Amor Fora Da Lei – Capítulo 2
Eu me chamo Gilson Santos,mas sou conhecido por todos como Ticão,hoje em dia eu sou temido e respeitado por todos no Morro Da Rosa Branca,mas nem sempre foi assim.
Eu sempre fui filho de mãe solteira e não fazia a mínima ideia de quem era o meu pai,a Dona Rosa sempre foi uma mulher muito guerreira e sempre se virou para me criar sozinha,mas a minha vida virou uma desgraça desde que a minha mãe foi assassinada pela a raça mais desgraçada desse mundo,a polícia.
Flash Back On
Eu tinha apenas 8 anos de idade,quando mais um tiroteio entre policiais e traficantes acontecia no nosso morro que na época se chamava apenas Morro Da Pedra Branca,sempre que tinha esses tiroteios os traficantes se escondiam na casa dos moradores e nós tinhamos que dar abrigo para eles.
Nesse dia quem pulou a janela lá de casa foi Igão,membro de uma antiga facção que tomava conta do morro.
Igão – Dona Rosa eu vou ter que me esconder aqui não tem jeito.
Mãe – Tu não toma jeito em menino,se esconde ai.
Enquanto o tiroteio comia solto do lado de fora nós ouvimos umas batidas fortes na porta.
Igão – Fudeu é os polícia.
Mãe – Sai pela janela do quarto do Gilson.
Mal o Igão saiu e a porta foi arrombada pelos policiais.
Mãe – Moço eu tô sozinha com o meu filho pelo amor de Deus.
Policial – A senhora tá escondendo traficante que eu sei. Disse ele puxando ela pelos cabelos.
Mãe – Eu não tô escondendo ninguém não seu polícia.
Eu – Solta a minha mãe seu filho da puta. Disse chutando a perna dele.
Policial – Tá querendo morrer pivete? Disse ele apontando a arma pra minha cabeça.
Mãe – Não faz nada com o meu filho pelo amor de Deus. Disse ela chorando.
Policial – Então você vai no lugar dele
Ao dizer isso ele atirou na testa da minha mãe e matou ela na minha frente.
Desde aquele dia que eu passei a odiar aquela raça e jurei que iria matar todos eles.
Depois que a minha mãe foi enterada eu fui morar com uma tia minha que já tinha outros 8 filhos e eu ajudava na renda de casa vendendo cloro pela rua.
Aos 12 anos eu tive o meu primeiro contato de perto com o tráfico,quando um dos traficantes me pediu um favor ao me ver descendo o morro.
Ele – Opa muleque,cê tá descendo morro?
Eu – Tô sim…
Ele – Leva esse pacotinho pra mim.
Eu comecei como aviãozinho e logo o dinheiro subiu a minha mente e eu me tornei um dos membros da facção e hoje aos 29 anos de idade sou o chefão do Morro Da Rosa Branca,eu mudei o nome do morro a alguns anos atrás em homanagem a minha mãe,Dona Rosa.
Flash Back Off
Vida de chefe não é fácil,eu posso morar em uma mansão no topo do morro e ter todas as mulheres aos meus pés,mas também tenho muitas responsabilidades,sou eu quem mantenho a creche do morro que foi montada por mim e eu gosto de controlar tudo o que acontece na minha área.
Fisicamente eu me considero um cara bonito,sou negro,1,98 de altura,olhos pretos,cabelo cortado na máquina 1 e sou bastante musculoso devido aos exercícios que eu faço.
Durante toda quinta-feira a noite eu tinha fudido com a Taís,ela é uma mulher bem bonita,morena dos olhos verdes,um corpão violão e cabelos longos e cacheados.Ela vivia no meu pé,mas não era mulher o suficiente pra mim,aliás mulher nenhuma era suficiente pra mim,o meu coração se fechou quando eu tinha 19 anos.
Flash Back On
Eu ainda nem era chefe do morro,quando eu conheci a Carla,eu fiquei apaixonadão por ela e depois que ela ficou grávida de mim e eu cogitei até em largar a vida do crime e ir viver com ela e com o meu moleque,quando ela foi com a mãe dela para o hospital no dia do parto eu fiquei super feliz,pois finalmente conheceria o meu moleque,eu não fui até o hospital,pois a gente que é traficante não pode sair do morro.
A minha vida acabou,quando o irmão dela veio de noite me contando a notícia de que ela havia morrido no parto e o meu filho morreu poucos minutos depois.
Flash Back Off
Eu até sentia vontade de colar com uma mulher maneira pra ter uns dois ou três muleques,mas nenhuma chegaria aos pés dela.
Naquela sexta de manhã,eu estava na varanda da minha casa que tinha vista pro resto do morto,pra zona sul e pro mar no fundo e derepente o meu braço direito,William,entrou.
William – E aê Ticão.
Eu – Fala vacilão.Tudo firme pro baile de amanhã?
William – Mais firme que isso só o meu pau kkk.
O William é meio maluco,mas é um cara. gente boa,ele tem 21 anos,é mulato,1,80 de altura,tinha os músculos bem definidos e o corpo cheio de tatuagens.
Eu – Mas vem cá tu veio aqui só pra falar merda foi?
William – Vim te contar uma novidade.
Eu – Qual foi mané para de mistério e fala logo.
William – Tem morador novo na área.
Eu – Morador novo? Já viu o sujeito?
William – Já vi é um ruivinho…quer que eu vá falar com o sujeito?
Normamente eu deixava essa tarefa de falar com os novos moradores para algum dos meus homens,mas daquela vez eu achei melhor eu mesmo fazer aquilo
Eu – Me passa o endereço do sujeito que eu vou lá mais tarde.
Otávio Narrando
Lá estava o tal Ticão com toda a sua imponência bem ali na minha frente.
Ticão – Tô precisando levar um papo contigo irmão.
Eu – Tranquilo cara…pode entrar.
Ele entrou e nós nos sentamos no sofá.
Eu – Você é o chefe aqui da área?
Ticão – Sou eu sim…o famoso Ticão e já tô sabendo que você se chama Bruno que a Joana me falou.
Pois é a partir de agora eu me chamo Bruno.
Ticão – Você trabalha em que?
Eu – Ah…eu me viro em tudo.
Ticão – Tô sacando a tua já…veio pra minha favela pra entrar pro movimento(tráfico) quero observar o seu proceder antes.
Ticão – Bem mano…tô indo nessa…
Eu – Fica mais um pouco cara…vamos tomar uma cerveja.
Ticão – Opa cervejinha ai sim senti firmeza rsrs.
Eu peguei uma garafa de cerveja pra mim e outra pra ele e nós bebemos no gargalo mesmo.
Durante todos esses anos na polícia eu aprendi muito bem como envolver as pessoas e como deixa-las avontade para arancar informações delas e conforme nós conversavamos eu inventei uma história de vida para contar pra ele e ele me contou a histôria de vida dele.
Ticão – É por isso que eu odeio essa cambada de cu azul(policiais) todos tem que morrer.
Eu – Você já matou muitos policiais.
Ticão – Já até perdi as contas kkkk.
Quando deu mais ou menos 11 da noite o Ticão se despediu.
Ticão – Agora eu vou nessa mesmo.
Eu – Eu te levo até a porta.
Eu abri a porta pra ele e ele disse.
Ticão – Até que você é maneiro,cabelo de fogo…vai ter um baile amanhã no barracão em frente a minha casa,aparece lá.
Eu – Eu vou sim.Valeu.
Depois de me despedir do Ticão eu tomei um banho e fui deitar e antes que eu pegasse no sono eu recebi uma ligação do Marcos.
Marcos – Como andam as coisas ai?
Eu – Eu já conheci o Ticão,tô achando até que o cara simpatizou comigo.
Marcos – Ótima notícia…e o seu plano de entrar pra facção?
Eu – Tá andando…creio que dentro de alguns dias eu consiga.
Eu – Mas mudando de assunto…como é que o Jean está ai?
Marcos – Ele já foi dormir…ele é um ótimo garoto,não tem com o que se preocupar.
Eu deitei pra dormir e não consegui deixar de pensar em tudo que eu vivi nas últimas horas e fiquei pensando no Ticão também,ele é um cara bonito eu não posso negar,além disso é gostoso.
Eu – Que isso Otávio foca no plano,amanhã eu vou nesse baile e vou me tornar o novo membro da facção.
Naquele sábado eu tinha acordado um pouco tarde e decidi preparar uns ovos mexidos para o café da manhã.Durante a tarde eu sai para comprar umas coisas para preparar o almoço e ao chegar em casa com as sacolas que eu lembrei que eu não tinha comprado nada para beber.
Eu – Caramba esqueci do refrigerante.
Então eu fui até um bar que tinha ali perto e comprei o refrigerante e percebi que naquele bar haviam três homens armados com fuzís e um deles,um mulato cheio de tatuagens,não parava de me olhar,e ficou bem óbvio que era um olhar de desejo,quem sabe eu não pudesse usar essa arma no futuro…
Eu almocei sozinho e passei o resto do dia anotando estratégias,pois o que estava prestes a vir não seria fácil,eu como policial seria membro de uma facção criminosa e teria que investiga-los ao mesmo tempo.
Quando anoiteceu eu tomei um banho e me arrumei,partindo para o baile funk logo em seguida.
Ao chegar no local eu confesso que fiquei meio desconfortável com o som extremamente alto e aquele bando de pessoas tumultuadas,mas tentei fingir que eu estava no meu ambiente,até que eu ouço um assovio e vejo o Ticão me chamando para subir no camarote e lá fui eu.
O camarote era menos tumultuado que a pista e lá estava o Ticão com os capangas dele e as piranhas que os acompanhavam.
Ticão – E aê Bruno,já vou te apresentando pra galera pra você se enturmar.
Ele me apresentou um a um até chegar no cara que tinha me encarado no bar.
Ticão – Esse aqui é meu braço direito o William.
William – Fala ai cabelinho de fogo.
Eu – Aê mano.
Todos ali estavam curtindo e eu comecei a dançar com uma garota só pra disfarçar,mas continuava focado no Ticão,até que a música para e o William dá 2 tiros pro alto e o Ticão fala pro baile inteiro ouvir.
Ticão – A Rosa Branca agora tem outro irmão. Disse apontando pra mim.
William – É comando porra!
A festa rolou solta e eu não conseguia me desligar um minuto do Ticão,não apenas por causa do plano,eu me sentia desconfortável de ver ele se esfregando com uma periguete lá,mas logo tentei espantar esses pensamentos da minha cabeça.
Quando já eram mais ou menos 3 da manhã eu decidi ir pra casa de vez,pois daquele mato não sairia mais coelho por hoje.
Ticão – Já vai embora cara?
Eu – Vou sim..eu quase não dormi esses dias e agora bateu o cansaço.
Ticão – Aparece lá em casa amanhã que vai ter um churrasco daqueles com direito a piscina e tudo.
Eu – Pode deixar que eu vou aparecer lá sim.
Eu fui caminhando até a minha casa e eu estava com a sensação de estar sendi seguido,mas sempre que eu olhava pra trás eu não via ninguém.
No dia seguinte era um domingo de sol no Rio De Janeiro e como o churrasco do Ticão seria na piscina eu fui sem camisa mesmo e com um short de banho prero e curto e ao chegar lá quem abriu a porta pra mim foi o William.
Eu fui até a área da piscina e o Ticão veio na minha direção vestindo apenas um short de banho e foi impossível não reparar no tanquinho dele e nos músculos bem feitos e por um segundo eu acho que ele percebeu que eu estava secando ele.
Ticão – Fica avontade na nossa festa ai ruivinho,hoje é só a rapaziada.
Reaente era só a rapaziada,pois eu reparei que não haviam mulheres naquela festa.
Eu fui nadar na piscina e em seguida o Ticão mergulhou também.
Ticão – Amanhã você vai passar pelo seu teste. Disse ele,enquanto estavamos sentados na borda da piscina.
Eu – Como assim teste?
Ticão – Todo mundo passa por esse teste antes de entrar na minha facção
Eu – E eu tenho que fazer o que?
Ticão – Você tem que matar um policial.
CONTINUA…