Irresistível Força – Capítulo 12
Eu – Como você queria que eu reagisse? Eu acabei de descobrir que o Eduardo está de volta e que ele é irmão do Afonso. Os dois estão juntos pra se vingar de mim. É um pesadelo. Pra completar: eles tem um caso amoroso sendo irmãos.
Rodrigo – Mas independente deles terem um caso ou não, eles estão querendo acabar com você. Eu tenho coragem de matar esse cara.
Eu – Rô, por favor, para de falar besteira! Você é muito da paz. Esqueceu que o “brigão” da história sou eu?
Rodrigo – Você me conhece muito bem, né, Rê! Você é o meu irmão mais novo. Meu irmão de alma. – Rodrigo falou me abraçando. Rodrigo é mais do que um irmão pra mim.
Eu – Mudando um pouco de assunto… Então, que dizer que você e a Stela saíram ontem à noite?
Rodrigo – Na verdade, sim. Fomos pra minha casa, por isso estou parecendo um zumbi. Meu irmão, ela é tudo de bom!
Eu – Poupe-me dos detalhes, senhor Novaes. Se eu quisesse saber do que rolou no seu quarto, teria pedido pra você filmar.
Rodrigo – Sabes que isso nunca ia acontecer…
Eu – Como se eu já não tivesse visto essa “empresa de pequeno porte”.
Rodrigo – Mas você sabe que depois que sofre estímulos, o “fluxo de caixa” cresce e fica bem grande.
Eu – Lógico que você tem que vender seu peixe. Vamos parar com esse assunto, que de incesto já estou por aqui – fiz o movimento de estar cheio.
Rodrigo – Quando você começa a escutar a verdade, fica logo querendo mudar de assunto.
Eu – Vou te dar só um recadinho: não brinque com a Stela. Se você pisar na bola com ela, vai se ver comigo, Rô.
Rodrigo – Fica tranquilo, Rê. Eu tô pensando em casar com ela.
Eu – Vai com calma, garotão. Tá parecendo o Mi querendo me colocar na coleira.
Rodrigo – Vai ver que esteja apressando as coisas mesmo… Ei! Algum problema? Tá passando bem? – O Rodrigo pegou na minha mão ao ver minha cara de preocupação.
Eu – Tô pensando no Miguel com o Celso. Que diabo de plano é esse? Já está me deixando maluco. Eu estou com os nervos à flor da pele.
Rodrigo – Isso ele vai ter que te contar. Eu não quero estragar esse momento.
Eu – Você fala como se fosse uma coisa boa… Sinto cheiro de armação nessa história toda.
Rodrigo – Você pode tentar falar com sua vó. Ela sabe mais dessa história que eu.
Eu – Estou preocupado.
[Miguel narrando]
O tempo correu de uma maneira surreal. Eu tinha chegado ao restaurante e o Celso já estava lá.
Celso – Miguel, que prazer!
Eu – Celso, como vai? – Ele tinha se levantado, e eu apertei a sua mão.
Celso – Estou bem. Como você está? Fiquei sabendo do seu relacionamento com o Renan da Garini Novaes Med.
Eu – Poderia estar melhor se o Afonso não estivesse nos dando tanto trabalho. Quem te falou? Certamente o Afonso.
Celso – Ele mesmo. Mas não foi sobre ele que viemos conversar. Vamos pedir o menu?
Eu – Okay.
[Virginia narrando]
Eu não estava me sentindo muito bem. Faziam uns três dias que estava passando mal. Não queria, de maneira nenhuma, preocupar o meu neto com os meus problemas. Acho que o meu velho coração está começando a falhar.
Eu tenho um genro médico, mas se eu fosse pedir ajuda ao Miguel, com certeza, ele iria falar com o Renan. Eu resolvi ligar para o médico da família mesmo, me sentia mais segura para que meu neto não descobrisse sobre mim. O Renan está passando por tantas coisas, mesmo sabendo que ele me ama, eu prefiro assim.
Quando eu tinha acabado de marcar uma consulta o Renan chega em casa. Ainda bem que ele não me ouviu falando com a secretária do doutor Bastos.
Renan – Vózinha, que saudade! – Ele me beija e me abraça.
Eu – Passou à noite toda na farra e nem me ligou pra saber se já tinha morrido.
Renan – Olha o drama, vó. A senhora sabe que drama só combina em peça de Shakespeare e em novela mexicana.
Eu – Eu te amo, meu amor!
Renan – Vó, estou achando a senhora pálida, abatida… Está tudo bem?
Eu – Está tudo ótimo, meu filho. Alguma notícia da Rosana?
Renan – Estou tão preocupado. A Rosana está na fila de doadores, mas até agora não apareceu ninguém.
Eu – Mas vai aparecer. Um gesto de amor e solidariedade pode vir até de quem menos esperamos.
Renan – Tomara que ela consiga esse transplante logo. Eu queria doar uma parte do meu fígado pra ela, mas não sou compatível. Embora eu saiba que ela precisa de um fígado novo.
Eu – Não se preocupa com isso, meu amor. Vai dar tudo certo.
Renan – Eu quero muito acreditar nisso, mas eu só penso no Arthur, na falta que ele faz pra ela nesse momento – comecei a chorar.
Eu – Calma… Eu estou aqui.
Renan – O Miguel está almoçando com o Celso – falei enxugando os meus olhos.
Eu – O Miguel é esperto e vai conseguir o que quer.
Renan – E o que ele quer?
Eu – Tudo ao seu tempo, amor.
Renan – Ninguém quer me falar nada… Eu estou preocupado demais.
Eu – Vai tomar um banho, descansar. Vou pedir pra Eliane te servir alguma coisa.
[Miguel narrando]
Eu – Estamos acertados, Celso?
Celso – Preciso dos dois dias pra pensar. Prometo que antes da reunião dos acionistas, eu lhe dou resposta.
Eu – Você sabe que preciso da sua ajuda na hora da reunião. Não estou fazendo isso só pelo Rê, mas porque sou honesto, e essa atitude do Afonso é desprezível e vai contra os meus princípios.
Celso – O mundo dos negócios têm dessas coisas. Eu mesmo já levei muitas rasteiras, Miguel. O Afonso não é nenhuma exceção nesse meio.
Eu – Eu ainda não consigo aceitar as atitudes dele. Ele pode fazer o que quer nas outras empresas, mas na nossa ele vai ter que se comportar.
Celso – Vou entrar em contato com você, mas preciso desse tempo pra pensar.
Eu – Preciso ir… Até mais. Aguardo o contato.
Celso – Fique tranquilo. Até mais.
[Celso narrando]
Quando o Miguel foi embora do restaurante, eu disquei o número do Afonso e liguei pra ele.
Eu – Ele foi embora. Pedi um prazo de dois dias pra pensar.
Afonso – Eu preciso da sua ajuda, não me desaponta.
Eu – Vou pensar no que os dois tem a me oferecer. Que vença o melhor!
Desliguei o telefone.
[Renan narrando]
Tinha tomado um belo banho e estava aguardando o lanchinho que a Eliane tinha me pedido. O meu telefone começou a tocar e não conheci o número que estava me ligando.
Eu – Quem é?
Afonso – O prazo está acabando, bichinha. Faltam três dias para a nossa reunião dos acionistas. Os seus dias de empresário estão por um fio.
Eu – Esqueceu da fotos, Afonso? Eu vou jogar tudo no ventilador.
Afonso – Muito cuidado, bichinha. Eu posso ser muito mau quando quero. Cuidado com quem você mais ama.
Eu – Eu vou acabar com você, desgraçado!
Continua…
Gente, estamos entrando na reta final do conto. Só teremos mais três capítulos. Muitas coisas vão acontecer. Será que a Virginia está doente? A Rosana vai conseguir o transplante? O Celso vai ajudar o Miguel ou o Afonso?
Mil desculpas pela demora, mas está impossível postar todos os dias. O notebook está com problema, mas consegui postar por ele hoje. Pode ser que amanhã eu poste um novo capítulo. Obrigado pelos votos, pelos comentários, incetivos. Vocês são de mais. Amo vocês!
Obs.: Desculpe os possíveis erros, mas estou sem tempo de revisar. Sei que mereciam um capítulo melhor, mas foi o que consegui escrever.