Irresistível Força – Capítulo 1
O despertador toca. O dia tinha amanhecido mais uma vez. Eram 07:00 horas da manhã. Eu precisava levantar, tinha muitos compromissos na empresa da minha família.
Sou orfão de pais. Fui criado pelos meus avós paternos. Não tinha irmãos. Meu avô, Demétrio Garini, havia falecido há três anos e, desde então, eu assumi o controle da empresa da família, uma empresa de renome nacional. Eu fui preparado desde os meus primeiros anos de vida para suceder meu avô. Minha avó, Virginia Garini, uma ex-dançarina não tinha condições de assumir nossa empresa. Ela foi bem clara abrindo mão do controle da empresa com meu avô ainda vivo.
Eu tenho 24 anos. Sou formado em administração de empresas, com duas pós-graduações no currículo: uma no Brasil e outra nos Estados Unidos. Sou muito compentente. Nossa empresa fornece materias e insumos hospitalares para diversos hospitais e grupos de saúde. Geralmente trabalhamos com empresas privadas. Nosso maior cliente é o grupo B. Health, um dos maiores do País.
Sou muito bonito. Tenho 1,87, 80kg, branco, olhos castanhos, cabelos castanhos, lisos e um pouco arrepiados. Eu sempre malhei pra manter o corpo em forma. Tenho os músculos definidos mas sem exageros.
Sempre fui muito cortejado por homens e mulheres, mas sempre fui gay. Meus avós sempre respeitaram minha condição.
Desci a escada da cobertura, a mesa do café estava posta. Eu e minha vó morávamos numa cobertura de 3 andares. Saímos da mansão após à morte do meu avô. Além de grande, aquela mansão nos trazia muitas lembranças dele. Era quase um museu. Mas na cobertura vivíamos felizes. Eu só namorei sério uma vez, mas, naquela altura da vida, depois de tudo o que passei, achava o amor uma coisa patética.
Cumprimentei minha avó que estava comendo um croissant.
Eu – Bom dia, dona Virginia!
Vó – Me chama de avó, garoto!
Eu – Bom dia, vó! Eu te amo, minha preferida!
Vó – Sou sua única avó mesmo. Sua avó materna já morreu, assim como seus avós.
Eu – Que assunto mais desagradável para se falar a esta hora da manhã!
Vó – Você que começou. Muitos compromissos na empresa hoje?
Eu – Duas reuniões, apenas. Uma é com um dos acionistas do grupo B. Health.
Vó – Qual dos?
Eu – Afonso Guarupe.
Vó – Boa sorte!
Eu – Nunca o vi, mas não deve ser esse “monstro” que dizem.
Vó – Ele comprou às ações há uns dois meses. Chegou ontem da Espanha.
Minha vó estendeu o jornal para mim. Que homem lindo! Devia ter uns 28 anos. Fiquei admirado com tamanha beleza.
Vó – Não vai se apaixonar por esse galinha. Ele é o maior mulherengo.
Eu – O amor é coisa de imbecis. Eu quero é lucro! Tenho coisas mais importantes a pensar no momento. Me apaixonar não é minha prioridade. Não ligo pra sentimentalismo. Detesto esse papo de namoro, casamento… Não nasci pra isso.
Vó – Diz isso pra o seu coração. Um dia você ainda vai ser dar mal. Um dia você se entregará a essa irresistível força que é o amor.
Eu – Posso ir? – não gostava desse assunto.
Vó – Só tomou um copo de suco? Vai ficar doente se não comer direito.
Eu – Não sou criança. Vou tomar café na empresa.
Dei um beijo na minha vó, peguei minha pasta e já ia saindo…
Vó – Tenha um bom dia, apressadinho! Te amo!
Eu – Também te amo!
Trinta minutos depois estava na empresa. Tudo ia bem como de costume. Mais ou menos uma hora depois, eu estava na sala de reuniões com alguns diretores da empresa discutindo sobre assuntos internos da empresa. Após essa reunião tomei um café na sala da presidência e fiquei aguardando o Afonso chegar. Não o conhecia. Ele havia se tornado sócio do B. Health mais ou menos dois meses atrás. Ele era um novo rico. Era espânico-brasileiro pelo o que vi no jornal.
Quinze minutos depois minha secretária anuncia sua chegada.
Stela – Doutor Renan, o doutor Afonso Guarupe chegou.
Eu – Mande-o entrar.
Stela – Por aqui, doutor. – Stela falou abrindo a porta.
Afonso – Obrigado! Com licença… Bom dia, Renan!
Eu – Bom dia, Afonso!
Afonso é lindo. Mais alto que eu pouca coisa, branco, cabelos pretos e lisos cortados bem baixos. Era bem forte, tinha os olhos verdes, uma boca vermelha. Uma perfeição. Eu quase tive um treco.
Afonso estende-me a mão me fazendo sair do transe.
Afonso – Algum problema?
Eu – Não… Desculpa… – aperto sua mão e me sinto envergonhado por aquilo. Fiquei parecendo um bobo.
Afonso – Sua empresa é excelente. Vi que o nosso grupo está em boas mãos.
Eu – Só estou valorizando o nome do meu avô. Ele sempre prezou pela qualidade e eficiência em nossos serviços. Qual o motivo da sua visita, afinal?
Afonso – Vim para tratarmos de algo muito importante. Sou novo nesse ramo de saúde, mas já fui muito advertido quanto a ele. Não sei como sua empresa se manteve como fornecedora do grupo até hoje, mas tenho uma proposta a fazer.
Eu – Faça – estava ficando muito desconfiado.
Afonso – Se sua empresa quiser continuar sendo fornecedora do meu grupo, terá que desembolsar um bom dinheiro por fora…
Eu o interrompi: Você está falando em propina?
Afonso – Chame como quiser… Prefiro gratificação, bônus…
Eu – Isso é um absurdo!
Afonso – É pegar ou largar. Não sou amador. Sei o quanto já lucraram em nome do B. Health. Agora quero receber em troca do meu apoio pra que continuem nos fornecendo os seus produtos.
Eu – O bônus maior é nossa qualidade, nossos preços. É por isso que estamos no mercado há tantos anos.
Afonso – Novos tempos. Saiba que se não aceitar vou fazer de um tudo para que o contrato com vocês seja rompido. Têm dezenas de empresas no meu pé. Eu trabalho dessa maneira. O encerramento desse contrato vai acabar com a sua empresa. Todos os seus clientes irão migrar pra outras empresas. É a sua falência, Garini!
Eu não acreditei no que estava ouvindo…
Como ele podia ser tão lindo e tão sem caráter daquela maneira? Ele estava me chantageando em troca de dinheiro. Por isso todo mundo falava mal dele.
Continua…
E então, galera? Gostaram? Paro ou continuo?
Conto com vocês.
Please não pare ♥♥♥ amei
Continuaaa ???
Eu gostei continue a escrever por favor