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Irresistível Força – Capítulo 10

Eu poderia acabar com os dois. Aquelas fotos poderiam ser usadas na guerra contra eles. Eles nunca iam querer que alguém descobrisse sobre o caso deles. O incesto ainda é um tabu muito grande. Imagina só a notícia na imprensa: “Empresário espânico-brasileiro, Afonso Guarupe, tem um caso com seu irmão” – é uma oportunidade tentadora. Eu resolveria essa situação depois.

O Rodrigo me encontrou no jardim…

Rodrigo – Tudo bem, irmão?

Eu – Tudo. Estava só tomando um ar…

Rodrigo – O Miguel quer te ver.

Eu – Vamos, então…

A bagunça do jantar após a briga já tinha sido arrumada. Todos estavam na sala de estar sentados. Minha avó parecia mais calma. Eu estava mais preocupado com ela. Ela já tinha uma certa idade.

Eu – Como a senhora está se sentindo?

Vó – Melhor… Foi necessário eu ter falado tudo. Mesmo tendo ouvido os desaforos daquele miserável, eu estou feliz.

Eu – Vamos esquecer um pouco essa história.

Vó – Tentar, pelo menos.

Miguel – Ainda bem que estamos tranquilos. Amanhã mesmo eu começo a dar prosseguimento ao meu plano. Eu só preciso do telefone do Celso. Tenho que contar toda história a ele.

Lúcia – Pior que eu não tenho. Ele assinou os papéis e viajou logo. Amanhã cedo eu ligo pessoalmente para os advogados dele.

Miguel – Melhor assim, doutora. Temos que fazer as coisas com calma.

Lúcia – Espero que o Afonso não fale com ele primeiro. Eu achei o Celso um oportunista. Sei que o que vai falar com ele é o dinheiro.

Advogado 1 – Mas temos que ter fé. Eu não posso fazer nada nos meios legais pra impedir os desmandos do Afonso.

Advogado 2 – Infelizmente estamos de mãos atadas. Ele tem 30% do B. Health. Ele é sócio de vocês.

Miguel – Vai dar certo. Só precisamos oferecer um valor irrecusável.

Lúcia – Conte comigo.

Vó – E se for preciso, conte comigo também.

Eu – Para o quê?

Miguel – Amor, não queremos te envolver nisso. Eu vou te contar, mas ainda é cedo. – o Miguel pega na minha mão. – Aproveitando que estão todos aqui, quero fazer um pedido muito especial: Você aceita namorar comigo, Rê?

Eu – Mas é claro que sim. – eu me viro pra minha avó. – Deu certo, vó. O bofe agora é meu!

Vó – Ai dele se não fizesse esse pedido logo!

Miguel – Arrumei um namorado linha dura, e uma sogra mais linha dura ainda de quebra!

Vó – Quem está na chuva…

Eu – …É pra se molhar!

Fomos embora do jantar ainda digerindo os acontecimentos: o retorno do Eduardo, sua parceria com o Afonso, o fato dos dois serem irmãos e amantes, o plano do Miguel e o pedido de namoro… Foi uma noite pra ninguém botar defeito.

Minha avó tinha ido pra casa com o Rodrigo e a Stela. O Miguel quase me sequestrou para a sua casa. Estávamos no carro, mas eu ainda queria saber seu plano…

Eu – Amor, preciso saber o seu plano. Eu vou infartar!

Miguel – Esqueceu que sou médico? Posso fazer os primeiros socorros. – falou olhando pra mim enquanto dirigia.

Eu – Engraçadinho! Eu preciso saber. Eu quero me livrar logo do Afonso.

Miguel – Com o meu plano você vai se livrar da chantagem dele, mas ele ainda vai ser o meu sócio. Não se preocupa com isso. Deixa que eu cuido de tudo.

Eu – É em vão. Eu me preocupo.

Entramos na casa do Miguel. Ele para o carro e olha pra mim…

Miguel – Eu vou cuidar de você. Você pode confiar em mim?

Eu – Eu confio, mas é q… – Miguel me beija.

Miguel – Melhor assim.

O Miguel desce do carro e abre a porta pra mim. Eu estava me sentindo o cara mais sortudo do mundo. Estava vivendo em um sonho.

Miguel – Daqui um tempo essa vai ser a nossa casa. Você vai ganhar o meu sobrenome.

Eu – Eu me contento só com esse homem lindo, gostoso e apaixonante aqui – apontei pra o Miguel -, mas aceito o seu sobrenome, sua boca, seu corpo, seu…

Miguel – Meu o quê? Fala. – O Miguel estava agarrado a minha cintura. Eu já tinha envolvido o pescoço dele com meus braços.

Eu – Seu pau! – peguei naquele mastro por cima da calça.

Miguel – É todo seu.

Começamos a nos beijar. Ele já apertava minha bunda, mordia os meus lábios. Que homem maravilhoso. Fizemos amor na sala mesmo. O tesão foi grande demais.

Quando entrei no quarto do Miguel quase tive um troço. O quarto estava todo enfeitado, com pétalas de rosas por todo o quarto, velas… Ele era romântico demais. Foi como se eu tivesse tido a minha primeira vez de novo. O Miguel me possuiu com fúria e doçura ao mesmo tempo. Eu não poderia estar mais feliz. Transamos quase a noite toda, bebemos champanhe, dançamos… Eu estava nas nuvens.

O dia tinha amanhecido lentamente. Eu estava agradecido. Aproveitamos aquela noite da melhor maneira possível. Eu levantei com um mau humor terrível. Eu tinha passado à noite na folia, era normal estar acabado, destruído…

Eu – Nem me deseje “bom dia”. Por culpa sua estou parecendo um panda.

Miguel – Agradeça ao seu fogo. Vai me deixar mal acostumado e viciado nesse corpão.

Eu – Tudo que é bom faz mal.

Miguel – Convencido.

O meu telefone toca e eu atendo…

Eu – Alô?

Biomédica – Alô… Bom dia, senhor Garini! Estou ligando pra informar que o seu exame de compatibilidade já está pronto. O seu e o do senhor Vinol. Pode passar pra retirar a qualquer momento. O médico da senhora Milano espera por vocês.

Eu – Muito obrigado! Bom dia!

Biomédica – Tchau…

Eu coloquei o celular do meu lado e contei ao Miguel…

Eu – Amor, o exame de compatibilidade está pronto. O médico quer nos ver.

Miguel – Podemos ir agora. Vamos tomar um banho e tomar café.

Eu – Preciso passar em casa e trocar de roupa. Toma café lá comigo?

Miguel – O que não faço por você? Vamos.

Fomos para minha casa. Minha avó já tinha tomado café, mas pediu pra que a Eliane colocasse a mesa pra nós.

Eu – Vózinha, não precisava fazer esse banquete. Estamos com pressa.

Vó – Vocês gastaram muita enegia. Precisam se alimentar direito pra repôr.

Eu – Vó, olha a cara do Miguel. Ele está mais vermelho que os morangos da cesta.

Miguel – Vocês dois me deixam envergonhados.

Vó – Vai se acostumando… Não tente roubar meu neto de mim, seu Miguel.

Miguel – Ele é louco pela senhora, dona Virginia. É mais fácil ele me roubar.

Eu – Já roubei…

Comemos depressa e fomos para os hospital. Eu estava esperando ter uma boa notícia. Eu queria muito doar uma parte do meu fígado pra Rosana. Ela merecia uma nova chance de viver.

O médico nos recebeu e entramos em sua sala.

Eu – E então, doutor? Algum de nós dois é compatível?

Continua…

Quem é Celso? Ele vai ajudar na luta contra o Afonso? O que o Rê vai fazer com as fotos? Vai conseguir chantagear o Afonso? Algum dos dois será compatível com a Rosana?

Obs.: Meus amores, peço mil desculpas pela demora. Eu tive alguns imprevistos, fiquei sem internet, precisei sair… Mas o capítulo está aí. Acho que postarei o próximo capítulo à noite. Desculpem os erros. Eu reviso os contos com mais calma depois. Comentem e não se esqueçam que eu amo vocês. Até breve.

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