5 motivos que provam que Froot é uma revolução
Se você já conhecia o trabalho anterior da galesa Marina and the Diamonds, Electra Heart, irá se espantar com os rumos que a mesma anda tomando. Dessa vez, Marina não encarna um personagem ou uma vida além da sua – que, sob seus olhos, torna-se uma obra de arte muito bem aproveitada pela cantora. Mas essa não é a única coisa que torna o lançamento do álbum um projeto ousado e interessante. Listaremos alguns motivos abaixo que tornam esse álbum uma revolução não só da carreira da cantora, mas do movimento musical em si.
1 – Um sobrevivente na indústria
Froot não é só um álbum – é um projeto. Quando revelado, foi estipulado uma pré venda que duraria 6 meses – uma espera exorbitante para os fãs e os adeptos ao estilo de música “fast-food”. Mas isso só aponta as dificuldades de ser uma artista criativa em meio a um cenário musical feito para as massas. Electra Heart, que foi trabalhado por Marina sob o selo da gravadora 679 Artists e outros títulos, como a Warner Music, foi um trabalho meio frustrante para uma artista que tinha ideias muito mais ousadas que apenas se tornar um sucesso de vendas, como já contou em entrevistas recentes. Por estar em uma gravadora relativamente grande, a pressão para estar ativamente presente nas rádios e na mídia era grande – coisa que afetava diretamente sua auto estima como uma cantora preocupada na qualidade de seu trabalho. Agora, tendo melhor e maior controle sua carreira e a forma como queria trabalhar seus próximos trabalhos musicais. Porém, como nem tudo são flores, é comum que músicas que fujam de um certo padrão não irem muito bem nas vendas. A maneira de contornar isso é a longa pré-venda do álbum, onde Marina lança uma música nova a cada mês, gerando um buzz maior, podendo se autopromover mais facilmente e dar aos seus fãs um presente, muito bem recebido pelos mesmos.
2 – Versatilidade musical e poética
Contornando uma das melhores preocupações, Marina pode, finalmente, criar o álbum da forma que queria: Desde as composições, escritas todas por si mesma baseadas em sua vida, até as melodias, onde trabalhou conjuntamente com alguns poucos produtores de sua confiança. O resultado, vemos nas 4 canções lançadas até o momento, que transitam de uma faixa totalmente animada a uma balada capaz de emocionar qualquer um, e o melhor, tornando todas fundamentadas em um conceito. Froot reflete não só a vida emocional da galesa, como a versatilidade que possui em suas criações.
3 – Identidade visual bem estabelecida
A parte visual do álbum é um espetáculo a parte. A concepção é inspirada e trabalhada em cima de frutas, que mudam a cada mês, representando cada canção. Isso conjunto a um cenário espacial. O que os dois tem a ver? muita pouca coisa. O resultado disso? Fantástico. A identificação visual é bem reconhecível e agradável, preocupação que a cantora revelou ter. Froot é uma experiência para ser vivida e admirada em cada sentido.
4 – Videoclipes icônicos
Os videoclipes deixam uma marca visual bem martelada, com poucas cenas que se exploram por longos minutos, como vemos em froot e Immortal. Também, pudera – mesmo com todos os adventos, o projeto reúne 6 videoclipes que serão lançados a cada mês. Seu projeto anterior, Electra Heart, reuniu 11 videoclipes em que Marina pouco se identifica como pessoa, visto que Electra foi uma personagem. Fazer esse feito novamente, além de ser ousado, é uma nova experiência, ainda mais quando se trata de uma cantora com diversas ideias e um recurso que delimita a realização das mesmas. E engana-se quem acha que, para um videoclipe tornar-se inesquecível, é necessário diversas tomadas em diferentes lugares ou cenários diferentes, coisa é raro ocorrer nos clipes da Marina.
5 – Reinvenção e descobrimento
Talvez a parte que mais chame a atenção dos fãs é a transição e o amadurecimento que Marina anda propondo em sua carreira. Se em The Family Jewels, primeiro álbum de sua carreira, ela era inexperiente e um pouco impulsiva, em Froot ela mostra-se mais madura em letras bem expressivas. E, se em Electra Heart as coisas pareciam um tanto forçadas, em Froot poderemos ver a verdadeira essência de quem a cantora realmente é – Seja ela uma heartbreaker, uma primadonna, uma homewreacker ou uma teen idle. Ou nenhum desses. Ou todos ao mesmo tempo. Afinal, Marina, assim como Froot, é um produto multifacetado.
Fonte: Tudo Resenhas