Contos

Apaixonado por um Traficante – 2° Temporada – Capítulo 3

O rosto de minha mãe naquele minuto deu medo ela estava se dirigindo para a cozinha quando também fui atras dela, e não estava nem ai para o que eu falasse.

– Mãe mas por que você quer mãe, eu não quero ir viajar não.

– Guilherme você vai sim, ainda mais você não vai ficar sozinho aqui em casa.

– Mas mãe…

– Guilherme eu não quero saber você vai junto sim, e comece a fazer suas coisas.

Minha mãe vira de costas para mim e começa a fazer alguma coisa com a mala que ela tinha tirado de cima do armário, minha mãe nesse minuto não olhou mais para mim só virou e ficou de costas como se eu não estivesse ali.

Saio dali do quarto dela indignado como se eu fosse um nada para ela, sem entender o que estava acontecendo ali, começo a andar ate a porta, abro ela bufando de raiva, e me sento na escada na frente de minha casa, olhando as pessoas na rua, meu rosto começando a ficar vermelho e quente, pelo fato de eu querer me debulhar em choro profundo, ir numa coisa que eu não quero, e Junior como ia ficar, eu sem ele não sou mais nada, tenho que fazer algo cara.

Me levanto e saio correndo para a casa de Junior, passando por todos correndo e começando a chorar profundamente, meus braços indo para frente e para trás minhas pernas aumentando a velocidade e continuando a subir a rua desesperadamente.

Chego na frente da casa de Junior e o portão estava aberto.

– O Junior esta ai. Pergunto para um de seus capangas branco a coisinha mais linda ali, baixinho fortinho metido a valentão, mas nem dei comparação a ele, Junior era o único a mim.

– Ele ta la dentro, vai la cara.

Nem dei muita bola a ele, continuei a andar, pois tinha que avisar Junior o mais rápido possível, que eu ia embora para não sei aonde, tinha que sair dali mas sabendo que ele poderia vir atras de mim.

Nem toco a campainha e abro a porta olhando para o interior da sala e vejo Junior prensado na parede com os braços para cima e olhos fechados,e uma morena alta salto alto, um senhor de uma bunda, bem malhada de beiço grudado agarrando ele pelos ombros, sabe quando seu estomago da aquele frio que começa desde o seu pé e sobe ate a sua cabeça, uma raiva de ter sido usado todo o tempo.

Junior olha para mim e empurra a moça e ela faz o mesmo olhando com os olhos para mim.

– Gui. – Diz Junior.

– Seu primo Junior. Diz a moça.

– Gui, eu, entra. Junior desesperado sem o que falar começa a caminhar e eu saio fechando a porta, indo para o portão e passando pelo seu capanga gostosinho, com aquela arma na mão e com uma cara de machinho.

– Ei calma ai cara. Junior pega meu braço e me vira com tudo.

– Me solta.

Eu digo arrancando meu braço do das mãos dele e saindo correndo portão a fora.

Ainda olhei para trás e vi Junior botando a mão na cabeça e olhando desesperadamente para mim, meus olhos se encheram de lagrimas e minha cara se tomou em lágrimas, elas desciam mais e mais pelo meu rosto.

Como se aquilo fosse uma confirmação para mim não confiar em mais ninguém.

– Junior me tirou para otário, desgraçado.

Eu falava entrando na sala de minha casa e indo para o quarto de minha mãe.

Minha mãe ainda arrumava algo quando eu fui ate ela e abracei ela pelas costas.

– Vamos mãe, vamos sair daqui agora, por favor vamos.

Ela se vira e olha para mim pegando meu rosto

– Como assim meu filho.

– Vamos mãe, que horas você vai vamos agora por favor.

– Mas eu tenho.

– Vamos mãe eu vou agora fazer minhas malas, vou chamar a Suelen e vamos sair daqui agora por favor.

Largo minha mãe e vou para meu quarto faço uma mala bem rápida ainda com aquele beijo em minha cabeça, Junior com a boca grudada com aquela vadia.

Com uma camisa e a bermuda que ele me deu, peguei uma tesoura e estraçalhei a bermuda em mil pedaços descontando a raiva que eu estava com tudo aquilo atirando todos os restos por cima da cama.

Comecei a pegar minhas coisas e algumas roupas que estavam mais perto, botei tudo dentro da mala, e comecei a colocar as malas na sala, minha irmã já estava com a sua pronta quando Jeferson seu namorado entra pela porta com a mala dele pronta.

– Vamos. Ele dizia.

Peguei minha mala e minha mãe ainda não entendendo por que meu rosto estava tão vermelho ainda.

Botamos as malas dentro porta malas, e vejo alguém olhando para mim.

Viro para Junior, que estava com as mãos na cabeça o rosto tenso, pensei comigo que se eu não fosse ele poderia vir aqui e botar tudo a perder.

Sem que ninguém visse ando ate o beco mais próximo e entro nele por trás das tabuas, sinto aquele calor junto comigo atras de mim, me pegando pela cintura e tentando tacar um beijo em minha boca.

– Me solta desgraçado. Eu empurro ele, Junior com os olhos cheios de lagrimas.

– Gui, foi um mal entendido cara.

– Exatamente Junior foi um mal entendido mesmo, fui um trouxa em acreditar que o Junior traficante da vila estava apaixonado por mim, desculpa por viver num contos de fadas Junior.

– Guilherme entende uma coisa cara, ela me beijou força.

– A sim Junior aquela é a Samantha molhadinha.

– Gui…

– Junior eu não quero saber mais, me esquece acabou tudo nunca mais olha na minha cara, vai viver com essas vadias que estão com você só por que você tem dinheiro e um pau enorme no meio das pernas.

Ando ate a saída e Junior me pega pelo braço me levando ate a parede.

– Você não pode fazer isso, é injustiça comigo Guilherme, pelo amor de Deus veio ela me beijou a força. Junior me pressionava na parede.

– Não quero saber não, me solta que você esta me machucando.

– Guilherme tenta entender eu te amo cara, eu quero é ficar com você.

– Me solta. – Eu me solto de seus braços olhando para seu rosto lindo, de macho, a coisa mais linda do mundo aquele moreno alto forte e gostoso,a camisa regata e aquela tatuagem dando um sinal de rei a ele.

– Acabou Junior, me esquece.

– Gui, não você não pode eu nunca vou te deixar.

– Vai sim se não eu juro Junior que faço uma loucura.

– Você é meu cara.

– Não sou mais, ta achando o que. Que eu sou um brinquedinho.

– Você não pode me deixar.

Junior me pega a forãa e taca um beijo enorme em minha boca, sem querer perceber o que estava fazendo, botando sua língua na minha boca e agarrando minha cintura, e cada vez que eu tentava não conseguia pelo fato dele estar me agarrando muito forte em meus braços.

Junior continuou a me beijar, eu sentindo a sua boca o seu beijo quente e seu gosto maravilhoso mas mesmo assim com um ódio por dentro que me veio uma força que eu empurrei ele e com um tapa soou em sua cara.

– Nao me procura mais, desgraçado e me esquece.

Saio dali daquele beco vendo ele botar a mão na cara e balançar a cabeça com um sinal de não, seu rosto triste enquanto eu caminhava ate o carro de Gerson e entrava tapando minha cara com a mão.

Gerson liga o carro e Junior para no meio da rua enquanto Gerson logo em seguida liga o carro enquanto Junior continua a nos olhar, mas ainda bem que minha mãe e nem ninguém olhou e nem percebeu.

Eu com a minha cabeça na janela, quando vejo meu celular tocar, Junior me deu um toque atras do outro, e mais uma mensagem que vinha junto.

“Me liga precisamos conversar o mais rápido possível, eu te amo por favor não faz assim.”

Deletei a mensagem e logo mais uma vinha e ainda bem que estava no silencioso, mas dessa vez era do Rafa.

” Gui eu te ligo daqui a pouco, to na casa da camila abraços. Rafa”

Essa eu aceitei, e mais uma mensagem que já estava me dando nos nervos aquilo.

“Gui por favor cara me liga não faz assim não meu, já te falei foi um mal entendido que essa vadia fez meu. Beijos Junior”

Deletei de novo, e continuei a olhar para rua enquanto minha irma e seu namorado conversava e minha mãe lia as suas revistas.

– Gui ta tudo bem, você tava chorado por que.

– Tava chorando Guilherme.

– Perguntava minha irma.

– Não foi nada, eu vou dormir, quero ficar quieto.

E assim eu fiz fechei os olhos, e fiquei quietinho como se estivesse dormindo, mas pensando na cachorrada que Junior tinha feito, meus olhos ardendo quando pensava naquele moreno gotoso desgraçado, aquele beijo não saia de minha mente, assim como as vezes e muitas vezes que fomos felizes, seja nas horas dos sexos e nas horas quando eu e ele estávamos rindo e brincando, Junior tinha se tornado meu super herói, uma coisa única a mim, meu ponto mais fraco de toda a minha vida.

Eu amava ele muito.

Precisava dele ao meu lado, mas se fosse assim não queria mais nada, afinal Junior era um traficante, poderia entrar e algum tiroteio e morrer a qualquer hora ou sei lá.

Tinha que ser assim ele para um lado e eu para o outro, tinha que viver comigo mesmo, encontrar outras pessoas que me entendam, outras pessoas que não botem a minha vida em risco.

Junior tinha perdido o pai em assassinato e também tinha me perdido.

E aquela desgraçada me chamando de primo.

AI QUE RAIVA… ASSIM MESMO FECHO MEUS OLHOS E ADORMEÇO PROFUNDAMENTE SEM OLHAR PARA MAIS NINGUÉM E PARA MAIS NADA.

Me acordo com uma vibração embaixo do meu corpo, o celular vibrava depois de um certo tempo, e pelo que vejo o carro estava parado e ninguém estava nele de longe vi minha mãe, minha irma e o namorado dela dentro de uma lanchonete lanchando, olhei para o celular e Junior ligava pela 34 vez.

Desligo na cara dele, e continuo a olhar para a rua. Pego de novo o celular e olho 43 mensagens recebidas, tudo da mesma pessoa.

Nada disso ia me convencer de nada.

Continuo a olhar para rua quando o celular toca de novo.

– O que você quer. Eu atendo com muita raiva.

– Guilherme pelo amor de Deus.

– Junior me esquece acabou tudo vai viver com essa vadia vai.

– Então e assim mesmo.

– Sim Júnior me esquece.

– Aonde você esta.

– Não te interessa.

– Porra Guilherme sera que você não vê que eu te amo cara.

– Eu vi Junior ao entrar dentro da tua casa e ver você de beijos com aquela vadia.

– Então ta guilherme, falou ai seja feliz.

– Você também.

– Mas não esquece nos vamos nos barrar eu vou atrás de você.

– Não quero nem saber Junior.

Falou então. Junior desliga na minha cara e a raiva aumenta.

Odeio que desliguem na minha cara. A viagem continua e as ligações tinham parado, fiquei mais tranquilo mas a minha angustia de querer vê-lo era bem maior.

– Mãe para onde vamos.

– Para um lugar Guilherme, você vai ver quando chegarmos.

– Mas não pode me falar.

– Agora não guilherme, fica quietinho ai que já estamos chegando.

Comi o lanche que minha mãe tinha trazido para mim e meu celular vibra de novo.

– Nossa mas quem te liga tanto Guilherme deixa eu ver.

– Ninguém Suelen me deixa quieto.

Olho a mensagem que estava na tela.

” To saindo agora investigar aonde você esta, vou reunir um batalhão de homem para te buscar, você vai ser meu.

Deleto a mensagem, tava com uma gana de Junior queria ver ele ferrado.

Não queria olhar nunca mais para a cara dele, se achando o machão, o tal por ser um traficante, agora me amedrontando dizendo que vai vir atras de mim com um batalhão de homem.

Não tava mais com medo. Junior não seria louco de fazer nada a mim, mas pensando bem, ele é um traficante, normalmente essa gente não tem do e nem piedade dos outros.

Continuei a olhar para a tela do celular e escrevi uma mensagem rápida.

“Tu nem é louco.”

Minutos depois ele me responde de novo.

“Tu não viu o louco ainda.”

Desgraçado, deleto a mensagem e desligo o telefone, atirando ele para dentro da minha mochila bufando de raiva daquele homem desgraçado.

Que saco por que não me esquece.

Ainda imaginei Junior com um monte de homem mandando todos para vir atras de mim, passando por cima de todos para falar comigo. Junior na verdade para mim naquele momento não queria era perder para mim. Ele queria dizer que tava tudo acabado, que tudo não poderia acontecer, e além do mais Junior era um macho daqueles, não tinha como se tornar gay, minha cabeça pensando nisso, pensar que Junior poderia ser meu homem, ser meu macho, nada a ver Guilherme. Como que tu pensa que o Junior aquele homem poderia ser seu homem cabeça minha cara.

As vezes eu imaginava, “Esse é guilherme meu namorado”. Dizia Junior me apresentando aos outros, que viagem a minha pensar em alguma coisa desse tipo.

Ou então até algo mais romântico fazendo a mim, Junior não era de ser um homem romântico.

Que loucura cara.

Em pensar isso na verdade eu tinha era que esquecer Junior sabia que ia ser muito difícil. Mas tinha que tentar esquecer ele e nunca mais olhar para a cara dele, apenas aquilo que aconteceu entre nós la na casa dele, foi uma descoberta para mim e uma fantasia para ele, Junior nunca ia olhar para mim como se eu fosse o outro par dele, nunca olharia para mim como se eu fosse algo importante a ele.

Claro que seria muito difícil me desfazer assim e me desligar daquele homem mas tinha que tentar. Tinha que tentar tirar o meu da reta, esquecer que um dia eu fui comido pelo Junior, tentar algo mais importante.

CHEGAMOS em uma casa, de praia que era de meu pai, alias meu pai estava viajando nessa época ele é diretor de uma empresa de sistema de segurança, e ele e o Junior são muito amigos.

Colocamos para dentro de casa as malas e minha irmã já queria sair para dançar na noite. Gerson como era puxa saco dela, também quis.

– Vamos Gui, você ta ai todo se estrebuchando não sei porque. Vamos com a gente.

– Tudo bem.

Nem nos arrumamos, íamos só para olhar o movimento, e eu tentar esquecer o Junior quem sabe encontraria algo mais legal por lá.

Logo que chegamos ja me deparei com um pagodão, muito legal, ficamos nos três num canto olhando a banda que tocava e sentia em meu lado um olhar me cuidando.

Viro meu rosto e vejo um guri acho que da minha idade me olhando, cabelos arrepiados negros, olhos verdes fofinho era um gatinho na verdade, olhei para ele vendo ele rindo para mim, também do um sorriso, e ele abana para mim.

– Su eu vou ali pegar uma keep cooler tá bom.

– Vai lá.

Sai em direção ao bar e senti o menino vir atras de mim.

Mas sabe quando você não se interessa, só quer saber como é o gosto da vingança, pois é.

Me sentei nas cadeiras do bar e pedi a bebida, e vejo o braço branco dele parar do meu lado.

– Bom o pagode né.

– Ahan – Digo eu.

-Eu sou Felipe prazer.

– Guilherme. Eu digo apertando a sua mão.

– Sabe eu tava ali te vendo, você não é daqui não.

– Sou novo aqui.

– Legal, eu posso te mostrar a cidade aqui da praia se quiser.

Mas o que sera que ele queria na verdade.

– Claro. Eu digo me arriscando vendo em meus pensamentos Junior estraçalhar aquele garoto ele era muito gatinho.

– Vamos então, pode ficar tranquilo eu não sou um psicopata, só vamos dar uma volta.

– A sim clara vamos então.

Aviso minha irmã, e fui com Felipe conhecer um pouco o centro da praia que estávamos, combinei de depois encontrar minha irmã ali naquele bar mesmo.

Felipe me apresentou vários lugares.

Incluindo o cais enorme que tinha lá.

– Vem cara ninguém vai ver.

– Mas e os guardas.

– Eles não costumam vir aqui a noite me da a mão e vem cara.

Pulamos o muro e fomos ate a beirada do cais a noite estava linda. Mas ainda olhava para o horizonte e me lembrava de Junior como se aquele moreno gostoso estava em todos os cantos de minha vida.

Paramos os dois na beirada e olhando para o mar, vendo as ondas sinto a mão de Felipe em cima da minha e ele se vira para mim, faço o mesmo olhando para ele nos aproximando a cada segundo, Felipe molda sua boca na minha movendo seu boné para trás enfiando a língua dentro de minha boca.

Agora o que eu fiz depois ainda pensando em Junior te conto no próximo capítulo.

Continua…

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