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Conto de Garoto – Capítulo 7 – Ciúme Destrutivo

Contos de Garotos

Capítulo

VII

Ciúme Destrutivo

Kim deixou-se ser levado, pois ele mesmo admitia que ia perder o controle se colocasse sua mão novamente naquele garoto. Quando chegaram na área externa do colégio, Hanz continuou a puxá-lo, mesmo estando descalço, passando pelo gramado, indo até uma pequena lagoa que ficava numa região mais afastada dos dormitórios.

Eles sentaram-se na terra fofa e ficaram em silêncio. Kim arrumou sua camisa preta que estava com todos os botões abertos, revelando seu físico perfeito. Ele passou sua mão pelo bolso da calça e pegou seu maço de cigarros, pegando uma unidade e a acendendo com seu isqueiro.

– Você deveria ser mais calmo – Hanz comentou.

– Não me venha com isso, Hanz. Ele me provocou, você viu – disse – queria que eu ficasse quieto? Esse nunca foi o meu jeito, você me conheceu assim.

– Ele provocou e você caiu – disse – e você ficou implicando com ele desde que entrou no quarto. Se você tivesse batido na porta não ia…

– Encontrar vocês abraçados? – indagou, interrompendo-o.

– Não, idiota. Não ia ter essa briga estúpida – disse, franzindo seu cenho, irritando-se.

– O garoto mal chegou e já estava agarrando você, já quis brigar comigo e ainda me chamou para brigar – disse baixinho – eu não gosto disso. Não quero você falando com ele.

A risada de Hanz cortou a conversa, ele caiu para trás, olhando para o céu acinzentado enquanto ria daquela ordem. Kim apoiou-se na sua mão, olhando para Hanz que ria descontroladamente.

– Não… não brinca Kim… eu não vou mais te obedecer – disse.

– Por que não? Esqueceu nosso…

– Acordo? Que acordo? Você não é meu namorado? – indagou, sentando-se e fechando a sua mão no rosto de Kim, aproximando-se perigosamente de seus lábios.

– Sim… você é meu namorado – disse, segurando o rosto de Hanz com as duas mãos e aproximando suas bocas, beijando-o com paixão, ciúme e raiva, deixando sua língua passar por todos os cantos, fazendo seu piercing deslizar para dentro daquela cavidade, tocando na língua de Hanz.

Passaram alguns minutos, Kim afastou-se de Hanz que estava ofegante. Ele abraçou o corpo menor e afundou sua cabeça na curva do seu pescoço, ficando parado, adorando sentir aquele corpo junto ao seu. Seus braços forçaram mais o abraço ao se lembrar que outra pessoa estava abraçando Hanz. Aquilo o deixou tão enciumado que ele mesmo não conseguiu se controlar.

– “Eu preciso me controlar… ou vou perder o Hanz” – pensou – desculpe, eu me excedi – pediu num sussurro.

– “Ele está meloso de novo… e pedindo desculpas. Céus… onde está o Kim bruto de antes?” – pensou – Tudo bem, Maio agiu errado também, mas tente se controlar da próxima vez.

– Maio? – indagou, afastando-se um pouco.

– O nome dele é Maio – disse.

– Ah… ta. Mas esquece o pirralho – disse – quer ir à academia comigo?

– Eu não quero malhar – disse, fazendo uma careta de cansaço – eu queria dormir, eu estou cansado.

– Hum… eu te deixei assim – disse, mordendo o lóbulo da orelha de Hanz – eu queria te comer agora.

– Que palavras doces! – exclamou.

– Vamos, deixe-me cuidar de você. Venha para o meu quarto.

– Você não ia malhar?

– Não deixarei de malhar – disse – isso é cansativo também, sabia? Fazemos bastante exercício.

Hanz não agüentou e acabou rindo baixinho, sendo acompanhado por Kim. Eles levantaram-se e começaram a caminhar de volta para o dormitório, onde a situação estava mais calma. Maccario estava no terceiro andar, ele adentrou no seu quarto com Hanz e trancou a porta.

– Você tem um equipamento de peso no seu quarto! – Hanz observou – que chique! Você pegou da academia?

– O diretor pediu para colocarem aqui – disse – como comentei que o campeonato está chegando.

Kim retirou sua camisa e depois sua calça, jogando-as em cima da cama. Ele olhou para Hanz que estava distraído, olhando para o equipamento; os braços de Kim envolveram sua cintura, abraçando-o por trás.

– Vamos tomar banho junto? – indagou.

– Pode ser… eu estou com o pé imundo – comentou, olhando para baixo.

Os dois caminharam até o banheiro, que surpreendeu Hanz. Ele ficou impressionado com o tratamento especial que Kim estava tendo. Ele havia uma grande banheira redonda num canto.

– Está com inveja? – Kim indagou.

– Muita – disse, caminhando até a banheira, olhando-a como se fosse um objeto raro.

– Não sinta. Você pode tomar banho aqui todos os dias, se você quiser – disse, começando a retirar as roupas de Hanz com a ajuda do mesmo. Quando terminaram de se despir, Kim abriu a torneira, deixando a água quente adentrar naquela bacia de mármore.

Hanz foi até o Box, abrindo a torneira do chuveiro e colocando seus pés debaixo da água morna, tirando o barro. Quando terminou, a banheira estava cheia e Kim o puxava com impaciência até ela.

Eles adentraram, cada um ficou numa parede, ficando de frente para o outro. Seus músculos começaram a relaxar com aquela água quente. E para deixar Hanz mais invejoso, Kim apertou um botão, acionando a hidromassagem.

– Ah… eu quero ficar nesse quarto – Hanz murmurou, sentindo a água bater contra suas costas, massageando-a.

– Hum… pode vim quando quiser – Kim sorriu, deixando-se levar por aquele clima – eu vou amar tomar banho com você todos os dias.

– “Amar? De novo essa palavra… pare de falar isso da boca para fora Kim. Você não pode me amar. Apenas temos uma boa amizade e você sente atração por mim… nada mais” – pensou.

– Hanz, vem cá. Senta no meu colo – pediu, estendendo sua mão na direção de Hanz, que a agarrou, deixando-se ser puxado na direção de Kim, que o puxou para se sentar no seu colo, ficando de frente para ele.

Os braços de Hanz envolveram o pescoço do veterano; ele beijou seu rosto com atenção e depois deslizou até seus lábios, enquanto isso as mãos de Kim apalpavam o corpo menor, deslizando seus dedos no interior das nádegas de Hanz, pressionando seu dedo do meio naquela entrada, adentrando lentamente.

– Ah… ai! Ai… – gemeu baixinho, franzindo seu cenho e abrindo mais sua boca ao sentir o segundo dedo lhe invadir.

– Hanz… eu sempre quis colocar algo aqui – revelou.

– Como assim? – indagou, sem entender, voltando a gemer baixinho ao sentir os dois dedos de Kim moverem no seu interior.

– Eu tenho um vibrador… eu queria que você o colocasse para eu ver – revelou.

– Você está brincando? Eu não vou fazer isso – disse revoltado.

– Por favor, Hanz. Ia ser tão divertido – disse.

– Hei… Kim, eu queria falar sobre isso também. Eu queria fazer com você.

– Fazer o que? – indagou, retirando seus dedos daquele corpo para tentar colocar três de uma vez.

Hanz abriu a boca apenas para gemer ao sentir aquele toque, ele tentou se afastar, mas Kim o segurou, mordendo o lóbulo de sua orelha, voltando a pressionar seus três dedos naquele corpo, que se abria lentamente para ele.

– Ahhh… Kim… chega – pediu.

– Adoro quando você implora nessa voz – revelou – pede mais para eu parar… pede.

– Depravado!

– Mas o que você queria fazer comigo? – indagou, retirando seus dedos, dando um alívio para Hanz.

– Eu queria comer você – revelou, beijando os lábios de Hanz.

– Não, eu que faço isso aqui!

– Você vai adorar, Kim. Todos os garotos que eu fiquei adoraram e sempre pediam por mais – disse, passando sua língua pelos lábios de Kim de modo depravado.

– Não!

– Deixe… vamos. Se você deixar, eu prometo que deixo você fazer qualquer coisa comigo – disse.

– Qualquer coisa? – indagou com certo interesse.

– Uhum! Qualquer coisa.

– Mesmo? Qualquer coisa… qualquer uma?

Hanz começou a sentir receio, um brilho misterioso estava envolvendo os azuis cobalto de Kim.

– Sim – disse um pouco inseguro – você deixa?

Kim abriu um sorriso tão largo e atípico que Hanz começou a se arrepender daquele acordo. Kim abriu seus braços e disse:

– Sou todo seu!

– Mesmo? – indagou sem acreditar. Havia sido tão fácil.

– Mesmo. Mas depois, você fará qualquer coisa que eu pedir.

– Tudo bem. Vamos tomar esse banho primeiro e depois eu te levo para cama – disse, beijando os lábios de Kim.

Os dois terminaram de tomar o banho, lavando seus cabelos com atenção, ficando com o mesmo cheiro de xampu nos cabelos. Quando saíram, secaram-se rapidamente e Hanz tratou de puxar Kim para o quarto.

Kim sentou-se na cama e ficou olhando para o corpo menor, esperando que ele agisse. Ele não conseguia imaginar como Hanz que tinha menos força e era menor que ele poderia ser ativo naquela situação.

Os ombros de Kim foram empurrando para trás num empurrão forte e rápido, assustando-o por um segundo. Hanz sentou-se no seu abdômen e começou a atacar os lábios de Kim com fúria, enquanto suas mãos deslizavam por seu corpo, apertando cada músculo.

Quando sua boca largou seus lábios, começou a descer por seu tórax, beijando seus mamilos, voltando a dar uma atenção especial ao mamilo que tinha o brinco, chupando-o com intensidade. A boca de Hanz continuou a descer; ele segurou o membro de Kim com a mão e colocou aquele membro na sua boca, sugando-o como sempre fazia.

Kim gemia baixinho, ele estava extasiado com as sensações que Hanz estava lhe proporcionando. O karateca tremeu em leves espasmos ao sentir seu gozo se aproximando, gozando num espasmo mais forte na boca de Hanz.

A língua de Hanz desceu até o meio das nádegas de Kim, lambendo-a com gosto, passando sua língua por aquele buraco, começando a pressioná-la na região. Hanz ouvia alguns suspiros de Kim, adorando saber que teria aquele corpo para ele.

– Fica de quatro – Hanz pediu.

– Ah… não – reclamou.

– Está quebrando o acordo – avisou.

Kim virou-se a contra gosto, ficando com os joelhos flexionados na cama, olhando para trás, vendo um sorriso sádico de Hanz. Ele voltou sua atenção para frente, afundando sua cabeça nos seus braços que estavam cruzados a frente, inclinando-se e deixando uma visão única para Hanz.

Hanz levou dois dedos seus até sua boca, chupando-os para depois começar a pressioná-los contra o ânus de Kim, pedindo passagem. O mais velho gemeu algo, tremendo um pouco, mas não se esquivando. Hanz achou aquilo maravilhoso, Kim não ia fugir.

O membro de Hanz começou a ser manipulado por ele mesmo e quando estava bem duro, ele parou com o que fazia e voltou dar atenção ao corpo de Kim, beijando seu dorso e suas nádegas. A mão direta de Hanz fechou-se no membro de Kim que já estava ficando duro novamente, começando a excitá-lo com sua massagem.

– Eu vou colocar – Hanz avisou.

Ele segurou seu membro e começou a pressionar contra Kim, ouvindo um gemido rouco e contido do outro. Aos poucos foi adentrando até que colocou seu membro por inteiro, sentindo Kim tremer levemente. Hanz fechou os olhos e gemeu baixo ao sentir seu membro ser esmagado.

Um lento vai-e-vem foi iniciado, Hanz movia-se devagar a princípio e depois foi indo com força, balançando o corpo Maior, fazendo a cabeceira da cama bater contra a parede. A mão de Hanz continuou a masturbá-lo, dando mais prazer para Kim que não conseguia conter seus gemidos.

Hanz parou por um momento, retirando seu membro e virando Kim de frente, olhando para o rapaz que estava com a face avermelhada e suada. Hanz deitou-se em cima dele e lhe beijou a boca, voltando a penetrá-lo, enquanto o olhava com atenção, vendo suas reações.

– Ah… Kim você… fica ótimo sendo comido – Hanz comentou.

O membro de Hanz ia fundo, batendo na próstata de Kim, dando-lhe muito prazer. A mão de Hanz voltou a massagear o membro de Kim que não agüentou segurar, gozando pela segunda vez na sua mão.

– Humm… gozou duas vezes… eu sabia que ia gostar – comentou, orgulhoso do estado que estava deixando Kim.

A boca de Kim estava aberta, ele gemia, não agüentando mais segurar o que estava sentindo. A mão de Hanz adentrou na boca de Kim, segurando sua língua, olhando para a expressão angustiada do veterano. Quando retirou sua mão, Kim voltou a gemer com intensidade e um pouco ofegante desta vez.

Hanz fechou seus olhos e deixou-se levar por aquela sensação única, ele jogou sua cabeça para o lado, deixando seus fios negros caírem por seus olhos. Kim apenas o observava, adorando ver Hanz sentir tanto prazer em tomá-lo daquele jeito.

– Quer… que eu goze em você? – Hanz indagou.

– Sim… – disse timidamente.

– Quer mesmo?

– Por favor… goza dentro de mim – pediu.

Numa estocada mais funda Hanz acabou gozando no interior de Kim que gemeu alto também, adorando sentir aquele líquido bater contra sua próstata. Hanz saindo lentamente do seu corpo e caiu por cima de Kim, beijando seus lábios.

– Gostou? – indagou.

– Muito – revelou.

– Posso fazer mais vezes? – indagou – “lógico que ele vai falar que não” – pensou entristecido.

Kim não respondeu, ele ficou acariciando os cabelos de Hanz. Ele ainda estava ofegante, aquilo havia sido uma loucura, e fazia muito tempo que não deixava ninguém fazer aquilo com ele.

– Agora vai fazer o que eu quiser – Kim lembrou.

– Ah… sim. O que você quer?

– Hum… Eu ainda não sei, mas eu vou pensar. Quando surgir a oportunidade, eu vou ter esse trunfo contra você – disse.

– Tenho medo desse dia! – disse, rindo baixinho com Kim.

Os dois continuaram a conversar, ficando no quarto até que se separaram, Kim foi para a academia e Hanz foi procurar seus amigos, que acabaram indo para a cidade para jogar sinuca em algum boteco.

OoO

Duas semanas passou-se desde então. O colega de quarto de Hanz falava com ele normalmente e sempre que podia acabava xingando Kim de alguma forma. Ele havia sofrido com os tratamentos de Julian e os demais; ele não conseguiu fugir e acabou sofrendo o mesmo que Hanz sofreu. Mas era pior, pois ele ainda continuava a sofrer nas mãos dos demais.

Era uma quarta-feira chuvosa, Hanz estava na sala olhando para seu livro de química. A aula havia acabado há uns quinze minutos e ele ainda estava na sala, arrumando suas coisas.

– Hanz, poderia vim até aqui? – Iago indagou, olhando para seu único aluno.

Hanz terminou de arrumar suas coisas e caminhou até Iago, olhando-o com atenção.

– Eu queria que você me ajudasse a levar esses livros até a minha sala – disse.

– Hum, tudo bem – concordou, arrumando sua mochila nas costas e pegando alguns livros que eram bem pesados, começando a caminhar com Iago para a sala dos professores.

Os dois caminharam pelo corredor, indo até de Iago. Eles adentraram e Hanz caminhou até uma mesa de metal, colocando os livros no lugar, tomando cuidado para que não caíssem no chão.

– Posso deixá-los aqui?

– Sim. Obrigado – Iago agradeceu.

Hanz olhou para o professor que estava sentado em uma poltrona vermelha, olhando para seu fichário de notas.

– Você tem boas notas, Hanz – comentou – fico feliz por isso.

– Obrigado – disse.

– Gostaria de fazer qual faculdade?

– Não sei ao certo – disse – não penso nisso.

– Deveria pensar – comentou, olhando com atenção para seu aluno.

Os dois ficaram horas conversando naquela sala. Hanz acabou sentando na poltrona que ficava ao lado de Iago, adorando ouvi-lo falar sobre sua antiga universidade e sobre os colégios que já havia dado aula, mesmo ele sendo tão novo, tendo apenas vinte e cinco anos, ele já havia adquirido muita experiência.

– Eu tenho que ir agora – Hanz comentou.

– Apareça aqui amanhã para eu te mostrar o meu trabalho do segundo semestre da universidade – comentou.

– Ah, sim. Eu vou. Até mais Iago – disse, caminhando até a porta.

– E Hanz, não me chame pelo meu nome na sala, por favor – pediu.

– Eu não ia fazê-lo – disse, sorrindo em seguida – seria muita falta de respeito para com o senhor!

– Obrigado – agradeceu, voltando sua atenção para seu fichário de notas. Ele tinha que corrigir alguns trabalhos.

Hanz caminhou até a saída do prédio, olhando para a chuva que descia rapidamente daquele céu acinzentado. Ele respirou fundo e começou a correr até o dormitório, chegando todo ensopado no lugar, indo para seu quarto rapidamente.

E os dias continuaram assim. Maio reclamava que os garotos do quarto ano não o deixavam em paz e até alguns garotos do segundo ano haviam encrencado com ele. Kim sempre o procurava e dizia palavras doces, tão contrárias a sua personalidade forte. E todos os dias, depois do encerramento das aulas, Hanz ia conversar com Iago na sua sala, começando a criar um forte laço com o professor.

O tempo foi passando, e estava na hora da mudança de quartos novamente. Hanz acabou ficando no quarto de Corei, o que significou alegria suprema para o loirinho que adorava a companhia de Hanz. Maio acabou ficando no quarto de Leon, o que foi uma tortura, pois ele era o terror como seu primo Julian.

Eles estavam no mês de julho. E estavam de folga nas aulas, eles teriam duas semanas inteiras sem nenhuma atividade, eles poderiam descansar.

Hanz estava no seu quarto, lendo um romance qualquer, enquanto Corei estava tomando banho. O celular de Hanz tocou de repente, ele correu até o aparelho, atendendo-o.

– Alô.

– Hanz?

– Ah, é você professor. Tudo bem?

– Tudo bem. Eu gostaria que você viesse até minha sala.

– Agora?

– Está ocupado?

– Não… é que está… tarde. São dez horas – disse.

– Não pode vim?

– Po… Posso. Eu já vou indo.

– Eu te espero. Até!

Hanz vestiu uma camiseta preta, da mesma cor da sua calça jeans, ele calçou seu par de chinelos vermelhos e saiu do quarto. Dez minutos depois chegou até o outro prédio, entrando na sala do professor de química.

– Chegou rápido – a voz de Iago adentrou nos seus ouvidos. Ele olhou para a poltrona, onde Iago estava sentado.

– Vim correndo – disse – aconteceu alguma coisa?

– Sim, eu queria falar com você – disse – sente-se.

Hanz caminhou até a poltrona que sempre sentava, ficando a olhar para o mais velho. Ele ficou esperando que Iago dissesse alguma coisa, mas nada aconteceu, deixando a sala em silêncio.

– Iago? – o chamou, erguendo uma sobrancelha.

– O que eu vou falar vai parecer um choque para você, mas é a mais pura verdade – disse.

– O que seria? – estava ficando curioso.

– Durante esse tempo… eu acabei gostando de você – disse.

– Gos… gostando como?

– Como um homem, oras – disse, levantando-se de sua poltrona – e eu queria que você soubesse.

Hanz travou, ele não sabia o que falar. Seu coração batia aceleradamente, ele olhou para suas mãos que tremiam, aquela situação estava ficando desconfortável. A voz de Iago voltou a invadir seus ouvidos.

– Eu não entendo como um garoto como você pode se envolver com um delinqüente como Kim Maccario – disse num tom baixo e rouco – você está amando aquele rapaz?

– “Amando? Mesmo depois desse tempo… eu não sei se fico com Kim por conveniência ou porquê eu gosto mesmo dele” – pensou – “mas eu gosto dele… mas eu não o amo”.

– Não consegue responder, não é? Eu sabia. Você sente medo de sair da proteção dele – disse – eu faria o mesmo que você. Hanz, você não está errado, você está assegurando sua sobrevivência nesse colégio.

– Não fale assim – pediu.

– Mas é a verdade, você mesmo não consegue se defender – disse.

– Eu… vou embora – disse, levantando-se.

Iago postou-se na sua frente, cruzando seus braços e olhando para Hanz de cima, ele ficou observando a face assustada de seu aluno. Iago estendeu sua mão e tocou no rosto de Hanz, que se afastou, assustando-se com aquela investida.

Num movimento rápido, Iago o puxou na sua direção e inclinou-se para baixo, beijando Hanz com paixão, enquanto segurava sua cabeça com as duas mãos, não o deixando escapar de sua investida. Os dois ficaram com os lábios grudados por um bom tempo, até que Hanz começou a gemer baixinho. Iago o soltou, vendo que ele se inclinou para frente para buscar um pouco de ar.

– “O que foi esse beijo? Foi tão selvagem… nem Kim me beija desse jeito” – pensou, aflito.

– Passe a noite comigo – Iago pediu.

– Não… – disse, ofegante.

– Tudo bem, eu não vou obrigar você como Kim obriga – disse – pode ir, mas se quiser falar comigo, apenas venha até mim.

Hanz saiu correndo daquela sala dando uma última olhada para Iago, observando aqueles olhos negros com atenção. Quando alcançou o corredor, sentiu seu peito ficar mais aliviado, mas não parou de correr até chegar na entrada do dormitório do terceiro ano.

– Hanz?

O moreno olhou para trás, vendo que era Kim e Kirios que se aproximavam com uma garrafa de vinho nas mãos. A expressão de Hanz não podia ser ignorada, ele estava vermelho, com os olhos arregalados e descabelado.

– O que aconteceu? – Kirios indagou.

Hanz sentou-se na pequena escadinha que levava a entrada do dormitório e olhou para os dois veteranos que se aproximavam, olhando diretamente para seu rosto. Será que era tão evidente que estava assustado? Não conseguia mudar sua expressão. Havia sido um choque.

– Alguém fez algo para você? – Kim indagou.

– Alguém fez algo sim, mas essa não é a pergunta certa, Kim. A pergunta certa é: quem foi? – Kirios disse.

– Tem razão – Kim concordou – e quem te deixou assim, Hanz? – indagou em seguida.

– “O que eu faço? Deuses… Kim vai enlouquecer” – pensou – “eu não posso dizer que não foi nada… eles não vão acreditar”.

– Diga, Hanz. Alguém te agrediu? – Kirios indagou, ele estava ficando curioso com aquele mistério.

– Não aconteceu nada – disse.

Kim e Kirios riram baixinho. Kim aproximou-se de seu namorado, sentando-se ao seu lado, passando sua mão por seus ombros.

– Não precisa mentir tão descaradamente. Assim você nos ofende – Kirios disse.

– Não vou falar – Hanz disse, talvez essa fosse a alternativa de mais sucesso.

– Por que não? Alguém te ameaçou? Me fala… você sabe que pode contar comigo – Kim pediu.

– Não, não vou falar – tornou a dizer.

– Ta… você não fala quem é, mas fala o que essa pessoa fez – Kirios sugeriu – er… vejamos. Alguém tentou te agredir?

– Não – respondeu, fechando os olhos.

– Ou então… te beijar? – tornou a indagar.

Hanz travou ao se lembrar de Iago lhe beijando, ele arregalou os olhos confirmando para Kirios e Kim. Os dois veteranos se entreolharam, definitivamente Kirios era bom num interrogatório.

– Agora, nós precisamos descobrir quem foi Kim – Kirios disse – afinal, você não quer que fiquem pegando seu namorado pelos cantos, não é?

– Diga-me quem foi Hanz – Kim pediu, passando a mão pelos fios negros do menor, olhando para seu rosto que ainda estava pálido. Ele estava irritado, mas só de ver o estado de Hanz, acabou se controlando, pensando mais em seu bem estar.

– Ele está assustado. Então vamos pensar Kim – Kirios disse – ele veio daquela direção correndo – disse, apontando para o prédio da escola – quem poderia estar esse horário naquele prédio nas férias?

– E por quê você foi lá, Hanz? – Kim indagou, ficando desconfiado.

– Ta… eu falo, mas você vai ter que me prometer que não vai falar nada, agir, ir atrás da pessoa, nem ficar brigando comigo. Vai ficar parado, em silêncio, olhando para minha cara – disse.

– Ah… mas que pedido é esse? – Kim indagou – não vou aceitar.

– Então não vou contar – disse.

Kirios ficou olhando para os dois, sentindo vontade de estrangular Hanz e obter a informação que queria.

– Ta… eu não vou explodir. Fala o que aconteceu – disse, franzindo seu cenho em seguida, mostrando sua face irritada.

– Vai agir como eu pedi? – Hanz indagou, para confirmar.

– Sim. Diga.

– O professor Iago me ligou e pediu para que eu fosse na sua sala para falar com ele – disse, chamando a atenção de Kirios que ficou mais interessado – e quando eu cheguei lá… ele disse que gostava de mim e me beijou. Pronto! Eu fiquei atordoado… e saí correndo. E agora estamos aqui.

– POR QUE VOCÊ FOI LÁ? – Kim indagou, começando a chacoalhar o corpo do menor – EU DISSE PARA VOCÊ NÃO FICAR SOZINHO COM AQUELE PROFESSOR.

Kirios segurou Kim antes que ele fizesse alguma besteira e agredisse Hanz, que não conseguia se soltar das garras daquela fera.

– Você não está reagindo como eu pedi – Hanz disse, tentando escapar.

– E você está me traindo com aquele professor? – Kim indagou, deslizando sua mão para os cabelos de Hanz, puxando-os e torcendo, causando dor no menor.

– Kim, pare, pare! – Kirios pediu, tentando puxá-lo para longe de Hanz.

– Eu não acredito que você está se esfregando com um professor. E tem outros alunos também?

Kirios levou uma cotovelada no estômago, soltando Kim antes que levasse mais algum outro golpe. Kim levantou-se e puxou Hanz para cima, começando a andar com ele escada a baixo, indo até uma árvore, encostando-o no tronco.

– Vai me bater agora? – Hanz indagou.

– Sim – disse.

A mão de Kim fechou-se a fim de golpear a face de Hanz. O menor fechou os olhos e baixou a cabeça já esperando aquela pancada, alguns segundos passaram e Hanz abriu um olho, vendo que Kim havia parado com sua mão no alto.

O veterano tremia levemente, ele não ia aceitar traição. Hanz não podia ser ingênuo, ele devia ter ido lá de propósito. Esses eram os pensamentos de Kim no momento, ele não podia acreditar que Hanz não sabia o que ia acontecer.

Kim desistiu de agredi-lo para o alívio de Hanz. Ele soltou o menor que respirou fundo e olhou para o lado oposto de Kim não querendo encarar aquele rosto tão enfurecido. Hanz deu um passo para o lado, para sair daquela proximidade tão perigosa com Kim, mas o braço do veterano fechou-se no seu. Ele não ia deixá-lo em paz.

Hanz foi arrastado para fora dali, procurando ir para um lugar afastado, longe do olhar dos curiosos. Hanz não disse nada, deixando-se ser arrastado pelo imenso jardim daquele colégio, indo por um caminho que nunca havia tomado antes.

Após alguns minutos de caminhada, eles pararam num lugar cheio de árvores e rochas. Kim desceu um pequeno barranco, puxando Hanz de qualquer jeito até que chegou aonde queria, jogando Hanz numa pedra redonda e extensa.

– O que vai querer fazer, Kim? – Hanz indagou, sentando-se naquela pedra fria e escura.

– Você aprender a me respeitar – disse – você não pode ser tão estúpido a pensar que Iago não ia querer nada.

– Eu admito que desconfiei das intenções dele, mas não pensei que ele fosse me agarrar – disse.

– Desconfiou? Então você foi sabendo que ele ia fazer isso? Você me deixa mais puto ainda! – gritou.

– Eu não sou tão burro, Kim, mas eu não pensei que Iago foi me agarrar. Que ridículo! Você está bravo comigo por eu não ter feito nada! Eu poderia corresponder aos toques dele – argumentou.

– Ah… então você se debateu e o agrediu tentando fugir? – indagou – eu não acho. Você o deixou beijar-te.

– É isso o que você quer acreditar – disse.

– Não Hanz, você mesmo disse que desconfiava. Não venha se fazer de santo… você não podia ter feito isso comigo.

Hanz fechou os olhos e abaixou sua cabeça, ele não conseguia argumentar contra Kim naquele estado. Um toque em seu queixo foi suficiente para ele erguer a cabeça e voltar a olhar para seu namorado.

– Eu quero que você entenda que eu não aceito traição.

– Eu não te traí – disse novamente, sentindo vontade de sair dali correndo. Ele não queria ser agredido por Kim.

– Não se preocupe, que você nunca mais vai me trair – disse baixinho, passando seu dedo pelos lábios de Hanz, numa doce carícia.

– Vai se separar de mim? – Hanz indagou.

– Ah, você quer isso?

– Não, droga. Eu só estou perguntando – disse, batendo na mão de Kim, afastando-a do seu rosto. Hanz fez a menção de se levantar, mas foi empurrado para trás, caindo deitado naquela pedra, batendo sua cabeça.

– Separar? Eu acho que seria uma boa escolha… afinal, você só deve estar comigo por causa da proteção que eu te dou – disse.

– Isso não é verdade! – gritou com força – “na verdade… também, mas eu gosto de você. Idiota” – pensou em seguida.

– É sim. Você nunca me disse nada nesse tempo que estamos juntos, apenas transamos e você vai embora. Eu que sempre te convido para sair, eu que sempre te dou alguma coisa, e sempre sou eu que te digo algo amoroso… – disse – você apenas aproveita.

Hanz sentou-se lentamente, vendo a fúria estampada naquela face. Pelo jeito ele não estava irritado apenas pelo fato de ter sido beijado por Iago, mas sim por outras razões que estavam acumuladas no seu peito.

– Eu… não consigo me expressar como você – disse baixinho, sentindo raiva de si mesmo por ter provocado tanta mágoa no seu parceiro – eu não te mereço. Você é tão bom para mim.

– Eu era bom para você – disse, chamando a atenção de Hanz – agora Hanz, você vai desejar não ter me conhecido.

– Vai querer me matar? – indagou.

– Não. Isso não. Mas eu vou acabar com você… e todos os dias, eu vou acabar com você.

– Acabar? Vai me bater Kim?

– Bater? Um pouco… – revelou – mas eu vou te tratar como eu trato os outros rapazes.

Hanz sentiu um frio correr por sua espinha ao ouvir aquilo, ele não tinha como argumentar. Kim estava possuído pela ira e não tinha reverter àquela situação.

Um soco foi desferido na face de Hanz que caiu para trás, colocando a mão na sua boca, que sangrava por ter mordido sua bochecha com o baque. Kim o puxou para cima pelo braço e o jogou no chão, batendo o corpo de Hanz contra a pedra. Ele começou a retirar suas roupas rapidamente, ficando apenas de cueca naquele lugar. Suas mãos correram até as roupas de Hanz, arrancando-as de qualquer jeito, vendo que ele não resistia a nada.

– Não pense que vou ser gentil – disse, erguendo Hanz que já estava nu, pressionando-o contra a pedra com seu corpo.

– “Esse Kim eu nunca conheci…” – pensou.

Outro soco foi desferido e desta vez atingiu o estômago de Hanz que gemeu alto e se encolheu de dor. Kim o empurrou para baixo, fazendo-o ficar de joelho e colocou seu membro para fora.

– Chupa! – gritou.

Hanz abriu sua boca lentamente, sentindo aquele volume adentrar. A mão de Kim fechou-se em seu cabelo, começando a movê-lo para frente e para trás, enquanto movia seu quadril deixando seu membro entrar e sair por aquela boca. Hanz não conseguia acompanhar, ele estava engasgando com aquilo. Quando Kim se deu por satisfeito, ele puxou o corpo do menor e o virou de costas.

A cabeça de Hanz foi pressionada contra a pedra, raspando seu rosto pela superfície áspera, cortando-o levemente na região de testa. Suas pernas foram abertas com os pés de Kim que estava se preparando para penetrá-lo. Hanz abriu sua boca, gritando ao sentir aquele membro lhe invadir a seco, sem nenhuma preparação.

Quando entrou por inteiro, Kim começou a se mover para frente e para trás, rasgando o corpo do menor que gemia baixinho, tentando se controlar. Os dentes de Kim fecharam-se no ombro direito de Hanz, mordendo-o com força, deixando dois filetes de sangue escorrer por seu dorso.

– Está… gostando? – Kim indagou. Ele fechou uma mão nos cabelos de Hanz, puxando-o para trás e sua outra se fechou na sua cintura, afundando sua unha na sua carne.

– Se… você estiver… – disse entristecido.

– Então gosta desse tratamento? Bom saber… pois os alunos do quarto ano vão adorar fazer isso com você – disse, movendo-se com mais velocidade e força.

Kim saiu de dentro daquele corpo e o jogou em cima de uma pedra que estava empilhada a outra menor. A barriga de Hanz ficou deitada naquela pedra enquanto seus dedos do pé apenas relavam no chão, dando uma posição perfeita para Kim. Ele avançou no corpo menor, puxando para trás um pouco, fazendo o corpo de Hanz raspar na aspereza da pedra.

O membro de Kim voltou a penetrá-lo sem piedade. O corpo de Hanz movia-se para frente e para trás, sentindo a pedra cortar sua pele com esse movimento. Ele gemia baixinho, com os olhos cheios de lágrimas, magoando-se com cada ferimento que Kim lhe proporcionava.

– “Não… me machuque mais…” – pedia em pensamento.

Kim o puxou para trás e saiu de dentro dele, jogando-o no chão, olhando para o estado deplorável que seu namorado estava. O veterano masturbou seu membro e apontou na cara de Hanz, gozando na sua face. Hanz escorregou e caiu na terra de lado, com os olhos abertos, olhando para os pés de Kim.

O coração de Hanz estava acelerado, ele nunca havia enfrentado tanta violência. E para sua infelicidade, Kim começou a chutá-lo na região das costelas com força, fazendo cuspir sangue. Ele não agüentava mais aquilo. Será que merecia aquele tratamento?

– Eu vou chamar Kirios agora – Kim disse – ele vai adorar cuidar de você.

O veterano começou a se vestir rapidamente, olhando para o corpo do menor que não se movia. Ele pegou seu celular e ligou para Kirios, que atendeu rapidamente. Kim pediu para que ele viesse até o local que estavam que era bem conhecido pelos garotos do quarto ano.

Quando Kirios chegou, ele não acreditou no estado que Kim havia deixado Hanz. O karateca sentou-se na pedra e disse:

– É todo seu. Faça o que quiser.

– Mesmo? – Kirios indagou, com certo receio.

– Sim. Pode fazer o que quiser.

Kirios caminhou até Hanz, ajoelhando-se ao seu lado, olhando para sua face toda machucada. Ele tocou nos seus cabelos vendo que saiu um pouco de sangue. Kim havia judiado.

– Por que traiu Kim, Hanz? – Kirios indagou num sussurro.

– Eu… não trai – disse baixinho.

– Hum… então por que ele te deixou desse jeito? – indagou, olhando para o corpo de Hanz com mais atenção.

– Porque ele é… ciumento… possessivo… orgulhoso… e um idiota – disse baixinho, sentindo seu corpo doer.

– Anda Kirios!

A voz de Kim invadiu os ouvidos do loiro, que pela primeira vez sentiu vontade de proteger um aluno. Ele puxou Hanz para cima, o colocando sentado na pedra. Ele passou sua mão pelo rosto do menor, passando seu polegar por seus lábios inchados.

– Kim, como seu amigo. Eu não vou fazer isso – Kirios disse, chamando a atenção do karateca.

– O que?! Você sempre quis fazer isso, Kirios. O que está esperando? Acaba com ele – disse.

– Não posso. Você vai se arrepender tanto depois – disse – eu sou meio louco, mas não sou idiota, Kim. Você está apaixonado.

– “Kirios dizendo isso? Céus… até mesmo Kirios tem mais coração” – Hanz pensou – “Como você pode me amar, Kim? Eu sabia… isso não é amor. Você é um cretino… que ódio que eu sinto. Eu nunca te fiz mal”.

Kim saiu de sua posição e foi até os dois, puxando o braço de Kirios e o jogando contra a rocha, avançando nele. O loiro ficou parado, esperando que Kim começasse a lhe xingar, mas foi o contrário, ele o puxou pela nuca e beijou os lábios do loiro.

Kirios retribuiu o beijo e quando se afastaram, Kim olhou para Hanz que não demonstrou nada no olhar além de perplexidade. Kirios respirou fundo e depois olhou para Hanz.

– Hanz, vai embora – pediu.

– O que? – Kim indagou – eu não vou deixá-lo ir.

– Eu fico com você hoje, Kim – Kirios disse.

Hanz levantou-se lentamente e foi até sua calça, vestindo-a com dificuldade, ele calçou seu par de chinelos e pegou sua cueca e sua camiseta na mão, saindo daquele lugar lentamente, sem olhar uma única vez para trás.

OoO

Continua…

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