Contos

Irresistível Força – Capítulo 2

Eu ainda estava completamente sem palavras. Eu fiquei tão pasmo com o que ele me falou que me tremia de raiva, desespero. Nunca esperava passar por isso na minha vida. Meu avô e meu pai sempre foram honestos, sempre agiram de maneira correta. Nunca precisaram pagar pra ter clientes, pra que alguém aceitasse os nossos produtos.

Eu só consegui acertar um soco na cara dele. Ele ainda me olhava e sorria pra mim com deboche. Ele levantou, veio até mim, me pegou pela terno e me jogou na parede.

Afonso – É pegar ou largar, bichinha. Vou quebrar sua cara pra mostrar que não se deve bater na cara de um macho.

Afonso me acertou um soco. Eu senti gosto de sangue na boca. Consegui me soltar e empurrei ele que caiu sobre a mesa.

Eu – Sai daqui, verme! Sai daqui!

Afonso – Eu tenho trinta por cento do B. Health. Logo, logo obtenho mais oito por cento e te tiro de vez da jogada.

Eu – A doutora Maria Lúcia nunca vai te vender mais ações.

Afonso – O grupo passou por um reformulação, bichinha. Enquanto você estava estu… dando nos Estados Unidos. Apesar do grupo ser sólido, passou por dificuldades financeiras e três acionistas venderam suas ações. Eu usei parte da minha herança pra comprar as minhas.

Eu – Me respeita, demônio! Eu sou gay, mas não aceito esses seus termos preconceituosos. “Bichinha” é a pu… – levo outro soco.

Afonso – Posso fazer muito mais que isso. Sou macho e não vou ouvir seus desaforos, bichinha.

A porta se abre de repente, e Rodrigo, meu sócio, entra.

Rodrigo – O que está acontecendo aqui? Posso saber o porquê dessa gritaria e insultos?

Eu – Esse babaca…

Afonso me interrompe: – Uma semana. Apenas uma semana. Preparem os bolsos.

Afonso sai e Stela fecha a porta assustada.

Stela – Precisa de alguma coisa, doutor?

Eu – Água gelada, Stela. O desgraçado me acertou um soco.

Stela – Vou pegar. Licença…

Stela sai. Rodrigo olha pra mim surpreso.

Rodrigo – Me explica o que foi isso, por favor. Sua boca tá sangrando! Meu Deus!

Eu – Nada de mais. – limpei o sangue. – Ele nos cobrou proprina. Ameaçou romper o contrato conosco caso não aceitemos pagar. Quando ele me chamou de “bichinha”, fiquei fora de mim.

Rodrigo – Quem ele pensa que é?

Eu – Dono de trinta por cento da nossa melhor cliente… e lindo.

Rodrigo – Temos que descobrir mais sobre esse cara. Não vamos nos dobrar, Rê. Você disse “lindo”? Como assim? Depois de tudo isso?

Eu – Eu tô variando. Mas, infelizmente, o que tem de lindo, tem de canalha. Vou pra casa.

Rodrigo – Quer uma carona?

Eu – Não. Assume os compromissos pra mim.

Rodrigo – Tá certo. Vou investigar os podres desse cara.

Eu – Ele nem é daqui. Têm dupla nacionalidade. Não vai encontrar nada.

Rodrigo – Ele é um pilantra. Se ele veio aqui fazer essa proposta é porque já está acostumado com isso. Eu vou descobrir.

Eu – Ainda acho que vai ser em vão.

Stela entra na sala…

Stela – Com licença… Aqui está. Bem gelada.

Dei uns dois goles no copo de água e entreguei o copo a Stela.

Eu – Obrigado!

Stela – Mais alguma coisa, doutores?

Rodrigo – Por mim, não…

Eu – Todos os meus compromissos ficam com o Rodrigo. Você pode largar mais cedo hoje.

Rodrigo – Descansa. Qualquer coisa me liga.

Peguei minha pasta e fui pra casa. Estava atordoado com aquilo tudo. Cheguei na cobertura e só queria tomar um banho. Estava arrasado. Fui humilhado e chantageado por aquele ser desprezível e muito gato. O que estava acontecendo comigo? Aquilo tudo me deixou balançado, parecia que estava atraído pelo Afonso. Hello, Renan! Não! Isso não!

Tomei um banho, e me deitei. Quando acordei já tinha anoitecido me arrumei e resolvi seguir pra uma balada. Minha vó não estava em casa. Tinha ido a mansão. Uma vez por semana ela fazia isso. Almoçava e jantava lá. Servia de consolo pra ela. Era como se meu avô ainda estivesse lá.

Eram por volta das 20:00 horas quando saí de casa. Tinha tomado uma sopinha leve. Não gostava de ir pra balada com o estômago muito cheio.

Cheguei na casa de show por volta das 20:40. Eu sabia que naquele horário não teria quase ninguém e resolvi ir a um barzinho. Fiquei mais de uma hora no barzinho. O som estava legal. Bebi muito. Já estava bem solto.

Entrei na casa de show e fui direto pra área vip. Era uma casa de show gay. Beijei alguns caras, dei uns amassos com outros, mas nenhum me agradou a ponto de transar. Já tinha bebido muito. Umas duas horas depois da minha chegada, e das minhas ficadas, avisto um homem alto, loiro, olhos claros, musculoso e lindo. Já cai matando. Nos beijamos, sarramos, enfim, fizemos um auê sem nenhum pudor.

Ele me chamou pra sua casa. Era maravilhosa aquela sensação de perigo, de adrenalina. Transar com um desconhecido é maravilhoso. Deixamos o nosso carro num estacionamento próximo a casa de show. Não podíamos dirigir alcoolizados. Chamamos um táxi e fomos em direção a sua casa. O gato morava num bairro nobre. Sua casa era enorme, bonita e muito bem decorada.

Ele me disse que se chamava Miguel. Eu me apresentei também, e já fui logo beijando aquele gato.

Fomos tirando as nossas roupas e logo estávamos pelados. Que corpo maravilhoso o Miguel tinha. O abdômen trincado, braços grandes, peitos largos, coxas grossas, poucos pelos loiros e um pênis maravilhoso. Eu não resisti e comecei a mamar bem aquela jeba deliciosa. Era branca, cabeça vermelha, devia ter uns 19 centímetros. Era grossa, mas dava pra aguentar. Eu mamei ele por uns cincos minutos e logo já estava de quatro na cama. Miguel fez um dos melhores cunetes da minha vida. Sua língua era quente, áspera, penetrava bem meu anel.

Eu implorava pra que ele me fodesse de uma vez. Ele me dava tapas gostosos na bunda. Colocou uma camisinha e me penetrou com força. Estava doendo, mas eu queria mais daquele loiro gostoso. Ele me fudeu muito gostoso de quatro. Depois de me colocar de franguinho ele começou a me beijar e a me masturbar. Me sentia uma verdadeira puta. Uma puta de sorte. Aquele homem era de mais. Gozei muito. Depois Miguel gozou ao sentir meu ânus contraindo seu pau. Estávamos exaustos e dormimos sujos mesmo.

O dia tinha amanhecido. Acordei com aquele homenzarrão ao meu lado. Ele logo despertou e me pediu disse ter tido sua melhor noite de amor.

Eu odiava ouvir essa palavra. A palavra amor me embrulhava o estômago. Eu fui traído por um namorado quando tinha dezessete anos, o único homem que amei em toda a minha vida. Aquilo fazia mais de sete anos, mas acho que nunca vou superar. Ou já estou superando?

Miguel – Bom dia!

Eu – Ótimo dia!

Miguel – Foi minha melhor noite de amor!

Eu – Não gosto dessa palavra.

Miguel – Por qual motivo?

Eu – Longa história… Quem sabe eu não te conte um dia. Mas você deve dizer isso pra todos.

Miguel – Você é o primeiro cara que fico desde que cheguei aqui no Rio.

Eu – “Cheguei aqui no Rio”? Você não é daqui?

Miguel – Sim. Eu cheguei essa semana de Fortaleza. Sou médico. Acabei vindo tomar posse de algumas ações que comprei.

Eu – Ações?

Miguel – Sim. Eu sou novo nesse ramo. Sempre tive posses, aí surgiu a oportunidade de ser sócio do grupo B. Health. Já ouviu falar?

Eu estava surpreso com essa revelação. O Miguel era um dos novos acionistas do B. Health. Que mundo pequeno.

Eu – Claro. Minha empresa fornece os produtos e insumos hospitalares de lá.

Miguel – Renan Garini?!

Eu – O próprio.

Miguel – Nem acredito nisso. O destino conspirou ao nosso favor. Vou trabalhar com você, ainda que indiretamente.

Eu não conseguia falar nada. Estava chocado com tudo o que vivi no dia anterior.

Será que ganhei um aliado? Será que ele me ajudaria contra o Afonso? Será que ele seria igual ao o outro? O que me esperava pela frente?

Continua…

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