Eu via minha irma parada ali na minha frente como se fosse um monstro, ou ate mesmo uma pessoa que fosse me dar um tiro no meio das fuças e me largar ali, minha irma estava com um sorriso no rosto me olhando por alguns segundos, nos dois ali sentados olhando para o mar que se movia e se encontrava com as ondas profundamente como se fosse um sorriso a mim e pedia que eu falasse a ela.

– Bom e ai o que você tem para me falar. Minha irma dizia olhando para mim, colocando uma mão em meu ombro.

Eu movo a minha mão e pego uma folha seca que se passava em minha frente, enquanto ela fazia em minhas costas um movimento circular, era como se fosse um desespero para mim eu suava frio o interrogatório de minha irma me fazia muito mal. Estava me deixando confuso, sem uma pura reação de sair dali e tomar uma decisão. Queria sim falar a ela tudo que eu estava sentindo que estava pensando, o que estava passando em minha mente, naquele momento em que Junior tocou a mão em mim, queria contar a ela, mostrar a ela que eu estou sofrendo por um homem que não merecia meu amor.

Eu pensava que Junior estava comigo pelo simples motivo, querer só transar comigo e me largar como ele sempre fez com o resto das vagabundas dele ou ate mesmo me fazer de gato e sapato e depois dizer para mim que não da e nunca deu.

– Su por favor não faz eu falar uma coisa que ainda nem sei se estou preparado para falar a você, não me julgue se estou andando com o Junior mas é uma coisa que é só minha entende.

– Não Guilherme, eu não te entendo não, pelo jeito você não confia em mim, que sou sua irmã e que esta aqui para te ajudar. Não estou aqui Gui, para meter o dedo na tua cara e falar a você o que você deve ou deixou de fazer, estou aqui para perguntar o que esta acontecendo que agora você esta andando com o Junior eu sei por que meus amigos me contam Gui, te vêem com ele.

– Mas eu não ando com ele.

– Então você esta se chapando, esta se drogando sei lá, mas também se você esta fazendo isso o problema é seu Guilherme, pois quem só anda com o Junior é chapado, vagabundos, gente que não quer fazer nada, ainda mais ele Gui que mata pessoas sem motivos.

Minha irma falava as coisas a mim como se fosse uma calmaria só, não precisou alterar a voz e muito menos dizer a mim que eu estou mentindo, eu sabia que minha guerra com minha família, caso Junior estivesse falando a verdade, só estava começando, sabia que mais para frente viria não uma simples conversa e sim uma luta entre familiares e os deles.

– Su ele não é mau, ele tem esse por te de machão mas ele é legal.

– Então você me diz que você esta andando com o Junior por que? Qual o motivo que você tanto anda com ele? Me fala Guilherme, e como eu já te disse, não estou aqui para falar a você nada que eu não poça te ajudar, somos irmãos Guilherme. Eu quero seu bem, quero que você seja feliz na sua vida, não se chapando e se drogando sem motivo.

– Mas eu não estou me chapando Suelem, o Junior ele é legal. Com ele eu fico mais a vontade.

– Mas por qual motivo rapaz.

Sabe aqueles filmes de resident evil que a pessoa esta no meio de monstro e não sabe para onde correr pois é eu estava assim, sem saber para muito menos onde correr, só queria sair dali e tirar meu cavalo da chuva.

– Suelem você nunca iria entender, por favor.

– Guilherme olha aqui para mim.

Eu olho para ela meio desnorteado, minhas bochechas começando a ficar quentes, meus olhos com aquele liquido quente que estava começando a sair deles. Suelem vendo meu rosto ficando encabulada.

– O que esta acontecendo Guilherme.

– Eu sou gay. Digo assim na cara de Suelem. Sem mais e nem menos. Com medo do que me vinha pela frente. Que minha irmã fosse me dar na cara, ela foi se afastando de mim tirando a mão e com a mesma bota na boca eu encolho pelas minhas pernas, colocando meu rosto no meio delas, um sentimento de culpa no meio de minha barriga, uma coisa que flutuava sem saber para onde ir.

– O que você esta me dizendo Guilherme.

Minha irma falava olhando para mim, minhas pernas estavam encolhidas.

– Olha se você quiser contar a mamãe pode ir, não tenho mais nada a perder mais nada a fazer. Vai lá vai.

– Só um pouquinho eu to falando alguma coisa, claro que to surpresa, você atirar assim para mim. Mas pelo amor de Deus, mas por você. Suelem para olhando para meu rosto, os olhos apreensivos, eu já sabia.

– Mano você esta apaixonado por ele, você esta andando por que ta gostando do Junior.

Suelem abre um sorrisinho no meio do rosto, eu balanço a cabeça dizendo sim para ela, Su que estava agora sorrindo um pouco para mim. Olhava para os lados e depois voltava a virar o rosto para mim.

– Mas por que você não me falou Guilherme, você esta gostando dele, mas como? Tu mesmo sabes que com ele não tem futuro Guilherme, que o Junior é um baita de um mulherengo.

– Mas eu não só estou gostando do Junior.

Eu digo a ela. Suelem nesse momento vira o rosto em direção ao mar e olha fixo, e depois vira para mim.

– Como assim? O que você esta tentando falar.

– Você nunca iria entender, ai sim que você ia surtar comigo, você vai me chamar de tudo e mais um pouco por isso é ate melhor que você nem saiba.

– Saber o que Guilherme.

– Suelem, por favor.

– Guilherme mais uma vez estou te falando que estou aqui para te ajudar e não para te botar para baixo. Quero que você saiba mesmo eu pegando no seu pé, sou sua irma, sou sua amiga, quero sim te ajudar. Quero que você divida comigo.

– Mas se eu te falar o que esta acontecendo, você vai surtar ai sim que você vai sair daqui e espalhar para todos. Eu to sofrendo com isso e também não sei o que vai acontecer. Junior ta atrás de mim e se ele descobrir aonde eu to é capaz de contar tudo a mãe.

– Esperai tu ta me falando, que o Junior ta atrás de você por qual motivo.

Suelem me interrompe.

– Deixa para lá.

– Não. Só um pouco, não vou não, agora você vai me falar, por qual motivo que você esta com medo que o Junior vá te encontrar me fale Guilherme.

– Suelem você vai me julgar ate os últimos.

– Vou te julgar se você não me falar Guilherme, agora fala se você começou você vai ter que terminar, pode começar a falar.

Paro com chororô, olho para Suelem. Que me encarava com a voz tranquila e serena, fico vendo o quanto tempo ela ficava assim. Mas seria pior se aquilo se prolongasse mais um pouco para frente, sei lá, eu sentia que se eu deixasse mais um pouco todos em minha volta iam fazer de minha vida um inferno.

Não estava mais com aquela coisa que poderia estragar tudo com Junior. Era tudo ou nada, era agora ou nunca. Tinha que falar a ela, tinha que pelo menos contar a alguém o que estava acontecendo comigo e Junior. Mesmo ela não acreditando.

Tinha que falar o que eu estava sentindo. O que eu queria de minha vida. A pessoa que eu estava apaixonado. Mas nesse meio tempo tinha Felipe. Que assim mesmo colocou uma coisinha dentro de mim e me mostrou o carinho e sentia um pequeno sentimento por Felipe.

– Suelem o que eu vou te contar aqui eu te peço que escute primeiro, ai se você quiser sai daqui e contar para os outros conta, mas escuta a minha versão primeiro, por favor.

– Sou todos ouvidos Guilherme, estou aqui para te ajudar mano.

Respirei meio que fundo, puxando um ar de dentro de mim. E aspirando ao máximo para dentro de meu peito. Minha irmã pega em minha mão, e cobre com a sua outra eu olho para ela. E tento começar novamente.

– Eu e o Junior tivemos um caso.

– O que, como, que. Você esta falando.

– É isso que você ouviu, eu e o Junior estamos tento um caso sim.

Suelem fica meio boquiaberta me olhando, como se ainda não acreditasse o que estava acontecendo.

Eu enfim começo a falar tudo que começou desde o começo, como eu e Junior nos conhecemos, como que rolou o primeiro beijo. E Suelem ficou bem interessada por mim, bem interessada por minha versão, se mostrava bem disposta a saber o que acontecia nos exatos momentos em que tive com ele.

Depois que contei tudo a Suelem. Que falei a ela o que tinha acontecido entre mim e Junior. As nossas noites de prazer, claro que não contei o que tinha acontecido exatamente.

– Guilherme eu to bege, to sei lá, não to te chamando de ridículo não mano, você é lindo, mas como que um homem foi domar o Junior cara, pelo que você me contou o Junior ta na tua Guilherme, ele ta querendo você.

– Acho que não seria tanto assim.

– Como assim não.

– Eu o peguei beijando uma garota na casa dele. Ele afirma que não sabe de nada. Que a guria chegou lá e beijou-o sem mais e nem menos, mas eu não acredito, Junior é um galinha mesmo. Garanto que ficava comigo e me passava a perna tentando comer alguém pelas minhas costas.

– Guilherme você ficou com o Junior cara, eu que sempre gostei dele. Sempre corri atrás dele, mas ele nunca me deu nenhuma abertura e foi se apaixonar por você Gui.

– Ta mas como assim, ta me dizendo que você sempre gostou dele.

– Sim na época do colegial, eu corria atrás dele.

– Ta mas ele nunca olhou para você.

– Nunca e to ate agora passada aqui.

De longe eu avistava um garoto se aproximando de nós, uma pessoa que eu reconheceria ate pelado e era uma delicia de se ver, eu e Suelem ainda conversando eu tentado não da muita bola para o garoto. Que sim era o Felipe que vinha sorridente, falando a Suelem para não contar a ninguém que eu contei a ela uma coisa que se passou comigo e que eu já estava desesperado pois não sabia o que fazer, me senti aliviado, pois desabafar com minha irma foi ate uma coisa muito boa. Suelem me ouviu, me entendeu, nenhum momento me olhou e me disse que estava com nojo de mim. Sempre me aconselhando ate hoje que minha vida poderia ser feliz com Junior bastava eu me sentir potente para dar muito amor a ele.

Suelem me mostrou que eu era a pessoa ideal para ele. Pois eu fui o único que domei Junior, eu fui o único que ele disse que estava amando. Uma coisa que Junior não falava a ninguém, eu sabia pois as meninas de minha escola falava que quando ficavam com Junior era que ele transava bem com elas e depois largava sem mais e nem menos, e como Suelem falou que se ele esta atrás de mim e esta me ameaçando se eu ficar com alguém e ele vai matar é sinal quem ele me ama mesmo, sinal que ele quer realmente ficar comigo.

Felipe chega perto de nos bem sorridente e nos olha sentado no chão.

– E ai cara, tava tentando te ligar.

Suelem me olha bem sorridente também e eu já sabia a malicia de seu rosto.

– Não.  Eu falo a ela.

– Felipe me da uma licença que só vou dispensar minha maninha ok.

– A sim claro vai lá.

Pego ela pela mão e andamos ate a entrada da praia.

– Espero que o que nós tenhamos conversado aqui tu não contes a ninguém Su.

– Minha boca é um tumulo, quero que você saiba mano. Que pode contar comigo, eu não vou contar a ninguém, não vou sair daqui e falar a mamãe e também isso é uma coisa que você tem que fazer. Não teria fundamento de minha parte contar a ela e também estaria me intrometendo em sua vida, fica tranqüilo. Vou guardar esse segredo como se fosse minha vida, mas um conselho que a mana de dá, conta rápido a mamãe Gui. Ela vai surtar mais ainda, é claro que você esta com o Junior, mas ela tem o direito de saber.

– Obrigado.

– Somos manos.

Suelem me da um beijo e sai da praia. Viro em direção a Felipe e se aproxima devagar com as mãos no bolso. Bem gatinho.

– Oi. Eu digo a ele.

– Cara pensei em você a noite toda, eu já tava ficando louco quando me vi sem você.

– A é, e o que quer fazer agora, aproveita que eu estou livre.

Felipe se aproxima mais um pouco de mim, e fica cara a cara comigo, sua respiração pegando em meu nariz, seus olhos verdes e sua boca quase chegando perto da minha.

– Felipe alguém pode ver.

– To nem ai. Ele diz a mim, agora me diz vocês como eu não iria me apaixonar, mesmo sabendo que meu coração batia mais forte por Junior, como eu ia deixar um gatinho assim sair de minha vida.

– Felipe, por favor. Eu falo a ele, me olhando fixo mordendo os lábios.

– Cara eu to apaixonado de uma forma arrogante sabe, eu quero ficar com contigo.

– Desculpa acabei de sair de um namoro, e não sei se estou preparado para viver um novo romance.

Ele ainda rindo olha para baixo, e depois me olha de novo.

– Tudo bem, eu espero. Quem ama sempre espera, agora se você me acompanhar eu quero te mostrar um lugar.

– Mas tem que ser rápido.

– Sim claro, me da à mão.

– Não aqui não. Vamos como dois amigos.

Começamos a andar e Felipe sempre tentando pegar em minha mão, passando pelas pessoas e não tirava os olhos de mim. Aqueles olhos que pareciam vidro me olhando, a coisa mais linda.

–  A proposito, você não quer ir a uma festa hoje comigo, vai ter alguns amigos, algumas pessoas, você vai gostar.

Fico ainda olhando para frente e olho para ele, meio corado.

– Tudo bem, vamos sim, não tenho nada para fazer mesmo.

– Vai ser legal, você vai gostar.

Continuamos a andar ate um pequeno bosque que tinha nas redondezas da praia, e entramos numa pequena pousada abandonada.

– Por que você me trouxe aqui.

– Por isso. Felipe pega em meu rosto e me taca um beijo moldando seus lábios nos meus, sua língua entrando em uma sincronia delicada e gostosa, eu o abraço pelos ombros, enquanto ele me abraça pela minha cintura, nosso beijo se aumentava a cada minuto, a cada segundo, sua respiração ofegante, uma coisa meia que dura crescendo no meio de suas pernas, meu tesão já despertando, mas ainda sem esquecer aquele moreno.

Junior parecia que era bem mais forte, era mais potente do Felipe. É claro, pois Junior tomava conta de minha cabeça em segundos, me lembrava de seu mastro babando para mim, aquelas bolas lindas e maravilhosas, aquele corpo suado e gostoso, aqueles pés de macho, aquelas costas. A tatuagem toda a sua postura de rei. Uma coisa que ele tinha que me deixava com muita excitação, Felipe era uma delicia. Era bonitinho, mas Junior era lindo, gostoso, maravilhoso, ainda mais a cor de sua pele, o seu jeito de ser mandão, ser rude, brutamontes e sem dó de transar comigo.

Eu já estava sentindo uma falta de Junior me pegando a força e me virando com tudo para fuder a minha bunda batendo nela com aquelas mãos maravilhosas, e enfiando aqueles dedos enormes dentro do meu rabinho, olha Deus abençoe o pai dele que já esta nos céus, pois Junior foi bem feito, assim como Felipe um gatinho carente e muito bonitinho, um corpinho malhado e uma boquinha bem gostosinha, rosadinha e delicada suas mãos passando pelas minhas costas e aquele pau me cutucando, mas a falta do mastro grosso, aqueles 26 cm arrebentando meu instinto de viver, atravessando as paredes do meu cu, me dava uma falta desgraçada.

Felipe vai parando com pequenos beijos, e estralinhos.

– Hoje eu quero mostrar a você que estou te amando mesmo, pode ate ser loucura do dia para noite, mas eu quero, vem cá vem.

Felipe agora pego em minha mão, e vamos ate um balcão que parecia mais um bar, Felipe tira a camisa a jogando para o lado e faz o mesmo comigo, me olha sem ela e me beija os meus mamilos e descendo a língua pelo meu corpo e os olhos anda em mim, voltando a minha boca sempre sorrindo e beijando ela com muita vontade.

– O melhor beijo da minha vida, como é bom estar apaixonado. Ele dizia em minha boca, mas também eu sentia pena dele, pois por mais que eu estivesse gostando de outro sentia um leve sentimento por ele.

Sinto sua mão descer pela minha bunda e amaciar ela e meu celular vibra.

MINHA MÃE PENSO COMIGO. Mas quando tiro o celular do bolso e reconheço o numero, parece que o tesão tinha passado na hora mesmo, empurro Felipe para o lado para ele se afastar engolindo saliva em seco que rasgava a minha garganta.

– Peraí.

Saio um pouco para o lado Felipe com a boca bem vermelha de tanto detonar a minha me olhando.

– Alô.

– Que você ta fazendo. Diz Junior com a voz meia grossa.

– Nada de mais.

– Algum problema Gui. Diz Felipe.

– Quem esta falando aí.

– O namorado da minha irmã por que.

– Hum… aonde você esta Guilherme me fala, eu quero ir te buscar.

Aceno para Felipe que já voltava.

– Mas esperai. Felipe diz que fez Junior se atinar no telefone.

– Namorado tua irmã como assim Guilherme, quem esta ai com você, fala meu.

– Ninguém. Eu falo agoniado mandando Felipe fica no mesmo lugar, ele me olhando sem entender mais nada.

– Porra meu me fala. Agora se você estiver com outra pessoa eu juro que te acho.

– Junior para com isso, por favor.

– Pode começar a falar. Quem é este ai.

– Já falei. Continuo me virando para que Felipe não escute minha conversa..

– Bom tu esta avisado. Agora fala aonde você esta, agora.

– Junior me esquece falou. Deixa eu viver a minha vida, vai viver a sua.

Desligo o telefone na cara dele e sabia que logo ele ia retornar a ligação, fiquei ali por um momento, e depois voltei a falar com Felipe.

– Algum problema? Ele me pergunta.

– Não nenhum, aonde paramos. Eu disse tentando rir.

Felipe sorri. Se aproximando de mim e me pegando de novo e meu celular toca, Felipe pega em minha mão e olha para o celular vendo o nome, e com um simples sorrisinho tímido e corado ele fala.

– Quem é Junior? No meio de seus braços tentava desfazer o que ele tinha olhado.

Mas tu achas que eu sabia o que eu iria falar. Obvio que não, eu fiquei ali olhando para ele serio, agora sim precisava de minha irmã.

Continua…