tomado de alegria, mas com medo!

Rindo Dr. Luiz sussurrou:

– Se acalme meu deus grego!

– Eu… Eu não estou nervoso, apenas zonzo Luiz, eu vou… Acho que eu vou… (Desmaiou)

Dr. Luiz preocupado viu Marcelo desmaiar pelo seu receio daquele beijo que aconteceria naquele exato momento, vindo acontecer um tempo mais tarde daquela mesma noite. O ergueu em seus braços entrando sem saber onde era o quarto de Marcelo.

Falando a si mesmo, admirando a beleza dele:

– Ôh meu deus grego, assim ficarei ainda mais apaixonado por você. Medo de um beijo Marcelinho, aliás, você é meu Marcelão pelo seu tamanho. Que homem lindo, nooossa. Acorda meu lindão!

Dr. Luiz rindo de suas próprias palavras fazendo com que Marcelo aspirasse um produto forte que buscara no carro recobrando os sentidos dele.

Lento foi despertando todo tímido:

– O que houve Dr. Luiz?

– Você desmaiou, sente-se melhor Marcelo?

– Acho que sim, um tanto zonzo!

– Normal, bebeu nada em excesso, mas bebeu e depois esse produto que aspirou recobrando seus sentidos é bastante forte, daí a zonzeira maior!

– Como sabia ser aqui meu quarto Luiz?

– Não sabia, o primeiro que encontrei o trouxe até aqui. Melhor descansar Marcelo, vou esperar que melhore pouco mais e vou embora!

– Não vá, digo, ainda é cedo Luiz!

Luiz riu sentando na cama ao lado de Marcelo e desta vez não deu espaço pro pânico do Marcelo em ser beijado por ele. Curvou-se sobre Marcelo o olhando na alma se beijando pela primeira vez. Percebendo ser correspondido no beijo, intensificou em ardentes beijos de quem ama despertando forte excitação em ambos:

– Marcelo, eu o amo, te quero muito!

– Não sei como isso poderia ser possível, eu também te desejo muito e não queria dizer, mas estou te amando, Luiz!

– Obrigado meu Deus, ele me ama também!

Intensificado beijos, respiração ofegante, Luiz experiente foi erguendo a blusa de Marcelo acarinhando seu abdômen torneado despertando sensações em Marcelo que gemia descontrolado:

– Nooossa Luiz, isso é muito gostoso, isso, faz assim amor, continua. Áááááááhhh…

– Sinta amor, meus carinhos somente pra você, sou somente seu, Marcelo…

Fazendo amor com o mesmo sexo!

Marcelo aturdido em seus desejos e receios do sexo desconhecido até então a ele, entregou-se de corpo e alma ao Dr. Luiz:

– Não sei o que fazer Luiz!

– Eu te ensino meu deus grego, não sinta medo, estou aqui com você.

Marcelo ouvindo aquelas doces palavras vindas do Dr. Luiz o fazia sentir-se amado e seguro nos braços:

– Confio em você Luiz, sabe que sim meu amor!

– Que delícia, te ouvir me chamando de amor.

Beijos, carícias correspondidas, se perderam naquele silêncio quebrado pela respiração ofegante de ambos extremamente excitados em altos gemidos quase que urros de machos!

Marcelo mal encontrava forças pra dirigir uma única palavra sussurrada olhando nos olhos de Luiz:

– Nunca senti isso Luiz, eu não compreendo o que há comigo, isso não é normal e estou adorando sentir teu corpo, teus toques, teus beijos, teus lábios que deslizando em meu pescoço me enlouquece.

Perdido relutava em não se aceitar homossexual, Marcelo desejava Luiz. Ao mesmo tempo se contradizendo em pensamentos e palavras.

Luiz exalava amor por Marcelo:

– Marcelo meu amor, só peço que não recue e se dê chance, se entregue ao amor, serei cuidadoso!

Sem mais reluta e entregue aos desejos eróticos juntamente com amor pelo Dr. Luiz, Marcelo desprendeu-se de sua reluta se deixando conduzir por Luiz que oferecia naquele momento.

Dr. Luiz sabendo como e exato o que fazer:

– Tem certeza do que deseja nesse momento?

– Agora tenho Luiz e te quero muito, só não sei o que ou como se faz amor com o mesmo sexo!

– Quanto isso não se preocupe Marcelo, prometo cuidar de você e não fazê-lo sofrer dor alguma sem necessidade por que eu o amo desde que o vi no meu consultório.

– Não queria dizer isso, me aconteceu o mesmo ao vê-lo Luiz!

– Eu percebi Marcelo!

Riram dando continuidade às deliciosas carícias, Luiz a todo instante dando segurança total:

– Não se preocupe com nada do que fizermos. Relaxe e sinta-se a vontade se desejar gemer, gritar.

– Gritar… Nooossa vai doer então?!

Assustado receoso com decorrer da relação, Dr. Luiz riu gostosamente dando um beijo carinhoso na testa de Marcelo:

– Não posso mentir, o que posso lhe assegurar é que vou ser cuidadoso ao te desvirginar afirmando que pouca dor vai sentir Marcelo.

– Confio em você amor!

– Que delícia ouvir você me chamando de amor por que eu estou te amando Marcelo!

Envolvidos pela paixão, ambos se beijaram perdidos em ardentes carícias excitantes ao som de músicas românticas. Provando sua experiência sexual, Dr. Luiz beijando com intensidade os lábios de Marcelo. Tirando sua camiseta colada ao tórax abrindo cinto das calças de Marcelo que demonstrando excitação total em seu magnífico membro, gemendo já descontrolado pelo prazer.

Maneira de retribuir carinhos ao Luiz com suas grandes mãos que percorriam suaves pelo rosto, peito, lábios sedentos demonstrando forte excitação de Luiz em gestos sensuais aos quais, Marcelo nada perdia atento a tudo se via ainda mais apaixonado por Luiz. Deslizando sua boca com carícias suaves pelo corpo de Marcelo, Luiz ajoelhou-se frente a ele abocanhou seu órgão sexual com voracidade o sugando em um delicioso vai e vem com seus lábios, arrancando altos gemidos de Marcelo.

Ambos excitados, Luiz lubrificou seu poderoso membro, duro como rocha pela excitação. Colocou-se atrás do corpo de Marcelo que deitado agora de bruços na cama, deitou-se sobre o corpo de Marcelo.

Cada movimento era com carinho e paixão, não ocasional momento de excitação. Mordendo, beijando seus ombros, pescoço arrancando palavras sussurradas de desejos de Marcelo:

– Luiz, não sabia que seria tão gostoso fazer amor com você. Faça-me somente seu agora amor, não suporto esperar mais, enfia logo seu cacete…

– Psiiiiiiiu, se acalme amor que este é um momento mágico pra você. Apenas sinta tudo, se entregue as sensações, relaxe e quando menos esperar, já não será um virgem anal!

Sem mais palavras Luiz com suas carícias pelas costas de Marcelo deixando extremamente excitado em desvairada vontade de fazer amor com Dr. Luiz. Movimentos bastante desconcertantes serpenteando seu corpo agarrado a cabeceira de sua cama aos gemidos quase que urros sem perder habitual compostura masculina. Luiz, controlando seu gozo em gemidos desesperados de excitação intensa ao ouvir e ver Marcelo em um delicioso escândalo sem perder a natural masculinidade, o que deixava Luiz ainda mais apaixonado. Preparou seu membro para penetração de fato em Marcelo, preservativo…

De joelhos na cama por trás dele, o posicionou de quatro segurando-o pelas virilhas conduzindo seu membro em uma introdução anal que ainda virgem fazendo Marcelo urrar.

Dor ou excitação?

Nada mais importava naquele momento onde Marcelo entregou-se totalmente ao seu homem. Carinhosamente, com cuidado lento enfiando aos poucos o seu potente membro de 20 centímetros abrindo espaço anal somente pra àquele membro grande, grosso que agora parava a suave introdução pra que Marcelo habituasse com membro de Luiz dentro dele, Marcelo não conteve excitação urrando:

– Luuuizzz, põe tudo agora amor… Vai, quero inteiro, me arromba com seu cacete…

Luiz ouvindo aquelas alucinantes palavras de excitação, empurrando mais fundo fazendo com que Marcelo sentisse naturalmente dor prazerosa da penetração anal de um virgem e Marcelo arranhando a parede pela dor prazerosa:

– Luuuiz, áááááááiii doeu amooor ãããààààhhh…

– Eu paro então Marcelo…

– Nããão pare, enfia mais, bem gostoso Luiz. Áááááááiii dói, mas eu querooooooo…

– Isso amooor, rebola no meu cacete assiiim…

Luiz vendo seu membro inteiro dentro de Marcelo começou um frenético vai e vem em bicas de suor e urros, ambos descontrolados, gemidos provocados pela excitação, respiração ofegante, Marcelo mal conseguia falar:

– Luiz, agora… Eu estou à beira de gozar como nunca consegui antes, vaaaaaaiii… Iiissooo Luuuiiiz…

– Vaaaaaaai Marcelooo… Não consigo segurar meu gozo por mais tempo… Goza logo amooooooor eu estou iiindoooooo… Ãããããããhhh!

– Eeeeeeeuuu… Veeem Luuuiz… Ããããããããhhh!

Juntos atingiram orgasmo em fortes jatos de esperma entre urros masculinos de ambas as partes. Marcelo jorrou lambuzando toda roupagem da cama. Luiz tirou seu membro de dentro de Marcelo arrancou preservativo jorrando nas nádegas perfeitas dele.

Ambos aos urros de uma voz grave masculina por minutos ainda tiveram espasmos de orgasmo em jatos do prazer. Saciados, deitaram-se abraçados exaustos em um delicioso beijo apaixonado.

Marcelo rindo com respiração desconsertada:

– Luiz, será que eu sou gay?

Luiz olhou-o sério por segundos:

– Marcelo, se você não for gay eu sou então uma marica. Ainda tem dúvidas amor?

– Só brinquei com você Luiz, claro que eu sou gay. Difícil admitir, mas eu sou sim!

Luiz riu feliz:

– Gay e que gay, nooossa Marcelo, acabou comigo, estou tremendo até agora!

Riram indo tomar um banho juntos.

No chuveiro fizeram amor e Luiz desejava esperar pouco mais pra pedir Marcelo em namoro.

Não resistindo pela paixão arriscou-se:

– Marcelo, quer namorar comigo?

– Eu nem sei se… Posso pensar um pouco Luiz?

Sem jeito Luiz disse que sim, Marcelo riu:

– Já pensei Luiz!

– Pensou tão rápido assim Marcelo?

– Aceitooooooo… Eu queria assustar bobinho, eu te amo e não perderia essa chance por nada.

Feliz Luiz beijou Marcelo por tempos:

– Estou faminto Marcelo, vamos jantar?

– Se quiser eu preparo algo e…

– Não hoje, merecemos um jantar de classe comemorando nosso namoro e não desejo meu namorado cheirando alho, cebola, temperos. Felizes se arrumaram indo a um restaurante.

Após jantarem Dr. Luiz levou seu namorado Marcelo pra casa seguindo descansar depois de um longo e apaixonado beijo dentro do carro de Luiz!

No dia seguinte tudo transcorreu normal se não fosse pela notícia que Marcelo recebera do Dr. Luiz sobre a frágil saúde de sua mãe em um telefonema depois do almoço:

– Alô Marcelo?

– Sim Luiz, sou eu.

– Queria que viesse até o hospital ver exames.

– Algo grave com a mãe, Luiz?

– Vem e conversamos amor!

– Está certo Luiz em meia hora eu chego aí!

Marcelo chegou ao quarto de sua mãe, aparentemente ela sentia-se bem e feliz em ver seu bebê, como ela mesma dizia ser:

– Oi mãe, Luiz me ligou pra ver seus exames!

– Deve querer mostrar como está meu coração!

– Sabe algo mãe?

– Nada que me assuste filho…

Dr. Luiz entrou no quarto:

– Oi Marcelo que bom que veio, vem e vamos tomar um cafezinho no restaurante. Mãe Susane, nós voltamos em breve, vou roubar um pouco seu bebê!

– Está bem Dr. Luiz!

No restaurante do hospital um cafezinho:

– Marcelo, o estado de saúde de sua mãe não está bom, terei de fazer uma cirurgia amanhã cedo!

– Deus, pensar que meu pai já morreu de problemas cardíacos, ela vai resistir à cirurgia Luiz?

– Farei o que for de melhor pra que corra tudo bem durante a cirurgia, riscos sempre existe.

– Confio em você Luiz, sei que fará o melhor!

– Ela não sabe, vou subir com você e contar!

– Se ela recusar a cirurgia o que fará Luiz?

– Temos de convencê-la pro bem dela Marcelo!

– Nossa, é grave então Luiz?

– É sim, muito sério o que ela tem!

– Deeeus, a mãe é tudo o que eu tenho na vida, eu a ela e ela a mim!

– Concordo Marcelo, não esquece que agora tem a mim, ou por ventura não me quer mais como teu namorado?

– Claro que sim Luiz, falo de família…

Angustiado chorava discreto consolado por Luiz seu namorado acariciando a mão dele:

– Amor se acalme, vamos subir e falar a ela sobre a cirurgia de amanhã cedo. Você quer entrar na sala de cirurgia e acompanhar?

– Não, eu agradeço Luiz. Ver sangue não é comigo, vou dar problemas num momento delicado!

– Está bem Marcelo, você quem sabe amor!

Subiram, Dr. Luiz falou da necessidade de uma cirurgia em Susane que nada disse, nem expressou medo de uma possível passagem à outra vida.

Dr. Luiz surpreso com a reação de sua paciente:

– Susane eu fico contente, aceitou facilmente!

– Dr. Luiz, nessa vida estamos de passagem, uma breve visita a Terra digamos assim… (Riu)

– Seu modo de pensar lhe ajudará resistir bem à cirurgia e não vou mentir-lhe Susane, será delicada. Toda cirurgia tem riscos, isso é natural por que lidamos com pessoas e não máquinas. Prometo fazer o melhor da minha especialidade Susane!

– Sei que fará Dr. Luiz, filho eu sei que está preparado pra vida e seguir sozinho seus passos, não esquece que te ensinei a caminhar meu bebê!

Chorando Marcelo:

– Não fala assim mãezinha, vai dar tudo certo.

– Dará sim meu filho, aliás, meus filhos! (Riu)

Luiz e Marcelo se entre olharam sem saber se ela falou por ser carinhosa ou se percebera algo mais entre ambos, Marcelo desviando assunto:

– Mãe, eu preciso trabalhar, volto mais tarde!

– Vai meu filho, estou bem aqui!

– E bem cuidada Susane, se não estiver deve me comunicar no ato, por favor!

– Dr. Luiz, são todos maravilhosos nesse hospital, não se preocupe.

– Também preciso trabalhar e qualquer coisa manda me chama Susane, não se preocupe Marcelo. Está prescrito medicação, alimentação até amanhã cedo onde faço cirurgia às 7 horas da manhã, Susane.

– Certo Dr. Luiz, nós confiamos, mãe eu virei dormir aqui com você!

– Certo filho, vai tranqüilo pro trabalho!

Despediram-se e ambos saíram juntos. Dr. Luiz olhou conferindo se ninguém os veria grudando Marcelo contra parede em um beijo no corredor. Marcelo correspondeu com certa preocupação:

– Luiz, se alguém nos vir como fica?

– Direi que o amo e vou casar-me com você Marcelo ou não me aceita como seu marido?!

– Isso é o que… Um pedido por acaso?

– É sim Marcelo, quer se casar comigo?

– Não é zombaria comigo Luiz?

– Claro que não Marcelo, de ontem pra hoje venho pensando em nós dois e desejo realmente me casar com você, aceita?

Explodindo de felicidade Marcelo num impulso abraçou Dr. Luiz aceitando se casar com ele:

– Quero, jamais imaginei que fosse possível me acontecer isso, amar um homem e me casar com ele.

– Gostaria muito que sua mãe soubesse sobre nós, acha que consegue contar a ela Marcelo ou ela é preconceituosa?!

– Nunca falei com ela sobre estes assuntos, não sei dizer se ela vai ou não aprovar. Agora, se não aprovar, pode piorar seu estado de saúde, não pode?

– Pode sim Marcelo, melhor falamos depois da cirurgia e ela já recuperada, ok?

– Acho melhor Luiz não arriscarmos, eu preciso ir trabalhar amor!

– Eu também, Marcelo!

– Vai Dr. Luiz ou seu empregador dono daqui, te demite desse hospital que não é qualquer um que trabalha aqui pelo visto. Veja seu currículo, por exemplo, excelente!

– Obrigado, verdade que o dono daqui… (Gargalhou) É… Bom… Verdade sim, ele é exigente na seleção dos doutores, mas é pro bom andamento do hospital, nos vemos a noite Marcelo!

Mais um beijo separando-se rumos diferentes.

Dr. Luiz feliz por ter descoberto o amor com Marcelo e ele ter aceitado seu pedido de casamento, ficou observando-o até que o perdesse de vista e falou a ele mesmo rindo:

– Que estranho Marcelo não saber quem é o dono desse hospital. Bom, em breve descobrirá!

Em seu consultório ansioso pensando na grande probabilidade de uma complicação na cirurgia de Susane. Ele sabia o gravíssimo problema cardíaco de sua paciente, saúde muito delicada, lembrava de Marcelo que amava sua mãe e pedia forças a Deus pra tentar salvá-la no dia seguinte.

Falando consigo mesmo:

– Deveria ter feito hoje a cirurgia da Susane, arriscado aguardar até amanhã. Mas também, como fazer se não havia vaga no centro cirúrgico? Meu Deus como tem pessoas doentes do coração. Não posso tirar a vez de ninguém pra fazer a cirurgia dela. È grave, mas sem apresentar emergência como tirar a vez de outros pacientes? Se acalme Luiz, está nervoso por se tratar de sua sogrinha, vai dar certo. Riu dele falando sozinho, atendera mais alguns pacientes e algum tempo depois recebendo o comunicado do hospital sobre Susane.

Ligou pro Marcelo:

– Marcelo?

– Sim Luiz, algo com a mãe?

– Sim, venha pro hospital que estou indo agora mesmo fazer cirurgia de emergência nela, teve uma piora no seu estado clínico, por favor, se cuida no caminho Marcelo, dirigir nervoso não dá certo, não há tempo pra te buscar, se não iria pra me tranqüilizar, você está nervoso, se acalme antes de…

– Estou indo Luiz, logo chego!

– Eu… Marcelo?! Alô… Deus o guie…

Dr. Luiz subiu pro centro cirúrgico, os enfermeiros já haviam preparado-a pra cirurgia agora de emergência. Preparado, Dr. Luiz chamou Marcelo em uma saleta assim que soube de sua chegada:

– Fica tranqüilo, farei o possível.

– Sei disso Luiz, mesmo assim estou nervoso, boa sorte na cirurgia, eu queria vê-la antes!

– Sinto muito Marcelo, não há tempo agora, eu preciso lutar contra o tempo, fica bem amor que vou iniciar a cirurgia, vem comigo Marcelo não quero que fique aqui sozinho, senta longe sem olhá-la!

Um tanto contrariado por receio de ver sangue, Marcelo preparou-se com a ajuda de uma enfermeira entrando em seguida a sala de cirurgia. Sentou-se em silêncio observando tudo atentamente e orando em pensamento por sua mãe. A certa distância dele, os doutores realizando a delicada cirurgia em Susane. Dr. Luiz em bicas de suor sendo enxugado por uma enfermeira.

Marcelo demonstrando nervos foi atendido por um doutor que o medicou com leve calmante:

– Rapaz, toma e se acalme, por enquanto corre tudo bem com sua mãe. Dr. Luiz é um excelente cirurgião. Pediu-me pra que siga esta enfermeira até seu gabinete aqui perto e aguarde por lá. Veja TV, ouça música e relaxe, em breve ele irá até você.

– Está bem, agradeço doutor!

No gabinete Marcelo sentou-se ler um livro e ver se controlava sua ansiedade. Foram horas de cirurgia, Luiz entrou parecendo exausto.

Marcelo levantou-se ansioso saber de sua mãe:

– Luiz como ela está?

– Nada posso garantir ainda Marcelo, até aqui correu tudo como deveria ser. Ela foi pra UTI.

– Não está fora de riscos Luiz?

– Ainda não Marcelo, eu observarei a recuperação dela… Bom amor, você gostou do meu ambiente de trabalho aqui no hospital?

– Muito agradável no geral apesar de eu não gostar de ambiente hospitalar. Quem será o dono disso aqui, é lindo e de bom gosto este hospital?!

– Poucos gostam de hospital Marcelo, eu pensei que você tivesse lido nos papéis de internação de sua mãe antes de assinar, lendo quem é o dono.

– Confiei no hospital Luiz, não li detalhes por estar nervoso e preocupado. Li somente o necessário, quem é o dono?

Entrou um funcionário:

– Com licença Dr. Luiz, precisamos do doutor na administração, um probleminha financeiro, um…

– Ok Marcio, sem maiores detalhes, por favor, já estou indo resolver, vem comigo ou prefere ficar aqui Marcelo?!

– Não quero atrapalhar, pode ir Dr. Luiz, vou te esperar aqui mesmo!

– Volto logo!

Marcelo consentiu com gesto positivo de cabeça sentando-se novamente. Cabeça entre as mãos, preocupado com sua mãe.

Entra uma enfermeira sorridente:

– Oi, pensei Dr. Luiz o patrão estar aqui!

– Oi, ele foi à administração resolver um problema, disse voltar logo!

– Espero ele voltar então, como se chama?

– Marcelo! Minha mãe está internada recém operada do coração, Dr. Luiz disse que ainda é cedo pra dizer, ainda nada seguro seu estado clínico.

– Ela vai melhorar tenha fé. O patrão é um maravilhoso cardiologista.

Marcelo riu achando graça a maneira que a moça se dirigia ao Dr. Luiz:

– Por que o trata por patrão?

– Quem, Dr. Luiz? Tem de ser, ele é meu patrão, como deveria tratá-lo se não de patrão? Heeei, você não é o namorado dele?

Marcelo sem jeito, envergonhado remexeu-se na poltrona a moça continuou falar:

…- Claro que sim, como fui tola te perguntar isso, por que ninguém fica no gabinete do patrão se não for bastante chegado nele. Não me refiro entrar resolver trabalho como nós fazemos, digo estar por tempo vendo TV como você está fazendo. Somente a mãe do Dr. Luiz entra e fica a vontade como você está, então, namoram ou não?!

Marcelo não falou, pensou como ela falava em excesso, até tonto estava, riu sem jeito:

– Porque pergunta se namoro com Dr. Luiz?

– Por que nós empregados dele o respeitamos por ser gay… (Riu) Também, quem seria idiota de falar algo contra, não é? Precisamos do emprego.

– Você é empregada dele ou do hospital?!

A moça riu vendo ele não saber:

– Funcionária do hospital e dele, você o namora e não sabe ser ele o dono disso tudo aqui?

– Dono? Pensei que ele apenas trabalhasse aqui neste hospital particular com convênios de alguns planos de saúde como o meu, ele o dono não sabia!

Entrou Dr. Luiz:

– O que deseja Marina?

– Assinatura nestes documentos Dr. Luiz!

– Ok Marina, assino e busca em 20 minutos, se eu não estiver aqui, você tem ordem de retirar de cima da minha mesa, certo?

– Sim Dr. Luiz, com licença!

Marina sai até a porta, virou-se os olhando:

– Dr. Luiz, namoram?

Dr. Luiz rindo:

– Não só namoramos Marina como nós vamos nos casar, viver juntos sabe?!

– Huuum, bom gosto Dr. Luiz, ele me enrolou e não me disse se te namorava. Ele é lindo e o patrão também formando um belo casal!

Saiu rindo e Luiz beijou Marcelo por tempo:

– Como te amo Marcelo, não liga o jeito da Marina, excelente funcionária, só tem um defeito…

– Falar em excesso?! (Riram)

– Percebeu? Ela adora conversar e saber em detalhes da vida de todos, mas é boa garota e é homossexual também, namora outra funcionária a Malu. Aquela que enxugava meu suor na cirurgia!

– Luiz, não sabia ser você o dono daqui.

– Por isso te perguntei se não leu na barra e timbre dos papéis de documentação de internação de sua mãe, sou eu sim Marcelo. Muitos doutores desejam fazer sociedade, não quero como falava meu pai, filho uma sociedade algo as meias um dia esquenta e tem de tirar uma das meias.

– Verdade Luiz. Bom, quando posso ver a mãe na UTI, Luiz?

– Agora Marcelo, eu vou assinar estes documentos daqui e vamos vê-la.

Luiz leu-os e assinou. Na UTI prepararam-se pra entrar, Dr. Luiz seguiu a frente de Marcelo. Frente à cama de Susane Marcelo a beijou na testa:

– Mãezinha, queria que ouvisse e que a amo!

– Ela dorme Marcelo em recuperação, acredite, ela sabe o quanto você a ama!

Susane abriu seus olhos aparentando muita fraqueza, forte cansaço apertando a mão do Marcelo:

– Filho, parece que chegou à hora…

– Mãe descansa, não fala pra não se esforçar.

– Dr. Luiz?

– Sim Susane?!

– Preciso falar uma coisa antes de partir…

– Mãe, não diz isso, você não vai partir…

Marcelo já em lágrimas por amar sua mãe.

Susane segurou a mão de seu filho e de Luiz:

– Ouça filho, meus filhos, os dois o são agora.

– Como assim mãezinha?!

– Não sinta vergonha de ser como é filho, eu sei que você gostou do Dr. Luiz e ele não tem como esconder o amor por você, mãe sabe, pressente.

– Prometo cuidar dele por que eu amo seu filho Susane e já o pedi em casamento, iremos viver juntos, com ele não se preocupe!

– Sei disso filhote Luiz, Marcelo meu filho, só peço que não seja assim, como digo?!

– Afeminado mãe Susane?

– Isso mesmo Dr. Luiz, seja como é, um homem filho. Estude, seja bom profissional continue me amando que te amarei sempre onde eu estiver!

– Mãe, desculpa não ter contado antes, não sabia tua reação quanto ao homossexualismo, sou gay sim, descobri há pouco tempo.

– Eu sei meu filho, acha que precisava me dizer? Mãe sempre sabe de tudo antes dos outros, até mesmo eu sabia antes de você se descobrir gay meu filho e abençôo-os e quero que sejam felizes.

Marcelo chorando copiosamente beijando a testa de sua mãe, ela beijou-os:

– Não se esqueçam de sempre se amarem e nunca um trair o outro, eu sei que é igual um casal.

– Mãezinha, você vai ficar bem, não vai morrer.

– Quem foi que disse que eu morrerei filho? Esqueceu de tudo o que aprendeu em nossa religião? Kardecismo nos faz entender o desencarne, preciso ir meus filhos, amo vocês dois, se cuidem.

– Também a amamos Susane, cuido do Marcelo por amá-lo e com minha própria vida, acredite.

– Eu sei dou…

– Mãe eu te amo, não vá… Mãããããããeee não me deixe, não quero que se vaga… Mãããããããeee…

Cochichando acariciando o rosto do seu filho:

– É preciso meu bebê, até mais…

Susane sorriu em uma respiração profunda silenciando seu corpo ao longo som da aparelhagem que mostrava ali ter acabado esta vida pra Susane. Marcelo chorando agarrado na mão de sua mãe.

Dr. Luiz desligando aparelhagem examinou lágrimas nos olhos perdendo Susane sua paciente:

– Sinto muito amor, fiz o que eu pude por ela e pra um médico é muito difícil perder uma paciente!

– Eu sei Luiz, ela andava mal ultimamente, cansava de dar três a quatro passos. O que eu faço?

– Não se preocupe com nada, pedirei a um amigo que providencie tudo e apenas iremos ao velório.

Marcelo caiu em choro profundo consolado pelos braços de seu amado Dr. Luiz que deixou cair lágrimas pela perda de uma querida mulher, amiga, sogra e mãe do seu amor:

– Chore amor, te fará bem, vem vamos a minha sala, vou te dar um leve sedativo, só pra te acalmar!

– Está bem Luiz, o que farei agora? Meu pai ao falecer, parentes que resolveram tudo, eu era pequeno e não sei por onde iniciar as providências do acontecido com a mãe.

– Te disse que meu amigo fará tudo, não se preocupe amor, só me fala qual cemitério ela será sepultada, preferências dela estas coisas, eu vou ligar pro meu amigo e ele resolverá tudo!

Dr. Luiz ligou e seu amigo logo estava em sua sala pra auxiliar nos serviços fúnebres.

Daltom amigo de infância de Luiz:

– Daltom eu preciso que se encarregue com todo trabalho fúnebre da mãe do Marcelo minha sogra, desde burocracia até o último momento!

– Olha só, fico feliz por vocês dois Luiz, eu estou feliz também. Conte com trabalhos eficientes da minha casa funerária, não se preocupará com nada Marcelo, meus sentimentos.

Marcelo balançou cabeça aceitando e Dr. Luiz:

– Certo Daltom, eu quero que me mande à conta depois pra minha casa!

– Com certeza Luiz, mandarei sim.

Dados detalhes do local velório, sepultamento, Daltom despediu-se saindo resolver tudo:

– Marcelo, nós vamos a sua casa e pega algumas roupas suas, por alguns dias não desejo que fique sozinho em sua casa até nosso casamento se oficializar. Aos seus parentes avisará somente quando Daltom ligar-me avisando estar tudo pronto na capela mortuária do cemitério que você disse ela desejar ser sepultada junto do seu pai.

– Tá?!

Abatido pela perda de sua mãe, Marcelo pouco falava, cabeça baixa em lágrimas silenciosas amparado pelos braços do Dr. Luiz que demonstrava tristeza por motivos profissionais e emocionais.

Já em sua casa, Marcelo aparentava desorientado pela morte de sua mãe, Luiz quem arrumou uma mala com roupas e pertences de Marcelo. O silêncio pela tristeza era desolador, quebrado por Luiz:

– Marcelo, eu posso ligar pra mãe? Deixei meu celular no carro!

– Claro Luiz!

Luiz saiu pra sala e Marcelo foi até o quarto de sua falecida mãe observando a tudo saudoso dela.

Chorando em suspiros profundos voltando ao seu quarto. Luiz entrou contando ter avisado sua mãe que o levaria pra casa e já estava aprovada a decisão de Luiz por que iriam se casar mesmo.

Luiz achou graça fazendo Marcelo rir:

– Essa é boa, meu amor eu avisei a mãe da sua ida lá pra casa e disse somente aceitar sua presença por que vou me casar com você daqui um tempo, que não devo abusar de um rapaz e largá-lo a boa sorte!

– Sua mãe deve ser bem legal e brincalhona pelo que falou a você!

– Exigente, mas querida, me respeita e ama. Como ela mesma diz, é o mesmo que eu transar com uma garota abandonando-a grávida, assim ela pensa!

Riram pelas comparações, seguindo pra casa do Dr. Luiz. Ao vê-lo a mãe de Luiz o abraçou apertado desejando seus pêsames ao Marcelo que chorou abraçado nela:

– Ôh querido, não chore, pode estar melhor agora que descansou suas dores!

– Eu sei, mas eu só tinha a ela!

– Tinha querido falou bem, olha menino, agora tem a nós, somos sua nova família Marcelo. Mãe não se substitui eu sei, mas se sirvo como mãe, aqui eu estou!

– Agradeço senhora Miriam!

– Filho, leve ele ao quarto que será dele, não devem dormir juntos até o casamento, lembra disso!

Mesmo triste Marcelo riu da preocupação da mãe do Dr. Luiz:

– Mãe, mas nós dois…

– Luiz, sem mais nem menos, ainda não são um casal de fato, o que minhas amigas vão dizer?!

Ambos rindo não discordaram e Luiz levou Marcelo ao quarto do lado do seu:

– A mãe tem cada idéia amor, será que ela pensa sermos ainda virgens?

– Talvez prefira pensar assim Luiz e seu pai?

– Bom, ao menos ela nunca se impôs na minha opção sexual e me apóia. Há anos não tenho pai, faleceu em um derrame cerebral, sabia minha opção e nada falava contra.

Acomodado no novo quarto, Marcelo tomou banho se preparando pra seguir ao velório, o mesmo fez Dr. Luiz e sua mãe. Marcelo comunicou a todos os parentes do falecimento, transcorrera o velório e sepultamento…

Um mês após o falecimento da mãe de Marcelo Dr. Luiz marcou a cerimônia da união de ambos, obviamente seria simbólica, mas impregnada de muito amor entre ambos. Desde que Marcelo fora pra casa de Luiz, não mais fizeram amor acatando ao pedido da senhora Miriam mãe do Doutor:

– Mãe, eu e Marcelo vamos nos casar daqui um mês, tempo de organizar tudo!

– Pelo amor de Deus, vai me deixar sozinha nessa babilônia de casa filho?

Riram:

– Não mãe, Marcelo prefere continuar aqui junto da mãe e vai alugar a casa dele!

Rindo em um salto abraçou Marcelo:

– Áááiii meu filhote, que bom, ao menos você pensou na mãezinha aqui, obrigado lindinho!

– Te adoro Miriam não como sogra, mas te adotei como minha mãe!

– Eu te amo como um filho querido, torço que meus filhos sejam felizes nesse amor!

– Hoje à noite eu e Marcelo noivaremos em um jantar romântico a luz de velas na fazenda mãe!

– Que lindo meus filhos, quem vai preparar o jantar de vocês?!

– Nós quando chegarmos à fazenda mãe. Vamos Celo escolher nossas alianças?!

– Puxa vida, estranho dois homens chegarem à joalheria comprar alianças, não acha?

– Tem receio do que vão falar querido? Filho, por que não chama o dono da joalheria aqui em casa, pronto, sem constrangimentos pro Marcelo!

– Se Marcelo prefere assim eu chamo!

Dr. Luiz sentou-se pegando o telefone chamar ao relojoeiro amigo da família:

– Talvez esteja na hora de eu me assumir gay, não devo nada a ninguém, ninguém paga meus impostos nem minha faculdade, ninguém tem o direito de me excluir por eu ser homossexual.

– Isso Celo assim que se fala. Cabeça erguida e mantendo a dignidade masculina, não importa que nós sejamos gays assumidos!

– Certo, vamos então Lu!

Mesmo que houvesse preconceito de quem os viu comprando as alianças, não se atreveriam frente a eles contrariá-los, por que a lei existe pra nos proteger, se inteire desta lei.

Escolheram as alianças largas em ouro puro:

– Celo, agora nós iremos a um amigo meu, ele que vai preparar nosso casamento simbólico, etc.

– Precisa de tudo isso Lu?

– Sim, afinal nunca me casei!

Riram e algum tempo após chegaram numa grande loja de decorações:

– Ele trabalha aqui Lu?

– Não deixa de ser, ele é dono dessa loja!

Marcelo entrou observando o luxo, encantado com as lindas peças decorativas. Luiz buscava com olhar onde estava Paulo seu amigo:

– Que linda essa peça, deve ser valiosa, Lu!

– Com certeza é Celo, porcelana chinesa.

Descontraídos olhando as peças, Marcelo deu um salto assustado com os gritos extremamente afeminados de Paulo que vinha correndo em passadas miudinhas, mãos esbaforindo no alto:

– Áááiii quem está aquiiiiiii, o meu gostosão, quanto tempo Luluzinhooooooo!

Dr. Luiz rindo cochichou ao Marcelo:

– Não liga, ele é assim mesmo e você o conhece!

– Pela voz não é o Lukamen?

– Exatamente, ele faz shows por que gosta como você deve lembrar não por dinheiro como vê ser o dono da loja!

– Parece um homem, bom, um quaaase homem!

Riram e Paulo os abraçou:

– Olááááááá meus lindos, que devo a honra?

Conversaram sobre casamento os preparativos que eufórico Paulo “Lukamen” faria com prazer, mesmo por que Dr. Luiz pagaria pelos trabalhos dos preparativos da união de ambos.

Paulo cuidaria desde roupas a festa. Chegara à noite e seguiram para a fazenda de Luiz onde noivariam, entrando na sala da fazenda Marcelo:

– Quem preparou essa mesa de jantar a luz de velas, linda por sinal?

– Boa pergunta Celo, será que foi a…

Tocou celular, era a mãe do Dr. Luiz:

– Alô?! Oi mãezinha… Obrigado mãe você é um doce na minha vida. Está bem mãe, não se preocupe, não dormiremos juntos e voltamos hoje ainda, tchau!

Crise de risos de ambos, a mãe do Dr. Luiz mandou prepararem o jantar a luz de velas aos dois e pedia pra que não fizessem amor antes de se casarem:

– Minha mãe não existe, me fez prometer que eu e você não faríamos amor antes do casamento Celo, coitadinha.

– Deixe que pense que nada fizemos Luiz, é um desejo dela, deixe assim. Não faremos mesmo nada antes. Bom, não pela segunda vez é claro. (Riram)

– Já estou com saudades e você Celo?

– Idem Lu, eu tenho me masturbado pra suportar sua ausência no sexo!

– Tenho feito o mesmo Celo, que tal?!

– Prometemos a sua mãe nada fazer antes do casamento, ela é tão boa mãe, vamos satisfazer a vontade da Miriam, Luiz!

– Concordo Marcelo, mas eu não prometi que você não poderia me masturbar e eu masturbar você?!

– Adorei amor, depois do jantar então, Luiz!

– De preferência, nós tomaremos um bom vinho, sozinhos aqui e nooossa… Vai ser delicioso!

Em um longo e apaixonado beijo, Dr. Luiz pegou o estojo de alianças colocando sobre a mesa do jantar aberto estojo. Na cozinha foi o trabalho de aquecer os pratos e jantarem. Vinho, música romântica, a mesa um maravilhoso vaso com rosas vermelhas. Frente à mesa Dr. Luiz com todo seu romantismo fez a troca das alianças, agora noivos selado por um longo e ardente beijo. Dr. Luiz olhando na mão direita de Marcelo:

– Se imaginou noivo do mesmo sexo Marcelo?

Olhando sua aliança reluzir a luz da vela:

– Nunca, confesso que estou explodindo de felicidade Luiz e são lindas as alianças.

– Eu também achei Marcelo e na sua mão ficou ainda mais linda!

Elogios, galanteios de quem se ama eram constantes entre ambos, até poderia dizer almas gêmeas que se reencontram pra mais uma vez viverem seu grande amor sem se importar se estão ou não dentro dos padrões que a sociedade exige e ditam ser “normal”. Normas ditadas pela sociedade moralista esquecendo que o amor é incondicional sem limites. Dr. Luiz e Marcelo após o jantar sentaram na sala namorar desfrutando daquele momento sublime de amor que ambos viviam.

Dr. Luiz rindo:

– Marcelo, eu prometi pra minha mãe que não dormiríamos juntos antes do casamento, mas não prometi que não te proporcionaria prazer… (Riram)

– Claro Luiz, óbvio que eu te desejo e agora!

– Nooossa Ceeelo, áááiii!

Em um impulso Marcelo de joelhos abocanhou o membro de Luiz em um vai e vem dentro de sua boca enlouquecendo Luiz em um delicado e carinhoso sexo selvagem… Rolaram pelo chão, rindo alto em doces brincadeiras e cumplicidade.

Jamais imaginaram que do lado de fora da casa o filho do caseiro passava naquele momento frente às janelas. Ouvindo gemidos e risos dos dois, naturalmente o chamou atenção. Olhou pros lados vendo se o pai não o flagraria espiando seu patrão Dr. Luiz. Deliciou-se excitado observando, pasmo, surpreso boquiaberto pelo que presenciava através das cortinas transparentes da sala de visitas.

Os olhando arrancou seu poderoso membro fora das calças massageando em uma deliciosa masturbação os vendo e ouvindo-os. Com euforia demasiada um tirando a camiseta do outro e em segundos estavam nus. Mais desvairados de excitação ficaram ao sentirem o toque de seus corpos ardentes como braseiro, respiração pesada extremamente ofegante em altos gemidos de excitação onde passou sugar com fúria o outro.

Dr. Luiz não suportando mais a chegada do orgasmo gritou com seu vozeirão:

– Marcelo é agora, não suporto mais segurar, eu estou… Gooozaaandooooooo… Ãããããããh…

– Veeem Luiz, eu também vou com você… Me espeeeeeeera… Ãããããããh Luuuuuuu…

Ambos jorraram aos urros de excitação em fortes jatos de esperma. O cheiro do prazer inundou toda sala.

Abraçados caídos sobe o espesso carpete aos beijos por se amarem. Marcelo não conseguia crer que estava vivendo um momento tão maravilhoso quanto aquele:

– Luiz como pode, eu aqui com um homem, jamais imaginei algo do tipo pra mim!

– Acontece com maioria da humanidade, obviamente jamais admitirão ter tido fantasias homossexuais. Muito comum fantasiar mesmo sexo…

Conversaram por tempo imaginando estarem a sós. Do lado de fora da bela casa de campo de Dr. Luiz encostado na parede olhando agora pro céu ainda se recompondo de um forte gozo com a respiração afoita.

O filho do caseiro, 20 anos de nome Julio ainda massageava seu membro já no finalmente do seu forte gozo em uma delirante masturbação que fez ao vê-los gozarem aos urros. Julio não deixou por menos os acompanhando, mas tinha de controlar seus gemidos com medo de ser pego em flagrante.

Alinhou suas calças saiu rapidinho pra sua casa. Que noite teve Julio perdido nas lembranças do Dr. Luiz e Marcelo, falando consigo mesmo:

– Será que tamém sô uma bichona, ansim queném eles? Não ora essa, num sô bobo de sê ansim, o pai me mata, craro que num so ansim, uma bichona… Ora bobão, durma que eles tão no bem bão e ocê tem de sê levantá daqui um poco Julio. O Dotô que pode se alevantá tarde co home dele, ocê não, tem de pranta as frôr nos jardim frente do rancho do doto. Que rancho lindo, mai que foi baum oiá os dois se arretando foi arre égua…

Julio lindo rapaz presenciou uma cena que não conseguia tirar de suas lembranças, dormiu aturdido em seus pensamentos e dúvidas. Com pouco estudo tudo fica mais complexo para sua compreensão do ato que vira. Depois de um banho Marcelo e Dr. Luiz retornaram agora noivos pra casa.

Desejaram boa noite em um beijo e cada qual foi dormir em seu quarto pra manter aparências agradando as vontades da mãe do Dr. Luiz que desejava, pensava não ser certo dormir juntos antes de se “casarem”.

Bela manhã de domingo e Dr. Luiz com Marcelo retornaram a fazenda pela manhã junto de sua mãe Miriam. Ambos queriam andar a cavalo, Marcelo queria pescar, Miriam colocar algumas coisas em ordem na casa de campo e lá almoçariam. Miriam foi ver seus afazeres pela casa junto da mãe de Julio.

Dr. Luiz e Marcelo foram andar pela fazenda:

– Quem cuida dos jardins aqui Luiz?

– A família que vive aqui há anos, boa família. Bastante humildes, eu gosto deles, mas nenhum quis enfrentar o pai e sair daqui pra estudar…

…Ofereci estudo do que desejassem e por medo, vergonha ou ignorância nem sei ao certo, o pai dos três jovens não permitiu e eles obedeceram-no.

– Ainda existem pais com essa mentalidade?

– Em massa, mais do que imaginamos Marcelo!

Marcelo virou-se olhar uma flor que gostou e viu um vulto ao lado da casa:

– Tinha alguém nos sondando Luiz.

– Não há ninguém lá Celo!

– Eu vi Luiz, bom, deixa pra lá!

– Vem amor, vamos andar a cavalo. Vou pedir alguém prepara e aproveitaremos este domingo.

Foram até a casa do caseiro da fazenda e saiu Julio se contorcendo de vergonha e mal os olhava:

– Bom dia, eu quero que alguém prepare dois cavalos pra eu e Marcelo passearmos pela fazenda. Moço, eu não me lembro de tê-lo visto, quem é você?!

Tremendo Julio conversava olhando o chão os olhando de relance desviando seu olhar, como se estivesse com medo que Dr. Luiz descobrisse ele ter se masturbado espiando pela janela:

– Vai vê que num se alembra deu pra morde que eu tava trabaiando notra fazenda do lado daqui do douto Luiz. Troco de dono i o otro dono já troxe os capatais dele, me mando embora. Tô sem trabaio pago, mai óia e vê se gosta do jardim que prantei pra passa meu tempo!

– Foi você que os fez?

– Fui eu craro moço, eu gosto de trabaiá com fror e foiages pra enfeita. Descurpe eu sô Julio o douto num se alembra deu pra morde que ocê viu eu, tava ainda picurruchinho i agora so um home. Comecei a proziá i esqueci de te responde.

Riu envergonhado ao ver Dr. Luiz estender sua mão em um cumprimento amigável:

– Prazer em revê-lo seja bem vindo Julio, Realmente você cresceu rapaz, o vi tinha 10 anos.

– I num é? O tempo avoa memo!

– Agora já está empregado de volta, depois vai a minha casa e vou fazer os documentos pra que trabalhe aqui mesmo na fazenda e registrado.

– Agradeço douto, que alivio trabaiá e tê meu dinhero de vorta, num so home de passa as custa do pai. Baum eu memo preparo seus cavalo e levo na frente da tua casa, licença doto!

– Toda Julio!

Saiu passadas largas e Marcelo observando-o, Dr. Luiz o cutucou rindo enciumado:

– Hei Celo, interessado nele por acaso?

– Não Luiz, olhava pensando que foi ele quem eu vi nos espiando do canto da casa quando chegamos!

– E por que acha que Julio faria isso?

– Boa pergunta Lu, não sei!

– Vamos aguardar na frente de casa os cavalos!

Vinha Julio puxando os belos animais da raça manga larga, encilhados pra montaria:

– Toma doto, aqui tá os bichano bunito que só eles, baum passeio pros dois! (Sorriu)

– Grato Julio, depois prepara pra gente varas e iscas, o Marcelo quer pescar!

Julio não se conteve rindo:

– O moço Marcelo pode até sabe pesca pra morde que num conheço ele, mai o doto vai sabe?

Dr. Luiz riu com gosto:

– Não sei Julio, aprendo hoje com Marcelo!

Marcelo já montado em seu cavalo teve uma crise de risos:

– Aprender comigo Luiz? Mal sei por a minhoca no anzól!

– Jezuis Maria i José, ocês vão se metê de pescadô sem sabe pescá?

Crise de risos dos três, Marcelo e Luiz por acharem graça nas palavras de Julio, ele zombando por eles não saberem pescar.

Luiz pediu:

– Julio, arrume uma vara pra você também, vai junto e nos ensina pescar, pode ser?

– Craro que sim doto. Baum, agora meu patrão!

Saíram passear a cavalo pela linda fazenda.

Julio contente arrumou o material de pescaria e pensava com ele mesmo sem compreender seus pensamentos.

“Julio ocê ta cum a xanxe na mão pra vê se ocê é bichona memo como eles dois. Porquêra, que será que tá me dando, ai meu Deus, o pai cum a mãe me mata se eu for bichona memo, mior num discubri Julio, dexe dormente essa coisa daí, lá. Se eu for memo, intão é bichisse mim memo”!

O jovem Julio perdido em seus pensamentos tentando descobrir o porquê de sua vontade em estar na presença deles. Em seu intimo desejava saber sobre homossexualidade, a sua propriamente! Depois de uma hora de passeio pela fazenda foram pescar os três e firmou-se uma bela amizade entre Marcelo, Dr. Luiz e Julio que ainda sentia-se submisso por não ter estudos como ambos. Marcelo e Luiz agiam normais, sem dar importância à tamanha simplicidade de Julio.

Marcelo percebeu Julio estar incomodado:

– Julio, eu vejo que não se sente a vontade com nossa presença, diz por que isso?!

– É que ocêis é estudado i eu home gnorante!

Dr. Luiz pegou ao ombro dele amigavelmente:

– Julio, se nós nos importássemos com sua falta de estudos não teríamos prazer na tua companhia, relaxa por que eu estou me divertindo um bocado…

Julio gargalhou:

– E eu desminhocado!

Chorando de rir da forma que Julio falou, Marcelo enxugou seus olhos rindo:

– Desminhocado Julio, como assim?!

– Ué moço, ocêis num sabe nem botá minhoca no anzór, quem tá botando minhoca so eu i ainda num tive tempo de infiá uma minhoca pra eu…

Crise de risos dos dois por maliciarem e Luiz:

– Juuulio, você gosta de enfiar a minhoca é?

– Ué, tem de infiá, puis ocêis num faiz?! Nooossa, que vergonha do doto agora que intendi a brincadera docêis, eu…

– Desculpa brincar com você Julio, talvez saiba que eu com Marcelo somos gays e vamos nos casar!

– Áááh é?! Memo douto Luiz?

– Sim Julio e você meu convidado!

– Me contentei, sabe que se eu fosse ansim que nem ocêis num tinha corage de conta pros otro!

– Nascemos assim Julio e cedo ou tarde descobrimos que somos gays, é mais forte que nós.

– Ái meu Senhor. Isso daí é ser bichona, né?

Riram ainda mais:

– Não Julio, bichona é uma maneira vulgar que falam pra homossexuais, gays que são afeminados, aqueles que digamos se parecem ou têm desejo em ser uma mulher.

– Mai ocêis num são ansim feminado, parece home memo!

– E somos homens Julio, com desejos por amar outro homem e não uma mulher!

– Você nunca sentiu essa vontade Julio?

Perguntou Marcelo e Julio em um impulso pulou gritando desconversando:

– Óia o peeexe moço, puuuuuuuxaaa!

Marcelo puxou a vara de pescar e nada tinha Julio rindo tímido:

– Descurpe eu pensei que era um pexe!

– Pensou ou desconversou a pergunta Julio?

– Eu? Moço eu pensei se um pexe memo!

Dr. Luiz gargalhando:

– Tudo bem, mas você já teve essa vontade?

– Até o doto ta curioso de sabe de eu ansim?

– Tem vergonha de responder pelo visto?!

– É sim doto, mior dexe quieto essa bichiche…

Ambos chorando de rir ouviram barulho de um carro chegando à fazenda, Dr. Luiz levantou:

– Não dá de ver direito daqui, vai ver quem é e trás aqui seja quem for Julio!

– Craro que trago, memo que seja um bandido?

– Julio um bandido não chegaria de carro em plena luz do dia com som ligado, não acha?

– De certo, sei não douto, o mundo ta virado pelo avesso num é memo?!

Ficaram rindo e Julio saiu rindo, mesmo sem estudos era divertido e amava a vida que levava mesmo sem ter realizado seu sonho que era estudar!

Julio aproximou-se do Ford Fusion preto aguardando o motorista falar com ele e olhando o carro falava em seus pensamentos:

“Óia só que home mai lindo eita, quem será esse bibilozinho de bota pra enfeite na sala de visita pra tudos vê a beleza da peça. Crendios Julio, que ta contecendo com ocê home”?

Por tempos seus olhares se cruzaram:

– Bom dia moço, pode me falar onde se encontra Dr. Luiz e Marcelo?

– Me sigum os dois, tá no tanque pescando!

Julio olhava na verdade os pés dos dois se curvando um deles tentando ver o rosto de Julio por baixo da aba do chapéu de cowboy sem conseguir, chegaram à beira do tanque, retraído, encabulado trouxe a visita, seu coração balançado pelo homem:

– Tá aí os home doto Luiz, vo pescá, licença!

– Grato, oi Mateus como sabia eu estar aqui?

– Onde mais vocês dois estariam Luiz?

– Sim claro, sejam bem vindos os dois!

– Liguei, sua mãe nos convidou pra almoço e aceitamos, este daqui é meu… Amigo de ontem!

– Entendi prazer Jorge, eu sou…

– Luiz eu sei, os conheço da boate onde você e Marcelo, ambos deram show, muito bom por sinal!

– Obrigado Jorge!

– Nem me lembre daquele dia, tomei demais!

– Tanto tomou que desmaiou Marcelo!

Riram e Julio sentado na barranca do riacho ao lado do tanque assoviando uma canção.

Dr. Mateus o olhando encantado:

– Como é lindo esse rapaz, quem é ele Luiz?

– Filho do caseiro daqui, Julio!

– Uaaau, eu quero pescar com ele! (Riram)

Mateus interessado em Julio sentou-se ao lado de Julio puxando conversa:

– Muito peixe Julio? Prazer, eu sou Mateus, não me apresentei antes quando nos buscar no carro!

– Iguarmente senhor, Mateus!

– Me ensina pescar Julio?

– Craro, se aprume aí home!

– Como assim me aprumar?!

– Se abanque na grama home, é isso! (Riu)

Jorge homossexual afeminado estava apenas passeando com Mateus, haviam ficado uma noite:

– Também querooo, meu nome é Jorge, Julio!

Julio constrangido com a espontaneidade de Jorge que naturalmente afeminado nos gestos:

– Tá baum moça, discurpe, moço eu te ensino. Pelo meno sabe infia a minhoca u num sabe?

– Huuum, se quer eu enfio lindão, dou um jeitinho e enfio pra você!

– Nooossa, que vergonha de ocê moço, num fale ansim que meu pai orça se não ocê vai vê a cobra pita na curva da estrada!

– Ele é bravo?

– Não, mai vai sê orvindo essas brincadera de ocê cum eu!

– Parei Julio, não brinco mais e vou me cuidar!

– Acho baum moço, mior procê!

Dr. Luiz confirmou que deveriam se portar com equilíbrio devido à família que vivia na fazenda e assim Jorge cuidou em suas brincadeiras.

Julio olhava de canto para Dr. Mateus e ele correspondendo aos olhares tímidos de Julio se vendo apaixonado por ele. Almoçaram e depois do almoço Julio a apedido do Dr. Luiz levou Dr. Mateus pra cavalgar pela fazenda. A sombra de uma árvore frondosa, Dr. Mateus parou seu cavalo descendo sentando-se encostado ao tronco.

Julio apeou ficando de pé em frente a Mateus:

– Cansô senhô Mateus?

– Não, é que eu quero conversar com você!

– E o que ocê que conhece o patrão e vai vê é até é doto que nem ele, vai querê proziá cum eu que num sei nem fala iguar ocêis?

Mateus resmungando a ele mesmo:

– Droga, onde está minha coragem agora? Olha Julio, é o seguinte. Eu me apaixonei por você quando chegou buscar-nos no carro…

– Xiiiiiiiiiii… Mior num fala o resto Mateus eu…

Encorajado seguindo impulso, Mateus beijou Julio que aparentava estar aturdido se deixando ser beijado sem respirar ou corresponder ao beijo:

– Nooossa Julio me perdoe, eu perdi a noção…

– Do perigo, né Mateus? Se meu pai vê, óia, nem quero pensa o quanto ele ia me bate de chicote. Venha, mior vamo indo de vorta cos otro!

– E quanto ao beijo, você não se recusou Julio.

– Ocê que agarro eu home!

– Sim Julio, mas gostou do meu beijo?

Silencioso e naturalmente sensual Julio puxou seu chapéu ainda mais sobre seus olhos olhando sorrindo de canto pra Dr. Mateus. Em um salto todo machão estava sobre o cavalo:

– Inté Mateus, vo indo que tenho de trata os cavalo, caminho ocê sabe, iáááááááááááááhhh…

– Espere Julio eu quero saber se você, droga…

Ficou sozinho falando com ele mesmo:

“Mateus sempre pensei que você não era bem certo da cabeça, veja onde está se metendo homem. Drooogaaa, eu não queria, mas é mais forte que eu. Julio é lindo e depois ele não se recusou ao beijo, nem se quer disse ser ruim mais também não disse ser bom. Será que é gay, vou torcer que sim?!”

Depois de muito falar com ele mesmo, montou indo pra casa da fazenda. De longe Julio o olhava desviando seu olhar, Mateus se vendo cada segundo, mais apaixonado por Julio que não acreditou nas palavras de Dr. Mateus que estava apaixonado por ele. Dr. Luiz rindo percebeu o encanto de Mateus por Julio e comentou:

– Apaixonado por Julio, Mateus? Confesso nunca tê-lo visto assim antes!

– Não, acho que sim, não sei gente, que confuso meus pensamentos, ele é gay, Luiz?

– Não que eu saiba, vai ter de perguntar a ele!

– Bom, eu… (Riu) Eu beijei-o!

– Sério Mateus e ele o que fez?

– Não sei, não reagiu nem bom nem ruim. Ficou neutro, nada disse vindo tratar os cavalos.

– Por isso ele veio antes que você Mateus.

Riram e a dúvida pairou no ar, Mateus logo foi embora levando a mãe de Dr. Luiz pra casa, disseram que queriam ver algo mais na fazenda pro casamento por terem decidido fazer a festa na fazenda. A sós um belo banho e foram andar pelos jardins a luz da lua cheia, nem imaginava que Julio os observava.

Olhando pros lados conferindo ninguém ver, beijo ardente despertando os desejos dos dois. Dr. Luiz encostando Marcelo no tronco de uma árvore arrancando seu membro pra fora das calças mamando nele arrancando urros de Marcelo. Julio se masturbando pensando no beijo que recebeu do Dr. Mateus. Vendo Marcelo e Luiz em urros de excitação, não suportou tamanho gozo gemendo alto desmaiando.

Marcelo e Luiz que agora estavam em um beijo depois de jorrarem o gozo:

– Luiz ouviu isso?

– Sim, veio dali de perto da casa, vem ver?!

Ambos correram ver se deparando com Julio desacordado ao chão, com as calças arriadas e seu membro a mostra todo melado pelo gozo, pulsante ainda jorrando em pequenos jatos de esperma.

Luiz e Marcelo se entre olharam surpresos:

– Luiz, ele se masturbava nos olhando?!

– É o que parece me ajude levá-lo na sala de casa, por favor, preciso guardar seu pênis!

– Claro Luiz, você é um doutor, naturalmente pode tocar nele, é uma necessidade.

Julio despertou sem saber o que havia acontecido ou onde estava. Ao se dar conta de estar deitado na poltrona da casa de Luiz.

Pulou assustado tentando sair sem nada dizer:

– Nooossa eu…

– Julio me deve uma explicação!

Parou nervoso olhando os dois:

– Me discurpe patrão, eu só… É que eu… Baum eu tava é… Que vergonha meu Deeeus, eu… Tava oiando ocêis faze aquilo e… Pelo amor de Deus patrão, eu te peço que num conte pro pai pra morde que ele vai me mata douto.

– Se acalme Julio, claro que não vamos falar nada, então você é gay?

– Eu num sei, sei que to tendo essas bichiche, esses ataque de viadage sabe.

Marcelo e Luiz em crise de risos:

– Parece que temos que lhe explicar como é ser ou ter desejos homossexuais. Vamos beber um vinho conversamos a vontade, assim você não se encabula tanto Julio, antes vai ao banheiro e faz higiene no…

– Craro douto, já vorto!

– Julio, no banheiro daqui, não de sua casa!

– Tá baum doto Luiz!

Alguns minutos após retornou se sentando a pedido de Luiz:

– Bom, nos conte sobre seus sonhos, sua vida enfim, o que pretende fazer se realmente você for gay como nós somos, toma, bebe e relaxa bom vinho!

Tomando vinho falou despreocupado com Dr. Luiz e Marcelo sobre seus sonhos de estudar. Decidiu e contou sobre espiar os dois fazendo sexo oral na noite anterior:

-… Óia douto, eu não quis oiá, mai é que foi mai forte minha curiosidade em vê ocêis se pegando cum a boca aqui i acolá um no corpo do otro se engulindo, não consegui me esquece docêis. Hoje aquele home Mateus me bejo, achei baum memo tando assustado com ele pra morde que me pego desprevenido.

Rindo pela maneira que Julio falou:

– Ááái Julio você não existe homem. Bom, sei que ele está encantado por você Julio, nos contou isso é verdade!

– Memo? Cumé que um home como ele que parece de baum estudo gosto de eu?

– Bom estudo sim Julio, ele trabalha comigo!

– Lá no hospitar do douto? O pai que conto ocê te um hospitar!

– Lá mesmo Julio, Mateus é médico como eu!

– Queee?! Memo? Crendio ele ta maluco gosta de um caipira iguar eu i ele um douto!

– No amor não existe se um é estudado e outro não Julio, por que não estuda?

– Agora que to véio to mais encorajado pra peita o pai e i estuda, cansei de não sabe nem fala direito cos otro, tenho vergonha de mim memo!

– Ainda mais se você namorar Mateus vai ter de se esforçar um pouquinho pra aprender a falar corretamente, por que se eu bem conheço Mateus ele não vai desistir de te conquistar, me parece estar mesmo apaixonado por você Julio, nunca o vi assim!

– Ara douto, vamu muda de assunto, imagine que um douto ta apaxonado de verdade por eu, nuuuuuuuca. To gardecido por me cuida, mai eu num so bichona não, inté procêis. Descurpe as coisa que fiz oiando ocêis dois, que vergonha!

Saiu praticamente correndo da casa de Luiz:

– Lu, nós devemos vir e conversar mais com ele, que situação difícil a ele, não acha?

– Viremos com certeza Marcelo, agora somos nós que precisamos ir pra casa, te amo!

– Também o amo Lu…

Seguiram pra casa e Julio por sua vez, deitado em sua cama, simples mais confortável, roupagem branquinha cheirando roupas lavadas, sua mãe muito caprichosa. Ele não queria, sentia-se apaixonado por Dr. Mateus e ele por Julio.

Sem imaginar ambos relutando aquele bonito amor. Mateus tanto estava agoniado que fez uma maluquice, falando consigo mesmo:

– “Mateus, o que fez dando um beijo no rapaz, nem gay ele é, ficou em pânico, você é doido homem”?!

Sentou-se na cama pensativo e decidiu:

– “Isso mesmo vou lá agora, bato na janela do quarto que ele disse dormir e peço desculpas, não vou me perdoar se não fizer isso hoje, agora mesmo”!

Ao se dar conta estava na fazenda do Dr. Luiz agindo por impulso como sempre foi.

Entrou a pé para ninguém ouvir, escuro na casa do Julio como se já estivessem dormindo. Caminhou até a janela do quarto que Julio disse ser seu quarto.

Pensamentos de receio o invadiram:

“Imagine se ele falou brincando e é o quarto do seu pai, estarei ferrado, mas se eu não falar agora, hoje com ele não me perdôo nunca mais, vai Mateus, cadê sua coragem”!

Respirou profundamente buscando coragem batendo no vidro da janela uma, duas, três batidinhas. Aguardou batendo de novo, já se virando desistindo de sua idéia maluca indo embora.

Abriu janela, ouviu se virando impulsivamente de braços erguidos se rendendo:

– Quem taí parado u eu atiro?!

– Não atire Julio… Ái que loucura eu fiz, sou eu o Mateus, não me mate, sou eu?!

Julio riu abafando sua gargalhada:

– Esqueceu arguma coisa por aí douto?

– Nada. Bem, eu quero falar com você Julio!

– Ué, mai já num disse aquelas coisa lá preu?

– É que… Áááh meu Deus Julio lá de trás vem vindo alguém, o que faço?!

– É o pai, pula aqui pra drento, se ele pega ocê vai tê de dá uma boa expricação u é um home morto douto, i eu tumém!

Sem saída Dr. Mateus saltou, nem lembrava depois ter saltado naquela altura da janela para dentro do quarto de Julio escapando do pai dele. Esmorecido encostou-se na parede pelo medo que sentia, se o próprio Julio afirmou que seu pai o mataria pegando ele alí, imagina o que faria a ele.

Nem sonhava que Julio também estava assustado com tudo aquilo e surpreendido por Mateus retornar a fazenda batendo a sua janela para conversar quando Julio estava deitado prestes pegar num sono profundo perdido em suas lembranças de todo acontecido a ele em apenas dois dias…

Sustos!

Depois de ter saltado para dentro do quarto de Julio não sendo pego pelo senhor Chico, ansioso, tremendo sem saber o que poderia acontecer, Dr. Mateus encostou-se na parede já dentro do quarto, respiração de medo, arrependimento por seu feito impulsivo olhando o teto engolindo a seco por seus nervos pensando a maluquice que fizera.

Julio não menos nervoso por conhecer seu pai bravo. Mesmo assim deveria controlar seus nervos sem chamar atenção do pai, evitando maior curiosidade dele, Julio pensou rápido uma solução. Saiu na janela espiar como se também tivesse ouvido um barulho do lado de fora da casa.

Seu pai olhando arredores com uma espingarda nas mãos, falando com Julio:

– Fio num orviu umas batida iguar se argém chamasse numa janela?

– Orvi sim pai, mai me alevantei pra espiá e num é nada de mais, só uma coruja que se bateu aqui no vrido da minha janela, pode vorta drumi pai!

– Ocê viu se era memo uma coruja?

– Era memo pai, eu vi se debate contra o vrido e saiu avoando pro matagar!

Senhor Francisco “Chico” olhando em direção da estrada arcando seu tronco para observar melhor na escuridão da noite:

– Fio, é meu zóio ou eu to vendo coisa?

Julio debruçou-se no peitoral da janela ver:

– Num to vendo nada pai, o que o pai oiô?

– Parece que é um artomóve preto que bria na estrada fio, mai quem é que ia abandoná um artomóve nessa escuridão só cum a craridade do relampejo pra chuva? Tá relampiando muito, vem chuva forte já, já fio, baum já vorto, vo lá vê de perto!

Ouvindo isso Dr. Mateus cochichou gemendo:

– Deeeus é o meu carro que ele viu Julio e agora?

Julio riu pelos nervos falando entre os dentes:

– Agora num sei douto?! Guente aí que foi ver.

– Será que ele viu a tarde o meu carro?

– Craro que viu, inté me disse cume que arguém sabe guiá uma nave espaciar dessas, oiei i era o teu artomóvel ele sabe pra morde que disse prele ser de vóis, vai reconhecê claro, tá escuro mai num é cego!

– Nave espacial meu carro?

– Pra morde se bunito ele disse ansim, mai sabe se um artomóvel!

Riram baixinho apesar do pânico de Mateus, um tempo depois ele retornou:

– Fio, tô procupado co doto, aquela nave é daquele home que ocê ensino pesca hoje, sei que é douto pra morde que tua mãe me disse, será que aconteceu arguma desgraça cum ele?

Gemendo grudado na parede de medo do pai de Julio, Dr. Mateus resmungou a ele mesmo:

– Desgraça vai acontecer comigo se teu pai me pegar aqui no teu quarto!

Julio gargalhou achando graça do medo de Mateus do pai dele, assustando por rir e seu pai:

– Ué, tá maluco fio gargaiando da desgraça que pode memo tê acontecido co douto? Afinar o artomóve é dele lá na estrada, axque vo liga pro Dr. Luiz, é amigo dele e pode ajudá.

– Num percisa pai, ele deve tá bem, vai vê acabo combustíve e dexo lá i logo vorta busca!

– É memo, se quizesse ajuda tinha falado cum nóis num é fio?

– Craro, vai durmi que ele deve te buscado ajuda!

– Ta baum fio vo me adeitá!

Senhor Francisco entrou indo deitar-se. Esmorecido pelo susto Dr. Mateus deixou seu corpo escorregar parede abaixo sentando no chão segurando com as mãos sua cabeça. Julio olhando-o riu ao vê-lo em pânico e falou em tom baixo se sentando na cama:

– Óia douto, num sei que tipo de cura douto faiz mai o que feiz num é coisa de gente baum da cabeça… (Riu) Tô brincando cocê, tá tremendo home, se acarme que o pai já tá roncando essa hora!

– Claro, de susto por teu pai saber ser meu carro, já vou embora Julio, não se preocupe comigo.

Julio nada disse, mas pensou:

“Num vá simbora, fica cum eu home, num viu que eu sô um cagão de chega perto de ocê?!”

Julio riu do que pensara e falou tentando achar motivos para que Mateus não fosse embora:

– Ia embora, orça a tromenta que começo douto!

– O que faço agora Julio?

– Óia… Primero orça o vento e chuva forte orviu?

– Sim ouvi Julio, o que tem?

– Tem que vai se moiá tudo e ficá doente, agora druma aí memo já que tá aqui!

– Drumi? Nooossa, eu dormir aqui? Mas… Bom, se bem que amanhã e depois eu não trabalho, não posso deixar meu carro na estrada, que tal se cai granizo? Não, vou pra casa, chega de confusão e conversamos outro dia Julio.

– Tá baum douto, se que sabe!

Dr. Mateus pulou a janela de volta saindo correndo em direção a estrada. Embarcou fazendo a volta seguindo para a cidade. Na estrada somente a luz do carro e fortes relâmpagos dava melhor visão da estrada naquela escuridão. Após uma curva viu um brilho intenso sobre a estrada, parou descendo ver de perto falando com ele mesmo:

– “Caraca chuvinha forte, como vou passar se o riacho transbordou em tão pouco tempo? Mateus você não toma jeito homem, pior que menino malandro aprontando das suas. E agora?! Estou com as roupas encharcadas, tremendo pelo frio com este vento gelado, agora é preciso voltar pedir ajuda seu maluco”!

Voltando entrou de carro fazenda dentro deixando perto da janela do quarto de Julio que já estava o olhando ao descer acionar alarme:

– Desculpa a confusão Julio, agora sim eu preciso de um canto pra dormir, o riacho está passando sobre a estrada e não deu de passar!

– Nem drumi por me alembra que decerto isso ia acontecê i num me alembrei antes de te dize isso. Entre pela porta da frente, vo abri pra ocê e diga pro pai a mema coisa que falei prele daqui da janela!

– Está certo Julio, que frio!

Dr. Mateus entrou todo ensopado, os pais de Julio vieram ver quem estava na sala:

– Ôh pai, o douto cunseguiu gasulina i indo pra casa num pode mais passa no riacho.

– Baum que vortô douto, entre i num ligue que é casa humirde mai dá pra te aloja sem chuva e cum ropa seca do fio, leve ele e dê ropa, ocêis tem quaje o memo corpo i artura!

– Não quero incomodar senhor, logo seca e durmo em qualquer cantinho depois de passar o frio!

– De jeito manera douto, num vai fica moiado à noite i madrugada intera, vai fio e veja depois um café u chá quente prele. Num se acanhe douto, nóis vai durmi pra morde que me alevanto cedo, fio dê um canto pro douto na tua cama memo se ele num si importa em drumi na mesma cama que ocê, é bem grande, de casar sabe?!

– Eu me importar? Não senhor, claro que eu não me incomodo e agradeço a gentileza, por sorte não trabalho amanhã, nem depois.

– Tá baum douto, druma cum Deus!

– O senhor também, mais uma vez eu lhes agradeço por me acolherem!

– Se quise um banho quente o Juio vê pra ocê!

– Tá baum pai, pode i durmi que cuido do conforto dele, venha douto, vo vê ropa seca procê!

No quarto de Julio Dr. Mateus vibrando de alegria por ter dado certo sua idéia de ir naquela noite até Julio, ao menos poderia ficar perto dele pouco mais. Julio em silêncio procurando um pijama dele para Mateus e fervilhando de alegria por estar perto dele:

– Vê se serve esse pijama daqui pra ocê, num é novo, mai tá limpinho, passado e seco!

– Cheiroso também está Julio, agradeço!

– Nooossa, como ocê agardece tudo!

– É a boa educação e gratidão, só isso!

– Tá baum, eu me viro pra cá i ocê se troca, num vo oiá nocê pelado num se apreocupe douto!

– Nada de mais se ver eu nu, somos dois homens adultos, não somos Julio?

Julio riu maliciando e virou-se na cama:

– Tá baum… Sei… Adurtos né?!

Dr. Mateus trocou-se rindo observando Julio deitado de costas a ele para não vê-lo nu. Observando o lindo corpo de Julio:

– Sabe Julio, quando eu poderia imaginar que eu iria dormir com você na mesma cama?!

– Disse certo douto, durmi cum eu, só isso! (Riu)

– Eu sei Julio, não se preocupe que não mordo!

– Mordê tarveiz num memo, mai pode agarrá i tascá de vorta um bejo como feiz hoje de tarde.

Mateus rindo se vendo apaixonado por Julio:

– Não me falou se gostou ou não daquele beijo?!

– Mai se eu te disse que gostei vo se um viado i se disse que num gostei vo tá inganando eu memo. Êita to falando asnera de sono, durma bem alí na ponta da cama, tá baum douto?

Rindo por ver que Julio gostou do beijo, apenas sentia medo do que sentira com aquele beijo e relutava. Mateus apagou a luz deitando-se ao lado de Julio que parecia nem respirar de vergonha de Mateus quase caindo da cama todo envergonhado! Julio não admitia, estava irradiante em estar deitado na mesma cama com Mateus. Seus pensamentos era o desejo de beijá-lo, não havia coragem para tanto.

Riu dele mesmo pensando deitado ainda de costa ao Dr. Mateus:

“Como Deus é baum, abençoado seja a riberinha que saiu do leito da água pra estrada, tô aqui cum ele na minha cama, êita”! (Riu se encolhendo)

Mateus deitou-se olhando para as costas de Julio desejando que Julio virasse de frente a ele:

– Julio, você já dormiu?

– Num ainda douto, ocê qué arguma coisa?

– Quero te pedir desculpas por hoje!

– Do bejo u de te vindo iguar maluco da cabeça?!

– Por tudo isto Julio, agi como adolescente quando está apaixonado!

– É. Eu tamém acho que num penso no que feiz!

– Julio, você não crê no que eu sinto por você?

Julio virou-se de frente para Mateus criando coragem para conversar:

– Sabe douto, vo te conta uma coisa. Eu tenho vergonha de mim memo pra morde fala ansim tudo deferente de gente cum estudo. Sô um home simpres por demais, quaje num vo nem na cidade pra morde essa vergonha de mim memo. Eu quis estuda sabe, mai o pai nunca que dexo nenhum de nóis estuda pra se arguém na vida, então eu fico aqui batendo minha cachola. Cumé que um douto ansim como ocê é Mateus, vai tá de verdade apaxonado por eu? Craro que num credito, num cunsigo acredita?!

– Julio se eu te provar o quanto te amo?

– Tem como fazê isso, prova?

– Prometo te provar toda minha paixão a você Julio ou eu nem teria me arriscado tanto!

– Ué, prove intão home. Num sei cumé que pode me prova que tá apaxonado memo por eu!

– Eu sei como Julio, assim…

Dr. Mateus aproximou-se lento de Julio que não revidou desta vez correspondendo ao beijo.

Por mais de 15 minutos de um longo e ardente beijo de ambos, naturalmente chegou à excitação. Assustando Julio ao sentir seu membro duro como uma rocha, discreto o apertou:

– Num tá bem certo isso de home beja home e senti vontade de goza… Nooossa, que vergonha me dá, descurpe douto!

– Julio presta atenção no que vou te falar. Eu te beijei hoje à tarde e agora. Você gostou, por que ter medo ou vergonha de mim? Já deve ter percebido que também gosta do mesmo sexo, não percebeu?

– Bem por isso douto, to é assustado, cum medo desta viadage, depois o que um home estudado como ocê pode quere cum eu quaje anarfabeto? O que achô neu pra se apaxona diansim queném disse?

Dr. Mateus riu deixando seu corpo apoiado ao cotovelo esquerdo olhando-o com amor:

– Este seu jeito humilde me encantou, sua sinceridade, honestidade, caráter, sua masculinidade e sua beleza, foi isso Julio que me levou a me apaixonar por você. Depois, estudos você poderá ter se realmente desejar, eu te ajudo e poderá estudar se formando na profissão que desejar.

– Como vo estuda douto, é perciso trabaiá na cidade i tê onde vive por lá, sabia?

– Sei disso, te falei que vou te ajudar Julio!

– Como ansim vai ajuda eu?!

– Mora lá em casa e trabalho será o de menos, pode trabalhar no hospital, tenho certeza de que o Luiz o ajudará dando um emprego!

– Vai ficá meio feio mora cocê de favor i ainda pidi pinico pro douto Luiz, num so home de pidi.

– Feio por que Julio, afinal, nós somos amigos?!

– É mai ocê ta querendo mai do que isso, num é?

– Sim, mas se você não desejar algo além de amizade comigo, nunca vou te obrigar a nada Julio. Quero te ajudar a realizar teus sonhos em estudar e ser feliz, você promete pensar?

– Pormeto sim douto!

– Julio, eu sei que você sente algo por mim, está apaixonado por mim não está?

– Baum, num sei como é isso, to é perdido, um nó nos miolo, como vo gosta dum home? Pior ainda, como posso gosta de um douto?

– Natural que sinta medo, receio ou vergonha Julio, isso também me aconteceu quando me descobri gay. Não me respondeu, está ou não apaixonado por mim?

– Se eu tive vergonha de conta pra ocê?!

– Ninguém sente vergonha da verdade Julio, significa que você só não tem coragem de assumir que também se apaixonou por mim, é isso?

Envergonhado, nervoso Julio tapou seu rosto com suas grandes mãos abafando sua resposta:

– É to sim doto!

– Deeeus, eu ouvi direito, você está dizendo que me ama também Julio?

– Isso douto, o pai me mata se sube dessa viadage de eu cum ocê home!

– Julio, ele não vai matar por que não contaremos nada a ele!

– Que nervoso, eu to inté tremendo douto!

– Julio tira as mãos do rosto e me ouça. Não quero que continue me chamar de doutor, me chama pelo nome, sou doutor lá no hospital, fora dele sou um homem comum e pra você sou teu Mateus.

– Tá baum Mateus, meu? (Sorriu mais calmo)

– Estou feliz por admitir que você esteja apaixonado por mim, estou por você desde o momento que foi me buscar no carro.

– Óia, eu sinti um friuzinho na tripa te oiando, mai depois que ocê me deu aquele bejo fui vê que tava apaxonado por ocê, eu tratei de tira do miolo pensando se bestera de eu!

– Não é besteira o friozinho no seu estômago é sintoma da paixão, eu também senti isso ao vê-lo.

– A é? Que baum Mateus!

– Eu te amo Julio!

– Axo que eu tamém amo ocê, credo que viadage a nossa num é memo?

Rindo pela simplicidade de Julio, Dr. Mateus aproximou-se lento agora sem medo beijando Julio com amor e paixão sendo correspondido. Beijos ardentes despertando a excitação em ambos:

– Julio eu te quero agora meu amor!

– Êpa, vamu cum carma Mateus, ainda to assustado i num sei como fazê essas coisa daí, só sei cum muié e cum as cabra!

– Queeeeeee?

– Na fazenda agente tem de se virá do jeito que dá douto, num se tem muié vai cum a cabrita memo, tá vendo donde ocê foi amarrá teu burro home?

Mateus crise de risos sufocados no travesseiro:

– Deeeus, realmente eu devo estar te amando Julio, jamais me envolvi com alguém que tenha transado com uma cabra e ainda achar graça, que loucuuura?!

– Ué, pode inté sê estranho pra ocê, pra eu é normar pega uma cabrita pra dá uns esfola nela.

Mateus queria aproveitar aquela oportunidade e fazer amor com Julio, mas decidiu antes levá-lo fazer exames, não transaria com ele, cabras… Pensava!

Sua excitação era intensa e arriscou:

– Julio, já que tem vontade de aprender antes como se faz sexo com homem, vamos brincar então de um masturbar o outro?

– Cumé que se faiz isso Mateus?

– Nunca se masturbou?

– Num sei o que é isso, tarveiz já fiz, mas cum esse nome daí num sei como é?!

– Esqueci disso, olha em mim, é assim veja!

Dr. Mateus arrancou de dentro de sua calça do pijama seu membro de 21 cm grosso arrancando de Julio um suspiro gemendo assustado:

– Nooossa de grande, qué dize é isso daí? Craro que faço quaje tudo dia, mai chamo deferente!

– Isto é se masturbar Julio, nome correto, como você diz para a masturbação?

– Áh, eu penso ansim, to cuma vontade, vô é toca uma punheta da boa. Se num dá pra pega a cabra eu toco uma punheta e pronto.

– Cabra nooossa, deixe-a quieta no pasto, Julio!

– Já sei Mateus, tá cum ciúme da minha cabra é?

Mateus chorando de rir:

– Claro que não, bom, só um pouco, esquece ela!

– Tá baum, se te faiz feliz eu num pego mai ela pra fudê nela, já passo tudo.

– Agradeço Julio, aceita ser meu namorado? Seus pais não necessitam saber!

– Craro que aceito namora ocê, ara essa que eu ade de perde uma chance de virá viado. Despois eu tamém amo ocê, só posso se que nem ocê, um viado. Baum, o que devo fazê agora que namoramo?!

– Nada, apenas somos namorados de verdade e nos amamos, o resto vai acontecer naturalmente. Vamos nos masturbar um ao outro?

– Craro, to que to memo?!

Ambos joelhados na cama de frente para o outro e cada qual se masturbando olho no olho. Se deliciando com os trejeitos de ambas as partes, respiração ofegante. Beijaram-se aumentando excitação e Julio falando com muita dificuldade algum tempo depois:

– Mateus eu… Óia num dá de segura mai não, to quaje espurrinhando meu gozo home… Ãããããããhhh!

-Vem Julio, vem comigo agora… Ãããããããhhh… Estooou gozandooo!

– De baum vê teu jeito de gozá!

Jorrando o gozo nas coxas um do outro olhavam escorrer em fortes urros de prazer. Caídos deitados na cama de Julio, rindo se beijaram:

– Que coisa de loco Mateus, amo ocê home!

– Loucura gostosa, claro que seria bem mais gostoso se nós tivéssemos feito amor, mas temos tempo para isso, também amo você Julio!

– Por hora tá loco de baum faze ansim, um oiando o otro. Perciso me acostuma cum à idéia de se um viado premero!

– Gay, diz gay Julio!

– Tá baum, de sê um gay. Bem que ocê pudia me ensina fala e escreve direito!

– Ensino sim, depois que eu resolver umas coisinhas. Mais tarde combinaremos e irá morar comigo estudar e trabalhar. Qual sua idade?

– O pai dexando vo cum ocê, eu to cum 20 anos!

– Você tem idade para ser dono de você mesmo Julio, diz a ele que vai e pronto!

– Tá memo na hora deu sê um home e me manda sozinho, eu vo sim!

– Ótimo Julio, assim que se fala. Tive uma idéia, que tal eu falar a ele que te dei emprego em minha fazenda?

– Boa idéia, pra trabaiá ele num vai fica brabo de eu i cocê embora daqui. Falando em home eu menti uma coisa e não gosto de mentira!

– Combinado então Julio, amanhã falo com seu pai. O que é que mentiu?

– Eu perdi minha pureza, virei um home cum a cabrita Pepita, num foi cuma muié que nem eu disse.

– Caraaaca, nunca teve nenhuma mulher?

– Não, só a Pepita minha cabrita. Ocê teve cuma muié Mateus?!

– Sim Julio, até já fui casado, à mãe queria, casei!

– Crendios Pai home, u é viado u num é. Cumé que caso i num quis mai ela?

– Longa história Julio, eu te afirmo que ao me casar com ela eu sabia ser gay, foi à pressão dos meus pais sobre mim que me fez escapar com meu medo de ser gay. O tempo passou e fui ver que realmente não adiantava, eu era, sou e sempre serei um gay. Só não tive filhos e é um sonho meu ter ao menos um!

– Xiiiiiii douto Mateus, agora me deu medo de ocê, cumé que vô te dá um fio home? Eu tamém so home, isso num vai dá certo pra te dá fios!

Dr. Mateus chorando de rir beijou a testa de Julio em um forte abraço vendo sua simplicidade:

– Áááiii meu lindão, saiba que existem bebês para adoção, não vou te engravidar não se preocupe.

Ambos sufocando suas gargalhadas para não acordar os pais de Julio. Dormiram abraçados como se fosse um só corpo e espírito. Julio lindo rapaz de olhos verdes, cabelo liso, loiro escuro, sem um corte exato e mesmo assim belo homem. Corpo atlético e alto. Dr. Mateus pouquíssima coisa mais alto, cabelos lisos, pretos em moderno corte repicado até quase seus ombros. Olhos azulados o que lhe dava ainda maior beleza. Nenhum dos dois deixava transparecer sua homossexualidade pela natural masculinidade!

Amanhecera chovendo, Julio acordou-se feliz se espreguiçando sentando-se na cama. Olhou Mateus que dormia como um anjo. Sorriu dando-lhe um beijo. Mateus remexeu na cama virando-se de bruços dando continuidade ao seu sono. Julio rindo falando em tom baixo admirando a beleza de Mateus:

– Ocê é um home de sorte Julio, veja só, o home que ocê se apaxono tamém te ama i é um home lindo, como é, nooossa. Descurpe Pepita, mai num te quero mai não, cum baita home desse tipo daí na minha cama, o que vo fazê cocê minha cabritinha, foi baum enquanto durô nosso caso?!

Em sua extrema simplicidade, Julio falou a sua realidade que vivera até então com sua cabra Pepita. Levantou-se colocando um bermudão, botinas sem camiseta indo tratar os animais da fazenda.

Ao retornar Dr. Mateus havia tomado banho e estava conversando com os pais de Julio na cozinha.

Entrando todo molhado pela chuva tirando sua botina na porta olhando Dr. Mateus:

– Baum dia Mateus!

– Bom dia Julio, eu dormi demais!

– Durmiu nada, ocê é acostumado se alevantá bem tarde lá na cidade, nóis num pode!

– Está encharcado da chuva, vai ficar doente sem camisa Julio!

– Fico memo, se eu tive de ropa moiada eu fico doente, ansim só de bremuda não, já so acostumado.

– Fio, que farta de educação chama o douto de Mateus, é douto Mateus fio!

– Fui eu que pedi que ele me chamasse assim, pelo nome. Somente dentro do hospital que sou doutor, aqui não, por favor!

– Intão tá baum, pensei ele ta mar educado cocê!

– Vo toma um banho quente, já vorto toma café!

– Te espero pro café Julio!

– Tá baum Mateus!

Os três ficaram sentados a mesa conversando vários assuntos, algum tempo depois Julio voltou se sentando a mesa com Mateus para o café. Mateus relutava e se policiava para não demonstrar seu amor por Julio na frente dos pais do rapaz.

Vez ou outra cruzavam seus olhares discretos paquerando, se desejando com um sorrisinho:

– O douto nem quera i imbora hoje que num vai dá, num abaxo as aguada ainda, pode se de tardinha que logo pare a chuva i fize sor ainda hoje.

– E se caso não fizer sol senhor Chico?

– Vai tê de fica aqui até finar de semana douto, num tem otra passage pra cidade até que as aguadas vorte pro leito dele, é a natureza!

– Hoje e amanhã eu não trabalho, ligo e aviso o Dr. Luiz que estou aqui na casa de vocês.

– Use o telefone da casa dele douto, brabo ele num vai fica que pra morde manda que nóis use pra liga pra onde percisa. Fio leve ele e impresta do patrão umas ropa dele, num troxe nada né douto?

– Não imaginava que daria tanto transtorno!

– Fique bem douto Mateus, nóis é pobre, mai samo bem limpo, zeloso cum as coisas da casa e ropa, pobre, mais nun porco.

– Com certeza, eu já observei o capricho de todos vocês e da sua esposa que deixa a casa brilhando, me sinto bem aqui, não gosto de entojo.

– Ade que não, vive na cidade, é um douto, imagine se não gosta de luxeza.

– Verdade senhor Chico, para mim o luxo e conforto estão numa boa limpeza e organização de uma casa como é aqui, não na beleza de móveis caríssimos como minha mãe gosta!

Julio resmungando como quem se preocupou com a mãe de Mateus:

– Huuum!

– Que foi meu fio, dexa a mãe dele, se ela gosta dessas coisarada de luxo dexa ela, ocêis são rico i pode compra, num é douto?

– Sim, mas a minha mãe exagera, eu não ligo!

– O douto tem uma namorada ou é que nem o douto patrão de nóis, o douto Luiz?

Ao ouvir aquelas palavras Dr. Mateus afogou-se, depois de tossir para desengasgar disse rindo:

– Não tenho namorada não senhor, quase não me sobra tempo pra namorar, mas não sou gay.

– Que baum, já pensô eu tê mandado o fio durmi justo cum home viado? Deeeus me livre duma vergonhera dessa, craro, respeito o patrão, mas num cumprendo dessa coisa de ser viado e nem quero!

– Claro senhor Francisco, cada um pensa como achar melhor, ao menos respeita o Luiz.

– É. Dexa ele num é? Pelo meno o patrão num é fio meu. Baum, vo me adeita de vorta, o que ade fazê cum essa chuvarada lá fora, o fio já feiz.

Seguira para seu quarto, em silêncio terminando seu café, ambos se entre olharam pensativos na contrariedade do pai de Julio com relação ao homossexualismo:

– Baum, vamu lá pro quarto i proziamo, num tem coisa mior de fazê cum chuvarada, proziamo e jogamo carta, sabe argum jogo Mateus?!

– Sei muitos!

Entrando no quarto, Mateus atrás de Julio, fechou a porta o puxando encostado contra porta fechada em um beijo ardente e apaixonado. Experiente Dr. Mateus o beijando e ao mesmo tempo acarinhando sobre a calça de Julio seu membro duro, não conseguia ter controle em seus gemidos de excitação arranhando os ombros de Mateus.

Deslizando sua boca pelo pescoço de Julio com suaves mordidas, Mateus lambendo os mamilos de Julio que agarrou a cabeça de Mateus com suas grandes mãos:

– Nooossa Mateus que gostoso home, faiz maaais, ansiiim, issoooo… Hãããm…

Mateus excitadíssimo também recebia carícias de Julio em seu membro latente de desejo.

Mateus ajoelhou-se abocanhando o membro de Julio que ao sentir a boca quente e a sucção feita por Mateus, urrou por forte excitação:

– Mateeeeeeeus, eu num guento maaai home, to gozando drento da tua boca, tira ele da tua boca… Ãããããããhhh…

Sem nada dizer, Mateus não tirou o membro de Julio de sua boca e continuou aquela mamada gostosa em Julio que urrava na hora do gozo. Segurando Mateus pelos cabelos forçando um vai e vem dentro da boca de Mateus que engoliu até última gota do gozo.

Rindo e tremendo pelo orgasmo, Julio ergueu Mateus pelos ombros em um longo beijo:

– Agora é veiz de ocê Mateus, eu adorei isso, tomara que num me dê nojo nem ânsia de por teu caraio na minha boca!

Dr. Mateus em crise de risos desistiu de aceitar uma gostosa mamada, perdeu excitação de tanto rir se deitando na cama.

Julio travou a porta do seu quarto, sentou sobre a cintura de Mateus o olhando surpreso já retomando a excitação em um ardente beijo onde suas línguas bailavam em suaves toques excitantes.

Julio viu que estava acertando as carícias em Mateus por sentir seu membro duro dentro da calça:

– Tá baum Mateus? Diga lá se to errando, arguma coisa pra morde que nunca fiz isso antes de agora!

– Certíssimo Julio, tem certeza que nunca fez?

– Craro que não home, to indo ansim pela vontade de eu, pensamento que é baum e faço!

– Nooooooossa Julio, como você rebola gostoso no meu cacete, issooo, assim, continua amor!

– Se tá tão baum, vo tenta dexa mior ainda assim óia… Sinta isso!

– Huuum que delíííciaaaaaaa Julio, que booocaaa gostooosaaaaaaa, nooossa!

Julio abocanhando o membro do Dr. Mateus fazendo-o urrar de excitação com suas chupadas, mordidinhas e lambidas que recebia no seu órgão pulsante de desejo.

Em pouco tempo Dr. Mateus urrava com travesseiro abafando seus urros para que ninguém os ouvisse.

Com grande dificuldade sussurrou ao Julio:

– Eu vou gozar se quer tire ele da boca, vaaaiii, tiiiraaaaa agoooraaa… Ãããããããhhh…

Julio não tirou e Dr. Mateus encheu sua boca com seu esperma quente, urrando sufocando seus gemidos quase gritos de prazer, elevando com movimentos de vai e vem seu quadril introduzindo seu membro, garganta adentra de Julio, que conseguiu engolir um bom tanto do esperma do Dr. Mateus!

Julio deitou-se sobre o corpo de Mateus em um longo beijo apaixonado depois de limpar sua boca.

Batidas na porta do quarto de Julio:

– Fio ocê ta durmindo?!

– Não mãe, só o douto i a mãe que arguma coisa?!

– Intão dexe fio, só vim pega as ropa dele pra lava i seca prele, pego outra hora!

– Tá baum mãe!

Ambos se olharam caindo na risada se abraçando seguido de beijos e mais beijos. Deitados conversando passaram a maior parte do dia namorando e Dr. Mateus ensinando na teoria muitas coisas a Julio. Até mesmo o uso de preservativos, falou da necessidade de Julio fazer exames junto dele por segurança. Na hora do jantar todos felizes em união familiar em um clima de humildade e paz de espírito!

Dr. Mateus aproveitou o bom momento:

– Senhor Francisco e senhora Maria, soube que o Julio está desempregado. Na minha fazenda estou precisando de um rapaz que eu confie e na minha casa também tem muitos jardins, ele pode morar lá em casa para trabalhar? Pagarei a ele cinco salários mínimos, registrado na carteira!

– Óia fio que maravia, se ele quise pode i sim douto, craro que pode ainda mai que vai ganha um rio de dinhero desse!

– Posso memo pai?

– Craro fio, é pra trabaiá memo, vai sim!

– Tá baum!

– Assim que liberar a estrada das águas, você arruma algumas roupas suas e vamos Julio, sempre viremos aqui para que você visite sua família!

– Isso é baum, vim sempre vê os véio que num vamo tão longe ansim, né fio?!

– Que isso pai i mãe, ocêis ade i bem longe vivo!

Todos se recolheram para seus quartos e Dr. Mateus com Julio ao entrar no quarto se abraçaram felizes comemorando:

– Deu certo amor, eles permitiram, quando perceberem você já será um homem estudado!

– Estudado, feliz i teu namorado num é?

– Não Julio, morando comigo, você passará ser meu marido e eu o seu.

– Huuum de baum, certo intão Mateus.

Julio silenciou olhando o teto pensativo e Mateus:

– O que te preocupa Julio?

– Tava aqui pensando, vo se teu marido só por vive cocê na mesma casa, u vo te de dá meu fornógue?!

– Este teu dar o fornógue, significa se entregar a mim em um sexo anal, isso Julio? Sim, é daí para frente que seremos marido e marido!

– Mai intão vo te que te dá o fornógue só uma veiz por ano, nesse sexo anar, né?

Em crise de risos Dr. Mateus chorava de rir por ver que Julio compreendeu que sexo anal era sexo uma vez ao ano:

– De preferência quero todos os dias sexo anal, onde eu introduzirei meu membro no teu ânus, seu lolózinho, seu fornógue, entendeu Julio?

– Uuuuuuuiiia douto, isso vai doê, num vai?

– Não muito, é uma dor prazerosa Julio e você me pegará assim também!

– Ocê já feiz ansim esse sexo anar?

– Já e foi gostoso!

– Cum quem foi?

– Com vários namorados que já tive!

– Quar foi teu urtimo namorado Mateus?

– Dr. Luiz teu patrão!

– Creeeeeeendiooo que esquisito isso Mateus, foi namorado, num é mais i se dão bem ansim de armoça na casa do otro?

– Ficamos amigos, principalmente por que eu trabalho no hospital dele e ele utiliza alguns aparelhos do meu consultório que ele ainda não tem no hospital!

– Por que num deu certo esse namoro de ocêis?

– Não sou de trair a pessoa que estou namorando, mas um enfermeiro tanto me atormentou que jurou que bastaria um beijo e nunca mais me atrapalharia. Dei o beijo e Dr. Luiz entrou bem no exato momento…

…Só que não estávamos bem com nosso namoro há tempos, hora ou outra iria terminar namoro!

– Nossa, deve se ruim pega quem agente gosta cum outro home, eu bato, eu so muito ciumento!

– Não acontecerá mais o mesmo erro, não se preocupe e depois eu não amei Luiz como amo a você!

– Acho baum memo!

De fato Dr. Mateus não havia amado ainda como amava Julio e era correspondido o amor a altura:

– Mateus, quar sua idade?

– Tenho 40 anos, Julio!

– Num brinca ansim Mateus, craro que num tem tudo isso!

– Tenho sim, sou 20 anos mais velhos que você!

– Óia só, intão ocê é bem cuidado, jurei ocê te 27!

– Grato amor!

– Baum, vamu drumi que tenho de pula cedo da cama, ocê pode drumi o quanto tive sono Mateus. Áh, eu ia esquecendo im te conta que foi baum que eu num contei pro pai que o douto Luiz já tinha me dado trabaio aqui na fazenda, decerto o mior é ocê proziá cum ele i conte que vo trabaiá pra ocê!

– Certo Julio, eu converso com Luiz!

Beijaram-se adormecendo abraçados!

Dr. Mateus acordou era tarde, perto do almoço. Na cozinha todos conversavam tranqüilos rindo das conversas. Julio olhou-o rindo:

– Baum dia Mateus, durmiu bem?

– Como um anjo, cama confortável a sua Julio.

– Que baum, eu fui espiá o riacho i ta abaxando aguada, de tardinha ocê já pode passa indo pra casa!

– Nós você quer dizer ou mudou de idéia e não irá mais viver na cidade e fazenda, trabalhar lembra Julio?

– Eu vo é craro douto Mateus, como que num vo. Disse ansim ocê vai pra morde se tua casa i num de eu!

– Que susto me deu, quero dizer, pensei que eu teria que correr atrás de outro rapaz para o trabalho!

– Naum, craro que não, eu vo sim. A mãe inté tava dizendo que ia espera ocê se alevanta pra entra no meu quarto perpará as ropas de eu num saco de estopa!

– Saco de estopa?

– É sim de estopa, num faiz mar?

– Claro que não Julio, imagine?!

Passaram o tempo conversando sobre o trabalho de jardinagem que Julio faria na fazenda e na casa do Dr. Mateus. Pobre Julio, natural temia o desconhecido e mesmo assim feliz por estar ao lado de seu amor Mateus e Mateus feliz ao lado de Julio que nem sonhava o martírio de sua vida se aproximando dele, com a mãe de Dr. Mateus. Tudo pronto, à tardinha partiram depois da despedida de seus familiares.

Dr. Mateus jurou levar todo fim de semana Julio para vê-los com freqüência, somente se estivesse de plantão, aí Julio os ligaria. Julio conhecia a cidade por duas vezes que fora comprar umas roupas. Dr. Mateus feliz por estar junto do seu amor:

– Crendios padre, vamu entra num túner Mateus?

Mateus riu com carinho por Julio, adorava sua simplicidade e sabia que haveria de mudar tudo com estudos de Julio:

– Não amor, nós estamos entrando na garagem do prédio que eu moro, aonde nós dois viveremos juntos!

– Tua mãe gosta de vive que nem um passarinho preso numa gaiola?

– Não amor, ela não mora aqui comigo, moro sozinho. Ela sempre vem aqui, deveria até vir menos vezes pro meu gosto. Meu pai que deveria vir mais, não aparece com freqüência, amo meu pai!

– Já vi que tua mãe ocê num gosta muito, áiáiái coitado de eu, uma sogra que o fio memo num gosta!

– Ela tem seus encantos, mas há muitas coisas que eu adoraria vê-la mudada, não tenha medo Julio, ela não morde e se morder eu mordo ela pra te defender!

– Tá baum. Perai, undé que vo pranta fror num monte de cimento i tijolo como esse?

Mateus gargalhou:

– Já vai ver como isso é possível!

– Só cunheço uma fror que dá na pedra do riacho, vo lá busca muda quarque hora!

– Não se preocupe com isso Julio, tudo há seu tempo, relaxa amor!

Julio pegou seu saco de roupas golpeou colocando ao ombro andando seguindo Dr. Mateus até o elevador parando assustado frente à porta.

Dr. Mateus já estava dentro do elevador e Julio olhando sério:

– Tem que entra nessa caxa de ferro?

– Sim Julio, isto se chama elevador, vem!

Julio imóvel e Mateus rindo saiu o puxando para dentro do elevador:

– Não tem perigo algum Julio, quase nada, vem amor estou com você.

– Áiii meu Deeeus, começo as coisa estranha!

– Esta sensação que você sente é natural dentro de um elevador em movimento Julio, apenas relaxe!

Subiram até a cobertura onde Dr. Mateus vivia:

– Pronto, chegamos Julio!

– Essa numeraiada aí da parede é do que memo?

– Avisa em que andar estamos!

– Num tem mai nada pra riba disso? Parece que acabo a numeraiada.

– É por que eu moro numa cobertura que fica no último andar do prédio!

– Crendios padre, intão ocê tem uma casa na copa desse prédio Mateus?!

Riram e no hall de entrada do apartamento ouviram músicas e Julio:

– Orça Mateus, tem gente aí drento cum música?!

– Ái Senhor do céu, era tudo o que eu não desejava agora nesse momento. Minha mãe tem a chave daqui e deve ter vindo dar ordens a senhora Lúcia, funcionária da minha casa!

– To inté tremendo Mateus i se ela num gosta deu?

– Sou maior de idade Julio, mando na própria vida, não se preocupe!

– Ta baum, vo cunfiá nocê Mateus, só pra morde que amo ocê!

– Também o amo Julio… (Beijou-o) Vem, vamos entrar e agora aqui também é seu lar, o nosso lar!

– Tá baum, mai ocê vai entra abraçado neu?

– Se prefere que eu não o abrace, farei!

– Mior Mateus, já to nervoso por demais cum a presença da tua mãe!

Entraram deparando com a mãe de Dr. Mateus que em sorriso reprovador por sua arrogância devorou Julio dos pés a cabeça chamando atenção de Mateus:

– Oi meu filho, quantas vezes terei de te dizer que conduza seus empregados pela entrada de serviços?!

– Minha Nossa Senhora que imbaraço!

– Mãe, este é meu namorado Julio, nos amamos e vamos nos casar, ele não é meu empregado, nunca será mãe por que vou me casar com Julio!

Aturdida com a notícia ela sentou-se horrorizada:

– Nanananamorado, seeeu? Que brincadeirinha sem graça essa meu filho!

– Não estou brincando mãe, Julio é meu namorado sim, com licença que ele e eu teremos de sair fazer umas compras.

– Banho de loja nele, você quer dizer?!

– Também mãe, assim como à senhora fez um dia, ou já se esqueceu?

Entraram para o lindo quarto de Mateus que tremia nervoso e Julio ainda mais:

– Ela num gosto deu Mateus, mior eu vorta pro mato e vai lá pra namora eu!

– Ela não importa amor, vai se acostumar vai ver!

– Tomara… Que quarto gigante o teu Mateus!

– Meu quarto? Não amor, agora é nosso quarto. Amor eu quero te dar alguns presentes aceita?

– Baum, se é presente craro que eu quero num é?

– Vamos sair agora fazer compras e voltar depois que a mãe já tenha ido para casa. Eu te levaria amanhã, mas já que tua sogrinha está aqui, vamos cair fora indo hoje mesmo fazer compras.

– Se que sabe Mateus.

Depois de um longo beijo, saíram do quarto.

A mãe de Mateus inconformada:

– Filho, eu acho que precisamos conversar!

– Não posso agora mãe, estamos saindo não sei a que horas volto para casa, nem adianta me esperar, tchau mãe!

Saíram a deixando falando sozinha na sala.

Dr. Mateus deu a Julio vários calçados, roupas em um geral.

Desde pijamas, chinelas em couro, roupas íntimas, enfim, um novo guarda-roupa para Julio:

– Pra morde que tudo isso Mateus?

– É presente e você não pode se recusar a aceitar.

– Tá baum Mateus, faze o que, né?! Já escoí tudo memo e ocê pago por tudo isso cum pedaço de prástico duro, que tipo que isso seja dinhero, agora que vá!

– Isto se chama cartão, Um tipo de dinheiro que é mais complicado assaltos. Vamos cortar seus cabelos?

– Isso percisa memo, tá cumprido, pra ocê fica baum até no ombro, pra eu pareço um bandido!

Riram felizes e entraram em um salão onde o cabeleireiro era super afeminado.

Entre risos e crises de risos do Dr. Mateus por ver Julio envergonhado com as brincadeiras do cabeleireiro afeminado, foi cortado seu cabelo em um corte moderno e bonito.

Voltaram para casa, um banho e jantaram felizes. A intragável mãe do Dr. Mateus já não estava mais no apartamento dele.

Dr. Mateus abraçou Julio por trás:

– Meu gato, amanhã cedo eu vou trabalhar no hospital e quero que me ligue seja lá o que acontecer, venho correndo!

– Ta baum, i correndo diapé num é, vem cum aquela nave de ocê. O que eu vo fazê aqui suzinho até que ocê vorte do hospitar?

– Já falei com a Lucia, ela te fará companhia, a nave que você diz é meu carro?

– É por que é demais bonito uma nave!

Dormiram exaustos pelas compras e ao acordar Julio se viu sozinho em casa.

Dr. Mateus havia ido trabalhar e Julio admirado:

– I num é que o douto se alevanta cedo memo se vai trabaiá? Baum, vo toma um banho i vê um café pra eu, vida nova, um home do lado, crendios virei memo um viado, mai gostei disso.

Já na cozinha remexeu os armários buscando por alimento matinal.

Dona Lucia entrou sorridente:

– Bom dia patrão!

Julio ao ouvir patrão, virou-se olhando ao seu redor retornando o olhar para dona Lucia:

– Inté eu pensei Mateus tivesse pratráis de eu!

– Sou funcionária do Dr. Luiz e sei que vocês vão viver unidos como um casal, por tanto você é meu patrão também, senhor Julio!

– Baum dia né?! Num so teu patrão muié, Mateus é patrão, num eu!

– Engano seu moço, casado com Mateus, você é também meu patrão, vem, vamos para seu café!

– Uééé, já to sentado aqui i comendo pão, gradeço ocê dona!

– Mas vem aqui, por favor, aqui não é seu lugar de tomar suas refeições!

– Tá baum eu vo, mai pra morde que tamanha cuzinha se num posso senta i come nela?

– Por que os patrões devem fazer as refeições na sala de jantar, aqui é para os funcionários!

– Tá baum, cada uma?!

Ela o levou na mesa das refeições, sem jeito Julio sentou-se a pedido dela que arrumou seu café.

– Senta aí e tome café cum eu dona!

– Obrigado, já me alimentei e depois não devo sentar-me na mesa com patrões, são ordens!

– Num credito que Mateus te deu esta orde besta!

– Claro que não meu anjo, foi à mãe dele!

– Que muié intojada essa mãe dele, crendios padre!

Dona Lucia gargalhou achando graça:

– Perdão, eu achei graça, ela é sim! Ela é assim mesmo, já trabalhei com ela e vim com a graça de Deus para cá a pedido do Dr. Mateus, mas vira e mexe ela acha que pode vir dar ordens aqui e vem!

– Aquela muié num foi cum a cara de eu!

– Logo ela habitua com sua presença. Ficou muito bonito com este corte de cabelo, aliás, você é um belo rapaz Julio.

– Gardeço ocê dona Lucia, tamém gostei do cabelo, só me assustei cum o home u muié nem sei bem, o que corto.

– O cabeleireiro Francis?

– Parece que é esse memo, quaje que morri de vergonha, num sabia se cortava meu cabelo u se me mãonzeava as parte íntima numa brincadera boba.

Riram e entrou a mãe de Mateus:

– Bom dia aos dois.

– Bom dia senhora Laídes!

– Baum dia senhora, se abanque e tome um café cum eu muié!

– Pelo amor de Deus, o que é isso, meu filho não está bem da cabeça, não é possível Lucia!

– Não sei senhora, com licença! (Retirou-se)

– Rapaz, quanto você deseja em dinheiro?

– Ué, num to pidonchando nada?!

– Pidonchando, nooossa, para deixar meu filho, quanto quer, eu pago agora!

– Eu… Num quero é nada dona…

– Olha rapaz, você pode ser até muito bonito, mas tem idéia de quem é meu filho para dizer aos outros que namora um…

– Cum o quê dona?

– Com um rapaz sem cultura alguma, você fala como pessoas da roça!

– Mai i eu no sô intão?

– Nooossa rapaz, me ouça, seu lugar não é ao lado do meu filho, ele é um doutor de renome!

– Dona, mai eu amo ele i ele me ama!

– Ele deve estar desesperado para namorar alguém tão distante da cultura dele. Ele namorou um doutor há pouco tempo atrás infelizmente não deu certo, se ele quer ser um gay que seja só quero o melhor a ele e afirmo que namorar você não será nada bom para o prestígio dele.

– Ué dona, intão qué dize que eu num mereço ele?

– Sinceridade? Meu filho não merece passar vergonha com seus amigos na sua presença falando tudo errado, acredito que nem se quer sabe diferenciar talheres em um bom restaurante, como vai ser? Veja como chegou aqui ontem trazendo seus pertences em um saco de estopa as suas costas?!

– Dona, eu só truxe num saco de estopa, que tem de mai ué?!…

– Me poupe rapaz, quero saber quanto quer em dinheiro para deixar meu filho e voltar para a roça que é o seu lugar!

Julio nervoso e tremendo segurando suas lágrimas:

– Tá, o quanto eu pedi ocê me paga pra i imbora?

– Áááh, mas eu sabia, era golpe do baú. Claro, pago agora mesmo, quanto quer?

– Dá preu uma quantidade de R$ 50.000,00 i é poco sabia dona?

– Certo querido, eu te darei R$ 100.000,00 para que jamais meu filho saiba do acontecido e você volte sem mágoas de onde veio!

– Agora so teu querido é? Tá baum, que a vaca tussa, me dá o dinhero aí dona.

– Como? Que a vaca o que?

– Nada dona.

– Pronto, aqui está o cheque, troca em qualquer banco, para sua segurança eu fiz nominal a você, assim, somente você poderá trocá-lo nem que te roubem este cheque.

– Só vo inté o banhero i já vorto tá baum?

– Claro rapaz.

Julio saiu com o cheque no bolso. Feliz a mãe do Dr. Mateus sentou-se na sala ouvindo música.

Julio foi até a cozinha e lá cochichava com Lucia:

– Hoje a cobra vai pita Lucia, essa muié num me cunhece memo i acha que pode me compra óia aqui o que ela me deu pra i imbora i dexa o Mateus…

Julio mostrou o cheque e Lucia olhou o alto valor tapando a boca:

– Ela foi capaz disso?

– Foi sim Lucia, hoje sô um capiar, mai amanhã eide sê um tipo de douto vai vê. Vô é dá uma lição nessa muié pra nunca mai mexe cum eu e dexa eu cum Mateus em paiz!

– Que vai fazer patrão?

– Num posso avisa o Mateus da sala eu vo liga pra ele vim aqui. Me falô pra liga por quarque coisa que acontecesse, inté parece que tava adivinhando isso!

– Ele não adivinhou Julio, Dr. Mateus sabe a mãe que tem que é terrível. Toma, usa meu celular, vá ao quarto de vocês dois e liga de lá com porta fechada por segurança!

– Xiii cumé que se lida cum essa coisa? Eu sei desse apareio que tem na sala i no quarto de nóis!

– Vamos que faço a ligação e você fala com o Dr. Mateus. Do telefone convencional não dá de usar a extensão que existe no seu quarto por que ela poderá ouvir da sala, por isso use o meu celular, segredo!

– Craro Lucia, num conto pra ela que é de ocê!

Já no seu quarto, Dona Lucia Fez a ligação pro celular do Dr. Mateus entregando ao Julio e saiu:

– Alô?

– Quenhé que tá proziando cum eu aí dotro lado?

Mateus rindo carinhosamente:

– Sou eu Julio o Mateus, aconteceu alguma coisa em casa amor?

– Óia, me adescurpe te atrapaiá no teu trabaio Mateus, mai é que perciso troca um cheque de R$ 100.000,00 que ganhei da tua mãe i num sei como fazê.

– Queeeeeee? Por que ela te deu este alto valor?

– Pra dexa de ocê, peguei mai pra dá pra ocê, craro que ela num vai me compra, num vendo meu amor por ocê nunca Luiz.

– Julio, não diz nada e estou chegando aí em 20 minutos. Vou ter uma conversa bem séria com ela!

– Mateus?

– Diga amor!

– Cumé que se desliga essa coisa daqui?

Mateus rindo da simplicidade de Julio:

– Pede ajuda para a Lucia, amor!

– Tá baum Mateus, ela é boazinha me oferto o apareio pra dize procê isso que tua mãe feiz cum eu!

– Ok, eu logo chego aí Julio, não fala nada que estou chegando!

– Craro que num Mateus, so meio anarfabeto, mai num so bobo!

– Claro que não meu amor, tchau logo chego?!

Julio abriu a porta e Lucia aguardava o celular.

Sorriu pedindo que ele permanecesse no seu quarto até que Mateus chegasse, ela diria a mãe de Mateus que Julio decidiu tomar um banho e assim foi. Um tempo depois Dr. Mateus já na garagem do prédio ligou para dona Lucia pedindo que Julio estivesse à sala ao ele entrar.

Julio na sala e a mãe do Mateus:

– Então rapaz, quando irá voltar para casa?

– Quando Mateus me leva ué, num sei anda suzinho nessa cidade!

– Nooossa que português o seu… Fiiiiiiilho em casa essas horas?

– Sim mãe, e você o que faz tão cedo aqui se dorme até tarde?

– Resolvi vir conversar com seu… Namoradinho.

– Estava boa a conversa mãe?

Julio levantou-se decidido:

– Óia Mateus, vamu dexá dessa enrolacera ta baum? Óia dona, a dinherama que ocê deu pra eu dexa do Mateus i vorta imbora pro mato, tá aqui óia só, i num vô te adevorve i tamém num quero pra eu. Vô dá pruma pessoa que percise. Veja Mateus, ela que me deu isso tudo espie!

Mateus olhando o valor do cheque:

– Mãe, daqui para frente às coisas mudaram por completo, você não virá me visitar mais aqui, eu irei te ver em sua casa. Se insistir em vir, tomarei outras providências e desta vez serão drásticas com processo e tudo mais, está avisada.

– Não creio no que estou ouvindo, meu único filho falar isso a própria mãe. Só quero seu bem, vai passar vergonha ao lado desse rapaz sem cultura…

– Baaaaaaasta mãe, não desejo me alterar com você e piorar o que sinto por você nesse momento, por favor, vai para casa e me deixe viver em paz. Não insista em vir sem eu estar aqui por que será trocada a fechadura da porta de entrada.

– Que despautério meu filho, um dia poderá se arrepender amargamente em continuar a namorar esse… Roceiro traidor e caçador de riqueza!

Dr. Mateus abriu a porta do apartamento e sua mãe saiu enfurecida.

Julio sentado, cabeça entre as mãos recebeu um abraço apertado de Mateus:

– Pronto Julio, ela não vai mais nos atrapalhar e fico feliz que teve esta idéia de me avisar sobre o cheque. Quer mesmo doar este dinheiro? Poderá aproveitar para seus estudos, que tal?

– I eu posso?

– Claro que sim, é seu e fora ela quem deu, sou testemunha disso!

– Intão vo guardá pros estudo i mostra pra ela quem eu vo se, um home estudado i curto. Ela disse que eu num tenho curtura!

– Tente não se lembrar disso Julio, vem vamos tomar um banho amor!

– Num vai mai vorta trabaiá hoje Mateus?

– Dr. Luiz me deu folga pelo acontecido, ele e Marcelo virão hoje jantar conosco, depois ele sabe, conhece muito bem minha mãe. Dele claro, ela só faltava o carregar no colo por ser doutor, ela nunca soube o que é o verdadeiro amor na vida!

– De baum, eles são bauns amigos de eu, insinei eles a pescá, nem minhoca sabiam infiá no anzór!

– Ensinou-me também, mas eu sabia pescar!

– Ué, mentiu pra eu?

– Claro Julio, precisava de uma bela desculpa para me aproximar de você naquele domingo, deu certo!

Riram indo para o quarto deles, abraçados se beijando passando por Lucia sem vê-la.

Dona Lucia os vendo sorrindo discreta falando com ela mesma:

– “Nunca vi Dr. Mateus enfrentar a mãe dele por nenhum rapaz. Pelo visto ama mesmo o Julio, simples, muito educado e querido. Gostei muito dele, ainda mais por que deu um belo chega pra lá na ex – patroa. Ôôôh mulherzinha ranzinza, ela teve o que os outros rapazes não tiveram coragem, Julio o fez, estamos livre da jararaca.”

Mateus e Marcelo namorando dentro da banheira felizes e livres da amarga mãe do Dr. Mateus!

Almoçaram, dormindo tarde toda acordando com Dr. Luiz ligando ao Dr. Mateus lembrando que logo estavam chegando para o jantar:

– Julio acorda amor, Dr. Luiz e Marcelo chegarão em breve e nós ainda deitados, vamos levantar amor!

– Claro Mateus, to indo…

– Antes quero meu beijo gostoso, nooossa Juuuuuuuliooo que delíciiiaaaaaaa…

Dr. Mateus amava intensamente pela primeira vez, nada nem ninguém conseguiria separá-los.

Outras tentativas foram feitas pela mãe de Mateus, mas em vão sem obter sucesso em suas investidas. Julio não tinha estudos apenas isto, era de uma invejável inteligência e rápido aprendia as coisas novas de sua vida ao lado do Dr. Mateus.

Sua simplicidade e carisma contagiavam a todos com exceção da mãe de Mateus que sua arrogância e esquecimento do seu passado amargo a fez transformar-se na mulher rude e amarga que se mostrava ser, enfrentariam o mundo!

Jantar turbulento!

Dr. Mateus com Julio depois de namorarem entre beijos ardentes sem fazer amor, permanecendo com provocações excitantes entre ambos decidiram tomar um banho e se arrumar esperar Dr. Luiz e Marcelo que em breve chegariam para o jantar na casa de Mateus.

Julio em meio a tantas belas e novas roupas precisou de ajuda do Mateus para escolher uma entre centenas:

– Óia Mateus, eu juro que cum o tempo vo aprendê a me arrumá suzinho, mai agora me ajude home, to inté perdido no meio de tanta roparada nova que ocê deu.

– Te ajudo amor, vem aqui e prova estas, vai ficar ainda mais gato do que já é Julio!

– Tá baum, se ocê acha bunita eu ponho essas!

Julio lindo rapaz de olhos verdes clarinhos, loiro escuro, lisos com aquele corte moderno ficara ainda mais lindo. Usava calça jeans desbotada, cinto preto, sapatos pretos, camiseta preta colante em seu tórax deixando a mostra seu belo físico super definido.

Dr. Mateus o admirando:

– Está lindo Julio!

– Eu tamém achei que tá baum memo e graças à ocê que me presentiô cum essa roparada Mateus!

– Era preciso Julio, assim como necessitamos com urgência de que você aprenda muitas outras coisas que irei contratar um professor particular a você além de voltar estudar.

– Óia, se for pra eu se iguar tua chiqueza eu quero memo aprende Mateus, num quero invergonhá ocê i nem dexa tua mãe tê razão no que falô de eu, que meu lugar é no meio do mato, prometo me esforça pra ocê se alegrá cum eu!

– Desde que o conheci meus dias são alegres Julio, desde então sou um homem feliz ao teu lado!

– Huuum que bunito teu jeito de me dize as coisa, ainda vo te fala ansim tamém!

– Claro que vai Julio, percebi ser esforçado, persistente e muito inteligente, vai conseguir sim!

Em um longo beijo de amor ambos prontos para aguardar Dr. Luiz e Marcelo para o jantar. Felizes seguiram a sala de visitas, dona Lucia foi até eles:

– Bom, se precisarem podem chamar a Mari, ela ficará responsável pelo jantar dos patrões, preciso ir agora Dr. Mateus e Julio:

– Pra eu ocê num deve expricação arguma Lucia i num so teu patrão já disse.

Dr. Mateus e Lucia riram:

– Obrigado Lucia por ficar até agora, a Mari é responsável e boa funcionária do lar, está dispensada.

– Bom jantar e uma boa noite aos dois, Julio?

– Hã?!

– Meus parabéns por sua façanha desta manhã fizeram o que ela merecia há tempos.

– Isso é verdade Julio, ela é minha mãe, mas andava merecendo uma boa lição, agora vai sossegar!

– Tá baum, ansim espero pra morde que fico triste cum essas confusão. Ainda vo se um douto, daí ela vai quere se amiga de eu!

– Será senhor Julio, sei que sim. As ordens já estão dadas a Mari, qualquer coisa só chamá-la. Vou indo Dr. Mateus, até segunda-feira e bom final de semana!

– Igualmente Lucia!

Ela saiu direção da cozinha:

– Ué Mateus, ela num vai imbora?

– Vai sim, por quê?

– Pra morde que tava cum a borsa no ombro i vorto pra cozinha!

– Ela sairá pelo elevador de serviços, o marido dela a espera na saída!

– A baum, essa coisa de riqueza num sei dereito, entrada pra uma coisa, entrada pros patrão.

– Na verdade é norma deste prédio Julio, que funcionários usem a saída de serviços.

Tocou a campainha:

– Óia, é o amigo de ocê Mateus i de mim tamém!

– Sim Julio, deve ser Dr. Luiz com Marcelo provavelmente!

– Ué, num vai abri a porta pra eles entra Mateus?

– Mari faz isso por nós!

– Mai ela tá demorando demais, axque inté já foram imbora Mateus, num apertaram mai a campainha.

– Mari já está vindo e eles sabem que alguém abrirá a porta, estão aguardando!

Mari entrou na sala cumprimentando Julio por não o conhecer ainda:

– Boa noite senhor Julio, sou Mari e trabalho aqui há três anos!

– Prazer Mari, por favor, abra a porta que o douto Luiz mai o namorado dele tá esperando se num foram imbora!

Ela riu observando ele ser simples:

– Estou indo senhor Julio, não foram não, sabem o apartamento ser grande e por isso não tocaram pela terceira vez a campainha, estão aguardando!

– Tá baum moça!

– Com licença patrões!

– Toda Mari.

– Mai uma, no so patrão dela!

– Amor, queira ou não elas vão te chamar assim!

– Vo tenta costumá Mateus!

Dr. Luiz com Marcelo entraram cumprimentos entre os quatro.

Dr. Luiz feliz pelo namoro de Dr. Mateus e Julio:

– Parabéns aos dois, eu estou feliz que se descobriu gay Julio.

– Puis é douto, inté que num foi ansim tão defice me aceita nessa viadage!

Tiveram uma crise de risos se sentando para conversarem.

Dr. Mateus lembrou-se:

– Hoje é aniversário da Malu, não é Luiz?

– É sim, você deve ter esquecido pelo transtorno.

– Com certeza, vou ligar a ela dando os parabéns!

Marcelo rindo:

– Parece que não foi somente você que se esqueceu do aniversário dela Mateus, eu e Luiz também!

– Eu dei os parabéns e mandei um buquê de rosas lá mesmo no hospital a ela pelo aniversário!

– Sim Luiz, acontece que esquecemos que jantaríamos com as duas comemorando o aniversário da Malu, devem estar nos aguardando!

– Esqueci por completo e agora o que faremos?!

– Liga e jantamos todos juntos, por que não?

– Grato Mateus por me livrar de uma possível mágoa, Malu e sua namorada são queridas, merecem!

– Ligue a elas, sinta-se a vontade Luiz!

Dr. Luiz ligou e confirmaram irem jantar com os quatro naquela noite.

Bebericavam conversando animados e chegaram as duas para o jantar.

Lindas garotas, funcionárias do hospital:

Dr. Mateus apresentando:

– Meninas, este é meu namorado Julio, iremos nos casar em breve!

– Olha só Dr. Mateus, bom gosto também. Prazer moço, eu sou a Malu e esta minha namorada Marina!

– Prazer Malu e Marina, eu so Julio i parabéns pra ocê Malu!

Marina a funcionária que Marcelo ficou zonzo de tanto que ela gostava de conversar já foi explorando a vida de Julio:

– O prazer é nosso Julio. Namora faz tempo?

– Até que num faiz tanto tempo ansim, trêis dia.

– Hãããm!

Dr. Mateus riu explicando sutilmente o porquê de Julio não usar o português correto:

– O amor não olha para estudos, classe social, o que importa é que quando olhei para Julio na fazenda do Luiz, paixão imediata, meninas!

– Entendi o recado. Que lindo Dr. Mateus, nós ficamos felizes por estar bem, o que importa é o amor.

– Verdade Marina. Roubei o Julio da fazenda do Luiz… (Riram) Lutei e corri atrás dele, que homem difícil foi Julio pra mim!

Julio gargalhou:

– Feiz inté uma locura naquele memo domingo que teve lá na fazenda, num é Mateus?

– Áááááááhhh, agora nos conta que loucura fez Mateus, queremos saber!

– Luiz eu fiz sim uma bela loucura, uma louca aventura na conquista de Julio. Naquele domingo que eu estive em sua fazenda e conheci Julio, depois que estava já deitado comecei a pensar nele e achei maluquice eu o ter beijado sem ele esperar pelo beijo. Talvez uma desculpa para mim mesmo em ter uma boa desculpa e voltar naquela noite de domingo a casa dele. Sabia onde era seu quarto por ele ter me mostrado ao passearmos a cavalo. Resumindo, deixei meu carro na beira da estrada e entrei até a casa dele onde todos já dormiam. Bati três vezes na janela do quarto e desistindo da idéia maluca ele sai na janela…

Contou detalhes dos acontecimentos concluindo:

-… Se não fosse o alagamento do riacho, eu não teria voltado à casa de Julio e permanecendo junto dele por dois dias e noites. Foi assim, na minha loucura e riscos que estamos juntos e vamos nos casar, amor a primeira vista!

Riram muito da aventura de Dr. Mateus, todos rindo bebendo, comendo petiscos antes do jantar sendo quebrada a crise de risos de todos ao ouvirem a voz da mãe de Dr. Mateus:

– Boa noite meus queridos, estão felizes?

– Mãããe e senhora Miriam?

– Olá querido Mateus, parece que sua mãe não os avisou que viríamos?

– Não avisou Miriam, mesmo assim fico feliz com sua presença, como Luiz seu filho e Marcelo.

– Filho, o que está havendo? Parece que nossa presença não agradou muito, não é?

– Que é isso Miriam, você é de casa e é minha convidada para jantarmos todos juntos e conversarmos, já que tem visitas não nos importamos, não é Miriam?

– Pessoal, me desculpem, não é hábito invadir a privacidade de ninguém. Dr. Mateus peço desculpas, parece que fui usada para sanar aos caprichos de sua mãe Mateus, sinto muito!

Dr. Mateus indignado com sua mãe:

– Mãe eu quero falar com você em particular!

– E você Julio, está acostumado na riqueza? Deve estar afinal, conseguiu vida boa, belo golpe!

– Óia dona, num so home de levá curpa no que num devo nada pros otro. Bem no contrário, ocê quem tem de fica cum vergonha de te feito cum eu o que feiz, me dá aquela dinherama pra dexa de amá o teu fio Mateus, num vendo nosso amor!

Clima tenso no geral e Dr. Mateus insistindo que sua mãe fosse à biblioteca com ele para conversarem em particular:

– Mãe, por favor, eu estou com visitas, pra que expor suas decepções, venha aqui!

– Não meu filho, o rapazinho está achando que pode me vencer contando aos outros minha tentativa de te livrar de passar vergonha ao lado de um capiau? Enganou-se Julio, eu sou mãe e sei o que é melhor para meu filho e você não é o namorado ideal a ele. Dr. Luiz sim era perfeito que agora namora também um em breve engenheiro civil pelo que sei níveis sociais iguais. Já meu filho um doutor de renome com um roceiro, vejam, vestido como um príncipe, quem deu? Claaaaaaaro, meu filho.

Aturdido e nervoso, Julio sentou-se cabeça baixa sentindo-se humilhado, pensando que ela não os deixaria em paz. Lágrimas correram em seu rosto:

– Até que tua mãe tem razão Mateus, eu vo é imbora agora memo, namore quarque douto que ela te dexa se feliz, cumigo num vai dexa ocê impaiz.

Julio levantou-se chorando para ir ao quarto decidido arrumar suas roupas antigas e dar um jeito de sair da cidade voltando para casa.

Dr. Mateus nervoso:

– Aonde vai Julio?

– Ué, onde mai é meu lugar se não na casa do pai na fazenda? Léva eu, por favor, douto Luiz, eu quero i agora imbora pelo amor de Deus.

– Se acalme Julio…

Miriam mãe do Dr. Luiz defendeu ao Julio com unhas e dentes:

– Filho, agora é comigo e com a mãe do Dr. Mateus, vamos nos sentar e a minha ex-amiga vai ouvir a verdade.

– Contra mim, Miriam?

– Sim, você sabe o quanto está sento injusta, intrusa na vida do Mateus e já que me envolveu em assunto particular onde envolve o Julio que eu gosto e muito, então é hora das verdades Glória, começando em fazer com que você se lembre quem foi você ao se casar com o pai Do Mateus?

– Não creio que vai lembrar agora disso tudo Miriam, pare, por favor.

– Posso até parar Glória, então que tal deixar que os dois vivam em paz o amor deles? Conheço há anos Julio e sei ser um rapaz maravilhoso.

– Concordo que ele pode ser até um bom rapaz, mas discordo que os deixarei viver em paz, meu filho merece coisa melhor, que cultura tem o Julio? Vejam o jeito que ele fala… Pra morde, ansim, barde…

– Basta Glória, perdão Mateus, você puxou ao seu pai e eu pensava ter uma boa amiga. Quanta decepção Glória ao ver quem realmente você é. Se você ama seu filho deveria apoiá-lo com o homem que ele escolheu, por que saber ele ser gay você sempre soube.

– Miriam, pense na vergonha com nossas amigas ao saberem sobre o marido capiau do meu filho doutor de renome!

– Mãe eu amo Julio e não vou me separar dele por que você deseja!

Mateus sentou-se ao lado de Julio o abraçando por vê-lo chorando e a mãe do Dr. Luiz encorajou-se:

– Ouviu seu filho Glória e afirmo que não a conhecia direito, minha amiga não é mais.

– Ainda bem, você falta pouco para ser a Madre Tereza de Calcutá Miriam, depois, você nem tem de que envergonhar-se com o homem que teu filho escolheu, Marcelo é estudado.

Falou zombando e Miriam irritada:

– Foi você que desejou isso. Saibam que Glória antes de se casar com Fernando pai do Mateus, era…

– Eu não quero que fale disso, vou embora e prometo deixá-los em paz, mas fica aqui esta conversa Miriam, minha amiga você não é mais, traiçoeira!

Saiu batendo porta, Miriam sentou-se tremendo.

Viram água para ela acalmar-se:

– Perdoe-me Mateus. Juro que eu não sabia ela ser contra a união de Julio com você.

– Ontem já tivemos uma bela discussão, imaginei que não nos atormentaria mais. Ela deu ao Julio um cheque de R$ 100.000,00 pra ir embora e me abandonar. Com minha ordem deixarei o cheque com Julio e vai usar para seus estudos, assim ela aprende a não se meter conosco.

– Que absurdo a atitude dela Mateus, ao menos Julio aproveitará bem todo este dinheiro, você merece!

– Brigado dona Miriam por me defender, eu já ia vorta pra casa!

– Meu amor disse bem, iria, não vai mais!

– Bom, mais uma vez me desculpem estar acompanhando-a, Mateus chama um táxi pra mim, por favor, vim com ela de carro!

– Malu, nós podemos levá-la em casa e voltamos.

– Agradeço meninas, vou de táxi mesmo!

Chamaram um táxi e a mãe de Dr. Luiz retornou para casa.

Curiosa Marina riu:

– O que sua mãe era antes de se casar com seu pai Dr. Mateus?

– Pare Marina, não interessa, desculpe Dr. Mateus.

– Áh Malu, eu só queria saber?!
Dr. Mateus riu:

– Sem problemas Marina, acho que todos podem saber. Minha mãe era de um bordel e meu pai a amou muito. Engravidou-a e com a educação que tem mais o amor, casou-se com ela. Pelo que me consta ela nunca o traiu segundo meu pai que coloca seguido detetives atrás dela.

– Mai Mateus, se da zona num qué dizê que é uma muié ruim que nem tua mãe.

– Sei disso Julio, ela sofreu horrores na vida, estuprada pelo próprio pai, expulsa de casa pela mãe aos 15 anos. Passou coisas terríveis na vida a deixando do jeito amargo que é. Já se drogou se prostituiu e o pai por amor sofreu horrores para conseguir fazê-la ser uma mulher culta e com etiquetas dentro da sociedade. Gastou uma grana preta com professores particulares domando a fera e ela acabou se tornando orgulhosa e arrogante esquecendo-se de olhar seu passado atormentando Julio. Por isso que a mãe do Dr. Luiz a lembrou quem a mãe foi ameaçando contar.

– Mai ela falava errado ansim que nem eu?

– Antes fosse somente isso Julio, segundo minha avó paterna que a odiava, ela não utilizava o português correto e ainda de brinde desbocada falando palavrões cabeludos a qualquer pessoa, foi vulgar mesmo. Mudou após anos de aulas de etiqueta e um bom professor de português junto dela 24 horas.

– Nooossa, i eu percupado cum eu dizê tudo errado, pelo meno eu num so desbocado i mar educado que nem ela. Óia, eu dô poco tempo i vo ta afiado falando certo i sabendo cumê cum os taiér certo num baum restaurante i num invergonha o Mateus. Vô é contratá cum aquela dinherama que me deu uns prefessor dos baum nessas coisas de rico, mai nuuunca na vida que vo se ansim nojento que nem ela, vo é oiá meu rabo pra tráis!

– Sei que vai conseguir amor e na segunda-feira eu o levo se matricular na 5° série, em casa reforço de outro professor do seu primário.

– Aceito craro, aceito de tudo que ajude eu a andá ligero pra aprendê fala certinho e sê um douto ainda sem se, mai vo se sim.

– O que gostaria de ser Julio, um doutor como os doutores aqui?

– Num sei bem ainda Malu, mai lá na fazenda ia um douto de animar, eu queria se um desses será que dá de se?

– Com certeza Julio, se desejar poderá ser um doutor como nós somos!

– Só se for de criançinha. Gosto de brinca cum elas, sabe.

– Aconselho estudar o básico primeiro e depois com tempo você decide Julio, entre a pediatria ou veterinária!

– Tá baum Dr. Luiz, vo segui seu conseio!

Jantaram agora animados esquecendo por completo a mãe de Mateus.

Dr. Mateus que anunciou:

– Turma, que tal irmos à boate que desejo lá fazer uma surpresa ao Julio!

– Ué Mateus, undé que vai levá eu? Faiz aqui memo a tar surpresa!

– Vai gostar amor, lá poderemos dançar namorar a vontade que ninguém vai nos chamar a atenção.

– É memo? Baum, intão vamo nessa boate!

Todos os seis foram para a boate gay animados, Julio ansioso por saber o que era uma boate…

Os casais chamavam a atenção por sua beleza e o casal de lésbicas também fazia seus shows de Streep vez ou outra a pedido do dono da boate GLS que ao vê-los feliz foi os cortejar dando as boas vindas.

Dr. Mateus contou ser o aniversário de Malu e de presente as deu a noite toda gratuitamente na boate e uma bela noite de amor em um motel, tudo pago.

Sentaram-se cada casal em uma mesa, uma ao lado da outra para conversarem e Marcelo:

– Julio?

– Hã?!

– Você foi menos curioso do que eu quando vim à primeira vez nessa boate, entrei parecia um bobinho admirando tudo e você está normal como se já conhecesse!

– Que nada Marcelo, eu to me segurando, me coçando pra num dá mancada invergonhando o Mateus. Afinar eu hei de se um douto tamém, já to é aprendendo a me acostumá cum essas coisas de se discreto que nem ocêis, num chamando atenção!

– Parabéns, você conseguiu ser discreto Julio!

– Brigado Dr. Luiz, já é arguma coisa.

– Julio, eu não quero que seja discreto somente quando fizermos amor!

– Crendios padre Mateus que vergonha fala ansim na frente deles, piiiiiiixxxx, quietinho…

Os três casais chorando de rir da timidez de Julio em relação ao sexo. Todos foram dançar. Retornando a mesa Dr. Mateus tirou do bolso um estojo o abrindo e pedindo Julio em casamento:

– Pessoal, eu os trouxe até aqui pra juntos comemorarmos o amor, o meu amor pelo Julio. Casa comigo Julio?

– Êêêêêêêêêêêêê!

Comemoraram os quatro aplaudindo e Julio:

– Craro que eu quero Mateus, ocê já tinha me dito i eu aceitei lá no túner do teu prédio quando nóis chegamo da fazenda.

– Julio, mas na garagem do prédio foi um pedido informal, agora peço com alianças.

– Que romântico ocê é Mateus, quero sim cumé que não!

Trocaram belas alianças selado com um longo beijo sobre aplausos dos quatro vendo o amor de ambos.

Lukamen os viu e veio os cumprimentar e vendo-os noivarem os parabenizou com um abraço.

Julio tímido, envergonhado por “ela” o beliscar, fazer cócegas em uma brincadeira:

– Eu fico solteirinha mesmo, sorte dos dois se casarem, são liiiiiiindooos de tirar o fôlegooo.

Riram indo assistir aos shows, desta vez Malu e Marina fariam um pequeno show.

Dr. Luiz com Marcelo, Dr. Mateus e Julio assistiriam a tudo.

Julio boquiaberto com o erotismo de Malu, Marina e mais um rapaz:

– Mai num cumprendo mai nada Mateus, elas num são de gosta só de muié? Óia lá, tão grudada num agarramento cum o rapaiz.

Rindo Mateus o beijou:

– Elas são bissexual amor, gostam dos dois sexos.

– Mai já é gulosa né?!

Tiveram uma crise de risos.

Tanto fora a diversão que seguiram exaustos cada qual retornando para casa feliz no amor.

Malu e Marina foram ter sua noite de amor no motel ofertada pelo dono da boate GLS.

No caminho, Marcelo rindo falou ao Dr. Luiz.

– Luiz eu tive uma idéia gostosa, sinta amor!

– Nooossa Marcelo que delicia de carinho no meu… Huuum…

Dr. Luiz dirigindo rumo a sua casa e seu noivo Marcelo o massageava nas partes intimas excitando Dr. Luiz agoniado, respiração ofegante com as audaciosas investidas de Marcelo. Afoito abriu o fecho de sua jeans, Marcelo o cinto da calça abocanhando aquela maravilhosa peça de carne pulsante pela excitação dentro de sua boca quente de desejo sugando-o arrancando altos gemidos de Dr. Luiz enquanto dirigia.

Dr. Mateus agarrou seu noivo na garagem do prédio o encostando contra seu carro em um beijo molhado excitando a ambos. Virou Julio que se agarrou no carro em altos gemidos de excitação. Dr. Mateus o mordendo nas costas, ombros massageando o membro de Julio que se mostrava duro como uma rocha. Mateus ouvindo toda aquela alucinante demonstração excitante vinda de Julio pôs seu membro à mostra espetando Julio, este ainda de calças mesmo assim sentindo receio falando em sua ingenuidade:

– Óia Mateus, eu sei que ocê tem vontade de pega eu, mai tenha poco mai de paciência cum eu home!

– Claro que sim amor, desculpe!

– Vamo que é mior i vai que eu crio corage e te dô ainda hoje pra morde que eu te amo e tamo noivo!

– Amo você Julio e espero o quanto precisar.

– Mai já queria cume por tráis de eu num é?

Riram subindo abraçados:

– Me empolguei Julio, se te assustei desculpe!

Mateus empurrou Julio caindo deitado sobre a cama deles que em segundos estavam nus.

Mateus rindo deitou seu corpo por cima de Julio que tinha agora seu membro duro como uma rocha chamando Mateus:

– Julio, eu vou-te colocar um preservativo, a nós dois será seguro!

Dr. Mateus sabia que Julio nunca usara e era uma maneira de ensiná-lo sem que ele se sentisse mal por não saber usar. Engoliu todo seu membro em uma grande excitação arrancando urros de Julio se contorcendo, Mateus aproveitou colocando o preservativo em Julio.

Ele riu fazendo Mateus ter uma crise de risos:

– Mateus, agora ele tá inda mai duro, ocê encapo ele.

– Meu amooor, você não existe em seu bom humor, vem querido, me possua!

– Isso daí é pra te pega por tráis?

– Isso mesmo Julio, detesto dizer isso, mas quase a mesma coisa que você fez a cabra Pepita!

– Ái de baum, eu faço é craro!

– Peço que cuide para não deixar doer em excesso quando me possuir, por favor, Julio.

– Craro amor, ansim que infia no teu rabinho, pormeto cuidar i faze doê poco?!

Mateus entregou-se de corpo e alma ao seu amado Julio que fez amor sem receio de errar. Como era parecido com sua cabra pepita, então era fácil pensou Julio tendo confiança em seus atos. Aos urros sem imaginarem que no mesmo momento os dois casais urravam de prazer jorrando seus espermas de formas diferentes.

Malu e Mariana desfrutando seu presente no motel, banhando-se em espumas cercadas de amor e excitação. Marina deslizando sua boca carnuda pelo lindo corpo de Malu que se contorcia de desejos sentindo seu corpo queimando de excitação, acompanhados de altos gemidos roucos. Marina afastou delicadamente as coxas roliças de Malu enchendo a boca na xaninha de sua namorada Malu que deliciosamente sabia ser uma moça quente e sedutora numa intimidade.

Quase em gritos Malu avisou:

– Marina eu vou gozar sobe amor, veeeeem…

Marina posicionou-se sobre o corpo de Malu aos beijos ardentes encaixando seu clitóris ao de Malu. Como em um bailar de sua cintura serpenteando em um delicioso rebolado, Marina e Malu atingiram o clímax total do prazer lésbico!

Exaustas namoraram por tempo com carícias de quem se ama. Cada casal a sua maneira amando intensamente seu namorado, noivo ou marido…

Adeus virgindade!

Fim de semana pareceu voar para os três casais que desfrutaram nas companhias de seus amores. Malu e Marina conversaram muito sobre suas virgindades, ambas ainda virgens decidiram perdê-la. Por serem bissexuais desejavam perder através do método tradicional, com homem e não entre elas mesmas.

Decidiram conversar com os casais de doutores e seus respectivos companheiros. Prepararam churrasco os convidando para o próximo final de semana sem comunicar-lhes a real intenção daquele churrasco. Trabalharam a semana toda e chegara o dia da churrascada na casa de Malu e Marina que os receberam com euforia como sempre.

Dr. Mateus rindo:

– Por isso nos tornamos grandes amigos, a alegria contagiante de ambas nos deixa bem à vontade!

– Obrigada doutores…

– Vamos combinar uma coisa? Trate a nós dois somente por nossos nomes fora do hospital.

– Concordo Luiz!

– Está certo amigos, atenderemos suas vontades, sentem-se, por favor!

Sentados bastante a vontade, todos bebendo cerveja, contando piadas onde riam muito as gargalhadas.

Malu aproveitou a pergunta de Julio:

– Malu, eu quero sabe se ocê gosto de dança cum aquele rapaiz lá na boate, gosto?

– Muito, aliás, eu e Marina gostamos.

– Mai cumé que pode uma coisa dessas, ocêis num gosta só de muié, de home tamém que eu já sei disso, mai quanto tempo fica sem um?

Animados Dr. Mateus riu:

– Excelente curiosidade Julio.

Todos concordaram e Malu explicou:

– Isso é muito relativo meninos, não somos lésbicas, somos bissexuais e sentimos muita falta de homem. Apesar de ambas nunca ter tido um na intimidade por completo, somente com sexo oral.

– Somente cum prosa ocêis fizeram sexo?

Crise de risos por Julio compreender que elas fizeram sexo conversando e Dr. Luiz:

– Verdade meninas que ambas são virgens?

– Somos sim Mateus e pensamos seriamente em perdê-la mesmo por que a partir de amanhã eu com Marina viveremos juntas como mulher e mulher. Nossa festa é hoje, somente vocês de convidados.

– Malu por que não nos comunicou durante a semana? Nem presente as trouxemos.

– Queremos sim um presente dos quatro, vamos compreendê-los se não nos derem tal presente!

– Que presentes desejam?

– Pode dizer Malu, afinal vão viver juntas amanhã e não desejamos deixar em branco!

– Luiz e Marcelo, Mateus e Julio nós desejamos que alguém nos desvirginasse hoje, aceitam ou são gays que nem ereção tem ao ver uma garota nua?

– Caramba, vocês são diretas mesmo… (Riram) Tenho que pensar antes de dar alguma resposta às duas.

– Nós quatro vamos decidir juntos, pode ser?

– Claro que sim, eu e Marina iremos fazendo o fogo na churrasqueira enquanto vocês decidem.

Foram à churrasqueira, eles ficaram reunidos decidindo se aceitavam desvirginá-las.

Dr. Luiz rindo:

– Ereção eu consigo ter e você Marcelo?

– Creio que sim Luiz. E você Marcelo?

– Eu consigo, até casado já fui?! Resta-nos saber se o Julio aceita este desafio com elas.

– Cumé que não, ade que vo perde a chance de te uma muié a premera veiz na minha vida?! Craro que quero sim. Mai afinar, quem vai cum quem?

– Isso elas decidem, com tanto que seja cada homem com seu homem.

– Claro Luiz, nós não queremos trocar de homem!

Malu rindo sentou-se com eles na mesa:

– Decidiram ou ainda não?

– Decidimos Malu, aceitamos com tanto que sejamos cada casal com uma de vocês, sem preferências da nossa parte.

– Aceitamos com certeza suas exigências, ambas não temos preferência com nenhum de vocês quatro. Nosso objetivo é único, perder a nossa virgindade com quem confiamos no total sigilo e segurança da saúde!

– Combinado então, beber, relaxar meninas!

– Claro Dr. Luiz, aliás, Luiz!

– Isso, melhor assim Marina!

Julio assou a carne, todos ao redor animados bebendo petiscando dançando se divertindo no geral.

Malu bateu palmas pedindo atenção dos rapazes:

– Meninos, eu com Marina iremos tomar um banho e brincando, cada casal irá nos procurar pela casa em meia hora. Quem me achar primeiro ficarão comigo e o outro com Marina, tem mais um chuveiro aí e podem usar se desejarem!

– Combinado Malu e Marina!

Enquanto ambas se banharam juntas, os quatro também um banho, cerveja e mais cervejas.

Dr. Luiz ouviu a Malu chamá-los:

– Meninooooooos, podem viiir!

– Mãos a obra rapazes!

Julio esfregando suas mãos por ter pela primeira vez uma mulher na intimidade, já que sua experiência era com sexo masculino e com sua cabrita Pepita:

– Mai sabe que eu to inté nervoso Mateus?

– Não tem erro Julio faça o que eu fizer e pronto, não tem segredo!

– Tá baum, vamo vê num é?

Os quatro separaram-se cada casal para um lado em busca de uma das meninas, Marcelo e Dr. Luiz encontraram a linda Marina em seu quarto, sensual apenas de roupas intimas.

Julio e Dr. Mateus encontraram a belíssima Malu em outro aposento.

Malu despida deitada em sua cama toda sensual:

– Entrem meninos, sintam-se a vontade!

– Mai eu to inté nervoso de vorta de oiá ocê Malu ansim peladona i bunita que só oiando pra crê.

– Agradeço Julio, venham os dois aqui e já sabem o que fazer comigo…

Julio gargalhou em sua simplicidade:

– Eu num sei memo o que vo faze cum ocê Malu, pra morde que nunca tive uma muié antes!

– Olha só, serei a privilegiada em ter um homem que nunca transou com uma garota antes?!

Dr. Mateus colocou-se de joelhos por trás de Malu fazendo-lhe massagem em seus ombros, fez sinal ao Julio que a beijasse e acabaram em crises de risos:

– Óia Malu, me de licença que o Mateus me feiz sinar pra te tascá um bejo sabe, i vo te de te beja, tá baum?!

Depois de rirem bastante Malu e Dr. Mateus explicaram ao Julio que não deveria avisá-la de nada que fosse fazer se era preciso, fizesse sem pedir ordem.

Tímido Julio concordou ficando a olhando e ela o beijou. Dr. Mateus experiente beijando, mordendo, lambendo o pescoço de Malu ao mesmo tempo em que acariciava seus belos seios excitando-a completamente demonstrando excitação arranhando as costas e ombros de Julio que nada conseguia falar em altos gemidos de excitação que Malu provocara neles.

Com uma das mãos masturbava Dr. Mateus e a outra o Julio. Olhando o membro de Julio, Malu ficou de quatro sobre a cama enchendo sua boca sugando-o arrancando um quase grito de Julio por se deliciar com a boca quente de Malu enquanto recebia um beijo do Dr. Mateus.

Marina e Malu haviam combinado em serem desvirginadas no geral:

– Julio, eu deixo que você a desvirgine siga em frente!

– Ta baum Mateus!

– Eu e Marina combinamos de pedir que um desvirginasse no tradicional de um casal hétero e outro desvirginasse com sexo anal. Então Dr. Mateus vai anal comigo e Julio no tradicional!

– Combinado Malu, nervosa?

– Naturalmente um pouco nervosa Mateus!

– Julio é extremamente carinhoso, sei que cuidará para que não sinta tanta dor!

– Confio nos dois, beije-me Mateus…

Com carícias excitantes Dr. Mateus preparou terreno para que ela fosse desvirginada por Julio que nunca havia tido antes uma relação sexual com mulher.

Encorajada pela forte excitação que Malu sentia no momento, pedira aos dois que a desvirginasse ao mesmo tempo e assim Julio e Dr. Mateus fizeram aos urros de prazer junto dos gritos de Malu na hora da penetração que ambos mesmo tempo a desvirginaram…

Dr. Luiz e Marcelo com Marina ousaram. Enquanto Dr. Luiz na posição meia nove sobre o corpo de Marina a sugava, ela sugando seu membro, Marcelo desvirginou tradicionalmente em um grito de dor abafado com a boca cheia do cacete do Dr. Luiz.

Inverteram posições com Marina de quatro, Dr. Luiz atrás de seu corpo para desvirginá-la anal e Marcelo deitado em baixo entre as coxas dela sugando:

– Dr. Luiz, eu vou gozar logo!

– Está bem Marina, vem Marcelo deite-se e Marina sentará no seu membro se deitando sobre teu peito enquanto eu desvirgino-a anal!

– Certo Luiz!

Excitadíssimos, Dr. Luiz penetrou o ânus de Marina que cavalgava em Marcelo deitada em seu peito, os três urrando de prazer gozaram aos gritos delirantes. Por tempo recuperaram-se do esgotamento físico deitados em carícias.

O mesmo Dr. Mateus, Julio e Malu no outro quarto. Passado mais de duas horas, todos se banharam e foram petiscar carnes. Elas satisfeitas, felizes agradeceram aos quatro por ter desvirginado-as por completo. Despediram-se, cada casal seguira seu caminho retornando aos seus lares.

Dr. Luiz e Marcelo nunca mais tornaram ficar com nenhuma delas, aliás, com garota alguma. Dr. Mateus e Julio por vezes dormiam com Malu e Marina em uma festa geral na intimidade por que Dr. Mateus descobriu-se bissexual assim como Julio.

Dr. Mateus com Julio decidiram que seriam pais e conversaram com as duas que aceitaram engravidar por que sonhavam serem mamães. Ambos ajudariam como pais biológicos cuidar de seus filhos registrados em seus nomes também realizando o sonho de serem pais sem precisarem se casar com mulheres.

Cada qual continuaria suas vidas normalmente a sua maneira, assim os quatro seriam felizes. Chegara o dia da cerimônia de casamento do Dr. Luiz e Marcelo na fazenda do doutor. Aos olhos dos pais do Julio ele nem participaria daquela “cerimônia estranha” onde um homem se unia a outro como um casal hétero.

Somente permitiram a presença de Julio por “trabalhar” com Dr. Mateus, assim era a desculpa aos pais, trabalho. Nada contaram dos filhos deles com as garotas ou os pais de Julio o obrigariam casar com Marina que fora a mãe de seu filho, a linda Malu mãe do filho do Dr. Mateus.

Casamento gay de Marcelo e Dr. Luiz!

A fazenda do Dr. Luiz estava intenso movimento de convidados para cerimônia. Belíssima decoração feita por Paulo o “Lukamen”.

Desde a entrada da fazenda com dois arcos de folhas de coqueiro que se cruzavam formando um coração sobre o portal de entrada da fazenda. Nos belos jardins feitos por Julio que não deixara de cuidar dos jardins de Dr. Luiz por gostar de lidar na terra plantando, fora feito em um belo gramado ao lado dos jardins o local do casamento deles.

Cem cadeiras enfileiradas em forma de meia lua dos dois lados do longo tapete vermelho da porta principal da casa da fazenda até o altar onde haveria alguém para celebrar a união. Ao corredor formado por meio cento de cadeiras para cada lado do tapete vermelho acompanhado de lindos pedestais com arranjos de flores ornamentavam a fabulosa decoração.

Lukamen não poupou dinheiro nem seu trabalho para satisfazer ao gosto de Dr. Luiz e Marcelo. Como ambos eram masculinos no geral, decidiram entrar juntos até o altar no mesmo momento.

Dentro da casa da fazenda Dr. Mateus e Julio os ajudavam se arrumar para a cerimônia. Dr. Mateus ajudou Marcelo e Julio o Dr. Luiz.

Um tempo depois Julio entrou falar com Mateus:

– Eita que vão fica que uma belezura os dois, já arrumei o Dr. Luiz que de tão nervoso que tá inté cum uma ponta da camisa pra fora das carça dele e ia ansim memo pro artar.

Riram muito e Marcelo:

– Não somente o Luiz que está nervoso, eu também e muito!

– Mateus, num cumprendo, num casório normar tem o padre ou pastor né? E aqui cumé que vai se?

– Nem Marcelo sabe, segundo Lukamen será surpresa aos dois!

Lukamen entrou eufórica no quarto para pedir que Marcelo fosse ao corredor com Dr. Luiz:

– Ááááááááááááái meu gatooo, vem com a tia Lukamen, seu noivo o aguarda no corredor na saída da porta principal, vem lindo!

Saíram e Julio pensativo:

– Vamos Julio ou perderemos a entrada deles ao altar, vem amor!

– Minha nossa Senhora, eu tava aqui pensando cum eu memo que se eu fosse ansim que nem a Lukamen mai eu num ia ter corage de se um gay, de certo que orviram lá fora os brado dela quando oiô o Marcelo todo bonitão!

– Julio, cada qual tem seu jeito de ser, procure compreender o jeito de ser da Lukamen!

– Craro, descurpe Mateus que de argum jeito nóis é iguar ela num é? Samo tudo uns viado memo!

Foram sentar assistir ao casamento de Dr. Luiz e Marcelo. Crise de risos de Dr. Mateus devido aos comentários de Julio admirado com tudo o que via. Uma orquestra com violinos, tocando lindas músicas aos convidados. A um sinal de Lukamen tocaram e entrou um homem de meia idade o qual iria proferir a cerimônia matrimonial se colocando atrás do altar.

Julio não agüentou sem falar ao Dr. Mateus fazendo-o rir:

– Mai num é que veio inté um padre? Esquisito de terno branco, mai parece um padre memo!

– Não é padre Julio, Marcelo é espírita kardecista, Lukamen pediu que viesse realizar uma palestra!

– A baum!

Na verdade era o presidente do centro que Marcelo freqüentava com sua mãe quando ainda estava encarnada, como no Kardecismo ninguém julga ninguém ou tenta-se não julgar, escolhera tal religião.

Música de Richard Clayderman ao som dos 50 violinos tocando a linda música Ghost – Unchained Melody.

Dr. Luiz com Marcelo exalavam amor pelos poros deslizando sobre o tapete vermelho até o altar. Sorridentes de mãos dadas seguiam irradiantes e lindos entre todos. Marcelo de fraque branco e Dr. Luiz de azul marinho, deslumbrantes os dois em sua natural beleza e masculinidade. Marina e Malu sentadas ao lado dos dois, onde choravam emocionados.

Troca de alianças depois de abençoadas por espíritos de luz presente no local, a declaração de que ambos era agora, marido e marido. Dr. Luiz discreto beijou com amor o Marcelo!

Na saída todos jogaram pétalas de rosas vermelhas ao passarem os noivos sobre o tapete. Seguiram para a festa de casamento, cumprimento de todos os parabenizando. Houve o jantar com pratos variados escolhidos por Lukamen e até escargot havia. Julio pegou sem Dr. Mateus perceber.

Acomodados para jantarem Julio rindo espetando sua comida:

– Eita que rico tem mania de cume mar desse jeito, pra morde isso são tudo magrelo. Óia aqui Mateus, tem inté caracór cuzido pra cume ou o que é esse trumbisco? (Olhou) Ta prosiando cum a mãe do Dr. Luiz, dexa eles, vamo vê o que é isso daqui!

Dr. Mateus não ouvira por que a mãe de Dr. Luiz conversava neste momento com ele. Julio invocou-se com o escargot achando que poderia abri-lo com seu garfo e faca.

Resmungando numa sofrida luta com o escargot:

– Óia aqui caracór, que ocê num é mai forte do que eu, vo abri ocê e vê cume que é tua casinha por drento, ocê já ta é morto memo, né? Será que tem maluco que come isso e num tem dó? De certo que é de come ou nem tava na mesa, num vo come, só quero espiá tua casinha, caracór!

Lidou com o escargot até que obviamente deslizou escapulindo longe do seu prato saltando dentro do decote de uma senhora que naturalmente assustou-se sem ter visto o que era.

Julio de olhos arregalados na mulher a sua frente.

Mateus olhou-o:

– Tudo bem Julio? Parece assustado, o que foi?!

– Que vergonha Mateus, óia undé que fiz pula o caracór, nos peito daquela muié ali óia… (Apontou)

– Caracol Julio?

A senhora retirou o escargot do seu decote rindo muito ao ver ser um escargot.

Olhou a Julio e disse rindo:

– É seu moço?

Dr. Mateus teve uma crise de risos ao ver que o tal caracol era o escargot:

– Amor desculpe, não percebi que pegou escargot e nem sei se você irá gostar, eu gosto!

– Intão, eu vi ocê pega e fiz o memo, descurpe dona, me devorva ele aqui que é meu memo, o danado me escapo do garfo!

A senhora riu amigável ao Julio:

– Você deseja que eu o abra a você?

– Se num for incomoda ocê, abra intão quero vê como é isso!

Ela sorrindo com um alicate abriu-o sem deixar saltar e colocou-o no prato dele!

Por um tempo Julio olhando o escargot em silêncio e Mateus:

– Amor, não come se não quiser!

Olhou a mulher comendo e sentiu ânsia de vômito:

– Num vo cume memo, óia que coisa gosmenta esse caracór, baum, esse cargôt…

– Escargot Julio, não come e nem olha ela comendo ou vai sentir…

– Já vorto Mateus eu vo…

Dr. Mateus sabia ele sair rápido para vomitar de ânsia em ver o escargot. Sandra esposa de Dr. Reginaldo amigo dos dois doutores puxou conversa com Dr. Mateus:

– Ele está bem Dr. Mateus?

– Parece que logo passa, nunca viu escargot antes.

– Ele deve ser seu namorado!

– O amo e não importo com a simplicidade dele.

– Não falo para zombar, gostei do rapaz e me ofereço a dar aulas de etiqueta a ele se você e ele desejarem. Eu sou amiga do Marcelo, nem quero ser paga por isso!

– Creio que será de boa ajuda, o amei na simplicidade dele, mas há momentos que é preciso um pouco mais de etiqueta, você não é a esposa do Dr. Reginaldo?

– Sim sou eu mesma, você eu sei ser amigo dele no hospital. Por isso desejo ajudar o moço que gostei ao conhecê-lo e meu marido fala muito bem de você e Dr. Luiz. Ele foi buscar escargot, já volta!

Julio voltou do banheiro pálido, comera forçado por Dr. Mateus outras comidas que lhe agradaram. Houve baile com direito a valsa dos noivos e tudo o mais, um casamento perfeito como de um casal hétero.

Dr. Luiz e Marcelo depois da grande festa viajariam a Europa, Marcelo nada sabia da surpresa que Dr. Luiz fizera a ele. Foi na empresa onde Marcelo trabalha e contou do casamento homossexual.

Como todo empregador sabe dos direitos existentes dos homossexuais, nada contestou dando um mês de férias ao Marcelo. Dr. Luiz podia viajar sem problema algum já que era dono do seu hospital.

Já trocados de roupas voltaram à festa onde já haviam poucos convidados. Dr. Mateus e Julio se despediam para retornar a casa deles.

Dr. Luiz abraçado em Marcelo:

– Mateus, eu e Marcelo precisamos de um favor seu e do Julio.

– Claro Luiz, pode dizer e faremos!

– Ir até minha casa nos apanhar por que precisamos pegar as malas e deixar meu carro e nos levar ao aeroporto, pode ser?

– Claro que sim, viajam para que lugar?

– Iremos para a Europa, Marcelo está sabendo agora, era surpresa a ele!

– Amooor, trabalho na segunda-feira e depois tem a faculdade, não posso…

– Pode sim, teu patrão te deu férias de presente de casamento, falei com ele. Faculdade, seus amigos te passarão matéria pela internet e os professores provas. Algo mais que te impeça em viajar com seu marido?

– Você não existe Luiz, o amo demais. Eu terei de arrumar as malas.

– Está tudo arrumado Marcelo, acha que a mãe não me ajudaria te fazer esta surpresa?

– Algo mais?

– Marcelo se ocê dize mais arguma coisa que te impida de ir viaja de avião, nóis vamo no teu lugar home, corre cum teu marido e aproveita criatura?!

– Tem razão Julio, obrigado Luiz pela surpresa!

Beijaram-se por tempo, despediram-se de todos na festa e embarcaram no carro do Dr. Luiz que estava todo decorado como se decora um carro de noivos, com latas para fazer barulho chamando atenção de todos e fitas brancas esvoaçantes.

Dr. Luiz Riu ao observar de longe seu carro coberto de fitas brancas e Lukamen escandalizada:

– Ááái Dr. Luiz, isso é brega, não fui eu quem armou isso, desculpa!

– Sem problemas Lukamen, achei legal!

Julio rindo disse ser ele mais Mateus:

– Ainda bem que gosto Dr. Luiz, foi eu mai o Mateus que fizemo isso, ele disse que era pra apronta cum ocêis antes da lua de mér de ocêis!

– Não era pra contar amor, que vergonha?!

Riram todos e saíram da fazenda em caravana.

“RECÉM CASADOS”

Julio com Mateus atrás e crise de risos de Julio:

– Por que ri tanto Julio?

– Imagine argum curioso quere vê quem são os noivos achando ser um home e uma muié casado e desce do carro dois homes, carcule a decepeção…

Mateus em crise de risos:

– Amor você tem cada idéia!

– Mai i num é verdade de mim?

– Concordo sim Julio!

Na casa de Luiz pegaram as malas despediram-se da mãe dele saindo para o aeroporto.

Julio ficou pasmo ao ver o avião aterrissar e depois decolar. Ao decolar o avião, Julio fez alguns rirem de sua simplicidade ao falar. Olhos arregalados olhando a decolagem do avião que levava os passageiros e junto Dr. Luiz com Marcelo rumo à lua de mel na Europa.

Julio agarrado a beiral da sacada de onde se vê a saída dos vôos flutuava abismado:

– Santíssimaaa, que coisa gigante oiá de perto, eu só via passa avoando por cima da fazenda. Cumé que eu ia imagina eu tão perto dum negocio desse?!

Dr. Mateus riu beijando a testa de Julio tão impressionado com o avião subindo que nem se deu conta de que estava abraçado ao Mateus e rodeado de pessoas que viram serem homossexuais, nada falaram.

Serviu para tapar a boca de quem ria de Julio aos deboches pela maneira errada que ele falava. Foram os últimos a sair da sacada por que Julio ficou admirando até não ter mais visão do avião que sumira nos céus!

Dr. Mateus o abraçou:

– Um dia quer viajar de avião Julio?

– Cum ocê craro que sim, o bicho é grande mai num morde pelo visto u tinha mordido os dois né?!

– Não morde amor, claro que não!

No avião Dr. Luiz e Marcelo eufóricos pela felicidade de estarem casados. Ambos agiam normal, nada de agarramento em público, bastava perceberem seus olhares de amor que saberiam ali estar um casal de homossexuais. Depois de algum tempo de vôo chegaram ao destino.

Um táxi os levou até o hotel que Dr. Luiz havia feito reserva. Entrando no hotel foram recepcionados como um casal hétero recém casados:

– Sejam bem vindos ao nosso país e hotel, sintam-se a vontade senhores. Podem seguir este rapaz até sua suíte de núpcias!

Agradeceram e subiram.

Um belo banho e comentaram que fosse o nosso país, seriam recebidos bem diferentes por serem gays.

Ambos de roupões brancos caíram sobre a cama aos beijos e caricias excitantes.

Dr. Luiz decidiu pedir que Marcelo o possuísse, pois até o momento somente ele havia possuído Marcelo na primeira e única vez que transaram na casa de Marcelo!

Luiz excitadíssimo quase aos urros desesperados pela excitação:

– Celooooooo, vem e me possua agora, hoje e sempre serei seu homem!

– Que delícia ouvir isso Luiz, vou te dar muito prazer meu amor!

Como frango assado Marcelo possuiu Dr. Luiz em um delirante sexo anal entre dois homens que se amam.

Noite e madrugada se amando, café da manhã no quarto, foram passear de mãos dadas por ser natural em muitos países da Europa. Registrado cada momento da lua de mel de ambos, passeios fabulosos, compras, etc.

No Brasil Dr. Mateus substituía Dr. Luiz em seu hospital. Mateus e Julio marcaram uma viagem de avião depois que Luiz retornasse da Europa!

Um mês após, tocavam suas vidas normalmente.

Dr. Mateus e Julio foram viajar de avião para que Julio soubesse como era e passaram um mês nas belíssimas praias do Recife em um hotel beira mar.

Dr. Mateus riu viagem inteira das curiosidades de Julio dentro do avião e óbvio, fazendo outros rirem.

Agora ele já não falava extremamente errado como antes, mas sempre fora bem humorado, tivera aulas intensivas com dona Sandra sobre etiquetas, mais professores da língua portuguesa e matemática acompanhando o rigor dos estudos que Julio optou a apressar e recuperar o tempo perdido sem estudo.

Poucos meses, visível transformação dos hábitos e conversas do Julio animando aos professores. No colégio que fizera intensivo de segundo grau, surpreendera a todos passando no vestibular em terceiro lugar numa federal. Enquanto isso seu dinheiro aumentava numa gorda poupança daqueles R$ 100.000,00 que a mãe do Dr. Mateus deu a Julio para que abandonasse Mateus. Os filhos de ambos nasceram, registraram em seu nome dando toda assistência as mães e aos bebês.

Os anos pareceram voar e chegara o dia de Julio formar-se na faculdade, feliz se formara em algo que muito gostava, estudou se formando em pediatria. Agora também um doutor como seu marido era e juntos trabalhavam no mesmo hospital de Dr. Luiz. Aquele Julio sem estudos não existia mais apenas o mesmo Julio agora com estudos.

Um doutor que continuava o mesmo homem amoroso, humilde, brincalhão, honesto e esforçado como sempre fora Dr. Julio, um exemplo de vida a muitos. Obviamente a mãe de Dr. Mateus agora orgulhosa do marido de seu filho. Julio a perdoou facilmente, mas Dr. Mateus fora mais rígido com ela.

Marcelo trabalhava agora formado em seu próprio escritório de engenharia civil. Todos felizes, casados com seus amores, realizados profissionalmente, sonhos de serem pai e mãe realizados lutando contra a homofobia humana.

Ser homossexual é ser FELIZ como estes casais ou como eu sou com minha esposa Nivia somos há mais de quatro anos…

PS…

Este volume I eu presenteei aos leitores em e-book e como foram mais de 600 e-mails me pedindo o volume II deste e eu sem tempo para escrever mais um romance e oferecer gratuito como fiz com este, escrevi o volume II, mas cobrarei R$ 19,99, valor risório que me compensará em alguns gastos que se tem…

Tendo uma conta no PAGSEGURO é o que basta para fazer a compra do e-livro ou entre em contato e estudamos uma forma de pagamento volume II de título:

“Diário de um cowboy gay!”

Verídico! Quem o leu me ajudando revisar este romance, chorou, sorriu se emocionou a valer com esta história envolvendo cowboys gays fazem amizade com Dr. Luiz e Marcelo, Dr. Mateus e Dr. Julio!

Emociona viajar neste romance verídico…

CONFIRA!

Um Comentário

  1. Eu estava pensando em comprar o livro neh, principalmente pq sou muito fan de ler online, mas nao achei lugar algum para vender, fazer o que.

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