Irresistível Força – Capítulo 7
Eles me olhavam sem dizer nada. Eu estava muito mais surpreso com essa história. Esse segundo envelope estava tinha um remetente: George Milano. O que ele queria depois de tantos anos? Será que o primeiro envelope era dele?
Eu estava perplexo. Tinha colocado o envelope no colo e estava com as mãos na cabeça. Eu só consegui chorar e pensar no Arthur. O que o pai dele queria? O George era pai do Arthur. Ele vivia viajando e, por muitas vezes, levava o Arthur com ele. Ele vivia bem com a a Rosana. Conseguia manter o casamento sólido, mesmo em meio as suas viagens constantes.
Miguel – Quem te mandou esse envelope? Aconteceu alguma coisa? Fala comigo, meu amor. – o Miguel estava do meu lado agora, ele estava agachado ao meu lado. – Eu quero te ajudar, por favor, fala comigo.
Eu deixei ele e minha avó na sala, e saí correndo em direção ao meu quarto. Me tranquei lá dentro e me joguei no chão. Estava sentado no pé da cama. Quem olhasse a cena lembraria do dia em quem tinha brigado com o Arthur; ele estava sentado daquela maneira.
O Miguel começa a bater na porta. Eu mando ele ir embora e depois de uns dois minutos, ouço a voz da minha vó pedindo pra ele ter calma comigo. Ela sabia o quanto aquela maldita história ainda mexia comigo.
Eu abri aquele envelope e pude ver um papel timbrado com as iniciais do George. Comecei a ler aquela carta. Parei de chorar um pouco pois queria entender o conteúdo dela. O George me dizia que a Rosana estava muito mal, que nunca teve coragem de me contar toda a história por trás do suicídio do Arthur. A Rosana estava doente. Ela estava perto de morrer. Ela decidiu me mandar as três cartas que o Arthur deixou. Duas delas eram para mim. A outra carta foi a do suicídio. Ele deixou como uma forma de consolo aos pais. Ele ainda me dizia que eu assistisse o DVD com calma. Ele me mandou o endereço do hospital onde a Rosana estava internada. O câncer estava em estado avançado e ela estava desenganada. Ela queria me ver.
Eu não tive coragem de ler as cartas do Arthur. Estava muito abalado com isso tudo. Peguei no sono ali mesmo. Dormi abraçado com as cartas do Arthur.
[Miguel narrando]
Desci as escadas com a dona Virginia. Nos sentamos no sofá e começamos a conversar sobre esse tal George.
Eu – Quem é esse George?
Virginia – Ex-sogro do Rê. Pai do falecido. Eu só não sei o que ele quer com o meu neto. Depois do suicídio do filho, nunca mais ele falou conosco.
Eu – Estranho esse aparecimento dele… É melhor eu voltar amanhã. Acho que ele vai passar o resto da noite trancado.
Virginia – Preparo o quarto de hóspedes pra você. Não precisa ir embora.
Eu – É melhor. Tenho que colocar meu plano pra amanhã em prática. Depois eu ligo pra senhora… Obrigado, sogrinha.
Virginia – Quero saber sobre esse seu plano. Quanto mistério, genro!
Eu me levanto, beijo a Virginia e vou em direção à porta. Virginia me acompanha e me abraça.
Eu – Me liga se precisar de alguma coisa com o Rê… Estou preocupado… Mas… Tenho que respeitar o espaço dele.
Virginia – Claro, meu querido. Fique tranquilo. Dirija com cuidado… Vai com Deus.
Eu – Pode deixar. Amém. Beijo, sogra! Deixo ele em ótimas mãos…
Eu sempre fui muito romântico. Odeio brigar. Eu respeitei o espaço do meu amor. Eu sabia o quanto tudo estava sendo difícil pra ele. Imagina a confusão que a cabeça dele estava. Eu ganhei o seu coração. Precisava deixar ele livre, mas preso a mim. Eu deixei ele chorar sozinho e em paz.
O que vai acontecer no dia seguinte? Gostaram do Miguel narrando? Daqui pra frente alguns personagens vão narrar também. O que a Rosana quer com o Rê? Qual será o plano do Miguel? O jantar vai pegar fogo. Quem será o convidado misterioso?
Continua…
Obs.: Postei um capítulo curto por falta de tempo. Posso postar o próximo capítulo mais tarde, mas nada definido.
To adorando essa história,espero que o Rê possa superar o Arthur e ficar bem com o MIguel!!
Ansiosooo para o próximo capítulo!! <3 <3 <3